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EXODONTIA

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Larissa Neves De Angeli 
CBMF 1 - Odontologia Ufes 2019/2
PRINCÍPIOS DA CIRURGIA
DIAGNÓSTICO CIRÚRGICO
A decisão de realizar a cirurgia deve ser o resultado de várias etapas de diagnóstico. Primeiramente, identificando sinais e sintomas e informação histórica relevante. A primeira etapa, é coletar dados importantes por meio de entrevistas com o paciente, exame de imagem, laboratoriais e físicos. Para uma boa análise, é necessário que os dados estejam organizados em um formulário que permite surgimento de hipóteses diagnósticas.
NECESSIDADES BÁSICAS PARA CIRURGIA
1- Visibilidade adequada
Depende de três fatores:
· Acesso adequado
Depende da habilidade do paciente em abrir a boca e da exposição criada cirurgicamente. A retração de tecidos para longe do campo operatório e criação de retalhos cirúrgicos também oferecem um acesso melhorado.
· Luz adequada
Evitar que o cirurgião ou o auxiliar fiquem em posições que bloqueiam as fontes de luz do equipo. A luz deve ser corrigida continuamente.
· Campo cirúrgico livre de excesso de sangue e outros fluidos
Um aspirador cirúrgico de alto desempenho com uma ponta de sucção relativamente pequena pode remover o sangue e outros fluidos do campo.
2- Assessoramento 
Um assistente treinado corretamente oferece ajuda inestimável durante a cirurgia oral.
TÉCNICA ASSÉPTICA
Minimizar a contaminação do corte.
INCISÕES
1º princípio: usar uma lâmina afiada de tamanho apropriado. Assim, permite que a incisão seja feita de forma limpa e sem danos desnecessários.
2º princípio: golpe firme e contínuo ao de fazer uma incisão, pois golpes repetidos aumentam a quantidade de tecido danificado e quantidade de sangramento.
3º princípio: evitar cortar estruturas vitais ao se fazer uma incisão. Para evitar o corte de grandes vasos e nervos, deve ser feito uma incisão profunda o suficiente para definir a próxima camada. Os vasos podem ser mais facilmente controlados antes de serem completamente divididos.
4º princípio: as incisões devem ser feitas com a lâmina em posição perpendicular à superfície epitelial para ter mais facilidade ao se reaproximar e evitar necrose nas bordas do corte.
5º princípio: incisões na cavidade oral devem ser devidamente aplicadas. Incisões em gengiva inserida e sobre osso saudável são mais desejáveis que em gengiva não inserida e em osso doente ou ausente. Isso permite que as bordas sejam suturadas intactas e que tenha mais suporte para cicatrização do corte. Incisões próximas ao dente a ser extraído devem ser feitas no sulco gengival.
PLANEJAMENTO DO RETALHO
Retalhos são feitos para conseguir acesso cirúrgico ou mover tecido de um local para outro.
· Prevenção de necrose no retalho
1- A ponta do retalho nunca deve ser maior que a base. As bordas do retalho devem ser paralelas ou, de preferência, convergindo da base para ponta.
2- O comprimento do retalho não deve ser maior que duas vezes a largura da base. O comprimento jamais deve exceder a largura.
3- Deve-se ter fornecimento de sangue na base do retalho. Ex: incisões no palato devem ser em relação à artéria palatina.
4- A base do retalho não deve ser excessivamente torcida, esticada ou apertada com qualquer coisa que possa danificar os vasos, pois pode comprometer o suprimento sanguíneo.	
· Prevenção de Deiscência do retalho
Deiscência: separação das bordas. É prevenida pela aproximação das bordas sobre o osso saudável
· Prevenção da dilaceração do retalho
É comumente causada quando um retalho não oferece acesso suficiente. É preferível criar um retalho grande o suficiente no início da cirurgia para evitar rompimento forçado ou para a cirurgia para aumentar o retalho.
