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Processo Seletivo para o Curso PROEJA Técnico em Telecomunicações integrado ao Ensino Médio na Modalidade de Jovens e Adultos para o 1° semestre de 2021

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Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
– 1 – 
 
GESTÃO DE NEGÓCIOS 
IMOBILIÁRIOS 
 
 
 
LEGISLAÇÃO IMOBILIÁRIA 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Esta seção apresenta as leis e decretos que 
envolvem o mercado imobiliário, servindo com 
uma ferramenta de pesquisa e de conhecimento 
jurídico na área. 
 
1. NA ÁREA DE CORRETAGEM 
 
1.1. LEI 4116 DE 27 DE AGOSTO DE 1962 – 
EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE CORRETOR 
DE IMÓVEIS 
 
 Dispõe sobre a regulamentação do exercício da 
Profissão de Corretor de Imóveis.*REVOGADA 
PELA LEI Nº 6530/78. 
 Faço saber que o Congresso Nacional decreta 
e eu, Auro Soares de Moura Andrade, Presidente 
do Senado Federal, promulgo nos termos do arti-
go 70, § 4º da Constituição Federal, a seguinte lei: 
 
Art. 1º - O exercício da Profissão de Corretor de 
Imóveis somente será permitido às pessoas que 
forem registradas nos Conselhos Regionais dos 
Corretores de Imóveis, de acordo com esta lei. 
 
Art. 2º - O candidato ao registro como Corretor de 
Imóveis, deverá juntar ao seu requerimento: a) 
prova de identidade;b) prova de quitação com o 
serviço militar;c) prova de quitação eleitoral;d) 
atestado de capacidade intelectual e profissional e 
de boa conduta, passado por órgão de represen-
tação legal da classe;e) folha corrida e atestado 
de bons antecedentes, fornecido pelas autorida-
des policiais das localidades onde houver residido 
no último três anos;f) atestado de sanidade;g) 
atestado de vacinação antivariólica;h) certidões 
negativas dos distribuidores forenses, relativas ao 
último decênio;i) certidões negativas dos cartórios 
de protestos de títulos referentes ao último quin-
quênio; j) prova de residência no mínimo durante 
os três anos anteriores no lugar onde desejar e-
xercer a profissão. 
§ 1º - Os estrangeiros, além dos documentos aci-
ma enumerados, excetuados os dos itens "b" e 
"c", deverão provar a permanência legal e ininter-
rupta, no país, durante o último decênio. 
§ 2º - O pedido de registro será publicado no Diá-
rio Oficial da União, do Estado ou do Território 
Federal, consoante o local de atividade do reque-
rente, fixando-se o prazo de 30 (trinta) dias para 
qualquer impugnação. 
§ 3º - Efetuado o registro, será expedida a respec-
tiva carteira profissional. 
§ 4º - Expedida a Carteira Profissional, o Conselho 
Regional fixará o prazo de 60 (sessenta) dias ao 
portador, para que satisfaça a legislação fiscal 
vigente referente ao licenciamento para estabele-
cer-se, sob pena de cancelamento automático do 
registro e cassação imediata do mesmo. 
§ 5º - Nos casos de transferência e de exercício 
simultâneo da profissão em mais de uma região, 
serão feitas as devidas anotações na carteira pro-
fissional de corretor, pelos respectivos Conselhos 
Regionais. 
 
Art. 3º - Não podem ser Corretores de Imóveis:a) 
os que não podem ser comerciantes;b) os falidos 
não reabilitados e os reabilitados quando conde-
nados por crime falimentar;c) os que tenham sido 
condenados ou estejam sendo processados por 
infração penal de natureza infamante tais como: 
falsidade, estelionato, apropriação indébita, con-
trabando, roubo, furto, lenocínio ou passíveis, ex-
pressamente, de pena de perda de cargo público; 
d) os que estiverem com o seu registro profissio-
nal cancelado. 
 
Art. 4º - As pessoas jurídicas só poderão exercer 
mediação na compra, venda ou permuta de imó-
veis, mediante registro no Conselho Regional de 
Corretores de Imóveis e sob a responsabilidade 
de corretor devidamente habilitado. 
 
Art. 5º - O número da carteira profissional constará 
obrigatoriamente da propaganda. 
 
Art. 6º - As repartições federais, estaduais e muni-
cipais só receberão impostos relativos às ativida-
des de Corretor de Imóveis à vista da carteira pro-
fissional ou tratando-se de pessoas jurídicas da 
prova de seu registro no Conselho Regional. 
 
Art. 7º - vetado 
 
Art. 8º - É vedado ao Corretor de Imóveis adquirir 
para si, seu cônjuge, ascendente e descendente 
ou para sociedade de que faça parte, bem assim a 
pessoa jurídica para si, seus sócios ou diretor, 
qualquer imóvel que lhe esteja confiado à venda. 
 
Art. 9º - A fiscalização do exercício da profissão de 
Corretor de Imóveis será feita pelo Conselho Fe-
deral e pelos Conselhos Regionais dos Corretores 
de Imóveis, que ficam criados por esta lei. 
 
Art. 10 - O Conselho Federal será composto de 
Corretores de Imóveis de quaisquer região, eleitos 
pelos Conselhos Regionais entre seus próprios 
membros representantes de cada região. 
 
Art. 11 - O Conselho Federal determinará o núme-
ro de Conselhos Regionais até o máximo de um 
por Estado, Território e Distrito Federal, as respec-
tivas bases territoriais e cidades sede. 
 
 Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
 
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Art. 12 - Na formação dos Conselhos Regionais, 
metade dos membros será constituída pelo Presi-
dente Efetivo do Sindicato da classe da respectiva 
região e por Diretores do mesmo Sindicato, elei-
tos, estes em assembleia geral. A outra metade 
será constituída de Corretores de Imóveis da Re-
gião, posteriormente, em assembleia geral do 
Sindicato. 
 
 
Art. 13 - Os mandatos dos membros do Conselho 
Federal e dos Conselhos Regionais serão de 2 
(dois) anos gratuitos. Parágrafo Único - Só será 
admitida uma vez a reeleição total do Conselho. 
 
 
Art. 14 - Ao Conselho Federal compete, especial-
mente:a) elaborar o seu regimento interno;b) criar 
os Conselhos Regionais;c) tomar conhecimento 
de quaisquer dúvida suscitadas pelos Conselhos 
Regionais e dirimi-las;d) examinar e aprovar os 
regimentos internos dos Conselhos Regionais 
podendo modificar disposições que contrariem a 
lei e as normas gerais do Conselho;e) fixar, por 
proposta de cada Conselho Regional, as contribu-
ições e emolumentos que lhes serão devidos pe-
los Corretores de Imóveis e pessoas jurídicas re-
gistradas;f) julgar os recursos das decisões dos 
Conselhos Regionais;g) fixar as contribuições, 
emolumentos e multas aplicáveis, tanto pelo Con-
selho Federal, como pelos Conselhos Regionais; 
h) deliberar sobre os casos omissos. 
 
 
 
Art. 15 - Aos Conselhos Regionais compete em 
especial:a) elaborar o seu regimento interno sub-
metendo-o à aprovação do Conselho Federal;b) 
decidir sobre os pedidos de registro de Corretores 
de Imóveis e pessoas jurídicas;c) organizar e 
manter o registro profissional;d) expedir as cartei-
ras profissionais; e) impedir as sanções previstas 
nesta lei. 
 
 
 
Art. 16 - Aos corretores de imóveis serão aplica-
das pelos Conselhos Regionais com recursos vo-
luntários para Conselho Federal, sem prejuízo da 
responsabilidade civil ou criminal, as seguintes 
sanções disciplinares: a) advertência particular;b) 
advertência pública;c) multa até Cr$ 20,00 (vinte 
cruzeiros);d) suspensão do exercício da profissão 
até um ano;e) cancelamento do registro com a-
preensão da carteira profissional. 
 
§ 1º - Na determinação da sanção aplicável orien-
tar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada 
caso, de modo a considerar grave ou leve a falta 
 
.§ 2º - A multa será imposta por forma acumulada 
ou não com as demais sanções e subirá ao dobro, 
na hipótese de reincidência na mesma falta. 
 
Art. 17 - Constituem faltas no exercício da profis-
são de Corretor de Imóveis;1) prejudicar, por dolo 
ou culpa, interesses confiados aos seus cuida-
dos;2) auxiliar, ou por qualquer meio facilitar o 
exercício da profissão aos que estiverem proibi-
dos, impedidos ou não habilitados para exercê-
la;3) praticar qualquer dos atos previstos no Art. 8º 
desta lei;4) promover ou facilitar a terceiros tran-
sações ilícitas ou que por qualquer forma prejudi-
quem interesses da Fazenda Nacional, Estadual 
ou Municipal;5) violar o sigilo profissional;6) negar 
aos comitentes prestação de contas ou recibos de 
quantias ou documentos que pelos mesmos te-
nham sido entregues, para qualquer fim;7) recusar 
a apresentação de carteira profissional quando 
couber. 
 
Art. 18 - A renda do ConselhoFederal será consti-
tuída de 20% (vinte por cento) da renda bruta dos 
Conselhos Regionais.Parágrafo Único - Constitu-
em renda dos Conselhos Regionais, as contribui-
ções, emolumentos e multas devidas pelos Corre-
tores de Imóveis e pessoas jurídicas registradas 
nos respectivos Conselhos. 
 
Art. 19 - Os Corretores de Imóveis que à data da 
publicação desta lei, estiverem no exercício da 
profissão, serão registrados independentemente 
das formalidades exigidas no artigo 2º desde que 
o requeiram dentro de 120 (cento e vinte) dias, 
comprovados o exercício efetivo da profissão, 
mediante atestado de idoneidade moral e profis-
sional, passado pelo Sindicato local ou o mais 
próximo, e os conhecimentos de pagamentos dos 
respectivos impostos, efetuados antes da data da 
referida publicação. 
 
Art. 20 - Os membros do Conselho Federal e dos 
Conselhos Regionais que exercerão o primeiro 
mandato, serão eleitos dentro de 60 (sessenta) 
dias a contar da data da publicação desta lei, pe-
las Assembleias Gerais dos órgãos de represen-
tação legal da classe dos Corretores de Imóveis, 
atualmente reconhecidas pelo Ministério do Traba-
lho e Previdência Social. 
 
Art. 21 - Esta lei entrará em vigor na data de sua 
publicação, revogadas as disposições em contrá-
rio. 
 
