Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Larissa De Angeli ODONTOUFES 19/1 CARIOLOGIA ODONTOGRAMA É a representação da boca do paciente no papel. Deve-se anotar: quantidade de dentes permantentes ou decíduos presentes, Alterações da estrutura dentária, alteração de tamanho, forma, cor e número. 1. Com a caneta azul: tudo que foi feito e está BOM. 2. Com a caneta vermelha: tudo que está RUIM ou precisa ser removido 3. Preenchido de azul circulado de vermelho: que precisa ser REFEITO. Dentes que não existem mais: faz um X azul Dentes que precisam ser removidos: faz um X vermelho Dentes com tratamento endodontico satisfatório: desenha o conduto de azul Dentes que precisam de tratamento endodontico: desenha o conduto de azul Dentes com restaurações: pintar o dente seguindo o real, e preencher o quadradinho correspondente à face do dente acometida. Se estiver satisfatório, de azul, se não estiver, se vermelho. Cárie: pinta o dente e preenche o quadradinho de vermelho. Mancha branca: não pinta e nem preenche, apenas especifica no detalhamento. TIPOS DE FACES ENVOLVIDAS: iniciais das faces acometidas. Exemplo: MO (mesio-oclusal), MOD (mesio-ocluso-distal), MOL (mesio-ocluso-lingual) etc. RESTAURAÇÃO INDIRETA: são aquelas que o CD manda pro laboratório fazer. Até rececer a permante, o paciente usa um provisório. FORMA E EXTENSÃO DO PREPARO: INLAY (intra-coronária): sem envolvimento de cúspides. Mais conservadora. ONLAY (extra-coronária parcial): com envolvimento de uma ou mais cúpides. OVERLAY(extra-coronária total): recobrimento de todas as cúspides. Chamada de “coroa”. DETALHAMENTO DO ODONTOGRAMA: 1. Dente/face: 17, O; 15, M etc. Sempre seguindo a sequencia: 17 a 27, 37 a 47. 2. Região (terços): C, Médio, O/I 3. Tipo de procedimento: restauração, curativo, prótese, coroa, raiz residual etc 4. Análise: satisfatório, insatifatório, mancha branca ATIVA ou INATIVA, extração etc 5. Código DENTE/FACE REGIÃO TIPO DE PROCEDIMENTO ANÁLISE CÓDIGO 17,V C Restaurações Satisfatória 16, P O/I Curativos Insatisfatória 15, M MÉDIO Próteses/coroa 14, D Provisória Raiz residual Extração Cárie Inativa Mancha branca Ativa Mancha branca NÃO pinta no odontograma, apenas especifica no detalhamento. A finalização do Odontograma se dá após a análise do EXAME RADIOGRÁFICO, onde irá avaliar: presença de cárie interproximal, oculta ou sob restauração, necessidade de tratamento endodontico, lesões periapicais, raiz residual etc. PROCEDIMENTOS NA CLÍNICA: Evidenciação de placa (com fuccina básica), orientações sobre higienização, dieta, e tipo de escova, e realização da profilaxia. Profilaxia: utiliza-se pedra-pomes ou pasta profilática, micromotor em baixa rotação, escovas robinson ou taças profiláticas. Limpa-se todas as faces de todos os dentes seguindo a sequencia: 17 a 27, 37 a 47 (incluir o 8 se existir). Exemplo: CÁRIE HISTÓRICO: nos primórdios da civilização, a cárie era mais comum em regiões cervicais e raiz, pois a atrição era mais rápida que a cárie. O consumo aumentado de alimentos processados e a disponibilidade maior de carboidratos provavelmente foi o principal responsável pelo desenvolvimento do padrão moderno de cárie. No final do seculoXIX, a severidade da cárie epidêmica levou diretamente ao estabelecimento de serviços públicos odontologicos, que surgiram primeiro nos países escandinavos. EPIDEMIOLOGIA: o papel da epidemiologia é identificar os fatores de risco para doença. Determinar se a exposição a um fator de risco potencial gera uma determinada doença requer um estudo longitudinal. Onde existe a evidência para sugerir que uma exposição particular é um fator de risco, mas a relação não pode ser confirmada pelo estudo prospectivo, a exposição é chamada de indicador de risco. A epidemiologia da cárie tem sido expressa tradicionalmente em termos de dieta inadequada, higiene bucal inadequada, bactérias cariogênicas na placa, “ataques ácidos”e desmineralização, fluxo salivar e exposição ao fluor. Estes fatores e outros são todos parte de como e por que que a cárie se desenvole, mas esta visão é muito limitada para uma compreensão da doença. Recentemente, existe uma valorização maior de que a dimensão social para cárie é mais ampla, assim como em outras doenças o crescimento da epidemiologia social e populacional temmostrado a