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Izabelle Santana Turma XXIV 1 Métodos de Estudo em Histologia e Patologia Introdução A homeostase diz respeito ao bem estar celular onde essa recebe nutrientes, processa-os e metaboliza substâncias e elimina os dejetos. DOENÇA CELULAR: caracteriza-se pelo fato da célula ser incapaz de receber nutrientes, processá-los adequadamente e eliminar os dejetos. Se houver falha em um dos fenômenos acima, a célula entra em estresse ou sofrimento e se torna doente. “...as doenças ocorrem nos mesmos tecidos de diferentes órgãos.” Principais Tecidos: TECIDO EPITELIAL – praticamente ausência de substâncias entre as células. TECIDO CONJUNTIVO – abundância de substâncias entre as células. TECIDO MUSCULAR TECIDO NERVOSO IDENTIFICAÇÃO DE UMA DOENÇA: ETIOLOGIA – FISIOPATOLOGIA – DIAGNÓSTICO. AGENTES CAUSADORES: FÍSICOS – radiação e traumas. QUÍMICOS – substâncias tóxicas. MICROBIOLÓGICOS – parasitas e micróbios. A1 08.02.2021 Relembrar: Tipos de corte: Longitudinal x Transversal x Oblíquo. FIXADOR: Impede a decomposição do corte de tecido. Técnicas Histológicas OBS: Microscopia eletrônica x Microscopia óptica. 1. Passos para a BIÓPSIA - FIXAÇÃO: 1. Coleta. 2. Colocar peça no fixador (formol a 10% tamponado, também chamado de formalina, em quantidade de 10 a 20 vezes o volume do material). 3. Anotar o horário da coleta. 4. A amostra só pode ficar de 24 a 48 horas na solução. OBS: Se passar do período de 48 hrs o formol pode atrapalhar na sinalização de algumas proteínas e substancias presentes na amostra. OBS2: Quando a suspeita é de câncer sempre se recolhe mais de uma amostra. OBS3: Pode ser uma biópsia incisional ou excisional. Logo após sua remoção do corpo, células ou fragmentos de tecidos e órgãos devem ser submetidos a fixação, que tem várias finalidades: evitar a digestão dos tecidos por enzimas existentes nas próprias células (autólise) ou em bactérias; endurecer os fragmentos; preservar em grande parte a estrutura e a composição molecular dos Izabelle Santana Turma XXIV 2 tecidos. A fixação pode ser feita por métodos químicos ou, menos frequentemente, por métodos físicos. TIPOS DE ANÁLISE: Análise microscópica ou macroscópica. 2. ANÁLISE MACROSCÓPICA: Na análise macroscópica ocorre primeiramente a secção para facilitar a penetração de substâncias além de permitir observação do interior do tecido. No entanto o corte deve ser feito no laboratório pelo patologista, para garantir que não sejam feitos cortes que atrapalhem o processo de biópsia. Tem por objetivo descrever características da superfície externa e de corte, como por exemplo: • Tamanho, peso, cor, consistência, presença ou ausência de lesões. Deve constar sempre o número de fragmentos analisados. 3. PROCESSAMENTO DE TECIDOS: 1. Desidratação – retira do formal por meio de “banhos” de álcool, sucessivamente, em concentrações diferentes, começando pelo álcool 70%, em seguida 80%, 90% e 100%. Assim, garante-se a retirada sucessiva da água para melhor absorção do corante. o OBS: Tecidos como o fígado, por exemplo, pode precisar de dois banhos de álcool 100% por ser um tecido muito delicado. 2. Diafanização ou clareamento – É utilizado o xilol, com 3 “banhos” de 1 hora cada. Com isso, remove-se o álcool para que a parafina penetre no tecido. Essa etapa intermediária é necessária devido à polaridade das substâncias. o OBS: Solventes orgânicos miscíveis em álcool e parafina, como xilol ou toluol, são usados para remover o álcool antes da infiltração do espécime com parafina derretida. o O xilol é bem mais compatível com a parafina do que a água. A parafina não penetra em tecidos que contém água. 3. Parafinização – Realizada com parafina ou paraplast, são realizados 3 banhos para a absorção pelo tecido. O material deve sempre ser mantido na forma líquida sem queimar o tecido. FINALIDADE: A parafinização torna o tecido enrijecido para porterior corte microscópico. 