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Diarreia Aguda PED

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 Diarreia é caracterizada como volume fecal > 
10ml/kg/dia em lactentes E/OU 3 ou mais 
evacuações líquidas em m período de 24 horas (em 
lactentes jovens considerar a mudança na 
consistência habitual das fezes). 
 Disenteria é o quadro de diarreia aguda com sangue, 
muco e/ou pus, acompanhado de febre, dor 
abdominal e retal. 
 Além de poder levar a óbito pela desidratação, a 
diarreia também contribui para o estabelecimento 
de quadros de desnutrição infantil. 
Duração 
 Diarreia aguda: duração de até 14 dias (a maioria dos 
casos irá se resolver em até 7 dias). A maioria dos 
episódios de diarreia aguda é provocada por um 
agente infeccioso. 
 Diarreia persistente: duração de 14 dias ou mais. 
 Diarreia crônica: tem duração superior a 30 dias. 
Mecanismo 
1. Osmótica 
 Deve-se ao acúmulo de substâncias osmoticamente 
ativas no interior da luz intestinal que exercem uma 
pressão osmótica capaz de reter líquido no lúmen da 
alça, causando uma diarreia líquida (ou semilíquida). 
 Gap osmolar fecal alto. 
 Características: volume fecal menor do que nos 
quadros de diarreia secretória, acúmulo de gases, 
distensão abdominal, RHA, fezes explosivas e jejum 
pode melhorar sintomas. 
 Causa: doenças que lesam o enterócito 
comprometendo a digestão e/ou a absorção de 
carboidratos e ingestão de solutos habitualmente 
não absorvidos (lactulose, magnésio, fosfato e 
sorbitol). 
 
Secretora 
 A diarreia secretora se estabelece quando os 
sistemas de transporte de solutos no epitélio 
intestinal apresentam-se em um estado de secreção 
ativa. 
 Gap osmolar fecal é baixo. 
 Características: diarreia volumosa, que persistes 
mesmo durante o jejum. 
 Causas: liberação de enterotoxinas. 
 Exemplo: vibrião colérico e a E. coli enterotoxigênica. 
Invasiva 
 Ocorrem por lesão direta do epitélio intestinal ou à 
ação de citotoxinas com inflamação, diminuição da 
reabsorção colônica e aumento da motilidade. 
 Características: fezes podem apresentar sangue, 
muco e leucócitos (disenteria). 
 Causas: agentes infecciosos que têm a capacidade de 
invadir o epitélio ou secretar citotoxinas, como 
Salmonella, Shigella, amebíase, Yersinia e 
Campylobacter. 
Viral 
Quando suspeitar? Náuseas, vômitos e febre; fezes 
líquidas sem sangue ou pus. 
1. Rotavírus 
 Principal causa de doença diarreica grave em 
crianças < 2 anos, sendo mais grave ainda entre 3-24 
meses. 
 Possui maior incidência no inverno (países 
temperados) e durante o ano todo (países em 
desenvolvimento). 
 Período de incubação < 48 horas, podendo variar de 
1-7 dias. 
 Mecanismo: osmótico e secretor. 
 Clínica: vômitos e febre, seguidos de diarreia líquida. 
Pode haver intolerância transitória à lactose. Os 
vômitos e a febre costumam desaparecer no 
segundo dia de doença, mas a diarreia pode 
continuar por cinco a sete dias. 
2. Calicivírus (norovírus e sapovírus) 
 Os norovírus são a principal causa de surtos de 
gastroenterite associados à contaminação 
alimentar. 
Diarreia Aguda 
 Acomete indivíduos de todos as idades. O sapovírus 
em específico os < 5 anos. 
 Período de incubação de 12 horas. 
 Clínica: náuseas e vômitos (há maior prevalência de 
vômitos em adultos e de diarreia em crianças). A 
doença tem duração curta, entre um e três dias. 
3. Astrovírus 
 Associam-se com surtos de diarreia em ambiente 
hospitalar e comunidades fechadas (como creches e 
quarteis). 
 Clínica: diarreia de intensidade mais branda, com 
fezes líquidas, vômitos e febre baixa. 
4. Adenovírus entérico 
 Causa diarreia endêmica nos menores de dois anos. 
 São formados por DNA de dupla hélice (único). 
 Clínica: não tem qualquer particularidade. Cursa com 
náuseas, vômitos, mal-estar, diarreia, dor abdominal 
e febre. O quadro diarreico pode ter duração mais 
prolongada (10-14 dias). 
Bacteriana 
Quando suspeitar? A apresentação pode ser 
semelhante às infecções virais ou pode levar a quadros 
mais graves, com sinais de comprometimento 
sistêmico, distensão abdominal, febre alta, cefaleia, 
confusão mental e até convulsões. 
1. E. coli 
 São bacilos Gram-negativos. 
Enterotoxigênica (ETEC) 
- Principal agente da diarreia dos viajantes. 
- Secreta as enzimas LT e ST. 
- Clínica: leva à evacuação abundante e aquosa. Tem curso 
autolimitado, com duração média de três a cinco dias. 
Eventualmente, pode prolongar-se por mais do que uma 
semana. 
Enteropatogênica (EPEC) 
- Diarreia aguda e persistente em < 2 anos nos países em 
desenvolvimento. 
- Clínica: diarreia aquosa, com vômitos e febre baixa. 
Enteroagregativa (EAEC) 
- < 2 anos, adultos e crianças infectadas pelo HIV e diarreia 
do viajante (2ª causa). 
- Clínica: diarreia aquosa, mucoide com febre baixa. 
Enteroinvasiva (EIEC) 
- Pouco frequente no 1º ano de vida; 
- Clínica: diarreia aquosa ou disenteria com febre 
semelhante à causada por Shigella. 
Entero-Hemorrágica (EHEC) 
- Doença grave em > 6 meses até 10 anos. 
- Clínica: o espectro clínico varia desde casos assintomáticos 
até quadros de colite hemorrágica. O quadro tipicamente 
cursa sem febre, sendo que esse dado é uma pista 
importante para pensarmos nesse agente em detrimento 
de outras causas de diarreia sanguinolenta. 
- Complicações: 5 a 10% das crianças que desenvolvem a 
colite hemorrágica podem desenvolver complicações 
sistêmicas, como a Síndrome Hemolítico-urêmica (SHU – 
insuficiência renal aguda + anemia hemolítica 
microangiopática + trombocitopenia). 
- Estudos indicam que o uso de antibióticos é um fator de 
risco para a ocorrência de SHU. 
Enteroaderente difusa (ECED) 
- > 2 anos. 
- Mais comumente isolada em casos de diarreia prolongada. 
 
