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Materiais Complementares - Cariologia e Tratamento de Cárie

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2
 MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO DA 
 CÁRIE DENTÁRIA
É importante conhecer alguns fatores que podem aumentar a probabilidade da 
cárie dentária, como por exemplo os fatores de risco, e ter consciência dos fatores 
etiológicos da doença. Quando se fala em métodos de diagnóstico deve se pensar 
em um procedimento que irá definir a presença ou não da doença.
Observação: não é a probabilidade da doença acontecer
PADRÃO OURO NO DIAGNÓSTICO DA CÁRIE DENTÁRIA
É aquele método que não se confunde, ou seja, é possível detectar a doença mesmo 
numa quantidade pequena ou com características subclínicas e dessa maneira 
não ser confundido com outro sem dar um falso diagnóstico
O padrão ouro é o exame histológico, considerando que ele é capaz de definir 
o processo saúde-doença em estágios clínicos e subclínicos com sensibilidade e 
especificidade 
Observação: o exame histológico só será usado em pesquisas, pois não é tão 
viável na clínica
Dessa maneira, o cirurgião dentista deve buscar um método
1. confiável, 
2. capaz de dectar as lesões de cárie em estágio inicial, 
3. poder diferenciar lesões de reversíveis e irreversíveis, 
4. permitir sua documentação, 
5. custo acessível
6. rápido com facilidade de execução
7. aplicabilidade a todos os sítios dos dentes com a mesma eficiência
EXAME TÁTIL-VISUAL NO DIAGNÓSTICO 
 DA CÁRIE DENTÁRIA
É um exame que possui todas as características descritas acima, sendo baseado em 
características clínicas da superfície dentária, considerando a atividade da cárie
3
O QUE DEVE-SE OBSERVAR?
• Presença ou não de cavitações- a lesão pode ser incipiente(não cavitada) 
chamada de mancha branca ou cavitada
• Translucidez ou opacidade com ou sem secagem com jato de ar- se reflete ou 
não o brilho da luz, pois assim pode se avaliar a atividade da cárie. Uma mancha 
branca translúcida está inativa, contudo uma mancha opaca representa cárie 
em atividade
Observação: quanto maior a necessidade de secar para dectar uma mancha 
branca, significa que tal mancha teve menos perda mineral. Quando é possível 
perceber uma opacidade mesmo com o tecido úmido, significa maior atividade
• Tipo de tecido envolvido- se afetou esmalte, dentina ou se é uma cárie radicular
• Avaliar textura das superfícies envolvidas- semelhante a translucidez, ou seja, 
uma superfície lisa significa cárie inativa, uma superfície rugosa significa um 
processo em evolução da cárie dentária
Observação: se durante a curetagem a superfície está endurecida e apresenta 
resistência, a cárie está inativa, contudo se o tecido apresenta aspecto de “miolo 
de pão” mastigada, saindo com facilidade, trata se de uma lesão ativa.
• Coloração das superfícies envolvidas- um aspecto mais escurecido, quase preto, 
representam as cáries inativas e as com coloração “café com leite” representam 
as cáries ativas
PROTOCOLO CLÍNICO NO EXAME TÁTIL-VISUAL
Deve ser: 
• Sistemático- existe uma ordem a ser seguida pelos quadrantes 1,2,3 e 4. Sempre 
sendo pontuado e anotado
• É exigida uma profilaxia profissional ou deplacagem(com pedra pomes)- afim 
de remover o biofilme e a camada brilhante proporcionado pelo mesmo o que 
pode confundir na questão da “translucidez”, que já foi discutido acima.
• Isolamento relativo- pois não é possível o diagnóstico com o ambiente úmido. 
Tal isolamento é feito com rolinhos de algodão e sugador.
• Iluminação- importante devido a translucidez e opacidade
• Uso do instrumental apropriado- sonda OMS, 
4
Observação: não é recomendado o uso da sonda exploradora, pois com uma 
ponta muito fina é possível fraturar uma lesão que seria reversível
EXAMES COMPLEMENTARES NO DIAGNÓSTICO DA CÁRIE 
DENTÁRIA
• Métodos baseados em raio x
• Métodos luminosos- transluminação por fibra ótica(FOTI), quantificação de 
fluorescência induzida por luz(QLP) ou fluorescência a laser(DiagnoDent)
• Métodos baseados em corrente elétrica- medidas da condutância e impedância 
elétrica (métodos caros e mais usados durante a pesquisa)
Métodos baseados em raio x
Necessita-se aproximadamente de 40-50% de desmineralização para detecção 
radiográfica de uma lesão. A espessura de estrutura bucolingual pode mascarar a 
lesão quando a mesma é pequena.
Observação: a radiografia interproximal é a mais indicada para o diagnóstico da 
cárie dentária
 