1. BIÓPSIA - FIXAÇÃO 2. ANÁLISE MACROSCÓPICA 3. PROCESSAMENTO DE TECIDOS 4. MICROTOMIA O material é levado à máquina (micrótomo) que irá fazer os cortes teciduais. Após ser cortado, o tecido será levado a banho em água morna para retirar o excesso de parafina. Em seguida será separado, e, por fim, é levado a uma lâmina de vidro. Izabelle Santana Turma XXIV 3 COLORAÇÃO Hematoxilina e Eosina são os corantes padrões, agem nos tecidos para dar coloração. o HEMATOXILINA, corante básico, vai dar coloração às estruturas ácidas (estruturas basófilas) (DNA, RNA, etc) tom roxo/azulado. o EOSINA, corante ácido, vai dar coloração às estruturas básicas (estruturas acidófilas ou eosinófilas) (citosol, fibras colágenas, etc), tom rosado. Apesar dos méritos da coloração H&E, o procedimento não revela de maneira adequada alguns componentes estruturais existentes nos cortes histológicos, tais como material elástico, fibras reticulares, membranas basais e lipídios. Quando é desejável apresentar esses componentes, é necessário usar outros procedimentos de coloração seletiva: Giemsa, avaliação de alterações no DNA, a coloração permite visualizar quebra cromossômicas. É usado rotineiramente para a coloração das lâminas de sangue. BÁSICO, semelhante a HE. Ácido Periódico de Schiff (PAS), coloração para identificação de glicogênio nos tecidos. Serve também para visualizar tec. conjuntivo, muco e lâmina basal. OBS: A coloração PAS é principalmente usada para colorir estruturas contendo uma alta proporção de macromoléculas de carboidratos (glicogênio, glicoproteína neutras), encontrado nos tecidos conjuntivos, mucosubtâncias produzidas pelas células caliciformes (glândula exócrina unicelular) e na membrana basal. OBS: membrana ou lâmina basal separa a parte germinativa do epitélio X tec. conj. (lâmina própria). Gomori Grocott, impregnação pela prata, detecta glicogênio e mucina, acido úrico e uratos. Indica presença de fungos, mostra limites precisos e a lâmina basal. Ziehl-Neelsen, coloração de bactérias álcool-ácido-resistentes. Ex: casos de lepra e tuberculose. OBS: A fucsina de Ziehl irá corar todos os elementos celulares de vermelho, porém após a descoloração com o álcool, somente os bacilos álcool-ácidos-resistente irão continuar preservando a cor vermelha. Azul da Prussia-Perls, precipitação de ferro, identificação de hemossiderina, indica hemorragia. OBS: Hemossiderina é um pigmento marrom constituído por ferro. Von Kossa, precipitação de sais de cálcio. Indica calcificação em qualquer tecido. Ex: cálculos renais. Rodanina ou Ácido Rubeânico, utilizado para indicar precipitação de cobre. Ex: Doença de Wilson. Tricrômico de Masson, usado para corar colágeno. Ex: fígado com cirrose. Izabelle Santana Turma XXIV 4 IMUNOHISTOQUÍMICA = IMUNOLOGIA + HISTOLOGIA + QUÍMICA. A técnica tem plicações bem variadas, como avaliações inflamatórias, análise de neoplasias e classificação como benigno ou maligno, caracterização de agente etiológico, etc. Mecanismo básico com reação do antígeno pelo anticorpo. Substâncias são utilizadas para “tingirem” (cromógeno) essa reação. DAB (diaminobenzidina) = cromógeno mais utilizado.
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