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Aula 08

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Aula 08
Auditoria p/ ISS Cuiabá
Professor: Claudenir Brito
Auditoria p/ISS-Cuiabá
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 08 
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AULA 08: Utilização de trabalhos da auditoria interna. 
Uso de trabalhos técnicos de especialistas. Eventos ou 
transações Subsequentes. Auditoria de estimativas 
contábeis. 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Auditoria de estimativas contábeis 2 
2. Uso de trabalhos da auditoria interna e de especialistas 10 
3. Eventos ou transações subsequentes 26 
Lista das questões comentadas durante a aula 44 
Referências bibliográficas 57 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida 
a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam 
os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa 
equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia 
Concursos ;-) 
Olá, pessoal. 
Os temas que trataremos na aula de hoje são pouco cobrados nas provas 
de concursos, e as questões costumam ser de fácil resolução. Por isso, 
vamos aproveitar para acertá-las. 
Dúvidas, perguntem no fórum do curso. Se forem sobre outros temas 
voltados aos concursos, que não sejam específicas do nosso conteúdo, 
podem ainda me enviar uma mensagem: 
Uma boa aula para todos nós. 
Auditoria p/ISS-Cuiabá
Teoria e exercícios comentados 
Prof Claudenir Brito ʹ Aula 08 
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1. Auditoria de estimativas contábeis
Definições importantes para o tema: 
A NBC TA 540 trata da responsabilidade do auditor independente em 
relação a estimativas contábeis, incluindo estimativas contábeis do valor 
justo e respectivas divulgações em auditoria de demonstrações 
contábeis. 
Alguns itens das demonstrações contábeis não podem ser 
mensurados com precisão pela administração, mas podem ser apenas 
estimados. Para o CFC, essa forma de mensuração desses itens das 
demonstrações contábeis é denominada estimativa contábil. 
A natureza e a confiabilidade das informações disponíveis para a 
administração para suportar a elaboração de estimativa contábil variam 
significativamente, afetando o grau de incerteza associada às 
Estimativa contábil é a aproximação de um valor monetário na 
ausência de um meio de mensuração preciso. Este termo é usado para 
um valor mensurado do valor justo quando existe incerteza de 
estimativa, bem como para outros valores que requerem estimativas. 
Estimativa pontual ou intervalo é o valor, ou intervalo de valores, 
respectivamente, derivado de evidências de auditoria para uso na 
avaliação da estimativa pontual da administração. 
Incerteza de estimativa é a suscetibilidade da estimativa contábil e das 
respectivas divulgações à falta de precisão inerente em sua 
mensuração. 
Tendenciosidade da administração é a falta de neutralidade da 
administração na elaboração e apresentação de informações. 
Estimativa pontual da administração é o valor selecionado pela 
administração para registro ou divulgação nas demonstrações 
contábeis como estimativa contábil. 
Desfecho de estimativa contábil é o valor monetário real resultante da 
resolução da transação, evento ou condição de que trata a estimativa 
contábil. 
Mas o que é estimativa contábil? 
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Teoria e exercícios comentados 
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estimativas contábeis, o que, por sua vez, afeta os riscos de distorção 
relevante de estimativas. 
O objetivo da mensuração de estimativas contábeis pode variar 
dependendo da estrutura de relatório financeiro aplicável e do item 
financeiro que está sendo relatado. Em alguns casos, é prever o 
desfecho de uma ou mais transações, eventos ou condições que dão 
origem à necessidade de estimativas contábeis. 
Para outras estimativas contábeis, o objetivo da mensuração é diferente, 
e é expresso em termos do valor da transação corrente ou um item das 
demonstrações baseado nas condições vigentes na data da mensuração, 
como preço de mercado estimado para um tipo de ativo ou passivo 
específico. 
Mas atenção: uma diferença entre o desfecho da estimativa contábil 
e o valor originalmente divulgado nas demonstrações contábeis não 
representa necessariamente uma distorção nas demonstrações. 
Este é especialmente o caso para estimativas contábeis ao valor justo, 
pois qualquer desfecho observado é invariavelmente afetado por eventos 
ou condições posteriores à data em que a mensuração é estimada para 
fins das demonstrações contábeis. 