2. Salmonella 
 Bacilos gram negativos móveis. 
 Período de incubação: 6-72 horas. 
 Clínica: a manifestação clínica mais comum da 
salmonelose é a enterite aguda. Há início abrupto de 
náuseas, vômitos e dor abdominal, inicialmente 
localizada em região periumbilical e depois 
localizada em quadrante inferior direito. A diarreia é 
inicialmente aquosa, também podendo ser 
mucossanguinolenta (disenteria). Algumas vezes, a 
doença evolui com repercussão sistêmica (sepse) e 
desenvolvimento de alteração do nível de 
consciência, febre alta, cefaleia, meningismo, 
convulsões e distensão abdominal. 
 Complicações: alguns grupos apresentam maior 
risco para o desenvolvimento de bacteremia pelo 
agente, como as crianças com menos de três meses, 
os pacientes com HIV os pacientes com doenças 
hemolíticas (como anemia falciforme). 
3. Shigella 
 Bactérias gram negativas. 
 A infecção pode ocorrer em qualquer idade, mas é 
mais comum no segundo e terceiro ano de vida. 
Cerca de 70% dos casos e de 60% dos óbitos ocorrem 
em menores de cinco anos. 
 É uma das principais causas de disenteria em nosso 
meio. 
 Clínica: febre alta, dor abdominal intensa, náusea, 
vômito, disenteria, tenesmo e urgência para 
defecar. 
 A disenteria associada à shigela é comumente 
referida como disenteria bacilar. Os principais 
sintomas extraintestinais relacionados à shigelose 
estão associados ao sistema nervoso central, como 
cefaleia, meningismo, letargia, confusão e 
alucinações, que podem mesmo anteceder o quadro 
de gastroenterite. 
Os sintomas neurológicos são as manifestações 
extraintestinais mais comuns nos quadros de shigelose, 
sendo descritos em até 40% das crianças internadas 
com shigelose. 
 A principal complicação da shigelose é a 
desidratação. Outras complicações incluem a 
síndrome da secreção inapropriada de ADH 
(associada à S. dysenteriae), sepse, coagulação 
intravascular disseminada, síndrome hemolítico-
urêmica, prolapso retal, megacólon tóxico e colite 
pseudomembranosa. 
4. Campylobacter jejuni 
 É uma das principais causas de diarreia aguda em 
todo o mundo. 
 Clínica: há pródromos com febre, cefaleia e mialgia, 
seguidos pelo surgimento de diarreia aquosa que, 
eventualmente, pode conter sangue(disenteria). 
 Complicações: associa-se à síndrome de Guillain-
Barré, artrite reativa, eritema nodoso, anemia 
hemolítica e nefropatia por IgA. 
5. Yersinia 
 Clínica: diarreia, febre, dor abdominal e leucocitose. 
As fezes costumam ser aquosas ou conter leucócitos; 
raramente, há presença evidente de sangue e muco. 
Pode levar à adenite mesentérica, simulando um 
quadro de apendicite. 
6. Vibrio cholerae 
 Clínica: causa diarreia aquosa muito volumosa, que 
pode levar à morte por desidratação em algumas 
horas. As fezes contêm grande quantidade de água, 
sendo chamadas de fezes em “água de arroz”. 
Protozoários 
1. Giardia lamblia 
 Crianças entre 1-5 anos. 
 Clínica: varia desde portadores assintomáticos até 
manifestações de diarreia aguda com distensão 
abdominal, flatulência e cólicas. Pode levar à 
síndrome de má absorção. 
2. Entameba histolytica 
 A incidência aumenta com a idade. 
 Clínica: 90% dos casos assintomáticos. Pode levar a 
disenteria, abscesso hepático, megacólon tóxico, 
peritonite e perfuração intestinal. 
3. Crypptosporidium 
 Crianças entre 1-5 anos. 
 Clínica: diarreia aguda autolimitada em 
imunocompetentes. Diarreia volumosa, aquosa e 
com cólicas intensas em imunodebilitados. 
DICA! Shigella, Salmonella, Campylobacter, Yersinia, E. 
coli enteroinvasiva ou hemorrágica (produtoras de 
toxina Shiga) e Entamoeba histolytica são agentes 
infecciosos que causam disenteria. 
 
