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Aula 2 Britagem e peneiramento M od el ag em e si m ul aç ão d e p ro ce ss os D ou gl as R ic ht er , M .S c. – 20 21 Conceitos fundamentais Peneiramento e seus modelos Conteúdo Britagem e seus modelos Aplicações e exemplos 0 1 0 2 0 4 0 3 1. Conceitos fundamentais Recordar é viver! O britador brita, o moinho mói, a peneira peneira e o classificador classifica!” “ — Arthur Pinto Chaves Tamanhos de partículas DIÂMETRO Medida mais comum ÁREA PROJETADA Volume ou área de projeção desse volume em um plano As partículas sempre se apresentam com apenas duas dimensões expostas SUPERFÍCIE Superfície específica (flotação) Distribuição granulométrica Retido, passante, passante acumulado Série de peneiras: ISO 565 Consultar materiais adicionais da disciplina! Lembramos que distribuição é uma função que correlaciona tamanho e porcentagem passante acumulada! A função de distribuição granulométrica tem as seguintes propriedades gerais: • P(0) = 0 • P(∞) = 1 • P(dp) aumenta monotonicamente entre 0 e 1 conforme o diâmetro aumenta de 0 ao máximo Funções de distribuição Apesar de P(dp) ser perfeitamente bem definida e permitir medidas diretas no laboratório, não é útil para modelagem e simulação. Para isso, torna-se necessário obter uma função de densidade derivada que retorna a fração retida simples a partir de P(dp): Função de tamanho de partícula discreta 𝑝𝑖 𝑑𝑝 = න 𝐷𝑖 𝐷𝑖−1 𝑑𝑃 𝑑𝑝 =𝑃 𝐷𝑖−1 − 𝑃 𝐷𝑖 = ∆𝑃𝑖 Funções de distribuição empíricas LOGNORMAL Também chamada de Gaussiana ou normal (função G e valor de sigma descritos abaixo) ROSIN-RAMMLER D63.2 é o tamanho no qual a função de distribuição tem valor 0,632 LOGÍSTICA 𝑃 𝐷 = 1 − 𝑒 − 𝐷 𝐷63.2 𝜆 𝑃 𝐷 = 𝐺 𝑙𝑛 𝐷 𝐷50 𝜎 𝐺 𝑥 = 1 2𝜋 න −∞ 𝑥 𝑒− 𝑡2 2 𝑑𝑡 𝜎 = 1 2 ln 𝐷84 − ln𝐷16 𝑃 𝐷 = 1 1 + 𝐷 𝐷50 −𝜆 Funções empíricas truncadas para tamanho máximo (D’) 10 LOGARÍTMICA LOGNORMAL GAUDIN-MELOY HARRIS LOGÍSTICA ROSIN-RAMMLER 𝑃 𝐷 = 𝐷 𝐷′ 𝜆 𝑃 𝐷 = 1 − 1 − 𝐷 𝐷′ 𝑛 𝑃 𝐷 = 1 − 1 − 𝐷 𝐷′ 𝑠 𝑛 𝜉 = 𝐷 𝐷′ 𝜂 = 𝜉 1 − 𝜉 𝑃 𝐷 = 1 − 𝑒 − 𝜂 𝜂63.2 𝜆 𝑃 𝐷 = 𝐺 𝑙𝑛 𝜂 𝜂50 𝜎 𝑃 𝐷 = 1 1 + 𝜂 𝜂50 −𝜆 Exemplos gráficos LINEAR LINEAR-L Exemplos gráficos LOG-LOG ROSIN-RAMMLER Exemplos gráficos LOG-NORMAL LOGÍSTICA 2. Peneiramento e seus modelos Modelando peneiras vibratórias Existem dois tipos de classificadores Podem ser grelhas estáticas ou vibratórias ou peneiras vibratórias A reologia do fluido, o formato das partículas e o balanço de forças individual e coletivo do sistema influenciam na separação É o caso dos ciclones hidráulicos e pneumáticos GABARITOS FÍSICOS EQUIPAMENTOS QUE DEPENDEM DE REOLOGIA A peneira representa uma barreira que evita a passagem de grossos, enquanto deixa os finos passarem. Deve-se buscar garantir que cada partícula tenha