Brasília, em 27 de agosto de 1962; 
141º da Independência e 74º da República. 
AURO MOURA ANDRADE 
 
 
1.2. LEI 6530 – DO CORRETOR DE IMÓVEIS - 
DE 1978 
 
 Dá nova regulamentação à profissão de Corre-
tor de Imóveis, disciplina o funcionamento de seus 
órgãos de fiscalização e dá outras providências. O 
Presidente da República. Faço saber que o Con-
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte 
Lei: 
 Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
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Art.1º - O exercício da profissão de Corretor de 
Imóveis, no Território Nacional, é regido pelo dis-
posto na presente Lei. 
 
Art.2º - O exercício da profissão de Corretor de 
Imóveis será permitido ao possuidor de título de 
Técnico em Transações Imobiliárias. 
 
Art.3º - Compete ao Corretor de Imóveis exercer a 
intermediação na compra, venda, permuta e loca-
ção de imóveis, podendo, ainda, opinar quanto a 
comercialização imobiliária.Parágrafo Único - As 
atribuições constantes deste artigo poderão ser 
exercidas, também, por pessoas jurídicas inscritas 
nos termos da lei. 
 
Art.4º - A Inscrição do Corretor de Imóveis e de 
pessoa jurídica será objeto de Resolução do Con-
selho Federal de Corretores de Imóveis. 
 
Art.5º - O Conselho Federal e os Conselhos Regi-
onais são órgãos de disciplina e fiscalização do 
exercício da profissão de Corretor de Imóveis, 
constituídos em autarquia, dotada de personalida-
de jurídica de direito público, vinculada ao Ministé-
rio do Trabalho, com autonomia administrativa, 
operacional e financeira. 
 
Art.6º - As pessoas jurídicas inscritas no Conselho 
Regional de Corretores de Imóveis sujeitam-se 
aos mesmos deveres e têm os mesmos direitos 
das pessoas físicas nele inscritas.Parágrafo Único 
- As pessoas Jurídicas a que se refere este artigo 
deverão ter como sócio-gerente ou diretor um Cor-
retor de Imóveis individualmente inscrito. 
 
Art.7º - Compete ao Conselho Federal e aos Con-
selhos Regionais representar em juízo ou fora 
dele, os legítimos interesses da categoria profis-
sional, respeitas as respectivas áreas de compe-
tência. 
 
Art.8º - O Conselho Federal terá sede e foro na 
Capital da República e jurisdição em todo o territó-
rio nacional. 
 
Art.9º - Cada Conselho Regional terá sede e foro 
na Capital do estado, ou de um dos Estados ou 
Territórios da jurisdição, a critério do Conselho 
Federal. 
 
Art.10 - O Conselho Federal será composto por 
dois representantes, efetivos e suplentes, de cada 
Conselho Regional, eleito dentre os seus mem-
bros. 
 
Art.11 - Os Conselhos Regionais serão compostos 
por vinte e sete membros efetivos, eleitos dois 
terços por votação secreta em assembleia geral 
especialmente convocada para esse fim e um 
terço integrado por representantes dos Sindicatos 
de Corretores de Imóveis que funcionarem regu-
larmente na jurisdição do Conselho Regional. 
 
Parágrafo Único - O disposto neste artigo somente 
será observado nas eleições para constituição dos 
Conselhos Regionais após o término dos manda-
tos vigentes na data desta lei. 
 
Art.12 - Somente poderão ser membros de Conse-
lho Regional os Corretores de Imóveis com inscri-
ção principal na jurisdição há mais de dois anos e 
que não tenham sido condenados por infração 
disciplinar. 
 
Art.13 - Os Conselhos Federal e Regionais serão 
administrados por uma diretoria, eleita dentre os 
seus membros. 
§ 1º - A diretoria será composta de um Presidente, 
dois Vice-Presidentes, dois Secretários e dois 
Tesoureiros. 
§ 2º - Junto aos Conselhos Federal e Regionais 
funcionará um Conselho Fiscal, composto de três 
membros, efetivos e suplentes, eleitos dentre os 
seus membros. 
 
Art.14 - Os membros do Conselho Federal e dos 
Conselhos Regionais terão mandato de três anos. 
 
Art.15 - A Extinção ou perda de mandato de 
membros do Conselho Federal e dos Conselhos 
Regionais ocorrerá: 
I- por renúncia; 
II- por superveniência de causa de que resulte o 
cancelamento da inscrição; 
III- por condenação a pena superior a dois anos, 
em virtude de sentença transitada em julgado; 
IV- por destituição de cargo, função ou emprego, 
relacionada à prática de ato de improbidade na 
administração pública ou privada, em virtude de 
sentença transitada em julgado; 
V- por ausência, sem motivo justificado, a três 
sessões consecutivas ou seis intercaladas em 
cada ano. 
 
Art. 16 - Compete ao Conselho Federal: 
I- eleger sua diretoria; 
II- elaborar e alterar seu regimento; 
III- aprovar o relatório anual, o balanço e as con-
tas de sua diretoria, bem como a previsão orça-
mentária para o exercício seguinte.; 
IV- criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-
regiões, fixando-lhes a sede e jurisdição; 
V- baixar normas de ética profissional; 
VI- elaborar contratos padrão para os serviços de 
corretagem de imóveis, de observância obrigatória 
pelos inscritos; 
VII- fixar as multas, anuidades e emolumentos 
devidos aos Conselhos Regionais; 
VIII- decidir dúvidas suscitadas pelos Conselhos 
Regionais; 
IX- julgar os recursos das decisões dos Conselhos 
Regionais; 
X- elaborar o regimento padrão dos Conselho Re-
gionais; 
XI- homologar o regimento dos Conselho Regio-
nais; 
 
 Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
 
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XII- aprovar o relatório anual, o balanço e as con-
tas dos Conselhos Regionais; 
XIII- credenciar representante junto aos Conse-
lhos Regionais, para verificação de irregularidades 
e pendências acaso existentes; 
XIV - Intervir temporariamente nos Conselhos Re-
gionais, nomeando diretoria provisória, até que 
seja regularizada a situação ou, se isso não ocor-
rer, até o término do mandato:a) se comprovada 
irregularidade na administração;b) se tiver havido 
atraso injustificado no recolhimento da contribui-
ção; 
XV - destituir diretor de Conselho Regional, por 
ato de improbidade no exercício de suas funções; 
XVI - promover diligências, inquéritos ou verifica-
ções sobre o funcionamento dos Conselhos Regi-
onais e adotar medidas para sua eficiência e regu-
laridade; 
XVII - baixar resoluções e deliberar sobre os ca-
sos omissos. 
 
Art. 17 - Compete aos Conselhos Regionais: 
I- eleger sua diretoria; 
II- aprovar o relatório anual, o balanço e as contas 
de sua diretoria, bem como a previsão orçamentá-
ria para o exercício seguinte, submetendo essa 
matéria à consideração do Conselho Federal; 
III- propor a criação de sub-regiões, em divisões 
territoriais que tenham um número mínimo de Cor-
retores de Imóveis inscritos, fixado pelo Conselho 
Federal; 
IV- homologar, obedecidas as peculiaridades lo-
cais, tabelas de preços de serviços de corretagem 
para uso dos inscritos, elaboradas e aprovadas 
pelos sindicatos respectivos; 
V- decidir sobre os pedidosde inscrição de Corre-
tores de Imóveis e de pessoas jurídicas; 
VI- organizar e manter o registro profissional das 
pessoas físicas e jurídicas inscritas; 
VII- expedir carteiras profissionais e certificados 
de inscrição; 
VIII- impor as sanções previstas nesta lei; 
IX- baixar resoluções, no âmbito de sua compe-
tência. 
 
Art. 18 - Constituem receitas do Conselho Federal: 
I- a percentagem de vinte por cento sobre as anu-
idades e emolumentos arrecadados pelos Conse-
lhos Regionais; 
II- a renda patrimonial; 
III- as contribuições voluntárias; 
IV- as subvenções e dotações orçamentárias. 
 
Art. 19 - Constituem receitas de cada Conselho 
Regional: 
I- as anuidades, emolumentos e multas; 
II- a renda patrimonial; 
III- as contribuições voluntárias; 
IV- as subvenções e dotações orçamentárias. 
 
 
Art. 20 - Ao Corretor de imóveis e à pessoa jurídi-
ca inscritos nos órgãos de que trata a presente lei 
é vedado: 
I- prejudicar. Por dolo ou culpa, os interesses que 
lhe forem confiados; 
II- auxiliar, ou por qualquer meio facilitar, o exercí-
cio da profissão aos não inscritos; 
III- anunciar publicamente proposta de transação 
a que não esteja autorizado através de documento 
inscrito; 
IV- fazer anúncio ou impresso relativo à atividade 
profissional sem mencionar o número da inscri-
ção; 
V- anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem 
mencionar o número do registro do loteamento ou 
da incorporação no Registro de Imóveis; 
VI- violar o sigilo profissional; 
VII- negar aos interessados prestação de contas 
ou recibo de quantias ou documentos que lhe te-
nha, sido entregues a qualquer título; 
VIII- violar obrigação legal concernente ao exercí-
cio da profissão; 
IX- praticar, no exercício da atividade profissional, 
ato que a lei defina como crime ou contravenção; 
X- deixar de pagar contribuição ao Conselho Re-
gional. 
 
Art. 21 - Compete ao Conselho Regional aplicar 
aos Corretores de Imóveis e pessoas jurídicas as 
seguintes sanções disciplinares: 
I- advertência verbal; 
II- censura; 
III- multa; 
IV- suspensão da inscrição, até noventa dias; 
V- cancelamento da inscrição, com apreensão da 
carteira profissional. 
§ 1º - Na determinação da sanção aplicável, orien-
tar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada 
caso, de modo a considerar leve ou grave a falta. 
§ 2º - A reincidência na mesma falta determinará a 
agravação da penalidade. 
§ 3º- A multa poderá ser acumulada com outra 
penalidade e, na hipótese de reincidência na 
mesma falta, aplicar-se-á em dobro. 
§ 4º - A pena de suspensão será anotada na car-
teira profissional do Corretor de Imóveis ou res-
ponsável pela pessoa jurídica e se este não a a-
presentar para que seja consignada a penalidade, 
o Conselho Regional poderá convertê-la em can-
celamento da inscrição. 
 
Art. 22 - Aos servidores dos Conselhos Federal e 
Regionais de Corretores de Imóveis aplica-se o 
regimento jurídico das Leis do Trabalho. 
 
Art. 23- Fica assegurado aos Corretores de Imó-
veis, inscritos nos termos da Lei nº 4.116, de 27 
de agosto de 1962, o exercício da profissão, des-
de que o requeiram conforme o que for estabele-
cido na regulamentação desta lei. 
 
Art. 24 - Esta Lei será regulamentada no prazo de 
trinta dias a partir de sua vigência. 
 
Art. 25 - Esta lei entrará em vigor na data de sua 
publicação. 
 
 Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
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Art. 26 - Revogam-se as disposições em contrário, 
especialmente a Lei nº 4.116, 27 de agosto de 
1962. 
 