1. Avaliação do estado de hidratação 
 
 
 
2. Soluções Orais para prevenção e tratamento da 
desidratação 
 Soro caseiro: 
 As crianças com diarreia que não apresentam 
desidratação devem receber uma maior 
quantidade de líquidos que contenham sal em 
sua composição. 
 Preparação: colocar água limpa filtrada ou fervida 
em um copo (200 ml), acrescentar uma medida 
pequena e rasa de sal, acrescentar 2 medidas 
grandes e rasas de açúcar. 
 O soro caseiro é utilizado em crianças para 
PREVENIR a sua desidratação, e não a tratar. 
 Sais de reidratação oral 
 Composição (todos em mmol/L): 75 sódio, 65 
cloro, 75 glicose, 10 citrato, 20 potássio e 345 
osmolaridade. 
3. Escolha do plano de tratamento 
Plano A 
Terapia domiciliar para prevenir a desidratação e a 
desnutrição. 
- Crianças com diarreia e SEM desidratação. 
- Aumentar a oferta de líquidos. 
OMS: Criança < 2 anos: 50-100 ml, criança 2-10 anos: 
100-200 ml e > 10 anos e adultos: o quanto aceitar. 
CDC: < 10 kg 60-120 ml e > 10kg 120-240 ml. 
- Suplementar zinco por 10-14 dias: < 6 meses 10 
mg/dia; > 6 meses 20 mg/dia. 
- Manter alimentação habitual. 
- Orientar os sinais de gravidade: aumento grande nas 
evacuações líquidas, tenha vômitos repetidos, torne-
se sedenta, recuse alimentos ou líquidos, desenvolva 
febre, tenha sangue nas fezes, ou não melhore em três 
dias. 
 
PLANO B 
Terapia de reidratação oral (TRO), que deve ser 
realizada na Unidade de Saúde. 
- Volume do SRO: 75 ml/kg, administrado nas 
primeiras 4 horas de observação da criança. 
- A SRO deve ser administrada com colher, copo ou até 
mesmo com seringas para os lactentes menores. Não 
utilizar mamadeiras. 
- É comum a presença de vômitos nas primeiras duas 
horas de tratamento, mas isso não impede que a TRO 
seja eficaz. Caso a criança vomite, aguarde entre cinco 
e dez minutos e reinicie a administração de SRO, mais 
lentamente. 
- Ao final de quatro horas, é feita uma avaliação final. 
Poderemos encontrar as seguintes situações: 
 a. Desidratação grave: plano C. 
 b. Presença de sinais de desidratação (não grave): 
repetir o plano B. 
 c. Ausência de sinais de desidratação: liberada com 
o plano A, com a recomendação de preparo de SRO 
em casa. 
- Todas as crianças com mais de seis meses devem 
receber algum alimento antes de serem mandadas 
para casa. 
- Em casos de falha pode-se utilizar a sonda 
nasogástrica ou hidratação venosa: perda continuada 
e rápida de líquidos, ingestão insuficiente de SRO e 
vômitos frequentes e graves. 
A TRO está contraindicada em caso de distensão 
abdominal com íleo paralítico ou quando há indícios 
de má absorção da glicose. 
 