importância do ambiente social na cárie, e como asinfluencias juvenis podem afetar anos depois a doença do adulto. Um panorama abrangente da epidemiologia da carie inclui todos os ambientes, desdea interface placa-esmalte até o ambiente social no qual a pessoa vive. Acárie é fruto da privação social, assim como uma doença da má-dieta. A chave para o controle da cárie reside assim na melhoria do amplo ambiente social para as populações afetadas, assim como na intervenção para melhora do ambiente intrabucal. · Índice CPO-D: tem sido usado por gerações e ainda tem alguma função no monitoramento das tendências ao longo do tempo. Seu objetivo misto (cáries tratadas e não tratadas) lhe confee valor para pesquisa em serviços de saúde. É utilizado para dentes permanentes. C: dentes cariados P: perdidos O: obturados · Índice ceo-d: utilizado para dentes decíduos. Cárie no Brasil: SUL E SUDESTE: maior % de dentes restaurados (maior acesso odontológico) NORTE E NORDESTE: maior % de dentes cariados. CRIANÇAS E ADOLESCENTES: o maior problema é a cárie não tratada. ADULTOS E IDOSOS: maior problema é a perda dentária por cárie. No geral, o ultimo levantamento indicou que houve diminuição do índice “cariado” do CPOD. No entando, é preciso manter uma política de prevenção. Também indicou maior indice de “obturados”. Segundo a OMS, o Brasil saiu da condição MÉDIA prevalência de cárie em 2003, para uma condição de BAIXA prevalencia em 2010. DEFINIÇÃO DE CÁRIE: o termo cárie dentária é usado para descrever os resultados – sinais e sintomas – de uma dissolução quimica da estrutura dentaria causada pelos eventos metabolicos ocorrendo no biofilme (placa dentária) que cobre a área afetada. A destruição pode afetar esmalte, dentina e cemento. As lesões de cárie resultam de uma mudança na ecologia e atividade metabólica do biofilme, em que se estabeleceu um desequilibrio entre o mineral dentário e o biofilme. O biofilme é caracterizado pela atividade microbiana contínua resultando em eventos metabólicos contínuos na forma de pequenas flutuações do pH. Qualquer mudança no pH influenciará a composição química do fluido do biofilme e o grau relativo de saturação deste fluido com respeito aos minerais importantes para a manutenção quimica da superficie dentaria. As lesoes de carie aparecem quando existe uma mudança nos eventos metabólicos, verificada quando a queda do pH resulta em perda total do mineral. Assim, as lesões de cárie dentária são fruto do desequilibrio fisiologico entre o mineral dentário e o fluido do biofilme. Resumindo: doença complexa e multifatorial, açucar-biofilme dependente, que leva a um desequilibro mineral entre fluido do biofilme e consequente perda do mineral do dente. Envolve interação entre fatores de risco genéticos, ambientais, sócio-econômicos e comportamentais. Para surgir a cárie, é necessário que haja microorganismos específicos, hospedeiro (dente),dieta (açucar/carboidrato) e tempo. A CÁRIE NÃO É UMA DOENÇA INFECTO-CONTAGIOSA. Conceito de infecto-contagioso: invasão de microorganismos em um tecido, causando-lhe injúria. Não pode ser aplicado à cárie pois os microorganismos causadores já estão presente na microbiota normal da boca, em equiblibrio. A cárie não ocorre pela chegada dos microorganismos, e sim pelo desequilibrio deles somados a outros fatores cariogênicos. Assim, a cárie não é infecciosa e transmissivel. A cárie é uma DISBIOSE desencadeada pelo consumo de açúcar. Seus microosganismos envolvidos são habitantes comuns da boca de todas as pessoas. MICROORGANISMOS ESPECÍFICOS: 1. Streptococcos mutans: invasor primário (inicia a lesão da cárie). Se aderem a superficie dentária. São os primeiros a colonizar os dentes e fazem parte da microbiotanormal da boca. Produzem polissacarídeos extracelulares que permitem volumosa formação de placa(biofilme). São acidogênicos e acidúricos, ou seja, produzem acido e podem sobreviver em meio ácido. 2. Lactobacillus casei: atinge cavidades já existentes. Invasor secundário, surge quando há uma retenção (sulcos, fissuras). Se relaciona com a quantidade de carboidratos, ou seja, quando mais carboidratos, mais Lactobacillus casei. É encontrado em lesões avançadas, já cavitadas. São adicogênicos e acidúricos. 3. Actinomyces: encontrados em cárie radicular, de progressão lenta.
Compartilhar