2
 FATORES ETIOLÓGICOS E FATORES DE 
 RISCO DA CÁRIE DENTÁRIA
São de suma importância, pois darão um norte em relação ao tratamento da 
doença cárie
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA CÁRIE DENTÁRIA
É uma doença multifatorial, infectocontagiosa, transmissível, crônica e é causada 
por um desequilíbrio do processo de desmineralização e remineralização(DES-RE)
FATORES DETERMINANTES: 
são aqueles que não se modificam e independem do tipo de população, estado 
socioeconômico esses fatores vão sempre atuar e determinar a doença
FATORES MODIFICADORES: 
são os relacionados com hábitos e podem ou não determinar a doença, sendo 
esses fatores influenciadores da doença cárie.
FATORES ETIOLÓGICOS DAS CÁRIES
1. Microrganismos- é necessário que estes tenham uma característica específica 
com um fator de virulência específico. Sendo o principal: Streptococos mutans, 
mas é possível identificar outros como lactobacilos
2. Substrato- está relacionado com a dieta, onde observa se a grande quantidade de 
ingestão de carboidratos fermentáveis numa alta frequência e consistência pegajosa 
3. Hospedeiro- relacionado a características especificas do indivíduo, como por 
exemplo: a estrutura dentária, uso ou não de fluoretos
4. Tempo
A união desses fatores dão origem a cárie.
3
FATORES DE RISCO DA CÁRIE DENTÁRIA
Muitas vezes não é possível determinar o tipo de microrganismo, mas pode se 
relacionar o hábito do paciente e assim verificar uma tendência a cárie.
1. Experiência de cárie: se o paciente já apresentou cárie em um período curto de 
tempo, provavelmente encontra se em desequilíbrio, demonstrando assim um 
fator de risco
2. Comportamento: comportamentos compulsivos, alteração na dieta(alimentação 
inadequada), ansiedade, também são fatores que podem influenciar na 
presença da cárie
3. Status socioeconômico: reflete no acesso a saúde e até mesmo a condição de 
comprar escova de dente, fio dental e acesso a água fluouretada
4. Dieta: observar se a dieta é cariogênica ou não. Observar a quantidade de 
carboidratos digeridos, a frequência da ingestão e a consistência da dieta
5. Saliva: está relacionada a característica do hospedeiro, ou seja, quanto maior o 
fluxo salivar, menor a chance da presença de cárie dental.
6. Colonização microbiana: a bactéria específica, streptococos mutans é um fator 
determinante, mas nem sempre será possível dosar essa bactério, então deve 
se observar o índice de placa visível e a condição de higiene desse paciente. Se 
o paciente não higieniza existem uma maior chance de cárie dentaria
7. Higiene bucal: diretamente relacionado com a maior colonização das bactérias. 
Deve se observar também o uso de produtos fluouretados, o uso desses produtos 
e a concentração do flúor presente nos mesmos.
CARACTERÍSTICA CLÍNICAS DA CÁRIE DENTÁRIA
• Sem cavidade: Vale observar que existe um período subclinico, sem cavitações, 
período esse ideal para atuação, pois a cárie ainda é reversível. Observa se 
adesão de microrganismos, colonização e o desequilíbrio do processo DES-RE, 
ou seja, a tendência maior é que se perda material do que inserção de mineral 
na estrutura de hidroxiapatita
• Mancha branca: é o primeiro sinal clínico detectável e também é possível fazer 
a prevenção e remineralização dessa mancha
• Cavidade: lesão em esmalte, dentina ou na polpa. São lesões irreversíveis e só 
é possível eliminar a doença com restauração (invasiva ou não invasiva)
 