PLANO C 
Hidratação venosa para crianças com desidratação 
grave ou em casos de falha do plano B. 
- Solução e volume: 100 ml/kg de ringer lactato ou SF 
0,9%. 
OMS: < 1 ano: faz 1 hora de RL 30ml/kg e 5 horas de 
RL 70 ml/kg. 
OMS: > 1 ano: faz 30 minutos de RL 30 ml/kg e 2h30 
de RL 70 ml/kg. 
CDC: administração 20 ml/kg de ringer lactato ou 
solução salina 0,9% por via intravenosa até que a 
perfusão e o estado mental melhorem. Depois, 
administra-se 100 ml/kg de SRO em quatro horas ou 
hidratação venosa com solução 1:1 (metade SG 5%, 
metade SF 0,9%) com uma velocidade de infusão que 
corresponde ao dobro das necessidades basais. 
- Reavaliação a cada 15-30 minutos até que o pulso 
radial esteja forte e presente. A partir disso, avalia-se 
de 1/1h. 
- Quando a criança estiver apta a receber líquidos por 
via oral (em geral isso ocorre após 3-4 horas para os 
menores de um ano e após 1-2 horas para os maiores 
de um ano), inicie a oferta de SRO (5 ml/kg/hora). 
- Avaliação: 
 a. Sinais de desixratação grave: repetir o plano C; 
 b. Presença de sinais de desidratação: suspender a 
hidratação venosa e iniciar o plano B; 
 c. Ausência de sinais de desidratação: pode ser 
liberada com o plano A. 
 
4. Outras intervenções terapêuticas 
 Antimicrobianos 
 Não devem ser utilizados rotineiramente. 
 Indicações: disenteria (ATB com cobertura para 
Shigella - ciprofloxacina), casos suspeitos de 
cólera com desidratação grave (em adultos, 
doxiciclina, em crianças, eritromicina, 
azitromicina, ciprofloxacina ou doxiciclina) ou 
giardíase sintomática com confirmação 
laboratorial (metronidazol 15 mg/kg/dia, 3x ao 
dia, por cinco dias). 
 Ciprofloxacina: 15 mg/kg a cada 12 horas, via 
oral, por 3 dias. 
 Ceftriaxona: 50-100 mg/kg, intramuscular, uma 
vez ao dia, por 2 a 5 dias é uma alternativa. 
 Salmonelose 
 O tratamento não deve se habitualmente 
realizado. 
 O tratamento deve ser feito nos casos de 
disenteria com identificação dos trofozoítos em 
amostra de fezes ou quando não há melhora após 
o tratamento de shigelose. 
 Metronidazol: 30 mg/kg/dia, 3x ao dia, por 5 dias. 
 Amebíase 
 O tratamento deve ser feito nos casos de 
disenteria com identificação dos trofozoítos em 
amostra de fezes ou quando não há melhora após 
o tratamento de shigelose. 
 Metronidazol: 30 mg/kg/dia, 3x ao dia, por 5 dias. 
 Antieméticos (metoclopramida): têm poucos 
benefícios e associam-se com alguns efeitos 
colaterais potencialmente graves (letargia, distonia). 
No livro Nelson, encontramos a recomendação de 
que a ondansetrona é uma droga efetiva e segura, 
podendo ser administrada para as crianças com mais 
de quatro anos. 
 Antiespasmódicos e inibidores do peristaltismo 
(loperamida): não diminuem o volume fecal em 
crianças. A inibição do peristaltismo pode prejudicar 
a eliminação dos enteropatógenos e predispor a 
complicações, como íleo paralítico, distensão 
abdominal e perfuração intestinal. 
 Adsorventes (caolim-pectina): atuam simplesmente 
como cosméticos fecais, aumentando a consistência 
das fezes. Podem aumentar a perda de sódio e de 
potássio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questoes Diarreia Aguda
Em plena madrugada, o telefone toca no apartamento 
de um pediatra e a vizinha implora ajuda, pois seu garoto 
menor chegou da escola com febre e acordara há pouco 
com cólicas, vômitos e diarreia. Com paciência, ele se 
dispôs a examiná-lo e, pensando em gastroenterite viral, 
medicou-o e pediu um imunoensaio nas fezes. Como 
havia um DNA-vírus entérico no material enviado, dentre 
os abaixo, ele só poderia ser um: 
a) Rotavírus. 
c) Sapovírus. 
b) Norovírus. 
d) Adenovírus. 
 