Brasília, 12 de maio de 1978. 
157º da Independência e 90º da República. 
ERNESTO GEISEL 
Arnaldo Prieto 
 
1.3. LEI 9649 – FISCALIZAÇÃO DO CORRETOR 
DE IMÓVEIS DE 1998 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber 
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono 
a seguinte Lei:. 
..... Art. 58. Os serviços de fiscalização de profis-
sões regulamentadas serão exercidos em caráter 
privado, por delegação do poder público, mediante 
autorização legislativa. 
§ 1° A organização, a estrutura e o funcionamento 
dos conselhos de fiscalização de profissões regu-
lamentadas serão disciplinados mediante decisão 
do plenário do conselho federal da respectiva pro-
fissão, garantindo-se que na composição deste 
estejam representados todos seus conselhos re-
gionais. 
§ 2° Os conselhos de fiscalização de profissões 
regulamentadas, dotados de personalidade jurídi-
ca de direito privado, não manterão com os ór-
gãos da Administração Pública qualquer vínculo 
funcional ou hierárquico. 
§ 3° Os empregados dos conselhos de fiscaliza-
ção de profissões regulamentadas são regidos 
pela legislação trabalhista, sendo vedada qualquer 
forma de transposição, transferência ou desloca-
mento para o quadro da Administração Pública 
direta ou indireta. 
§ 4° Os conselhos de fiscalização de profissões 
regulamentadas ficam autorizados a fixar, cobrar e 
executar as contribuições anuais devidas por pes-
soas físicas e jurídicas, bem como preços de ser-
viços e multas, que constituirão receitas próprias, 
considerando-se título executivo extrajudicial a 
certidão relativa aos créditos decorrentes. 
§ 5° O controle das atividades financeiras e admi-
nistrativas dos conselhos de fiscalização de pro-
fissões regulamentadas será realizado pelos seus 
órgãos internos, devendo os conselhos regionais 
prestar contas, anualmente, ao conselho federal 
da respectiva profissão, e estes aos conselhos 
regionais. 
§ 6º Os conselhos de fiscalização de profissões 
regulamentadas, por constituírem serviço público, 
gozam de imunidade tributária total em relação 
aos seus bens, rendas e serviços. 
§ 7º Os conselhos de fiscalização de profissões 
regulamentadas promoverão, até 30 de junho de 
1998, a adaptação de seus estatutos e regimentos 
ao estabelecido neste artigo. 
§ 8° Compete à Justiça Federal a apreciação das 
controvérsias que envolvam os conselhos de fis-
calização de profissões regulamentadas, quando 
no exercício dos serviços a eles delegados, con-
forme disposto no caput. 
§ 9° O disposto neste artigo não se aplica à enti-
dade de que trata a Lei n° 8.906, de 4 de julho de 
1994. 
 
..... Art.64. São convalidados os atos praticados 
com base nas Medidas Provisórias n°s 752, de 6 
de dezembro de 1994, 797 e 800, de 30 de de-
zembro de 1994, 931, de 1° de março de 1995, 
962, de 30 de março de 1995, 987, de 28 de abril 
de 1995, 1.015, de 26 de maio de 1995, 1.038, de 
27 de junho de 1995, 1.063, de 27 de julho de 
1995, 1.090, de 25 de agosto de 1995, 1.122, de 
22 de setembro de 1995, 1.154, de 24 de outubro 
de 1995, 1.190, de 23 de novembro de 1995, 
1.226, de 14 de dezembro de 1995, 1.263, de 12 
de janeiro de 1996, 1.302, de 09 de fevereiro de 
1996, 1.342, de 12 de março de 1996, 1.384, de 
11 de abril de 1996, 1.450, de 10 de maio de 
1996, 1.498, de 07 de junho de 1996, 1.498-19, de 
09 de julho de 1996, 1.498-20, de 08 de agosto de 
1996, 1.498-21, de 05 de setembro de 1996, 
1.498-22, de 02 de outubro de 1996, 1.498-23, de 
31 de outubro de 1996, 1.498-24, de 19 de no-
vembro de 1996, 1.549, de 18 de dezembro de 
1996, 1.549-26, de 16 de janeiro de 1997, 1.549-
27, de 14 de fevereiro de 1997, 1.549-28, de 14 
de março de 1997, 1.549-29, de 15 de abril de 
1997, 1.549-30, de 15 de maio de 1997, 1.549-31, 
de 13 de junho de 1997, 1.549-32, de 11 de julho 
de 1997, 1.549-33, de 12 de agosto de 1997, 
1.549-34, de 11 de setembro de 1997, 1.549-35, 
de 09 de outubro de 1997, 1.549-36, de 06 de 
novembro de 1997, 1.549-37, de 04 de dezembro 
de 1997, 1.549-38, de 31 de dezembro de 1997, 
1.549-39, de 29 de janeiro de 1998, 1.549-40, de 
26 de fevereiro de 1998, 1.642-41, de 13 de mar-
ço de 1998, e a 1.651-42, de 07 de abril de 1998. 
 
Art.65. Esta Lei entra em vigor na data de sua 
publicação. 
 
Art. 66. Revogam-se as disposições em contrário, 
especialmente as da Lei nº 8.490, de 19 de no-
vembro de 1992, os §§ 1º, 2º e 3º do Art. 22 da 
Lei nº 5.227, de 18 de janeiro de 1967, a Lei nº 
5.327, de 2 de outubro de 1967, o parágrafo único 
do Art. 2º do Decreto-Leinº 701, de 24 de julho de 
1969, os Arts. 2º e 3º do Decreto-Lei nº 1.166, de 
15 de abril de 1971, os §§ 1º e 2º do Art. 36 da Lei 
nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, a Lei nº 6.994, 
de 26 de maio de 1982, a Lei nº 7.091, de 18 de 
abril de 1983, os Arts. 1º, 2º e 9º da Lei nº 8.948, 
de 8 de dezembro de 1994, o § 2º do Art. 4º e o § 
1º do Art. 34 da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro 
de 1996. 
Brasília, 27 de maio de 1998; 
177º da Independência e 110º da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Pedro Malan 
Paulo Renato Souza 
Edward Amadeu 
Paulo Paiva 
Luiz Carlos Bresser Pereira 
Clovis de Barros Carvalho 
 Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
 
– 6 – 
1.4. REGIMENTO DO CONSELHO FEDERAL DE 
CORRETORES DE IMÓVEIS 
 
CAPÍTULO I - FINALIDADE - ESTRUTURA - 
COMPETÊNCIA 
 
Art. 1º O Conselho Federal de Corretores de Imó-
veis - COFECI, para cumprir a finalidade que lhe 
atribui a lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978, regu-
lamentada pelo Decreto nº 81.871, de 29 de junho 
de 1978, funcionará sob a organização básica 
estabelecida neste regimento e em atos posterio-
res que o complementarem. 
 
Art. 2º O COFECI exerce, dentre outras, ações de 
natureza:I - disciplinar;II - normativa;III - deliberati-
va;IV - administrativa;V - supervisora. 
 
Art. 3º A estrutura organizacional do COFECI 
compõe-se de:I - Plenário;II - Diretoria;III - Conse-
lho Fiscal;IV - Comissões e Grupo de Trabalho. 
 
Seção I - O plenário 
 
Art. 4º O Plenário, órgão deliberativo. É composto 
por dois representantes de cada Conselho Regio-
nal, eleitos entre seus membros, competindo-lhe: 
I - eleger o Presidente dentre seus membros, em 
votação secreta, e dar-lhe posse; 
II - eleger o restante da Diretoria, em votação se-
creta, facultado ao presidente sugerir nomes de 
sua preferência; 
III - elaborar e alterar o regimento do COFECI; 
IV - elaborar e alterar o Código de Ética Profissio-
nal dos Corretores de Imóveis; 
V - instituir modelos de Carteira e Cédula de Iden-
tidade Profissional e Certificado de Inscrição; 
VI - instituir e elaborar contrato padrão para os 
serviços de corretagem de imóveis a ser obrigato-
riamente adotado pelos profissionais inscritos; 
VII - fixar anuidades, emolumentos e multas devi-
das aos Conselhos Regionais; 
VIII - aprovar o relatório anual, o balanço e as con-
tas trimestrais da Diretoria, bem como a previsão 
orçamentária para o exercício seguinte; 
IX - resolver dúvidas na Lei, no regulamento ou 
neste Regimento e decidir sobre a matéria e as-
suntos da competência do COFECI; 
X - aprovar instruções objetivando uniformidade 
de procedimento e desempenho dos Conselhos 
Regionais; 
XI - aprovar o Regimento Padrão dos Conselhos 
Regionais e homologar suas respectivas altera-
ções; 
XII - aprovar o relatório anual, o balanço e as con-
tas dos Conselhos Regionais; 
XIII - apreciar, em grau de recurso, as decisões 
dos Conselhos regionais, bem como dirimir-lhes 
as dúvidas; 
XIV - autorizar os Conselhos Regionais a adquirir, 
onerar e alienar bens móveis; 
XV - destituir Diretores do COFECI e dos respecti-
vos Regionais, pro ato de improbabilidade ou de-
sídia na função; 
XVI - expedir Resolução inclusive sobre casos 
omissos; 
XVII - deliberar sobre criação de novos Conselhos 
Regionais e fixação das respectivas jurisdições; 
XVIII - conceder licenças aos membros da Direto-
ria e a Conselheiro e também aplicar-lhes penali-
dades; 
XIX - referendar atos do Presidente praticados por 
motivo de urgência, bem como transferência de 
recursos orçamentários. 
 