4
ATIVIDADE DA CÁRIE DENTÁRIA
.Quando avalia-se as lesões cavitadas ou não cavitadas é importante verificar 
a atividade da cárie. São dois fatores importantes, 1- o risco e 2- a atividade, a 
união desses dois fatores influenciarão na tomada de decisão.
Sem cavitação, pode ser:• Lesão ativa: opaca, rugosa e porosa sob a superfície do esmalte
• Lesão inativa: lisa, brilhante e polida
Com cavitação, pode ser:
• Lesão ativa: tecido amolecido, cor amarelada ou castanho clara, aspecto úmido 
e opacidade no esmalte adjacente
 
5
• Lesão inativa: tecido escurecido,, cor marrom escura ou negra, aspecto seco e 
sem opacidade no esmalte subjacente
 https://edutec.unesp.br/publicador/index.php/conteudo/visualizarInteiro?pid=201
2
 EPIDEMIOLOGIA GERAL E 
 PRINCIPAIS CONCEITOS 
 
Conceito de epidemiologia: é o ramo da saúde que estuda o processo saúde-doença 
nas populações, bem como os fatores que interferem na difusão e propagação de 
doenças, agravos e eventos em saúde coletiva, propondo então medidas afim de 
prevenir, controlar ou erradicar os fatores de risco. A partir desse estudo e coleta 
de dados é possível criar um suporte ao planejamento, administração e avaliação 
das ações de saúde. 
 
Origem: é um termo grego 
 Grego- epi = sobre 
 Demos = povo 
 Logos = estudo 
 
IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
• • Preocupação mundial com as doenças transmissíveis, como por exemplo: 
gripe aviária 
• • Grandes endemias, como por exemplo: tuberculose e dengue 
• • Enfermidades crônicas (doenças cardiovasculares, diabetes, câncer) 
• • Desigualdades sociais e condições de saúde 
Observação: os agravos a saúde não ocorrem ao acaso na população, o que é 
comprovado pelos estudos epidemiológicos, que mostram que o processo saúde 
doença ocorrem devido a determinantes biológicos ou sociais. 
 
A EPIDEMIOLOGIA BUSCA RESPONDER 
• • Como a doença se distribui segundo as características das pessoas, dos 
lugares que elas habitam e do tempo considerado? 
• • Quais fatores sejam eles de risco ou de proteção que determinam a ocorrência 
da doença e sua distribuição na população? 
 
3
OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA 
SÃO 3 PRINCIPAIS: 
1. Descrever as condições de saúde da população afim de determinar a frequência 
e distribuição dos eventos nas populações 
2. Investigar os fatores determinantes da situação de saúde contribuindo com 
estudos que apontem os fatores de risco e de proteção a saúde, de problemas 
antigos ou emergentes. 
3. Avaliar o ipacto das ações para alterar a situação de saúde, determinando a 
utilidade e segurança das ações isoladas, dos programas e dos serviços de 
saúde. 
 
CONCEITOS EM EPIDEMIOLOGIA
• Incidência- É a frequência com que surgem novos casos de uma doença, num 
intervalo de tempo em uma determinada população. 
• Prevalência- É a frequência de casos de uma doença, existente em um dado 
momento como uma espécie de fotografia*. São casos existentes detectados 
através de uma única observação. Casos ‘’antigos’' mais casos novos 
◊ *fotografia- a relação exposição-doença é examinada em uma dada 
população, em um momento particular. 
 