Criança com 2 anos de idade, com diarreia, evacuações 
líquidas com muco, sangue e tenesmo associados.Apresenta crise convulsiva tônico-clônica generalizada. 
Hemograma com leucopenia e desvio à esquerda, 
eletrólitos normais, liquor normal. O agente etiológico 
provavelmente responsável pelo quadro acima é: 
a) Rotavírus. b) Giardia lamblia. c) Toxocara canis. d) 
Shigella flexneri. e) Entamoeba coli 
 
Um lactente de seis meses apresenta disenteria há três 
dias e é trazido ao pronto-socorro por crise convulsiva 
tônico-clônica generalizada. O paciente estava afebril e a 
investigação laboratorial não mostrou distúrbios 
eletrolíticos. O quadro foi causado provavelmente por 
uma neurotoxina do seguinte agente: 
a) Yersinia. c) Campylobacter. b) Shigella. d) 
Salmonella. 
 
Glomerulonefrite, nefropatia por lgA, síndrome de 
Guillain-Barré, eritema nodoso e anemia hemolítica são 
complicações extraintestinais, relacionadas ao seguinte 
patógeno: 
a) Clostridium difficile. c) Shigella. b) Salmonella. d) 
Campylobacter. 
 
No tocante à diarreia aguda em crianças, assinale, 
abaixo, o grupo de patógenos relacionados com 
disenteria: 
a) Salmonella, Shigella, Campylobacter e Yersinia. 
b) Shigella, Campylobacter, E. coli enteropatogênica 
clássica e Entamoeba histolytica. 
c) Salmonella, E. coli enteropatogênica clássica, 
Entamoeba histolytica e Campylobacter. 
d) Shigella, Salmonella, Campylobacter e Giardia lamblia. 
e) Clostridium difficili, Shigella, Calicivírus e Salmonella. 
 
Criança com 3 anos apresentou febre, vômitos e diarreia 
com raias de sangue. Evoluiu com recusa alimentar, 
irritabilidade, cansaço e palidez cutânea. Após 2 dias sem 
urinar, foi conduzida ao pronto atendimento. Na 
admissão hospitalar, estava desidratada em segundo 
grau, com edema periférico, petéquias na face, no tórax 
anterior e no abdome, com lesões maculares e 
hemorrágicas nas pernas e hepatoesplenomegalia. 
Os seus exames complementares mostraram leucócitos: 
13.000, hemoglobina: 5 g/dl, plaquetas: 155.000, 
reticulócitos aumentados e eritrócitos fragmentados; 
teste de Coombs negativo, exame de urina com 
hematúria e proteinúria, creatinina: 1,5, sódio: 145, 
potássio: 4,5, TP e ATTP normais. O mais provável 
diagnóstico para esse caso é: 
a) Sepse. 
b) Síndrome nefrótica. 
c) Lúpus eritematoso sistêmico. 
d) Síndrome hemolítico-urêmica. 
e) Doença de Wilson. 
 
 
 
 
 
Um menino com 3 anos de idade é internado na Unidade 
de Terapia Intensiva em insuficiência renal aguda, após 
início de palidez, irritabilidade e fraqueza. Entre as 
alterações de exames laboratoriais observavam-se 
anemia intensa, com Hb de 6 g/dl, com presença de 
hemácias fragmentadas, trombocitopenia e leucocitose. 
Apresentara quadro de diarreia há 8 dias. A principal 
hipótese para esta criança e o principal agente infeccioso 
envolvido são: 
a) Púrpura trombocitopênica trombótica - Salmonella 
entérica. 
b) Síndrome hemolítico-urêmica - Escherichia coli 
O157:H7. 
c) Púrpura trombocitopênica trombótica - Shigella 
dysenteriae. 
d) Síndrome hemolítico-urêmica - Salmonella entérica. 
e) Púrpura trombocitopênica trombótica - Escherichia 
coli O55:H7. 
 
Em relação à diarreia aguda por rotavírus, assinale o 
CORRETO. 
a) A doença é mais frequente nos lactentes menores de 
2 anos e é sempre leve e autolimitada nessa faixa etária. 
b) A infecção no neonato, na maioria das vezes, é 
assintomática. 
c) Diarreia aquosa, febre baixa e a completa ausência de 
vômitos são características da infecção por rotavírus. 
d) Medicamentos sintomáticos como antiespasmódicos 
e antissecretores, assim como os antivirais são 
importantes para o tratamento. 
e) A vacina para rotavírus é contraindicada em lactentes 
menores de seis meses. 
 
Criança de 2 anos com diarreia líquida há 3 dias, 
associada a vômitos e febre, apresenta olhos fundos e, 
ao sinal da prega, esta volta ao estado anterior 
lentamente. Classifique o estado de hidratação desta 
criança, segundo a estratégia da atenção integrada às 
doenças prevalentes na infância: 
a) Desidratação grave. 
b) Desidratação. 
c) Não é desidratação. 
d) Desidratação moderada. 
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) 
as variáveis de maior sensibilidade na avaliação do 
estado de hidratação são: 
a) Condição geral, umidade das conjuntivas, sinal da 
prega e umidade da mucosa oral. 
b) Condição geral, pulso, turgor dos olhos e tempo de 
enchimento capilar. 
c) Condição geral, turgor dos olhos, sede e sinal da prega. 
d) Condição geral, sinal da prega, sede e perda de peso. 
e) Condição geral, tempo de enchimento capilar, 
presença de saliva e pulso. 
 