O objetivo do auditor é obter evidência de auditoria apropriada e 
suficiente sobre: 
a) se as estimativas contábeis registradas ou divulgadas nas
demonstrações contábeis são razoáveis; e 
b) se as respectivas divulgações são adequadas, no contexto da
estrutura de relatório financeiro aplicável - RFA. 
Como vimos no quadro apresentado no começo do item, para a NBC TA 
540, Estimativa contábil é a aproximação de um valor monetário na 
ausência de um meio de mensuração preciso. Este termo é usado para 
um valor mensurado do valor justo quando existe incerteza de 
estimativa, bem como para outros valores que requerem estimativas. 
Se, no julgamento do auditor, a administração não tratou 
adequadamente os efeitos da incerteza de estimativa das estimativas 
contábeis que geram riscos significativos, o auditor deve, se necessário, 
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desenvolver um intervalo para avaliar a razoabilidade da estimativa 
contábil. 
O auditor deve avaliar, com base nas evidências de auditoria, se as 
estimativas contábeis nas demonstrações são razoáveis no contexto 
da estrutura de RFA ou se apresentam distorção. 
Deve, ainda, obter evidência se as divulgações nas demonstrações, 
relacionadas com estimativas contábeis, estão de acordo com as 
exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável. 
Indicadores de possível tendenciosidade da administração 
O auditor deve revisar os julgamentos e decisões feitas pela 
administração na elaboração de estimativas contábeis para identificar 
se há indicadores de possível tendenciosidade da administração. 
Devemos ressaltar que indicadores de possível tendenciosidade da 
administração não constituem, por si só, distorções para concluir sobre a 
razoabilidade de estimativas contábeis individuais. Alguns exemplos que 
podemos citar desses tipos de indicadores de possível tendenciosidade 
da administração com relação a estimativas contábeis são: 
- Mudanças em estimativa contábil ou no método de elaboração, quando 
a administração fez uma avaliação subjetiva de que houve mudança nas 
circunstâncias. 
- Utilização das premissas da própria entidade para estimativas 
contábeis do valor justo quando eles são inconsistentes com premissas 
do mercado observáveis. 
- Seleção ou elaboração de premissas significativas que produzem uma 
estimativa pontual favorável para os objetivos da administração. 
- Seleção de estimativa pontual que pode indicar um padrão de 
otimismo ou pessimismo. 
Uma diferença entre o desfecho da estimativa contábil e o valor 
originalmente divulgado nas demonstrações contábeis não representa 
necessariamente uma distorção nas demonstrações, já que estamos 
tratando de estimativas. 
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Teoria e exercícios comentados 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1. FGV/ISS-Cuiabá/2014) Sobre estimativas contábeis, de
acordo com a NBC TA 540 – Auditoria de Estimativas Contábeis, 
assinale a afirmativa correta. 
a) A diferença entre o desfecho da estimativa contábil e o valor
originalmente reconhecido ou divulgado nas demonstrações contábeisrepresenta uma distorção. 
b) O auditor deve revisar o desfecho das estimativas contábeis incluídas
nas demonstrações contábeis do período anterior, de modo a questionar 
os julgamentos feitos nesse período. 
c) O potencial para tendenciosidade da administração intencional é
inerente em decisões subjetivas, que são, muitas vezes, necessárias na 
elaboração de estimativa contábil. 
d) As estimativas contábeis do valor justo, para as quais é usado modelo
especializado desenvolvido para a entidade, envolvem pequena 
incerteza e podem gerar riscos mais baixos de distorção relevante. 
e) O auditor deve revisar as estimativas contábeis para identificar se há
indicadores de possível tendenciosidade da administração, de modo a 
concluir sobre a razoabilidade de estimativas contábeis individuais. 
Comentários: 
Vamos aos erros: 
A – Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a 
apresentação ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e 
o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida
para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro 
aplicável. 
B – O auditor deve revisar o desfecho das estimativas contábeis 
incluídas nas demonstrações contábeis do período anterior ou, quando 
aplicável, seus recálculos posteriores para o período corrente. 