Seção II - A Diretoria 
 
Art. 5º À diretoria, compete, sob a direção do Pre-
sidente administrar o COFECI, cabendo a este: 
I - assinar os atos normativos e os publicar; 
II - convocar e presidir as Sessões Plenárias, reu-
niões de Diretoria, de Comissões e Grupos, distri-
buir os processos a serem relatados, declarar em-
possados Conselheiros e Suplentes, determinar 
diligências e resolver sobre procedimentos; 
III - assinar, com o 1º Diretor-Tesoureiro, cheques, 
balanços e outros documentos necessários à mo-
vimentação das contas bancárias, bem como re-
formular e suplementar dotações orçamentárias 
"ad referendum", autorizar pagamentos e despe-
sas; 
IV - executar as decisões do Plenário; 
V - obedecida a ordem de chamada, ser substituí-
do nos impedimentos e suas faltas pelos Vice-
Presidentes, quando convocados, que também o 
assessoram e exercem os encargos que lhes fo-
rem atribuídos; 
VI - autorizar acordos, convênios ou contratos de 
assistência técnica, financeira ou de natureza cul-
tural com entidades de classe, órgãos públicos e 
instituições privadas; 
VII - contratar pessoal; 
VIII - responder dúvidas oriundas dos Conselhos 
regionais em primeira instância; 
 
Diretor-Secretário 
 
IX - substituir o Presidente e os Vice-Presidentes 
nos casos de faltas e impedimentos simultâneos 
destes, supervisionar as atividades da Secretaria 
Administrativa, assinar com o Presidente os atos 
oficiais e normativas decorrentes de decisões do 
Plenário e da Diretoria, secretariar as reuniões, 
fazer a verificação do "quorum" e elaborar, anual-
mente, o relatório da Diretoria; 
X - o 2º Secretário, quando convocado, tem as 
mesmas atribuições do primeiro; 
 
Diretor-Tesoureiro 
 
XI - movimentar, com o Presidente as contas ban-
cárias, assinando cheques e o que mais for exigi-
do para o citado fim. Assinar também, com o Pre-
sidente o Balanço e as prestações de contas e 
supervisionar, nos seus aspectos formais, todas 
as atividades econômico-financeiras do COFECI, 
orientando, nesta atribuição, a Diretoria e o Plená-
rio; 
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– 7 – 
XII - o 2º tesoureiro, quando convocado, terá as 
mesmas atribuições do primeiro. 
 
Seção III - Conselho Fiscal 
 
Art. 6º O Conselho Fiscal examina o balanço. Ba-
lancete, relatórios financeiros, prestações de con-
tas e respectiva documentação, restituindo-os à 
Diretoria com sua manifestação sobre sua regula-
ridade.Parágrafo único - O Conselho Fiscal reúne-
se trimestralmente ou extraordinariamente, convo-
cado pelo Presidente do COFECI em antecedên-
cia mínima de 5 (cinco) dias. 
 
Seção IV - Comissões e Grupos de Trabalho 
 
Art. 7º As Comissões e grupos de Trabalho cria-
dos pelo Presidente desempenharão tarefas per-
manentes ou eventuais que por ele lhes forem 
atribuídas. 
 
CAPÍTULO III 
 
Seção I - Conselheiros 
 
Art. 9º Os Conselheiros participam das Reuniões 
do COFECI, relatam processos, desempenham 
encargos que lhes forem atribuídos, podendo diri-
gir-se a qualquer órgão do Conselho para lhes 
solicitar assistência. 
 
Art. 10 A perda de mandato no Conselho Federal 
em decorrência de licença para trato de assuntos 
particulares fica a critério do Plenário, mas o titular 
se obriga a comunicar o fato ao presidente com 
antecedência mínima de 05 (cinco) dias. 
 
 
CAPÍTULO IV 
 
Seção I - Convocação e Ordem dos Trabalhos 
 
Art. 12 As Sessões Plenárias, em número mínimo 
de uma e máximo de oito em cada bimestre, serão 
convocadas, com a respectiva pauta, com antece-
dência mínima de 7 (sete) dias. 
 
Art. 13 As Reuniões de Diretoria, em número mí-
nimo de uma e máximo de cinco mensais, serão 
convocadas com antecedência mínima de cinco 
dias, exceto as de caráter extraordinário. 
 
Art. 14 As reuniões das Comissões serão convo-
cadas com antecedência mínima de cinco dias, 
exceto as extraordinárias. 
 
Art. 15 As despesas de transporte, diárias e jeton 
decorrentes das convocações serão custeadas 
pelo Conselho Federal. 
 
Art. 16 Somente se pagarão diárias e jeton ao 
Conselheiro que permanecer no local da reunião 
para a qual foi convocado, até seu encerramento. 
 
Art. 17 A Mesa Diretora das Reuniões Plenárias 
será composta pelo Presidente, Secretário e Te-
soureiro. 
 
Art. 18 Aberta a Reunião será observada a ordem 
seguinte:a) - verificação do "quorum";b) - leitura, 
discussão e aprovação da Ata da Sessão anteri-
or;c) - leitura doexpediente;d) - comunicações da 
Presidência e da Diretoria;e) - ordem do dia;f) - 
assuntos de interesse geral. 
 
Art. 19 A Ordem do Dia se iniciará com a discus-
são e votação das matérias urgentes, apreciação 
disciplinares e de outra natureza.Parágrafo único - 
Terão prioridade as matérias cuja apreciação em 
Reuniões anteriores tenha sido interrompida por 
pedido de vista ou baixa em diligência. 
 
Art. 20 - No julgamento de processos disciplinares 
considerados sigilosos a critério do Plenário, só 
permanecerão no recinto do mesmo os Conselhei-
ros, os Suplentes e as partes diretamente interes-
sadas. 
§ 1º Ainda que as partes interessadas tenham 
sido assistidas por advogado a instrução do pro-
cesso, só pessoalmente terão direito ao uso da 
palavra para sustentação oral do recurso. 
§ 2º O indicativo - se o preferir -, poderá ser subs-
tituído pro defender designado pelo Presidente da 
Reunião dentre seus pares, e terá 20 (vinte) minu-
tos para fazer sua defesa. 
 
Art. 21 O recurso de apelação ao COFECI será 
voluntário ou "ex offício".Parágrafo único - nas 
decisões que impuseram a sanção previstas no 
inciso V do artigo 21 da lei nº 6.530/78, o recurso 
"ex offício" será obrigatoriamente interposto na 
própria reunião do julgamento. 
 
Art. 23 Nenhum Conselheiro poderá usar a pala-
vra sem que lhe tenha sido concedida pelo Presi-
dente que observará, quando for o caso, a lista de 
inscrição elaborada pelo 1º Secretário. 
 
Art. 24 Os apartes dependem da anuência do ora-
dor, devendo ser breves, intervindo o Presidente 
para garantir o tempo de quem estiver com a pa-
lavra. 
 
Art. 25 O Presidente não pede apartes, não os 
concede, nem os permite paralelos. 
 
Art. 26 Durante a discussão dos assuntos, o Pre-
sidente concederá a palavra a oradores não inscri-
tos, somente para a apresentação de questão de 
ordem e pedidos de esclarecimentos. 
 
Art. 27 Salvo disposição especial, as deliberações 
observarão o seguinte:a) - não havendo Relator, o 
Conselheiro inscrito usará da palavra por cinco 
minutos;b) - havendo Relator, este resumirá a 
matéria em parecer;c) - terão a palavra, para de-
bater o parecer, por cinco minutos, os oradores 
que se inscreverem; 
 Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
 
– 8 – 
d) - encerrada a discussão, o Relator proferirá o 
seu voto;e) - antes de iniciar a votação, tratando-
se de matéria relevante ou de processo discipli-
nar, qualquer Conselheiro pode pedir vista, quan-
do poderá assinar carga para exame da matéria 
até a Reunião Plenária seguinte;f) - em qualquer 
das hipóteses quando o processo já tiver sido ob-
jeto de vista, outro Conselheiro que requerer, tê-
la-á por 60 (sessenta) minutos, em Plenário;g) - se 
o voto do Conselheiro que pedir vista divergir do 
voto do Relator, fica assegurado a todos os Con-
selheiros o direito de propor alternativas;h) - se o 
voto do Relator for no sentido da manutenção da 
decisão cancelada de inscrição profissional, ou 
suspensão máxima, ou dela divergir para propor 
essa penalidade, haverá necessariamente um 
Revisor do processo;i) - ao autor do projeto de 
Resolução é facultado o direito de relatá-lo. 
 
Art. 28 - As questões de ordem poderão ser susci-
tadas a qualquer tempo desde que o Conselheiro 
declare qual o dispositivo legal ou regimental em 
que se funda, ou que esteja sendo transgredido, e 
se tal não ocorrer o presidente lhe cassará a pala-
vra liminarmente. 
 
 
Art. 29 A questão de ordem deverá ser levantada 
e fundamentada em cinco minutos. Se não for 
demonstrada a sua procedência, e havendo ora-
dor na tribuna, o Presidente lhe cassará a palavra 
liminarmente. 
 
 
Art. 30 Encerrada a discussão e encaminhada a 
votação, o Presidente chamará os Conselheiros 
para votar, por representação regional ou por sis-
tema que parecer mais rápido e prático, salvo pe-
dido de antecipação de voto de qualquer Conse-
lheiro. 
 
 
Art. 31 O Secretário anotará os votos e o Presi-
dente proclamará o resultado, proferindo antes, se 
for o caso, o voto de desempate. 
 
 
Art. 32 Os Conselheiros vencidos poderão apre-
sentar declaração de voto, por escrito, que será 
anexada ao processo. 
 
 
Art. 33 Quando o Relator for vencido o Presidente 
designará Conselheiro que encaminhou a votação 
com o voto vencedor para a redação de decisão 
do Plenário. 
 
 
Art. 34 O Presidente, em caráter extraordinário, 
poderá suspender a reunião ou a decisão do Ple-
nário, fundamentando seu ato que terá vigência 
até nova reunião do Plenário, isto quando se veri-
ficar a última hipótese. 
Art. 35 A ordem dos trabalhos poderá ser alterada 
pelo presidente, a seu critério, mas as Reuniões 
Extraordinárias começarão sempre pelo trato da 
matéria de sua convocação e, só após esgotada 
essa, havendo tempo, poderá o Conselho discutir 
e votar no Plenário outro assunto reputado urgen-
te e relevante. 
 
Art. 36 Qualquer Conselheiro poderá requerer 
urgência ou preferência, desde que seu requeri-
mento venha subscrito por 50% (cinquenta por 
cento) mais 1 (um) dos Conselheiros presentes. 
 
Art. 37 Das decisões do COFECI caberá pedido 
de reconsideração pela parte interessada num 
prazo de trinta dias a contar da divulgação, mas o 
requerimento será indeferido se não se fundamen-
tar em fato novo. 
 
Art. 38 A matéria rejeitada pelo Plenário só poderá 
voltar à sua apreciação, se fundamentada em fato 
novo, após decorridos 180 (cento e oitenta) dias 
do primeiro julgamento. 
 
Art. 39 O interventor, ou Presidente da Diretoria 
Interventora, agirá segundo orientação da Direto-
ria do COFECI à qual apresentará relatórios men-
sais. 
 
Art. 40 O Interventor ou membro da Diretoria In-
terventora que pretender se candidatar a cargo no 
CRECI sob intervenção, terá que se afastar da 
função até a data da abertura do processo eleito-
ral. 
 
Art. 41 Entre 20 de dezembro a 05 de janeiro de 
cada ano ficam suspensos recebimentos e paga-
mentos na tesouraria do COFECI a qual se dedi-
cará ao serviço exclusivo do encerramento do 
exercício financeiro e tomada de contas. 
 
Art. 42 O Presidente, como coordenador geral da 
administração e representante legal do COFECI, 
tem plenos poderes para resolver casos urgentes, 
suprimindo, com atos próprios, omissões deste 
regimento. 
 