Em uma criança desnutrida grave, que vem 
apresentando diarreia e vômitos, qual o parâmetro mais 
importante para avaliar o seu estado de hidratação? 
a) Sinal da prega lentificado. 
b) Tempo de enchimento capilar acima de três segundos. 
c) Olhos encovados. 
d) Diurese bastante diminuída e com densidade urinária 
elevada. 
 
Dr. Roberto é pediatra e foi realizar atendimento 
domiciliar, pelo Programa de Saúde da Família, a uma 
criança de 3 anos de idade, com vômitos e diarreia há 
cerca de 2 dias. Ao examiná-la, evidenciou desidratação 
de 1° grau. Como o pediatra não dispunha, no momento, 
de envelopes de Soro Oral, mas apenas do medidor 
padrão do Ministério da Saúde para colocar sal e açúcar, 
ele mesmo preparou um soro, da seguinte maneira: 
a) 1 copo cheio (500 ml) de água fervida ou filtrada + 1 
medida (a menor) rasa de sal + 2 medidas (a maior) rasas 
de açúcar 
b) 1 copo cheio (200 ml) de água fervida ou filtrada + 1 
medida (a menor) rasa de sal + 2 medidas (a maior) rasas 
de açúcar 
c) 1 copo cheio (200 ml) de água fervida ou filtrada + 2 
medidas (a menor) rasas de sal + 1 medida (a maior) rasa 
de açúcar 
d) 1 copo cheio (500 ml) de água fervida ou filtrada + 2 
medidas (a menor) rasas de sal + 1 medida (a maior) rasa 
de açúcar 
 
Em relação à abordagem terapêutica de lactente 
eutrófico, com diarreia aguda e com desidratação 
moderada, é CORRETO afirmar: 
a) Após hidratação oral, continuar alimentação regular 
da criança, utilizando dietas lácteas com baixo conteúdo 
de lactose. 
b) As soluções de reidratação oral com menor 
concentração de sódio (60 e 75 rnEq/L) estão associadas 
a menor frequência de vômitos e redução da duração da 
diarreia, quando comparadas com a solução padrão (90 
mEq/L). 
c) Recomenda-se a administração de vitamina A como 
coadjuvante no tratamento. 
d) Recomenda-se a utilização rotineira de antiemético 
nos casos de crianças com vômitos 
 
Lactente chega à emergência com diarreia aguda e 
desidratação leve. Após o início da Terapia de 
Reidratação Oral (TRO), observase aumento da 
frequência e volume das fezes. Qual a sua conduta: 
a) Iniciar hidratação venosa. b) Fazer gastróclise. c) 
Manter a TRO. d) Iniciar antimicrobiano. e) Iniciar 
antidiarreico. 
 
Lactente, 6 meses, pesando 7 kg, está com diarreia 
líquida há dois dias, sem muco, pus ou sangue, com 
vômitos e febre (38°C em média) há um dia. Após 
avaliação pelo pediatra é classificado como plano B e 
iniciada hidratação com: 
a) 280 ml de sais de reidratação oral durante 4 horas e 
aleitamento materno quando hidratada. 
b) 700 ml de sais de reidratação oral durante 4 horas e 
aleitamento materno quando hidratada. 
c) 280 ml de sais de reidratação oral durante 4 horas e 
aleitamento materno logo que possível. 
d) 700 ml de sais de reidratação oral durante 4 horas e 
aleitamento materno logo que possível. 
 
Menina de 18 meses apresenta há 12 horas quadro de 
diarreia aguda líquida, cerca de oito episódios até o 
momento, sem sangue ou muco nas fezes. Mãe relata 
que a criança recusa alimentação, mas aceita líquidos, 
embora tenha notado que a diurese está um pouco 
reduzida. Ao exame, encontra-se irritada, olhos fundos, 
boca seca, chora sem lágrimas, o sinal de prega 
desaparece em menosde 2 segundos, temperatura 
axilar de 37,8°C. O peso anterior a este quadro era de 12 
kg e atualmente é de 11,2 kg. A pesquisa de leucócitos 
nas fezes foi negativa. A localização intestinal foi mais 
acometida, o estado de hidratação e a conduta nesta 
criança são, respectivamente: 
a) Delgado distal, desidratação grave e soro fisiológico ou 
ringer lactato 20 ml/kg IV. 
b) Delgado distal, desidratação e soro reidratante oral 
50-100 ml/kg entre 3 e 4 horas. 
c) Delgado proximal, desidratação e soro reidratante oral 
50-100 ml/kg entre 3 e 4 horas. 
d) Delgado proximal e distal e desidratação grave e soro 
fisiológico ou ringer lactato 20 ml/kg IV. 
 