D – Nesse caso envolvem alta incerteza. 
E – Indicadores de possível tendenciosidade da administração não 
constituem, por si só, distorções para concluir sobre a razoabilidade de 
estimativas contábeis individuais. 
Gabarito: C 
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 
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2. (ESAF/RFB/2014) Em relação às estimativas contábeis
realizadas pela empresa auditada, o auditor independente deve: 
a) sempre que constatar possível tendenciosidade da administração,
concluir que as estimativas contábeis estão inadequadas, ressalvando o 
relatório. 
b) periodicamente exigir da administração e de seus advogados carta de
responsabilidade pelas estimativas efetuadas, eximindo a auditoria de 
avaliar os cálculos e premissas. 
c) revisar os julgamentos e decisões feitos pela administração na
elaboração destas estimativas contábeis, para identificar se há 
indicadores de possível tendenciosidade da administração. 
d) reavaliar as premissas e cálculos e, quando discordar, determinar a
modificação dos valores contabilizados, sob pena de não emitir o 
relatório de auditoria. 
e) aceitar os valores apresentados, por serem subjetivos e de
responsabilidade da administração e de seus consultores jurídicos ou 
áreas afins. 
Comentários: 
Questão direta, cobrando conhecimentos da NBC TA 540. 
Segundo essa norma “o auditor deve revisar os julgamentos e 
decisões feitas pela administração na elaboração de estimativas 
contábeis para identificar se há indicadores de possível tendenciosidade 
da administração.” 
O erro da letra A está em dizer que o auditor irá ressalvar o seu 
relatório caso constate uma possível tendenciosidade da administração, 
pois indicadores de possível tendenciosidade não constituem, por si só, 
distorções para concluir sobre a razoabilidade de estimativas contábeis 
individuais. 
A alternativa B está incorreta, já que o auditor deve sim avaliar os 
cálculos e premissas utilizadas pela administração. 
Quando o auditor discordar das premissas e dos cálculos ele deve 
discutir o assunto com a administração, e isso pode gerar uma 
modificação na opinião do auditor, caso ele não concorde com as 
estimativas e a administração não as modifique, mas isso não fará com 
que ele não emita seu relatório. Dessa forma, a letra D está errada. 
Por fim, a letra E também está incorreta, pois o auditor não pode 
simplesmente aceitar os valores de estimativas contábeis apresentados 
pela administração. Deve avaliar sua razoabilidade. 
Gabarito: C 
3. (CETRO/ISS-SP/2014) Devido às incertezas inerentes nas
atividades de negócios, alguns itens das demonstrações contábeis 
podem ser apenas estimados com maior ou menor grau de 
dificuldade. Quanto às estimativas contábeis, é correto afirmar 
que a responsabilidade, pela sua definição, é 
a) do Auditor, que deve demonstrar à administração da empresa os
procedimentos adotados para o seu cálculo. 
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b) dos advogados, que devem demonstrar à administração da empresa
os procedimentos adotados para o seu cálculo. 
c) dos advogados, que devem demonstrar ao Auditor os procedimentos
adotados para o seu cálculo. 
d) da administração, que deve demonstrar ao Auditor os procedimentos
adotados para o seu cálculo. 
e) do Auditor, que deve demonstrar aos advogados os procedimentos
adotados para o seu cálculo. 
Comentários: 
A NBC TA 540, norma que trata de Estimativas Contábeis, é bem 
clara em relação à responsabilidade pela definição dessas estimativas: é 
da administração. 
O auditor deverá avaliar a razoabilidade dessas estimativas, a 
partir da demonstração, por parte da administração, do embasamento 
para aqueles valores estimados. 
Gabarito: D 
4. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) Os requisitos relacionados com
a auditoria do processo de estimativas a que os auditores devem 
atender, segundo a NBC TA 540 – Auditoria de estimativas 
contábeis, inclusive do valor justo e divulgações relacionadas, são 
as seguintes, com EXCEÇÃO de: 
a) Avaliação da razoabilidade da estimativa contábil.
b) Documentação das conclusões relativas à estimativa contábil.
c) Entendimento dos procedimentos de avaliação de risco e atividade
relacionadas, desenvolvidos pela entidade. 
d) Representações formais.
e) Aceitação e continuidade.