CÁLCULO DE INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA 
1.INCIDÊNCIA 
Coeficiente de incidência(ci) = número de casos novos da doença x 1000 
 populção de risco 
 
4
 
https://slideplayer.com.br/slide/290440/ 
2.PREVALÊNCIA 
 
https://slideplayer.com.br/slide/290440/ 
 
5
MORTALIDADE 
Número de mortos de uma população em um determinado espaço de tempo 
Observação: normalmente um ano 
https://goo.gl/coZVBQ
MORBIDADE 
É a relação entre o número de casos de doença(em tratamento ou não) ou agravo 
da mesma em uma determinada população e um determinado espaço de tempo. 
 
https://slideplayer.com.br/slide/381408/ 
2
 EPIDEMIOLOGIA EM SAÚDE BUCAL
ÍNDICE CPOD
Foi formulado por Klein e Palmer em 1937, e é usado pela organização mundial de 
saúde(OMS) para avaliar a cárie dentária em diversos países. A sigla ‘CPO’ tem 
origem nas palavras, “cariados”, “perdidos” e “obturados” e a letra D indica que a 
unidade de medida é o dente. Tal índice representa a média do número total de 
dentes permanentes cariados, perdidos e obturados em um grupo populacional. 
Calcula a severidade da doença cárie
Observação- em um único individuo, o cpo-d será a soma das condições 
encontradas em cada dente
Indica a experiência de cárie passada, onde tal se refere ao componente “p” do 
índice, que serão os perdidos por cárie e os restaurados como sequela da cárie e 
o componente “c”, da cárie ainda presente necessitando tratamento odontológico 
https://pt.slideshare.net/roseanecordeiro/epidemiologia-e-sade-bucal
CALCULO DA PREVALÊNCIA DA CÁRIE DENTÁRIA
• Proporção de indivíduos com cárie dentária naquele grupo, em relação ao total 
de indivíduos examinados, dessa maneira, ter apenas uma lesão de cárie em um 
individuo e 3 lesões em outro individuo, significa a mesma coisa na prevalência.
3
• Do total de indivíduos examinados, qual a % que são livres de cárie (CPO-D=O). 
Logo essa será a prevalência de cárie dentária. 
• A idade de cinco anos é a idade índice: %livres de cárie. A prevalência seria a 
porcentagem dos indivíduos com cpo-d ou ceo-d> 1
https://pt.slideshare.net/carlosamade58/riscos-e-doencas-epidemiologia
IPC – ÍNDICE PERIODONTAL COMUNITÁRIO
• O cpitn(the community periodontal index and treatment needs) busca analisar 
a necessidade do tratamento periodontal indicado pela OMS e federação 
dentária internacional, e tem como objetivo conhecer a situação periodontal 
coletiva afim de dimensionar os recursos necessários.
• Permite também avaliar resultados obtidos após o desenvolvimento de ações 
nessa área, indicando a presença ou ausência de sangramento gengival, cálculo 
supra ou subgengival e bolsas periodontais (rasas e profundas)
• O exame é feito por sextante.
Observação- registra se a pior condição por sextante.
• Utiliza se uma sonda periodontal da OMS
4
https://www.dentalcremer.com.br/produto/694703/sonda-milimetrada-oms---fava
CÓDIGOS DO IPC
0 Periodonto sadio
1 Ao uso da sonda, sangramento gengival
2 Presença de cálculo
3 Bolsas rasas
4 Bolsas profundas
Observação: O ipc sofre um grande problema no que diz respeito a população 
adulta com muita perda dentária, pois quando na há dentes não há como examinar 
o periodonto
2
 PRODUTOS FLUORETADOS NO 
 TRATAMENTO DA CÁRIE DENTÁRIA
Os produtos fluoretados podem ser administrados de forma sistêmica ou local. A 
partir dos estudos da cardiologia, o mecanismo de ação do flúor é basicamente 
tópico, dessa maneira deve-se manter constantemente o contato com a cavidade 
bucal
PRODUTOS FLUORETADOS DE USO SISTÊMICO
As principais fontes de ingestão sistêmica de fluoretos são: 
• Agua fluoretada, suplementos dietéticos, fórmulas infantis, alimentos e bebidas, 
leite, sal.
Observação: flúor sistêmico auxilia na formação de fluorapatita, além disso esse 
flúor cai na corrente sanguínea e é secretado pela saliva tendo um efeito local na 
boca. 
 http://annalouzada.blogspot.com/2011/07/fluoretacao-das-aguas-de-abastecimento.html
PRODUTOS FLUORETADOS DE USO TÓPICO OU LOCAL
São divididos em: profissional ou caseiro (que são produtos de auto aplicação) 
Produtos profissionais
Géis ou mousses, que apresentam composição de:
• NaF2% neutro, FFA (flúor fosfato acidulado) 1,23%
3
• São aplicados com moldeiras (mais eficazes), cotonetes (por quadrante) e a 
frequência depende da severidade
• A principal função desse produto é a formação do fluoreto de cálcio, que é uma 
molécula reservatória de fluoreto sobre superfície dentária
 