Lactente de 10 meses é levado à unidade de saúde 
devido a quadro de diarreia, com fezes líquidas, 
amareladas, várias vezes por dia, anorexia, vômitos e 
febre não aferida, há três dias. Exame físico: irritado, 
inquieto, olhos fundos e sinal da prega com 
desaparecimento lento, bebendo avidamente a água 
oferecida. Considerando as informações acima e as 
recomendações do Ministério da Saúde, o diagnóstico e 
a conduta corretos neste caso são, respectivamente: 
a) Desidratação grave - iniciar hidratação venosa e, se 
após 4-6 horas ainda estiver desidratado, indicar 
hospitalização. 
b) Desidratação - liberar com prescrição de sais de 
reidratação oral, alimentação habitual e oferta de 
líquidos abundante. 
c) Desidratação - iniciar hidratação com sais de 
reidratação oral na unidade de emergência. 
d) Desidratação - internar e iniciar hidratação com sais 
de reidratação oral. 
e) Desidratação grave - internar e iniciar hidratação 
venosa. 
 
Criança de cinco anos com quadro de diarreia aquosa há 
dois dias, com recusa alimentar e relato de ontem ter 
tido quatro episódios de vômitos. Mãe refere estar 
dando muita água, mas que mesmo assim a criança está 
com sede. Ao exame, criança acordada, atenta ao meio, 
colaborando com exame físico apesar de um pouco 
irritada, elasticidade da pele diminuída, olhos fundos e 
saliva um pouco espessa. A conduta inicial deve ser: 
a) Iniciar terapia de reposição oral na dose de 50-100 
ml/kg durante cerca de quatro horas. 
b) Fazer soro de reidratação oral por gastróclise a 30 
ml/kg/h nos primeiros trinta minutos e, se bem tolerada, 
aumentar até 60 ml/kg/h. 
c) Fazer expansão com soro glicosado 5% e soro 
fisiológico 0,9% na proporção 1:1, 100 ml/kg em duas 
horas, EV. 
d) Fazer expansão com soro fisiológico 0,9%, 100 ml/kg 
em duas horas, EV. 
 
Segundo a OMS, NÃO se refere ao manejo da doença 
diarreica aguda: 
a) Soro caseiro no plano B. 
b) Manutenção da dieta no plano A. 
c) Suplementação de zinco. 
d) Reidratação em Unidade Básica de Saúde. 
e) Uso preferencial da via oral para hidratação. 
 
Lactente, 7 meses de idade, apresenta diarreia 
acompanhada de vômitos há dois dias. Ao exame, está 
prostrada, pulso débil e enchimento capilar muito lento. 
A conduta indicada de imediato é: 
a) Infusão de solução glicofisiológica, 1:2, 30 ml/kg por 
via intravenosa. 
b) Infusão livre endovenosa de solução fisiológica a 0,9%, 
20 ml/kg. 
c) Infusão livre endovenosa de solução glicosada a 5%, 50 
ml/kg. 
d) Passagem de sonda nasogástrica e solução de 
reidratação por via oral, 30 ml/kg /hora. 
 
No plantão em uma unidade de urgência pediátrica, o 
médico recebe uma criança de 10 meses, pesando 10 kg, 
previamente hígida, com história de diarreia e vômitos 
incoercíveis; não há relato de febre. O pediatra observa 
que a criança está incapaz de ingerir a água que a sua 
mãe oferece, tem os olhos encovados, apresenta o sinal 
da prega cutânea com retorno muito lento (“menor que” 
2 segundos) e está letárgica. A conduta imediata mais 
apropriada, nesse caso, será: 
a) Iniciar soro oral: 1.000 ml em quatro horas, pois não 
há ainda evidência de desidratação grave. 
b) Soro fisiológico: 300 ml em 30 minutos e 700 ml 
restantes em 2 horas e 30 min. 
c) Soro fisiológico: 300 ml na primeira hora: e 700 ml nas 
próximas cinco horas. 
d) Soro fisiológico: 1.000 ml na primeira hora: e 500 ml 
nas próximas 2 horas e 30min. 
 