Art. 43 São proibidos contratações de pessoal, de 
parentes consanguíneos e afins, de membros da 
Diretoria e do Conselho Fiscal. 
 
Art. 44 As Reuniões Plenárias serão públicas, 
salvo as de julgamento de processos disciplinares, 
quando somente poderão fazer uso da palavra os 
Senhores Conselheiros e as partes envolvidas. 
 
Art. 45 As eleições para renovação de mandatos 
no COFECI, ocorrerão sempre em 15 de agosto, 
ao fim do triênio de que fala o artigo 14 da Lei nº 
6.530/78. 
 
Art. 46 É vedada a acumulação do exercício si-
multâneo dos cargos de presidente, tesoureiro e 
Secretário de entidades sindicais e de conselhos 
de fiscalização do exercício profissional. 
 Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
– 9 – 
Parágrafo único - A acumulação mencionada nes-
te artigo acarreta a perda do cargo ou função no 
Conselho. 
 
Art. 47 A este regimento deverão ser adaptadas, 
obrigatoriamente, as disposições do Regimento 
padrão dos Conselhos regionais, seus atos e deli-
berações, no prazo de 60 (sessenta) dias, a con-
tar de sua publicação, sob pena de nulidade. 
 
Art. 48 As disposições deste Regimento prevale-
cem sobre as Resoluções que a ele não devem se 
opor, e somente poderão ser alteradas por pro-
postas de, no mínimo, dois terços dos Conselhei-
ros e depois apreciada em duas Reuniões Plená-
rias. 
 
Art. 49 Este Regimento entra em vigor no dia 16 
de agosto de 1982. 
 
RESUMINDO: 
 
Área de corretagem:* Lei 4116 de 27/08/1962 – 
Exercício da profissão de corretor de imóveis. * 
Lei 6503 de 1978 – Do Corretor de Imóveis. * Lei 
9649 de 1998 - Fiscalização do corretor de imó-
veis. * Regimento do Conselho Federal de Corre-
tores de Imóveis. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1- Do quedispõe a Lei 4116 de 27 de agosto de 
1962? 
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2- Do que dispõe a Lei 6530 de 1978? 
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________________________________________ 
 
3- Como é a estrutura organizacional do COFE-
CI? 
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________________________________________ 
2. NA ÁREA DE LOCAÇÃO 
 
2.1. LEI DO INQUILINATO 
 
LEI Nº 8.245, DE 18 DE OUTUBRO DE 1991 
 
Dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e 
os procedimentos a elas pertinentes. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que 
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte lei: 
 
TÍTULO I - Da Locação 
 
CAPÍTULO I - Disposições Gerais 
SEÇÃO I - Da locação em geral 
 
Art. 1º A locação de imóvel urbano regula-se pelo 
disposto nesta lei:Parágrafo único. Continuam 
regulados pelo Código Civil e pelas leis especi-
ais:a) as locações:1. de imóveis de propriedade 
da União, dos Estados e dos Municípios, de suas 
autarquias e fundações públicas;2. de vagas au-
tônomas de garagem ou de espaços para estacio-
namento de veículos;3. de espaços destinados à 
publicidade;4. em apart-hotéis, hotéis-residência 
ou equiparados, assim considerados aqueles que 
prestam serviços regulares a seus usuários e co-
mo tais sejam autorizados a funcionar;b) o arren-
damento mercantil, em qualquer de suas modali-
dades. 
 
Art. 2º Havendo mais de um locador ou mais de 
um locatário, entende-se que são solidários se o 
contrário não se estipulou.Parágrafo único. Os 
ocupantes de habitações coletivas multifamiliares 
presumem-se locatários ou sublocatários. 
 
Art. 3º O contrato de locação pode ser ajustado 
por qualquer prazo, dependendo de vênia conju-
gal, se igual ou superior a dez anos.Parágrafo 
único. Ausente a vênia conjugal, o cônjuge não 
estará obrigado a observar o prazo excedente. 
 
Art. 4º Durante o prazo estipulado para a duração 
do contrato, não poderá o locador reaver o imóvel 
alugado. O locatário, todavia, poderá devolvê-lo, 
pagando a multa pactuada, segundo a proporção 
prevista no art. 924 do Código Civil e, na sua falta, 
a que for judicialmente estipulada.Parágrafo único. 
O locatário ficará dispensado da multa se a devo-
lução do imóvel decorrer de transferência, pelo 
seu empregador, privado ou público, para prestar 
serviços em localidades diversas daquela do início 
do contrato, e se notificar, por escrito, o locador 
com prazo de, no mínimo, trinta dias de antece-
dência. 
 
Art. 5º Seja qual for o fundamento do término da 
locação, a ação do locador para reaver o imóvel é 
a de despejo.Parágrafo único. O disposto neste 
artigo não se aplica se a locação termina em de-
corrência de desapropriação, com a missão do 
expropriante na posse do imóvel. 
 Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
 
– 10 – 
Art. 6º O locatário poderá denunciar a locação por 
prazo indeterminado mediante aviso por escrito ao 
locador, com antecedência mínima de trinta di-
as.Parágrafo único. Na ausência do aviso, o loca-
dor poderá exigir quantia correspondente a um 
mês de aluguel e encargos, vigentes quando da 
resilição. 
 
Art. 7º Nos casos de extinção de usufruto ou de 
fideicomisso, a locação celebrada pelo usufrutuá-
rio ou fiduciário poderá ser denunciada, com o 
prazo de trinta dias para a desocupação, salvo se 
tiver havido aquiescência escrita do nuproprietário 
ou do fideicomissário, ou se a propriedade estiver 
consolidada em mãos do usufrutuário ou do fidu-
ciário.Parágrafo único. A denúncia deverá ser e-
xercitada no prazo de noventa dias contados da 
extinção do fideicomisso ou da averbação da ex-
tinção do usufruto, presumindo-se, após esse pra-
zo, a concordância na manutenção da locação. 
 
Art. 8º Se o imóvel for alienado durante a locação, 
o adquirente poderá denunciar o contrato, com o 
prazo de noventa dias para a desocupação, salvo 
se a locação for por tempo determinado e o con-
trato contiver cláusula de vigência em caso de 
alienação e estiver averbado junto à matrícula do 
imóvel. 
§ 1º Idêntico direito terá o promissário comprador 
e o promissário cessionário, em caráter irrevogá-
vel, com imissão na posse do imóvel e título regis-
trado junto à matrícula do mesmo. 
§ 2º A denúncia deverá ser exercitada no prazo de 
noventa dias contados do registro da venda ou do 
compromisso, presumindo-se, após esse prazo, a 
concordância na manutenção da locação. 
 
 
Art. 9º A locação também poderá ser desfeita: 
I - por mútuo acordo; 
II - em decorrência da prática de infração legal ou 
contratual; 
III - em decorrência da falta de pagamento do alu-
guel e demais encargos; 
IV - para a realização de reparações urgentes 
determinadas pelo Poder Público, que não pos-
sam ser normalmente executadas com a perma-
nência do locatário no imóvel ou, podendo, ele se 
recuse a consenti-las. 
 
 
Art. 10. Morrendo o locador, a locação transmite-
se aos herdeiros. 
 
 
Art. 11. Morrendo o locatário, ficarão sub-rogados 
nos seus direitos e obrigações: 
I - nas locações com finalidade residencial, o côn-
juge sobrevivente ou o companheiro e, sucessi-
vamente, os herdeiros necessários e as pessoas 
que viviam na dependência econômica do de cu-
jus, desde que residentes no imóvel; 
II - nas locações com finalidade não residencial, o 
espólio e, se for o caso, seu sucessor no negócio. 
Art. 12. Em casos de separação de fato, separa-
ção judicial, divórcio ou dissolução da sociedade 
concubinária, a locação prosseguirá automatica-
mente com o cônjuge ou companheiro que per-
manecer no imóvel. 
Parágrafo único. Nas hipóteses previstas neste 
artigo, a sub-rogação será comunicada por escrito 
ao locador, o qual terá o direito de exigir, no prazo 
de trinta dias, a substituição do fiador ou o ofere-
cimento de qualquer das garantias previstas nes-
se comércio existente há mais de um ano, sendo 
detentor da maioria do capital o locador, seu côn-
juge, ascendente ou descendente. 
§ 1º Na hipótese do inciso II, o imóvel não poderá 
ser destinado ao uso do mesmo ramo do locatário, 
salvo se a locação também envolvia o fundo de 
comércio, com as instalações e pertences. 
§ 2º Nas locações de espaço em shopping cen-
ters, o locador não poderá recusar a renovação do 
contrato com fundamento no inciso II deste artigo. 
§ 3º O locatário terá direito a indenização para 
ressarcimento dos prejuízos e dos lucros cessan-
tes que tiver que arcar com mudança, perda do 
lugar e desvalorização do fundo de comércio, se a 
renovação não ocorrer em razão de proposta de 
terceiro, em melhores condições, ou se o locador, 
no prazo de três meses da entrega do imóvel, não 
der o destino alegado ou não iniciar as obras de-
terminadas pelo Poder Público ou que declarou 
pretender realizar. 
 
Art. 53. Nas locações de imóveis utilizados por 
hospitais, unidades sanitárias oficiais, asilos, bem 
como de estabelecimento de saúde e de ensino 
autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, o 
contrato somente poderá ser rescindido: 
I - nas hipóteses do art. 9º; 
II - se o proprietário, promissário comprador ou 
promissário cessionário, em caráter irrevogável e 
imitido na posse, com título registrado, quehaja 
quitado o preço da promessa ou que, não o tendo 
feito, seja autorizado pelo proprietário, pedir o 
imóvel para demolição, edificação, licenciada ou 
reforma que venha a resultar em aumento mínimo 
de cinqüenta por cento da área útil. 
 
Art. 54. Nas relações entre lojistas e empreende-
dores de shopping center, prevalecerão as condi-
ções livremente pactuadas nos contratos de loca-
ção respectivos e as disposições procedimentais 
previstas nesta lei. 
§ 1º O empreendedor não poderá cobrar do loca-
tário em shopping center:a) as despesas referidas 
nas alíneas a, b e d do parágrafo único do art. 22; 
e b) as despesas com obras ou substituições de 
equipamentos, que impliquem modificar o projeto 
ou o memorial descritivo da data do habite-se e 
obras de paisagismo nas partes de uso comum. 
§ 2º As despesas cobradas do locatário devem ser 
previstas em orçamento, salvo casos de urgência 
ou força maior, devidamente demonstradas, po-
dendo o locatário, a cada sessenta dias, por si ou 
entidade de classe exigir a comprovação das 
mesmas. 
 Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
– 11 – 
Art. 55. Considera-se locação não residencial 
quando o locatário for pessoa jurídica e o imóvel, 
destinar-se ao uso de seus titulares, diretores, 
sócios, gerentes, executivos ou empregados. 
 