Indicações 
• Pode ser usado por qualquer pessoa desde que a ingestão seja controlada, ou 
seja, para crianças menores de 6 anos, pacientes com necessidades especiais 
ou que tenham algum tipo de deficiência motora, não é tão indicado para evitar 
tal ingestão
Vernizes fluoretados, apresentação composição de:
• Flúor silano(1000 ppm) ou NaF 5%(22.600 ppm)
Observação: dispositivo de liberação lenta de fluoreto(12horas ou mais)
Apresentam também a formação do Fluoreto de Cálcio
Indicações :
• Crianças na primeira infância, pacientes com necessidades especiais, 
remineralização de manchas brancasativas. Complementam a contraindicação 
dos géis. É usado também em casos de sensibilidade dentinária, pois contribui 
também com o vedamento dos túbulos dentinários
4
https://www.dentalmuller.com.br/detalhes/dentista/material-de-consumo/verniz-fluoretado-fluorniz-kit-ss-white/
Cimento de ionômero de vidro (CIV)- também libera flúor na cavidade bucal
Características: Adesividade, biocompatibilidade, coeficiente de expansão térmico 
linear compatível com o esmalte e dentina, radiopacidade, múltiplas indicações e 
principalmente liberação e captação de fluoretos
Observação: é necessário que o flúor seja consumido constantemente para que o 
CIV possa capta-lo 
É altamente indicado nos casos de Tratamento Restaurador Atraumático (TRA)
PRODUTOS FLUORETADOS CASEIROS
Dentifrício fluoretado: controle mecânico do biofilme dentário por ação dos 
abrasivos
Tipos 
• Sem flúor- 500 ppm- indicado para bebês, 1100 ppm(convencionais) e 1500 
ppm (de alta concentração)
Observação: hoje, é indicado para todas as idades o uso de dentifrício com flúor 
para todas as idades, com controle de quantidade inserida na escova- acima de 
1100ppm. Crianças muito pequenas, a quantidade é a de um grão de arroz (cru).
5
http://www.wwow.com.br/portal/revista/revista.asp?secao=5&view=artigos&id=80
SOLUÇÕES ENXAGUATÓRIAS
• NaF 0,05% para uso diário ou semanal de 0,2%
• A indicação está relacionada a pessoas com fator de risco associado, aparelhos 
ortodônticos, prótese, mudança de dieta, fluxo salivar reduzido, raiz exposta, 
pacientes com limitações de higienização, pós operatório cirúrgico
• Deve se considerar se o indivíduo não possui acesso a água fluoretada, para 
assim fazero complemento com as soluções enxaguatórias
• https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/especialistas-apontam-mitos-e-
verdades-sobre-o-uso-do-enxaguante-bucal/
2
 TRATAMENTO DA CÁRIE: UMA 
 ABORDAGEM INDIVIDUAL
DIAGNÓSTICOS E FATORES DE RISCO
• O diagnóstico da cárie dentária é clínico, tátil-visual(preferencialemente) e 
complementado por radiografias(interproximais-para analisar as coroas dos 
dentes)
Condições clínicas: uma superfície limpa, ou seja, uma profilaxia profissional 
realizada, um ambiente bem iluminado e também seco , pois dessa maneira 
pode se observar lesões com manifestações precoces que são as manchas 
brancas(reversíveis) 
• Identificar os sinais de cárie: lesões ativas ou inativas, ou seja, a atividade 
dessa cárie, o que vai influenciar na tomada de decisão. Nas lesões ativas antes 
de pensar em reabilitar e restaurar, deve se pensar em inativar e paralisar a 
atividade de cárie. Nas lesões inativas, deve se pensar nos fatores de risco 
envolvidos para essa doença e qual o melhor material para a reabilitação
Observação: o risco e a atividade dentária são de extrema importância para a 
tomada de decisão no tratamento e abordagem individual
AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO: 
• Higiene-escovação frequente, alguma dificuldade motora, índice de placa 
visível 
• Observação: esse índice não necessita de sondagem, pois a placa é visível 