Retalho em envelope: incisões que promovem retalho em uma face, como feita no colo de vários dentes sem incisões verticais.
Incisão relaxante: feitas para prevenir dilaceração do retalho em envelope, quando este não for suficiente.
Incisões verticais (obliquas) devem ser colocadas no espaço de um dente inteiro anterior à área que se for manipular. A incisão é geralmente iniciada no ângulo de um dente ou na papila interdental.
MANIPULAÇÃO DE TECIDOS
Deve-se tomar sempre muito cuidado ao manusear os tecidos.
· Quando os fórceps são usados, não devem ser comprimidos com muita força, mas de preferência usados delicadamente para segurar o tecido. 
· Além disso, os tecidos não devem ser retraídos agressivamente para ganhar maior acesso cirúrgico. 
· Ao cortar o osso, gera-se muito calor sobre o tecido, por isso é importante resfriá-lo irrigando-o abundantemente. 
· Não se deve deixar que os tecidos sofram desidratação, cortes abertos devem ser umedecidos frequentemente ou cobertos com uma gaze úmida, caso não se esteja trabalhando neles por um tempo. 
· Substâncias não fisiológicas não devem entrar em contato com tecido vivo. Ex: pinças de tecido que usadas para colocar uma amostra de biópsia no formol não deve retornar ao tecido vivo antes de ser retirado todo o formol.
HEMOSTASIA
Prevenção de perda excessiva de sangue durante a cirurgia é importante para preservar a capacidade de armazenar oxigênio do paciente. Alguns problemas causados pela perda de sangue excessiva: diminuição da visibilidade e formação de hematomas (agem como meio de cultura aumentando a chance de infecções)
Meios para promover a hemostasia:
1- Mecanismos hemostáticos naturais: pressionar uma gaze sobre o local para que haja estagnação de sangue nos vasos, o que promove coagulação.
2- Uso do calor para fundir a ponta dos vasos cortados (coagulação térmica). O calor é geralmente aplicado sobre uma corrente elétrica. 
3- Ligadura: se um vaso de tamanho considerável for cortado, cada ponta é segurada com um hemostato. O cirurgião então amarra suturas não absorvíveis ao redor do vaso.
4- Uso de substâncias de vasoconstrição: epinefrina ou pró-coagulantes,c omo trombina ou colágeno administradas no corte.
Espaço morto:
Espaço morto é qualquer área que permanece desprovida de tecido após o fechamento do corte. Geralmente se preenche de sangue e cria um hematoma com grande potencial para infecção. Ele geralmente é evitado na sutura, quando se fecha camada por camada.
DESCONTAMINAÇÃO E DEBRIDAMENTO
Descontaminação: diminuir a chance de infecção do corte reduzindo a quantidade de bactérias. Realizado irrigando repetidamente o corte durante a cirurgia e fechamendo com soro fisiológico. A irrigação desaloja bactérias e outros materiais externos, e os enxágua para fora do corte.
Debridamento: remoção cuidadosa do tecido severamente isquêmico e necrosado, e material externo do tecido lesado que impediria o corte de cicatrizar.
CONTROLE DE EDEMA
O edema ocorre após a cirurgia como resultado de lesão tecidual. 
1- Quanto maior a quantidade de lesão tecidual maior a quantidade de edema.
2- Quanto mais solto o tecido conjuntivo contido na região lesionada, maior o edema. Ex; gengiva inserida tem pouco tecido conjuntivo frouxo, por isso tem menor tendência pra edema.
Pode-se controlar a quantidade de edema:
· Realizando a cirurgia com poucas lesões no tecido.
· Aplicando gelo no local ferido para que se tenha vasoconstrição
· Aconselhar o paciente a manter a cabeça em posição elevada nos primeiros dias pós operatório
· Uso de corticoesteróides, pois reduzem a inflamação e transudação (e por consequinte edema) – iniciando antes do procedimento.

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