Art. 56. Nos demais casos de locação não resi-
dencial, o contrato por prazo determinado cessa, 
de pleno direito, findo o prazo estipulado, inde-
pendentemente de notificação ou aviso. 
Parágrafo único. Findo o prazo estipulado, se o 
locatário permanecer no imóvel por mais de trinta 
dias sem oposição do locador, presumir-se-á pror-
rogada a locação nas condições ajustadas, mas 
sem prazo determinado. 
 
Art. 57. O contrato de locação por prazo indeter-
minado pode ser denunciado por escrito, pelo lo-
cador, concedidos ao locatário trinta dias para a 
desocupação. 
 
TÍTULO II - Dos Procedimentos 
 
CAPÍTULO I - Das Disposições Gerais 
 
Art. 58. Ressalvados os casos previstos no pará-
grafo único do art. 1º, nas ações de despejo, con-
signação em pagamento de aluguel e acessório 
da locação, revisionais de aluguel e renovatórias 
de locação, observar-se-á o seguinte: 
I - os processos tramitam durante as férias foren-
ses e não se suspendem pela superveniência de-
las; 
II - é competente para conhecer e julgar tais ações 
o foro do lugar da situação do imóvel, salvo se 
outro houver sido eleito no contrato; 
III - o valor da causa corresponderá a doze meses 
de aluguel, ou, na hipótese do inciso II do art. 47, 
a três salários vigentes por ocasião do ajuizamen-
to; 
IV - desde que autorizado no contrato, a citação, 
intimação ou notificação far-se-á mediante corres-
pondência com aviso de recebimento, ou, tratan-
do-se de pessoa jurídica ou firma individual, tam-
bém mediante telex ou fac-símile, ou, ainda, sen-
do necessário, pelas demais formas previstas no 
Código de Processo Civil; 
V - os recursos interpostos contra as sentenças 
terão efeito somente devolutivo. 
 
CAPÍTULO II - Das Ações de Despejo 
 
Art. 59. Com as modificações constantes deste 
capítulo, as ações de despejo terão o rito ordiná-
rio. 
§ 1º Conceder-se-á liminar para desocupação em 
quinze dias, independentemente da audiência da 
parte contrária e desde que prestada a caução no 
valor equivalente a três meses de aluguel, nas 
ações que tiverem por fundamento exclusivo: 
I - o descumprimento do mútuo acordo (art. 9º, 
inciso I), celebrado por escrito e assinado pelas 
partes e por duas testemunhas, no qual tenha sido 
ajustado o prazo mínimo de seis meses para de-
socupação, contado da assinatura do instrumento; 
II - o disposto no inciso II do art. 47, havendo pro-
va escrita da rescisão do contrato de trabalho ou 
sendo ela demonstrada em audiência prévia; 
III - o término do prazo da locação para tempora-
da, tendo sido proposta a ação de despejo em até 
trinta dias após o vencimento do contrato; 
IV - a morte do locatário sem deixar sucessor legí-
timo na locação, de acordo com o referido no inci-
so I do art. 11, permanecendo no imóvel pessoas 
não autorizadas por lei; 
V - a permanência do sublocatário no imóvel, ex-
tinta a locação, celebrada com o locatário. 
§ 2º Qualquer que seja o fundamento da ação dar-
se-á ciência do pedido aos sublocatários, que po-
derão intervir no processo como assistentes. 
 
Art. 60. Nas ações de despejo fundadas no inciso 
IV do art. 9º, inciso IV do art. 47 e inciso II do art. 
53, a petição inicial deverá ser instruída com pro-
va da propriedade do imóvel ou do compromisso 
registrado. 
 
Art. 61 Nas ações fundadas no § 2º do art. 46 e 
nos incisos III e IV do art. 47, se o locatário, no 
prazo da contestação, manifestar sua concordân-
cia com a desocupação do imóvel, o juiz acolherá 
o pedido fixando prazo de seis meses para a de-
socupação, contados da citação, impondo ao ven-
cido a responsabilidade pelas custas e honorários 
advocatícios de vinte por cento sobre o valor dado 
à causa. Se a desocupação ocorrer dentro do pra-
zo fixado, o réu ficará isento dessa responsabili-
dade; caso contrário, será expedido mandado de 
despejo. 
 
Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta 
de pagamento de aluguel e acessórios da loca-
ção, observar-se-á o seguinte: 
I - o pedido de rescisão da locação poderá ser 
cumulado com o de cobrança dos aluguéis e a-
cessórios da locação, devendo ser apresentado, 
com a inicial, cálculo discriminado do valor do dé-
bito; 
II - o locatário poderá evitar a rescisão da locação 
requerendo, no prazo da contestação, autorização 
para o pagamento do débito atualizado, indepen-
dentemente de cálculo e mediante depósito judici-
al, incluídos:a) os aluguéis e acessórios da loca-
ção que vencerem até a sua efetivação;b) as mul-
tas ou penalidades contratuais, quando exigí-
veis;c) os juros de mora;d) as custas e os honorá-
rios do advogado do locador, fixados em dez por 
cento sobre o montante devido, se do contrato 
não constar disposição diversa; 
III - autorizada a emenda da mora e efetuado o 
depósito judicial até quinze dias após a intimação 
do deferimento, se o locador alegar que a oferta 
não é integral, justificando a diferença, o locatário 
poderá complementar o depósito no prazo de dez 
dias, contados da ciência dessa manifestação; 
IV - não sendo complementado o depósito, pedido 
de rescisão prosseguirá pela diferença, podendo o 
locador levantar a quantia depositada; 
 
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V - os aluguéis que forem vencendo até a senten-
ça deverão ser depositados à disposição do juízo, 
nos respectivos vencimentos, podendo o locador 
levantá-los desde que incontroversos; 
VI - havendo cumulação dos pedidos de rescisão 
da locação e cobrança dos aluguéis, a execução 
desta pode ter início antes da desocupação do 
imóvel, caso ambos tenham sido acolhidos. 
Parágrafo único. Não se admitirá a emenda da 
mora se o locatário já houver utilizado essa facul-
dade por duas vezes nos doze meses imediata-
mente anteriores à propositura da ação. 
 
Art. 63. Julgada procedente a ação de despejo, o 
juiz fixará prazo de trinta dias para a desocupação 
voluntária, ressalvado o disposto nos parágrafos 
seguintes: 
§ 1º O prazo será de quinze dias se:a) entre a 
citação e a sentença de primeira instância houve-
rem decorrido mais de quatro meses; ou b) o des-
pejo houver sido decretado com fundamento nos 
incisos II e III do art. 9° ou no § 2° do art. 46. 
§ 2° Tratando-se de estabelecimento de ensino 
autorizado e fiscalizado pelo Poder Público, res-
peitado o prazo mínimo de seis meses e o máxi-
mo de um ano, o juiz disporá de modo que a de-
socupação coincida com o período de férias esco-
lares. 
§ 3° Tratando-se de hospitais, repartições públi-
cas, unidades sanitárias oficiais, asilos e estabe-
lecimentos de saúde e de ensino autorizados e 
fiscalizados pelo Poder Público, e o despejo for 
decretado com fundamento no inciso IV do art. 9° 
ouno inciso II do art. 53, o prazo será de um ano, 
exceto nos casos em que entre a citação e a sen-
tença de primeira instância houver decorrido mais 
de um ano, hipótese em que o prazo será de seis 
meses. 
§ 4° A sentença que decretar o despejo fixará o 
valor da caução para o caso de ser executada 
provisoriamente. 
 
Art. 64. Salvo nas hipóteses das ações fundadas 
nos incisos I, II e IV do art. 9°, a execução provisó-
ria do despejo dependerá de caução não inferior a 
doze meses e nem superior a dezoito meses do 
aluguel, atualizado até a data do depósito da cau-
ção. 
§ 1° A caução poderá ser real ou fidejussória e 
será prestada nos autos da execução provisória. 
§ 2° Ocorrendo a reforma da sentença ou da deci-
são que concedeu liminarmente o despejo, o valor 
da caução reverterá em favor do réu, como inde-
nização mínima das perdas e danos, podendo 
este reclamar, em ação própria, a diferença pelo 
que a exceder. 
 
Art. 65. Findo o prazo assinado para a desocupa-
ção, contado da data da notificação, será efetuado 
o despejo, se necessário com emprego de força, 
inclusive arrombamento. 
§ 1° Os móveis e utensílios serão entregues à 
guarda de depositário, se não os quiser retirar o 
despejado. 
§ 2° O despejo não poderá ser executado até o 
trigésimo dia seguinte ao do falecimento do cônju-
ge, ascendente, descendente ou irmão de qual-
quer das pessoas que habitem o imóvel. 
 
Art. 66. Quando o imóvel for abandonado após 
ajuizada a ação, o locador poderá imitir-se na 
posse do imóvel. 
 
CAPÍTULO III 
 
 Da Ação de Consignação de Aluguel 
e Acessórios da Locação 
 
Art. 67. Na ação que objetivar o pagamento dos 
aluguéis e acessórios da locação mediante con-
signação, será observado o seguinte: 
I - a petição inicial, além dos requisitos exigidos 
pelo art. 282 do Código de Processo Civil, deverá 
especificar os aluguéis e acessórios da locação 
com indicação dos respectivos valores 
II - determinada a citação do réu, o autor será in-
timado a, no prazo de vinte e quatro horas, efetuar 
o depósito judicial da importância indicada na pe-
tição inicial, sob pena de ser extinto o processo; 
III - o pedido envolverá a quitação das obrigações 
que vencerem durante a tramitação do feito e até 
ser prolatada a sentença de primeira instância, 
devendo o autor promover os depósitos nos res-
pectivos vencimentos; 
IV - não sendo oferecida a contestação, ou se o 
locador receber os valores depositados, o juiz 
acolherá o pedido, declarando quitadas as obriga-
ções, condenando o réu ao pagamento das custas 
e honorários de vinte por cento do valor dos depó-
sitos; 
V - a contestação do locador, além da defesa de 
direito que possa caber, ficará adstrita, quanto à 
matéria de fato, a:a) não ter havido recusa ou mo-
ra em receber a quantia devida;b) ter sido justa a 
recusa;c) não ter sido efetuado o depósito no pra-
zo ou no lugar do pagamento;d) não ter sido o 
depósito integral; 
VI - além de contestar, o réu poderá, em recon-
venção, pedir o despejo e a cobrança dos valores 
objeto da consignatória ou da diferença do depósi-
to inicial, na hipótese de ter sido alegado não ser 
o mesmo integral; 
VII - o autor poderá complementar o depósito ini-
cial, no prazo de cinco dias contados da ciência 
do oferecimento da resposta, com acréscimo de 
dez por cento sobre o valor da diferença. Se tal 
ocorrer, o juiz declarará quitadas as obrigações, 
elidindo a rescisão da locação, mas imporá ao 
autor-reconvindo a responsabilidade pelas custas 
e honorários advocatícios de vinte por cento sobre 
o valor dos depósitos; 
VIII - havendo, na reconvenção, cumulação dos 
pedidos de rescisão da locação e cobrança dos 
valores objeto da consignatória, a execução desta 
somente poderá ter início após obtida a desocu-
pação do imóvel, caso ambos tenham sido acolhi-
dos. 
 