• Acesso ao flúor e produtos fluoretados- pacientes que moram ou não em região 
com agua fluoretada
• Hábitos alimentares- dieta cariogênica, quantidade de açúcar 
ingerido(principalmente a sacarose), frequência de ingestão e também a 
consistência dos alimentos
• Condição socioeconômica- não está diretamente dentro dos fatores etiológicos, 
mas afeta diretamente a condição e predisposição do paciente
Observação: a sonda utilizada é a OMS, pois a sonda exploradora pode romper 
estruturas que até então são sadias e lesões cavitadas reversíveis
3
CONTROLE DA DOENÇA CÁRIE DENTÁRIA
O controle da doença está envolvido com o controle dos fatores de risco, ou seja, 
deve se conhecer os fatores etiológicos, mas também os fatores que aumentam a 
probabilidade da doença na boca. 
O tratamento deve ser individualizado e compreende
1. Instrução de higiene oral- orientação e motivação do paciente, com um maior 
cuidado em algumas faixas etárias como na adolescência, que já apresenta 
fatores comportamentais influenciando na higiene oral 
2. Remoção profissional do biofilme dentário- também remover fatores retentores 
de placas, por exemplo: restaurações inadequadas, cavitações, que por estarem 
abertas acabam acumulando placa
3. Adequação do meio bucal- curetagem e inserção de materiais provisórios, que 
possuem uma ação anticariogênica, como por exemplo o cimento de ionômero 
de vidro(CIV)
4. Controle da atividade da doença- através do controle dos fatores. Exemplo: 
se a cárie está ativa, deve-se inativa-la com o uso de fluoretos e remoção dos 
hábitos que colaborem com o desenvolvimento da doença
Observação: o tratamento deve ser o mais conservador possível
TRATAMENTO DA CÁRIE DENTÁRIA EM ESMALTE 
• Manchas brancas ativas- representa uma lesão de cárie insipiente e deve se 
pensar apenas na inativação da mesma, não sendo necessário o desgaste do 
tecido com cavitações e materiais restauradores. O tratamento deve ser feito 
com a remineralização com fluoreto
Observação: a escolha do fluoreto depende do risco. Se o risco for identificado 
deve ser feita a inativação com o uso de vernizes fluoretados, contudo se o risco 
for baixo, uma boa orientação de higiene com o uso de dentifrícios fluoretados é 
capaz de resolver o problema
4
• Manchas brancas inativas- também deve se controlar os fatores de risco e 
obrigatoriamente usar o verniz fluoretado, que auxiliará na remineralização 
dessas manchas
Observação: o verniz não é de uso coletivo, pois apresenta algumas particularidades. 
É um material para inativar lesões quando se pensar na abordagem individual 
desse paciente
• Lesões cavitadas ativas- sejam em esmalte ou em dentina, devem ser seladas, 
podendo ser utilizado o cimento de ionômero de vidro(CIV), pois é um material 
que libera flúor e contribui com a não progressão da cárie e a inativação dessa 
lesão através da remineralização
• Lesão cavitada inativa- em um paciente que não possui risco identificado e 
controle da higiene e dieta, deve se fazer uma restauração. Tal restauração 
depende da unidade e poderá ser feito com resina ou amalgama
TRATAMENTO DA CÁRIE DENTÁRIA EM DENTINA
Lesões não cavitadas e com aspecto acinzentado- devem ser confirmadas com 
o auxílio da radiografia. Muitas vezes a região oclusal está intacta, mas a lesão 
começa pela região proximal, onde o acesso visual não é fácil devido ao contato 
entre os dentes, portanto deve se desconfiar de tal situação e buscar auxílio da 
radiografia
Remoção parcial da cárie dentária- identificar a dentina infectada da dentina 
afetada é de suma importância, pois em um tratamento minimamente invasivo 
pode ser mantida a dentina afetada e remove apenas a dentina infectada
Lesões ativas em dentina- pode se pensar em tratamento restaurador 