a oportunidade de alcançar a malha de peneiramento. Na prática, cada partícula possui várias oportunidades de passar. Peneiras vibratórias Método tradicional de avaliação da capacidade de peneiramento. Representa a capacidade da peneira em aceitar e processar a alimentação. Premissa mais importante: capacidade da peneira diretamente proporcional à área de peneiramento. Uso de fatores de capacidade: Modelos baseados na capacidade unitária (Iu, em t/(h.m²)) 𝐴 = 𝐼𝑢ෑ 𝑖=1 10 𝐾𝑖 𝐼𝑢 = ቊ 0,783ℎ + 37 ℎ ≥ 25 𝑚𝑚 20ℎ0,33 − 1,28 ℎ < 25 𝑚𝑚 Fatores de capacidade 18 ÁREA ABERTA Para materiais cuja densidade aparente seja inferior a 0,8, 50 deverá ser 60 Padrão é 40% menor que meia malha FATOR DE OVERSIZE DENSIDADE APARENTE Consegue perceber qual é a unidade correta? POSIÇÃO DO DECK S é a posição do deck (adimensional) ÂNGULO DA TELA Consegue perceber qual é a unidade correta? MEIA MALHA 𝐾5 = 1,1 − 0,1𝑆 𝐾2 = 2𝑃 𝐹 0,5ℎ + 0,2 ത𝑃𝐹 ℎ = 1 − 𝑃𝐹 ℎ 𝐾1 = 𝐴𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑎 (%) 50 𝐾3 = 0,914𝑒 𝑒 4,22ഥ𝑃𝐹 ℎ −3,5 𝐾4 = 𝜌𝑏 1600 𝐾6 = 1 − 0,01 𝛼 − 15 Fatores de capacidade Contabiliza o efeito da injeção de água na superfície de peneiramento: PENEIRAMENTO A ÚMIDO FORMA DA TELA 𝐾7 = ቊ 1 + 0,00024 25 − ℎ 2,5 ℎ ≤ 25 𝑚𝑚 1,0 𝑠𝑒 ℎ > 25 𝑚𝑚 Fatores de capacidade Partículas alongadas e “chapinha” são de processamento mais difícil que as isométricas. Caso a alimentação contenha 15% de partículas assim, K9 = 0,9. Montantes maiores demandam investigação. E para montantes menores? FORMA DA PARTÍCULA UMIDADE DO MATERIAL Idealmente a peneira deveria ser capaz de transmitir todo o material menor que a malha da alimentação para o US. Premissa mais importante: capacidade da peneira diretamente proporcional à área de peneiramento. Conforme King (2012), WF é a massa de alimentação atual na peneira. Eficiência de transmissão 𝑅𝑅 = 𝑊𝐹 ሶ𝑚𝑎𝑙𝑖𝑚,𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐 𝑒 = ൝ 0,95 − 0,25 𝑅𝑅 − 0,8 − 0,05 𝑅𝑅 − 0,8 2 𝑅𝑅 ≥ 0,8 0,95 − 1,67 0,8 − 𝑅𝑅 2 𝑅𝑅 < 0,8 Equações de simulação Uma vez determinado o US, determina-se OS através do balanço granulométrico por faixa UNDERSIZE (US) OVERSIZE (OS) 𝑊𝑈 = 𝑒𝑃𝐹 ℎ 𝑊𝐹 𝑊𝑂 = 𝑊𝐹 −𝑊𝑈 𝑝𝑖 𝑈𝑓 𝑥 = ൞ 𝑝𝑖 𝐹 𝑃𝐹 ℎ , 𝑑𝑝𝑖 < ℎ 0, 𝑑𝑝𝑖 ≥ ℎ 3. Britagem e seus modelos Modelos matemáticos e suas aplicações específicas à britagem Quais britadores? MANDÍBULAS Britagem primária, raramente secundária Modelo de Whiten GIRATÓRIOS Um cone se aproxima e se distancia do manto Britagem primária (giratórios), secundária e terciária (cônicos) ROLOS DUPLOS O material é fragmentado pela ação de dois rolos, normalmente dentados Todos os estágios de britagem A fragmentação de um material sólido deve ser considerada sob vários aspectos. Para britagem, do ponto de vista