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Parágrafo único. O réu poderá levantar a qualquer 
momento as importâncias depositadas sobre as 
quais não penda controvérsia. 
 
CAPÍTULO IV 
Da Ação Revisional de Aluguel 
 
Art. 68. Na ação revisional de aluguel, que terá o 
rito sumaríssimo, observar-se-á o seguinte: 
I - além dos requisitos exigidos pelos arts. 276 e 
282 do Código de Processo Civil, a petição inicial 
deverá indicar o valor do aluguel cuja fixação é 
pretendida; 
II - ao designar a audiência de instrução e julga-
mento, o juiz, se houver pedido e com base nos 
elementos fornecidos pelo autor ou nos que indi-
car, fixará aluguel provisório, não excedente a 
oitenta por cento do pedido, que será devido des-
de a citação; 
III - sem prejuízo da contestação e até a audiên-
cia, o réu poderá pedir seja revisto o aluguel pro-
visório, fornecendo os elementos para tanto; 
IV - na audiência de instrução e julgamento, apre-
sentada a contestação, que deverá conter contra-
proposta se houver discordância quanto ao valor 
pretendido, o juiz tentará a conciliação e, não 
sendo esta possível, suspenderá o ato para a rea-
lização de perícia, se necessária, designando, 
desde logo, audiência em continuação. 
§ 1° Não caberá ação revisional na pendência de 
prazo para desocupação do imóvel (arts. 46, pa-
rágrafo 2° e 57), ou quando tenha sido este esti-
pulado amigável ou judicialmente. 
§ 2° No curso da ação de revisão, o aluguel provi-
sório será reajustado na periodicidade pactuada 
ou na fixada em lei. 
 
Art. 69. O aluguel fixado na sentença retroage à 
citação, e as diferenças devidas durante a ação 
de revisão, descontados os alugueres provisórios 
satisfeitos, serão pagas corrigidas, exigíveis a 
partir do trânsito em julgado da decisão que fixar o 
novo aluguel. 
§ 1° Se pedido pelo locador, ou sublocador, a sen-
tença poderá estabelecer periodicidade de reajus-
tamento do aluguel diversa daquela prevista no 
contrato revisando, bem como adotar outro inde-
xador para reajustamento do aluguel. 
§ 2° A execução das diferenças será feita nos 
autos da ação de revisão. 
 
Art. 70. Na ação de revisão do aluguel, o juiz po-
derá homologar acordo de desocupação, que será 
executado mediante expedição de mandado de 
despejo. 
 
CAPÍTULO V 
 
Da Ação Renovatória 
 
Art. 71. Além dos demais requisitos exigidos no 
art. 282 do Código de Processo Civil, a petição 
inicial da ação renovatória deverá ser instruída 
com: 
I - prova do preenchimento dos requisitos dos in-
cisos I, II e III do art. 51; 
II - prova do exato cumprimento do contrato em 
curso; 
III - prova da quitação dos impostos e taxas que 
incidiram sobre o imóvel e cujo pagamento lhe 
incumbia; 
IV - indicação clara e precisa das condições ofe-
recidas para a renovação da locação; 
V - indicação de fiador quando houver no contrato 
a renovar e, quando não for o mesmo, com indi-
cação do nome ou denominação completa, núme-
ro de sua inscrição no Ministério da Economia, 
Fazenda e Planejamento, endereço e, tratando-se 
de pessoa natural, a nacionalidade, o estado civil, 
a profissão e o número da carteira de identidade, 
comprovando, em qualquer caso e desde logo, a 
idoneidade financeira; 
VI - prova de que o fiador do contrato ou o que o 
substituir na renovação aceita os encargos da 
fiança, autorizado por seu cônjuge, se casado for; 
VII - prova, quando for o caso, de ser cessionário 
ou sucessor, em virtude de título oponível ao pro-
prietário. 
Parágrafo único. Proposta a ação pelo sublocatá-
rio do imóvel ou de parte dele, serão citados o 
sublocador e o locador, como litisconsortes, salvo 
se, em virtude de locação originária ou renovada, 
o sublocador dispuser de prazo que admita reno-
var a sublocação; na primeira hipótese, proceden-
te a ação, o proprietário ficará diretamente obriga-
do à renovação. 
 
Art. 72. A contestação do locador, além da defesa 
de direito que possa caber, ficará adstrita, quanto 
à matéria de fato, ao seguinte: 
I - não preencher o autor os requisitos estabeleci-
dos nesta lei; 
II - não atender, a proposta do locatário, o valor 
locativo real do imóvel na época da renovação, 
excluídaa valorização trazida por aquele ao ponto 
ou lugar; 
III - ter proposta de terceiro para a locação, em 
condições melhores; 
IV - não estar obrigado a renovar a locação (inci-
sos I e II do art. 52). 
§ 1° No caso do inciso II, o locador deverá apre-
sentar, em contraproposta, as condições de loca-
ção que repute compatíveis com o valor locativo 
real e atual do imóvel. 
§ 2° No caso do inciso III, o locador deverá juntar 
prova documental da proposta do terceiro, subs-
crita por este e por duas testemunhas, com clara 
indicação do ramo a ser explorado, que não pode-
rá ser o mesmo do locatário. Nessa hipótese, o 
locatário poderá, em réplica, aceitar tais condições 
para obter a renovação pretendida. 
§ 3° No caso do inciso I do art. 52, a contestação 
deverá trazer prova da determinação do Poder 
Público ou relatório pormenorizado das obras a 
serem realizadas e da estimativa de valorização 
que sofrerá o imóvel, assinado por engenheiro 
devidamente habilitado. 
 
 Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
 
– 14 – 
§ 4° Na contestação, o locador, ou sublocador, 
poderá pedir, ainda, a fixação de aluguel provisó-
rio, para vigorar a partir do primeiro mês do prazo 
do contrato a ser renovado, não excedente a oi-
tenta por cento do pedido, desde que apresenta-
dos elementos hábeis para aferição do justo valor 
do aluguel. 
§ 5° Se pedido pelo locador, ou sublocador, a sen-
tença poderá estabelecer periodicidade de reajus-
tamento do aluguel diversa daquela prevista no 
contrato renovando, bem como adotar outro inde-
xador para reajustamento do aluguel. 
 
Art. 73. Renovada a locação, as diferenças dos 
aluguéis vencidos serão executadas nos próprios 
autos da ação e pagas de uma só vez. 
 
Art. 74. Não sendo renovada a locação, o juiz fixa-
rá o prazo de até seis meses após o trânsito em 
julgado da sentença para desocupação, se houver 
pedido na contestação. 
 
Art. 75. Na hipótese do inciso III do art. 72, a sen-
tença fixará desde logo a indenização devida ao 
locatário em conseqüência da não prorrogação da 
locação, solidariamente devida pelo locador e o 
proponente. 
 
 
TÍTULO III 
 
 
Das Disposições Finais e Transitórias 
 
Art. 76. Não se aplicam as disposições desta lei 
aos processos em curso. 
 
Art. 77. Todas as locações residenciais que te-
nham sido celebradas anteriormente à vigência 
desta lei serão automaticamente prorrogadas por 
tempo indeterminado, ao término do prazo ajusta-
do no contrato. 
 
Art. 78. As locações residenciais que tenham sido 
celebradas anteriormente à vigência desta lei e 
que já vigorem ou venham a vigorar por prazo 
indeterminado, poderão ser denunciadas pelo 
locador, concedido o prazo de doze meses para a 
desocupação. 
Parágrafo único. Na hipótese de ter havido revisão 
judicial ou amigável do aluguel, atingindo o preço 
do mercado, a denúncia somente poderá ser e-
xercitada após vinte e quatro meses da data da 
revisão, se esta ocorreu nos doze meses anterio-
res à data da vigência desta lei. 
 
Art. 79. No que for omissa esta lei aplicam-se as 
normas do Código Civil e do Código de Processo 
Civil. 
 
Art. 80. Para os fins do inciso I do art. 98 da Cons-
tituição Federal, as ações de despejo poderão ser 
consideradas como causas cíveis de menor com-
plexidade. 
Art. 81. O inciso II do art. 167 e o art. 169 da Lei 
n° 6.015, de 31 de dezembro de 1973, passam a 
vigorar com as seguintes alterações:" 
 
Art. 167. .....II - .. 
16) do contrato de locação, para os fins de exercí-
cio de direito de preferência."" 
 
Art. 169. ....III - o registro previsto no n° 3 do inciso 
I do art. 167, e a averbação prevista no n° 16 do 
inciso II do art. 167 serão efetuados no cartório 
onde o imóvel esteja matriculado mediante apre-
sentação de qualquer das vias do contrato, assi-
nado pelas partes e subscrito por duas testemu-
nhas, bastando a coincidência entre o nome de 
um dos proprietários e o locador." 
 
Art. 82. O art. 3° da Lei n° 8.009, de 29 de março 
de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte 
inciso VII:" 
Art. 3° .....VII - por obrigação decorrente de fiança 
concedida em contrato de locação." 
 
Art. 83. Ao art. 24 da Lei n° 4.591, de 16 de de-
zembro de 1964 fica acrescido o seguinte § 4°:" 
Art. 24. ....§ 4° Nas decisões da assembleia que 
envolvam despesas ordinárias do condomínio, o 
locatário poderá votar, caso o condômino locador 
a ela não compareça." 
 
Art. 84. Reputam-se válidos os registros dos con-
tratos de locação de imóveis, realizados até a data 
da vigência desta lei. 
 
Art. 85. Nas locações residenciais, é livre a con-
venção do aluguel quanto a preço, periodicidade e 
indexador de reajustamento, vedada a vinculação 
à variação do salário mínimo, variação cambial e 
moeda estrangeira:I dos imóveis novos, com habi-
te-se concedido a partir da entrada em vigor desta 
lei;II - dos demais imóveis não enquadrados no 
inciso anterior, em relação aos contratos celebra-
dos, após cinco anos de entrada em vigor desta 
lei. 
 