atraumático(TRA) ou tratamento expectante pensando na proteção do complexo 
dentinho-pulpar
Lesões ativas em dentina- pode se fazer a restauração definitiva e a escolha do 
material depende da profundidade da cavidade
5
MANUTENÇÃO DA SAÚDE BUCAL
• O retorno para manutenção odontológica deve ser incentivado como rotina
• A frequência varia de acordo com os fatores de risco e atividade da doença. 
Quem possui maior risco deve ir ao dentista com maior frequência
• Ações educativas-preventivas
USO DE SELANTES 
Indicações: quando aparecem essas 3 condições acontecendo ao mesmo tempo
1. Dente recém erupcionado 
2. Dente homologo com presença de cárie dentaria
3. Alto índice de placa e risco identificado
2
 TRATAMENTO DA CÁRIE: UMA 
 ABORDAGEM COLETIVA
A cárie dentária é a doença mais prevalente que acomete a cavidade oral, portanto 
deve se pensar em medidas coletivas independentes da abordagem individual 
dessa doença.
AÇÕES DE VIGILÂNCIA SOBRE O RISCO E NECESSIDADE 
EM SAÚDE BUCAL.
• Deve se pensar qual a medida mais adequada para se verificar, na população, 
a cárie dentária. Usa-se os indicadores CPO-D e CEO-D
• Monitoramento dos indicadoresde saúde bucal com período mínimo de 4 anos, 
utilizando a médias dos indicadores citados acima
• Avaliação do percentual de grupos livres da cárie dentária entre 5 e 12 anos. O 
recomendado é que os municípios continuem esse monitoramento até a faixa 
dos 18 anos
Observação: as marcas de 5 e 12 anos são muito importantes pois marcam 
respectivamente o início da dentição mista, com 5 anos a erupção dos incisivos 
centrais e dos primeiros molares permanentes e aos 12 anos o término da dentição 
mista com esfoliação final dos dentes decíduos e formação da dentição permanente 
e também a aparecimento de fatores comportamentais que influenciam no risco 
da doença
Acompanhamento das perdas dentárias- é uma forma de se indicar se as ações 
indicativas estão realmente sendo efetivas, pois essas perdas devem ser reduzidas 
ao longos dos anos até chegar na meta preconizada
AÇÕES DE PROMOÇÃO DE SAÚDE
• Serão focadas nas populações de maior risco social, pois o fator socioeconômico 
influencia diretamente na presença da doença cárie. O pouco acesso aos 
serviços odontológico, o baixo nível de escolaridade e outros fatores colocam 
populações com essas características no grupo de maior risco
3
Deve se considerar então:
• O acesso ao tratamento odontológico- inserção do dentista na estratégia de 
saúde da família, nas unidades básicas de saúde
• Acesso ao uso do flúor, que se dá de duas maneiras: 1-agua de abastecimento, 
que depende das prefeituras e 2-o acesso ao dentifrício fluoretado
Observação: não se recomenda dentifrício sem flúor ou de baixa concentração 
de flúor. O recomendado é acima de 1100 ppm orientando a população sobre a 
quantidade de dentifrício utilizado e orientação aos pais em relação a escovação 
supervisionada das crianças, que ainda não possuem capacidade motora suficiente 
para uma boa escovação.
• Controle da atividade da cárie em ambientes coletivos- lesões ativas e inativas. 
Pode ser feita palestras e orientações em ambientes da comunidade
• Redução do consumo de açúcar- é um alimento cariogênico
Observação: o organização mundial da saúde(OMS) recomenda uma ingestão de 
açúcar livre abaixo de 5% da energia total da dieta que corresponde a mais ou 
menos 10g
• Educação em saúde bucal- palestras em colégios e escovação supervisionada
AÇÕES EDUCATIVAS E PREVENTIVAS
Locais de atuação: espaços sociais e unidades de saúde, que pode ser usado tanto 
pelo cirurgião dentista quanto pelos agentes comunitários de saúde, portanto a 
educação desses agentes, bem como sua capacitação é de extrema importância