estatístico, é mais importante considerar várias partículas se fragmentando em eventos únicos de quebra de partículas únicas e dando origem a várias partículas filhas. Processo de fragmentação e função de quebra 𝐵 𝑥; 𝑦 = 𝐾 𝑥 𝑦 𝑛1 + 1 − 𝐾 𝑥 𝑦 𝑛2 O primeiro termo da função representa a distribuição granulométrica dos finos. Válida quando se tem dados. Caso contrário, n1 e n2 são apresentados Processo de fragmentação e função de quebra 𝐵 𝑥; 𝑦 = 𝐾 𝑥 𝑦 𝑛1 + 1 − 𝐾 𝑥 𝑦 𝑛2 Britadores dependem dos equipamentos de peneiramento. Podemos indicar como objetivos: • Maior redução de tamanho possível • Maior vazão de produto em uma faixa granulométrica ou formato específicos • Redução no tamanho máximo para fins de manuseio • Menor produção possível de finos Objetivos de processo Britadores de mandíbulas são limitados em suas capacidades de britagem, assim como os de rolos. O mesmo não ocorre com os giratórios ou cônicos. Para os cônicos e giratórios, interações entre partículas são exploradas. Alimentação afogado ou atolado (choke feeding) pode reduzir ulteriormente o tamanho do produto. Descrição do processo Tamanho máximo da alimentação Tamanho máximo da “pega” gape Tamanho máximo das partículas que “passam direto” quando a mandíbula está fechada APF Tamanho máximo das partículas que “passam direto” quando a mandíbula está aberta APA Movimento do excêntrico (E) Variáveis principais (mandíbulas) 𝐴𝑃𝐴 = 𝐴𝑃𝐹 + 𝐸 Além dos indicados para mandíbulas, deve-se incluir: O espaço entre o cone e o revestimento Os perfis de revestimento variados Variáveis principais (cônicos e giratórios) piF = fração da alimentação na classe de tamanhos i pi = fração do produto na classe de tamanhos i M = massa de material no interior do britador bij = fração de partículas britadas na classe j que vão para a classe i mi = fração de material no britador na classe i ci = c(di), fração do material na classe i retida para britagem na próxima pegada do britador W = massa total da alimentação que é aceita em uma única abertura, que é a massa de produto descarregada Mecanismos de britagem e distribuições granulométricas 𝑝𝑖 = 1 − 𝑐𝑖 1 − 𝑐𝑖𝑏𝑖𝑖 𝑝𝑖 𝐹+ 𝑗=1 𝑖−1 𝑐𝑗 𝑀𝑚𝑗 𝑊 𝑏𝑖𝑗 Cabe acompanhar atentamente a descrição no capítulo 5.6 do livro do King, especialmente a página 191 Mecanismos de britagem e distribuições granulométricas 𝑝𝑖 = 1 − 𝑐𝑖 1 − 𝑐𝑖𝑏𝑖𝑖 𝑝𝑖 𝐹 + 𝑗=1 𝑖−1 𝑐𝑗 𝑀𝑚𝑗 𝑊 𝑏𝑖𝑗 𝑐𝑖 = 1 − 𝑑𝑝𝑖 − 𝑑2 𝑑1 − 𝑑2 𝑛 , 𝑑1 < 𝑑𝑝𝑖 < 𝑑2 0, 𝑑𝑝𝑖 ≤ 𝑑1 1, 𝑑𝑝𝑖 ≥ 𝑑2 𝑑1 = 𝛼1𝐴𝑃𝐹 𝑑2 = 𝛼2𝐴𝑃𝐹 + 𝑑 ∗ 4. Aplicações e exemplos Achou que ia ficar só olhando de câmera fechada? Re de s s oc ia is: th eb el ow se ve n É nóis! Se tiver dúvidas, pode entrar em contato pelo Classroom, pelo e-mail ou pelo WhatsApp
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