Art. 86. O art. 8° da Lei n° 4.380, de 21 de agosto 
de 1964 passa a vigorar com a seguinte reda-
ção:"Art. 8° O sistema financeiro da habitação, 
destinado a facilitar e promover a construção e a 
aquisição da casa própria ou moradia, especial-
mente pelas classes de menor renda da popula-
ção, será integrado." 
 
Art. 87. (Vetado). 
 
Art. 88. (Vetado) . 
 
Art. 89. Esta lei entrará em vigor sessenta dias 
após a sua publicação. 
 
Art. 90. Revogam-se as disposições em contrário, 
especialmente: 
I - o Decreto n° 24.150, de 20 de abril de 1934; 
II - a Lei n° 6.239, de 19 de setembro de 1975; 
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III - a Lei n° 6.649, de 16 de maio de 1979; 
IV - a Lei n° 6.698, de 15 de outubro de 1979; 
V - a Lei n° 7.355, de 31 de agosto de 1985; 
VI - a Lei n° 7.538, de 24 de setembro de 1986; 
VII - a Lei n° 7.612, de 9 de julho de 1987; e 
VIII - a Lei n° 8.157, de 3 de janeiro de 1991. 
 
Brasília, 18 de outubro de 1991; 170° da Indepen-
dência e 103° da República. 
 
FERNANDO COLLOR 
Jarbas Passarinho 
 
RESUMINDO: 
 
Na área de locação: * Lei 8245 de 18/10/1991 – 
Lei do Inquilinato. (locação em geral, dos proce-
dimentos e disposições gerais, das ações de des-
pejo, da ação de consignação de aluguel e aces-
sórios da locação, da ação revisional do aluguel, 
da ação renovatória, das disposições finais e tran-
sitórias. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1- Coloque V ou F para as afirmações abaixo: 
 
( ) A locação também pode ser desfeita em decor-
rência da falta de pagamento de aluguel e demais 
encargos. 
( ) Julgada procedente a ação de despejo o juiz 
fixará um prazo de noventa dias para a desocupa-
ção voluntária. 
( ) No caso de separação de fato, a locação pros-
seguira automaticamente com o conjugue ou 
companheiro que permanecer no imóvel. 
 
2- O locador, caso queira, pode reaver o imóvel 
durante o prazo de contrato? E o locatário, pode 
devolver o imóvel antes de finalizar o prazo de 
contrato? Explique 
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3. OUTRAS LEIS E DECRETOS 
 
3.1. LEI10.406 
 
Lei 10.406 de 10/01/2002 em vigor a partir de 
11/01/2003 (Novo Código Civil) 
 
CAPITULO VI 
 
Do Condomínio Geral 
 
Seção I - Do Condomínio Voluntário 
 
Subseção I - Dos Direitos e Deveres 
dos Condôminos 
 
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa 
conforme sua destinação, sobre ela exercer todos 
os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-
la de terceiro, defender a sua posse e alhear a 
respectiva parte ideal, ou gravá-la. 
Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode 
alterar a destinação da coisa comum, nem dar 
posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o con-
senso dos outros. 
 
Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção 
de sua parte, a concorrer para as despesas de 
conservação ou divisão da coisa, e a suportar os 
ônus a que estiver sujeita. 
Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes 
ideais dos condôminos. 
 
Art. 1.316. Pode o condômino eximir-se do paga-
mento das despesas e dívidas, renunciando à 
parte ideal. 
§ 1º Se os demais condôminos assumem as des-
pesas e as dívidas, a renúncia lhes aproveita, ad-
quirindo a parte ideal de quem renunciou, na pro-
porção dos pagamentos que fizerem. 
§ 2º Se não há condômino que faça os pagamen-
tos, a coisa comum será dividida. 
 
Art. 1.317. Quando a dívida houver sido contraída 
por todos os condôminos, sem se discriminar a 
parte de cada um na obrigação, nem se estipular 
solidariedade, entende-se que cada qual se obri-
gou proporcionalmente ao seu quinhão na coisa 
comum. 
 
Art. 1.318. As dividas contraídas por um dos con-
dôminos em proveito da comunhão, e durante ela, 
obrigam o contratante; mas terá este ação regres-
siva contra os demais. 
 
Art. 1.319. Cada condômino responde aos outros 
pelos frutos que percebeu da coisa e pelo dano 
que lhe causou. 
 
Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino 
exigir a divisão da coisa comum, respondendo o 
quinhão de cada um pela sua parte nas despesas 
da divisão. 
 
 Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
 
– 16 – 
§ 1º Podem os condôminos acordar que fique in-
divisa a coisa comum por prazo não maior de cin-
co anos, suscetível de prorrogação ulterior. 
§ 2º Não poderá exceder de cinco anos a indivi-
são estabelecida pelo doador ou pelo testador. 
§ 3º A requerimento de qualquer interessado e se 
graves razões o aconselharem, pode o juiz deter-
minar a divisão da coisa comum antes do prazo. 
 
Art. 1.321. Aplicam-se à divisão do condomínio, 
no que couber, as regras de partilha de herança 
(arts. 2.013 a 2.022). 
 
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os 
consortes não quiserem adjudicá-la a um só, in-
denizando os outros, será vendida e repartido o 
apurado, preferindo-se, na venda, em condições 
iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre 
os condôminos aquele que tiver na coisa benfeito-
rias mais valiosas, e, não as havendo, o de qui-
nhão maior.Parágrafo único. Se nenhum dos con-
dôminos tem benfeitorias na coisa comum e parti-
cipam todos do condomínio em partes iguais, rea-
lizar-se-á licitação entre estranhos e, antes de 
adjudicada a coisa àquele que ofereceu maior 
lanço, proceder-se-á à licitação entre os condômi-
nos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem 
afinal oferecer melhor lanço, preferindo, em condi-
ções iguais, o condômino ao estranho. 
 
 
Subseção II 
 
Da Administração do Condomínio 
 
 
Art. 1.323. Deliberando a maioria sobre a adminis-
tração da coisa comum, escolherá o administra-
dor, que poderá ser estranho ao condomínio; re-
solvendo alugá-la, preferir-se-á, em condições 
iguais, o condômino ao que não o é. 
 
 
Art. 1.324. O condômino que administrar sem o-
posição dos outros presume-se representante 
comum. 
 
 
Art. 1.325. A maioria será calculada pelo valor dos 
quinhões. 
§ 1º As deliberações serão obrigatórias, sendo 
tomadas por maioria absoluta. 
§ 2º Não sendo possível alcançar maioria absolu-
ta, decidirá o juiz, a requerimento de qualquer 
condômino, ouvidos os outros. 
§ 3º Havendo dúvida quanto ao valor do quinhão, 
será este avaliado judicialmente. 
 
 
Art. 1.326. Os frutos da coisa comum, não haven-
do em contrário estipulação ou disposição de últi-
ma vontade, serão partilhados na proporção dos 
quinhões. 
 
Seção II 
 
Do Condomínio Necessário 
 
Art. 1.327. O condomínio por meação de paredes, 
cercas, muros e valas regula-se pelo disposto 
neste Código (arts. 1.297 e 1.298; 1.304 a 1.307). 
 
Art. 1.328. O proprietário que tiver direito a estre-
mar um imóvel com paredes, cercas, muros, valas 
ou valados, tê-lo-á igualmente a adquirir meação 
na parede, muro, valado ou cerca do vizinho, em-
bolsando-lhe metade do que atualmente valer a 
obra e o terreno por ela ocupado (art.1.297). 
 
Art. 1.329. Não convindo os dois no preço da o-
bra, será este arbitrado por peritos, a expensas de 
ambos os confinantes. 
 
Art. 1.330. Qualquer que seja o valor da meação, 
enquanto aquele que pretender a divisão não o 
pagar ou depositar, nenhum uso poderá fazer na 
parede, muro, vala, cerca ou qualquer outra obra 
divisória. 
 
 
CAPÍTULO VII 
 
Do Condomínio Edifício 
 
Seção I - Disposições Gerais 
 
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que 
são propriedade exclusiva, e partes que são pro-
priedade comum dos condôminos. 
§ 1º As partes suscetíveis de utilização indepen-
dente, tais como apartamentos, escritórios, salas, 
lojas, sobrelojas ou abrigos para veículos, com as 
respectivas frações ideais no solo e nas outras 
partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusi-
va, podendo ser alienadas e gravadas livremente 
por seus proprietários. 
§ 2º O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a 
rede geral de distribuição de água, esgoto, gás e 
eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e 
as demais partes comuns, inclusive o acesso ao 
logradouro público, são utilizados em comum pe-
los condôminos, não podendo ser alienados sepa-
radamente, ou divididos. 
§ 3º A fração ideal no solo e nas outras partes 
comuns é proporcional ao valor da unidade imobi-
liária, o qual se calcula em relação ao conjunto da 
edificação. 
§ 4º Nenhuma unidade imobiliária pode ser priva-
da do acesso ao logradouro público. 
§ 5º O terraço de cobertura é parte comum, salvo 
disposição contrária da escritura de constituição 
do condomínio. 
 
Art. 1.332. Institui-se o condomínio edifício por ato 
entre vivos ou testamento, registrado no Cartório 
de Registro de Imóveis, devendo constar daquele 
ato, além do disposto em lei especial: 
 
 Técnico em Transações Imobiliárias – Gestão de Negócios Imobiliários – módulo III 
 
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I - a discriminação e individualização das unidades 
de propriedade exclusiva, estremadas uma das 
outras e das partes comuns; 
II - a determinação da fração ideal atribuída a ca-
da unidade, relativamente ao terreno e partes co-
muns; 
III - o fim a que as unidades se destinam. 
 
Art. 1.333. A convenção que constitui o condomí-
nio edifício deve ser subscrita pelos titulares de, 
no mínimo, dois terços das frações ideais e torna-
se, desde logo, obrigatória para os titulares de 
direito sobre as unidades, ou para quantos sobre 
elas tenham posse ou detenção. 
Parágrafo único. Para ser oponível contra tercei-
ros, a convenção do condomínio deverá ser regis-
trada no Cartório de Registro de Imóveis. 
 
Art. 1.334. Além das cláusulas referidas no art. 
1.332 e das que os interessados houverem por 
bem estipular, a convenção determinará: 
I - a quota proporcional e o modo de pagamento 
das contribuições dos condôminos para atender 
às despesas ordinárias e extraordinárias do con-
domínio; 
II - sua forma de administração; 
III - a competência das assembleias, forma de sua 
convocação e quorum exigido para as delibera-
ções; 
IV - as sanções a que estão sujeitos os condômi-
nos, ou possuidores; 
V - o regimento interno. 
§ 1º A convenção poderá ser feita por escritura 
pública ou por instrumento particular. 
§ 2º São equiparados aos proprietários, para os 
fins deste artigo, salvo disposição em contrário, os