Público alvo: crianças em idade pré escolar, e escolar(que segundo o SB-Brasil 
2010 se encontram em situação de risco) e os demais grupos de acordo com os 
riscos epidemiológicos 
Procedimentos recomendados:
• Exame epidemiológico-monitoramento através do CPO-D e CEO-D
• Educação em saúde bucaç- palestras, escovação supervisionada 
APLICAÇÃO TÓPICA DE FLÚOR, INDICAÇÕES:
• Exposição á agua de abastecimento sem flúor ou abaixo de 0,4 ppm
Observação: a concentração ideal é entre 0,7 e 1ppm
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• População sem acesso a dentifrício fluoretado
• CPO-D maior que 3 aos 12 anos de idade- população com mais de 3 cáries na 
cavidade oral aos 12 anos
• Menos de 30% de indivíduos livres de cárie dentária
APLICAÇÃO TÓPICA DE FLÚOR- PRODUTOS
• Bochechos fluoretados diários ou semanais
Observação: uso diária 0,05%; uso semana 0,2%
• Aplicação trimestral de gel fluoretado na escova, moldeira ou pincelamento 
com contonete
Observação: esse gel deve ser usado por alguém da área ou agente capacitada e 
deve ser aplicado a cada 3 meses
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 SITUAÇÃO DE SAÚDE BUCAL DA 
 POPULAÇÃO BRASILEIRA 
OBJETIVOS DO INQUÉRITO NACIONAL
Analisar tendências em saúde bucal da população, para que possam influenciar 
as políticas tanto no setor público quanto no setor privado. 
.No mundo inteiro são feitos estudos visando a perspectiva do ciclo de vida, que 
para isso utilizam as idades índices. São elas : 5, 12, 15, 35 e 65 a 74 anos
 Os últimos inquéritos nacionais buscaram analisar: 
1. a prevalência e a gravidade da cárie dentária em coroa e raiz 
2. prevalência e gravidade de oclusopatias
3. prevalência e a gravidade da fluorose dentária
4. necessidade e uso de prótese nas faixas etárias de 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos
5. prevalência e a gravidade da dor de origem dentária 
6. perfil socioeconômico, a utilização de serviços odontológicos(público e privado), 
a auto percepção e os impactos da saúde bucal.
INDICADORES
CPI- É o índice periodontal comunitário, proposto pela OMS( organização mundial 
da saúde) complementado pelo exame da perda de inserção periodontal (PIP) 
para a população adulta e idosa. Tal índice verifica a ocorrência de sangramento, 
cálculo e presença de bolsa periodontal (rasa e profunda) tendo como referência o 
exame por sextante (grupos de 6 dentes entre os 32 da arcada dentária)
 http://muitobomessecafe.blogspot.com/2014/06/indice-periodontal-comunitario-intpc.html
3
.Índice de Dean(Dean, 1934)-é o índice para a fluorose que permite a comparação 
com um volume maior de estudos. Classificação 
• • sem fluorose
• • questionável
• • muito leve
• • leve
• • moderada
• • severa
 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000700101
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 http://www.clarearodontologia.com.br/pt/SitePublicacoesDetalhes.aspx?idTbPublicacoes=4799
SITUAÇÃO ATUAL DA SAÚDE BUCAL DA 
POPULAÇÃO BRASILEIRA
Tais indicadores quando aplicados a atual situação do Brasil, nos estudos feitos 
em 2003 e 2010 e metas OMS/FDI, pode se observar que: 
1. Crianças livres de cárie aos 5 anos- apresentou uma melhora de quase 4%, se 
aproximando da meta de 50%
2. Índice CPO-D aos 12 anos- o Brasil mantém o número dentro da meta que é 
menor que 3
3. Indivíduos com 20 ou mais dentes aos 35 a 44 anos- apresentando uma alta 
perda dentária, apesar de uma melhora do ano 2003 ao ano de 2010, pois o 
normal seria um P≤12, mas encontra se com CPO-D= 16,3
4. Indivíduos com 20 ou mais dentes aos 65 a 74 anos(P ≤12)- apresentando um 
alta perda dentária. CPO-D= 27,5

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