Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Rafaela Thais Mendes Sonntag I Bioquímica Veterinária • Triacilglicerois • Fosfolipídeos • Colesterol e ésteres de colesterol • Vitaminas lipossolúveis Ocorre formação de micelas, devido a presença de detergente e agitação, para que seja possível a atuação das enzimas digestivas na interface óleo-água. • Cabeça dos lipídeos com capacidade detergente na superfície da micela • Porção apolar se encontra no interior da micela, contudo, mais facilmente às enzimas digestivas Digestão inicia na boca pela lipase lingual (secretada por glândulas serosas da língua) Triacilglicerol → 1,2-diacilglicerol + ácido graxo • Atua em pH 2 a 7,5 └ enzima pode continuar agindo no estômago • Preferencialmente triacilgliceróis com ácidos graxos de cadeia curta └ gordura do leite • Absorvidos diretamente pela mucosa gástrica (sem seguir para o intestino) No estômago: lipase gástrica (secretada pelas células principais do estômago) Triacilglicerol → 1,2-diacilglicerol + ácido graxo • pH: 3 a 6 • Constitui as lipases ácidas, juntamente à lipase lingual • Preferencialmente TAG com AG de cadeia curta └ gordura do leite • As duas lipases ácidas possuem importância para mamíferos neonatos Digestão de lipídeos PRINCIPAIS LIPÍDEOS DA DIETA A NECESSIDADE DE EMULSIFICAÇÃO ENZIMAS DIGESTIVAS QUE HIDROLISAM LIPÍDEOS 2 Rafaela Thais Mendes Sonntag I Bioquímica Veterinária No intestino delgado: principal sítio para digestão de lipídeos Alimento parcialmente digerido chega ao duodeno → estimulação de células da mucosa do duodeno que vão liberar dois hormônios peptídicos → secretina e CCK vão para a circulação → no pâncreas: secretina estimula liberação de bicarbonato de sódio em solução aquosa e CCK estimula secreção de enzimas digestivas → pâncreas libera o suco pancreático que é lançado no intestino • CCK também estimula contração da vesícula biliar (armazena sais e ácidos biliares), de modo a liberar bile no intestino → se encontra com o suco pancreático e são lançados juntos ao duodeno └ sais e ácidos biliares emulsificam ainda mais os lipídeos da dieta, por conta do seu poder detergente em conjunto aos movimentos peristálticos (agitação) • Suco pancreático └ lipase pancreática └ fosfolipase A2 └ colesterol esterase No fígado Colesterol → ácido cólico (ácido biliar) └ formação de sais biliares por meio da dissociação da carboxila • Ácidos e sais biliares possuem porção apolar e polar └ apolar – interage com a porção lipídica da micela └ polar – interage com a água • Detergente → emulsificação Lipase + colipase (ancora lipase na micela) Hidrolisa ácidos graxos 1 e 3 do triacilglicerol → 2 monoacilglicerol + 2 ácidos graxos livres • Na medida em que as enzimas degradam os lipídeos da dieta, triacilgliceróis (completamente apolares) resultam em compostos com cabeças polares (poder detergente) └ ou seja, ocorre aumento de substâncias detergentes que formam micelas menores. Logo, aumenta a superfície de contato (óleo + água), o que facilita a chegada das enzimas (emulsão mais fina) Hidrolisa AG da posição 2 Fosfolipídeo (poder detergente) → lisofosfolipídeo (poder detergente) + AG • Chega com suco pancreático Éster de colesterol → colesterol + ácido graxo Gotícula de gordura emulsificação → digestão (liberação de ácidos graxos) → micelas mistas e lipossomos (sem presença de ácidos biliares) → chegam à membrana luminal (microvilosidades) das células da mucosa intestinal LIBERAÇÃO DA BILE E AUMENTO DA EMULSIFICAÇÃO LIPASE PANCREÁTICA FOSFOLIPASE A2 COLESTEROL ESTERASE ABSORÇÃO Sais biliares 3 Rafaela Thais Mendes Sonntag I Bioquímica Veterinária • AG • Monoacilglicerois • Colesterol • Lisofosfolipídeos • Vitaminas lipossolúveis • Ácidos biliares └ podem ser reabsorvidos • AG difundem na membrana luminal • Monoacilglicerol (transportador) • Colesterol • Lisofosfolipídeos └ reesterificados no enterócito • Vitaminas lipossolúveis Reesterificação ocorre no reticulo endoplasmático → no golgi, se combinam com proteínas (apoproteínas) → produz quilomícron • Micelas encostam na membrana e componentes difundem no enterócito (colesterol necessita de transportador) Proteína ApoB100 – produzida no intestino (partes polares e apolares) └ interagem com os diferentes componentes • Célula do intestino libera quilomícron por exocitose Quilomícron sofre exocitose → captado por vasos linfáticos → vai para a circulação sanguínea na altura do duto torácico Na membrana do lado da luz do vaso na célula do endotélio há a enzima lipase lipoproteica (produzida pelas células do parênquima – células do musculo ou tecido adiposo) que é liberada para o espaço extracelular e, em seguida, transportada para o outro lado da célula endotelial └ A enzima lipase lipoproteica se liga à membrana por uma espécie de “ancora” → enzima ataca o quilomícron → hidrolisa triacilgliceróis produzindo glicerol (hidrossolúvel) + 3 AG (captados pelos tecidos ou circulam ligados à albumina) • Diminuição de TAG no quilomícron └ murcha (remanescente de quilomícron) – captado pelo fígado CIRCULAÇÃO E CAPTAÇÃO PELOS TECIDOS
Compartilhar