Lactente de 60 dias de vida, previamente saudável, 
apresenta diarreia há 11 dias, o que motivou a solicitação 
de exames complementares que revelaram a presença 
de leucócitos e hemácias nas fezes e o crescimento de 
Salmonella enteritidis (não tifoide) na coprocultura. Não 
há, na sua história, relato de febre, oligúria, queda do 
estado geral, diminuição da aceitação da dieta, perda 
ponderal significativa, ou outra doença associada. O 
exame físico mostra uma menina ativa, atenta ao meio, 
hidratada, com o peso e a estatura em relação à idade 
entre os percentis 25 a 50 e o exame físico segmentar 
totalmente normal. Em relação ao tratamento 
antibiótico na situação clínica supracitada pode-se 
considerar que a: 
a) Idade inferior a três meses configura a indicação. 
b) Salmonella isolada e não tifoide, portanto não há 
indicação. 
c) Presença de leucócitos e hemácias nas fezes configura 
a indicação. 
d) Infecção é intestinal e sem repercussões sistêmicas, 
portanto não há indicação. 
 
Considere uma criança de 1 ano e 10 meses com diarreia 
aguda, com 4 dias de evolução, sem sangue ou muco nas 
fezes, com aceitação regular de alimentação via oral. 
Entre as alternativas abaixo, assinale aquela cuja 
conduta é considerada inadequada pela literatura atual: 
a) Estimular a alimentação habitual da criança. 
b) Estimular a ingestão de água, suco de frutas e soro de 
reidratação oral. 
c) Estimular a ingestão de probióticos. 
d) Estimular o uso de fórmulas sem lactose. 
e) Estimular a alimentação precoce nos casos de 
desidratação que receberam terapia de reidratação. 
 
Lactente, 8 meses, com febre, coriza clara e diarreia há 
12 horas. A mãe refere um episódio de vômito e diarreia 
líquida, mas a criança aceita o leite materno. Exame 
físico: criança afebril, intranquila, com choro forte e 
poucas lágrimas, olhos fundos, boca seca e 
preenchimento capilar um pouco lentificado; peso: 
8.600 g. Após duas horas, o lactente apresenta 
eliminação de fezes semilíquidas com sangue, piora do 
estado geral, temperatura de 38,7ºC e peso de 8.820 g. 
Ainda segundo o Ministério da Saúde, é indicado iniciar 
imediatamente: 
a) Ácido nalidíxico por 7 dias. 
b) Metronidazol por 5 dias. 
c) Sulfametoxazol com trimetoprim por 5 dias. 
d) Azitromicina por 3 dias. 
 
Pré-escolar, 3 anos, com relato de 3 dias de fezes 
mucossanguinolentas, cólicas abdominais e tenesmo. 
Apresenta também febre intermitente com picos de 
variação de 37,8 a 38ºC. Assinale a melhor alternativa 
para hipótese diagnóstica etiológica e para terapêutica 
respectivamente: 
a) Entamoeba hystolitica e metronidazol. 
b) Entamoeba díspar e metronidazol. 
c) Giárdia lamblia e albendazol. 
d) Entamoeba coli e secnidazol. 
e) Hymenolepis nana e praziquantel. 
 
Lactente de oito meses de idade, previamente saudável, 
iniciou, há 17 dias, diarreia, vômitos e febre. Os dois 
últimos sintomas cederam nos três primeiros dias, 
porém a diarreia persiste com fezes volumosas, de 
eliminação explosiva e sem sangue. A alimentação é com 
fórmula láctea, frutas e comida de sal. Atualmente está 
aceitando praticamente só a fórmula láctea. Ao exame 
físico houve redução de 500 gramas de peso neste 
período. Está hidratado e apresenta distensão 
abdominal moderada com dermatite perineal 
importante. Nos demais aparelhos não foi detectado 
nada significativo. O exame parasitológico de fezes 
mostra cistos de Giardia Iamblia. Considerando a causa 
mais provável para se explicar o prolongamento da 
diarreia, a conduta CORRETA deve ser: 
a) Suspender lactose da dieta. 
b) Suspender proteína do leite de vaca da dieta. 
c) Prescrever metronidazol oral por sete dias. 
d) Prescrever probiótico por cinco dias. 
 
Lactente, 6 meses de idade, é levado aoPronto-Socorro 
por apresentar fezes líquidas, 4 a 5 vezes por dia, com 
assadura perineal importante, após episódio diarreico 
agudo ocorrido há 20 dias. Neste período perdeu cerca 
de um quilo de peso. Está em uso de leite de vaca diluído 
a 2/3, acrescido de açúcar e papas salgadas. O 
diagnóstico e a conduta são: 
a) Diarreia aguda infecciosa, orientar soro hidratante 
oral e manter alimentação. 
b) Diarreia crônica por intolerância à lactose, orientar 
fórmula extensamente hidrolisada. 
c) Diarreia persistente, orientar fórmula infantil sem 
lactose. 
d) Diarreia crônica por alergia à proteína do leite da vaca, 
orientar fórmula infantil à base da proteína isolada de 
soja.

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