Comentários: 
Segundo a NBC TA 540, são os seguintes requisitos: 
 Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas.
 Identificação e avaliação de riscos de distorção relevante.
 Respostas aos riscos identificados de distorção relevante.
 Procedimentos substantivos adicionais para responder a riscos
significativos.
 Avaliação da razoabilidade da estimativa contábil e
determinação de distorção.
 Divulgações relacionadas com estimativa contábil.
 Indicadores de possível tendenciosidade da administração.
 Representações formais.
 Documentação.
Portanto, questão quase literal. Aceitação e continuidade não se 
referem a requisitos relacionados às estimativas contábeis. 
Gabarito: E 
5. (FCC/TRT 15ª Região/2013) NÃO é um indicador de possível
tendenciosidade da Administração, com relação a estimativas 
contábeis: 
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a) mudanças em estimativa contábil ou no método de elaboração da
demonstração contábil, quando a Administração fez uma avaliação 
subjetiva de que houve mudança nas circunstâncias. 
b) utilização das premissas da própria entidade para estimativas
contábeis do valor justo, quando eles são inconsistentes com premissas 
do mercado observáveis. 
c) seleção ou elaboração de premissas significativas que produzem uma
estimativa pontual favorável para os objetivos da Administração. 
d) dimensionamento da provisão para contingências tributárias
fundamentada na posição de probabilidade de sucesso dos processos 
apresentada pelos advogados da empresa. 
e) seleção de estimativa pontual, que pode indicar um padrão de
otimismo ou pessimismo. 
Comentários: 
Tendenciosidade da administração é a falta de neutralidade da 
administração na elaboração e apresentação de informações. 
Nesse sentido, nota-se que a FCC retirou as letras A, B, C e E de 
forma literal da NBC TA 540, conforme vimos na parte teórica. 
A letra D, gabarito da questão, não é um indicador de 
tendenciosidade da Administração, pois a alternativa deixa claro que o 
fundamento utilizado por ela foi baseado na posição de probabilidade de 
sucessodos processos, realizada pelos advogados. 
Gabarito: D 
6. (ESAF/SUSEP/2010) As estimativas contábeis reconhecidas
nas demonstrações contábeis da empresa são de 
responsabilidade: 
a) dos auditores externos.
b) dos advogados.
c) da auditoria interna.
d) do conselho de administração.
e) da administração da empresa.
Comentários: 
Estimativa contábil, segundo a NBC TA 540, que trata do tema, é a 
aproximação de um valor monetário na ausência de um meio de 
mensuração preciso. Essas estimativas são de responsabilidade da 
administração da entidade e se baseiam em fatores objetivos e 
subjetivos, requerendo o seu julgamento na determinação do valor 
adequado a ser registrado nas demonstrações contábeis. Portanto, 
questão bastante direta, cuja resposta é a letra “e”. 
Gabarito: E 
7. (ESAF/RFB/2009) O auditor, ao avaliar as provisões para
processos trabalhistas elaboradas pela Empresa Projeções S.A., 
percebeu que nos últimos três anos, os valores provisionados 
ficaram distantes dos valores reais. Dessa forma, deve o auditor: 
a) estabelecer novos critérios para realização das estimativas pela
empresa, no período. 
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b) determinar que a administração apresente novos procedimentos de 
cálculos que garantam os valores registrados. 
c) ressalvar o parecer, por inadequação dos procedimentos, 
dimensionando os reflexos nas demonstrações contábeis. 
d) exigir que seja feita uma média ponderada das perdas dos últimos 
três anos, para estabelecer o valor da provisão. 
e) avaliar se houve o ajuste dos procedimentos, para permitir 
estimativas mais apropriadas no período. 
Comentários: 
Erros das alternativas: 
A – os critérios devem ser estabelecidos pela administração, não 
pelo auditor. 
B – por tratarmos de estimativas, não há necessidade de garantia 
dos valores registrados. 
C – uma diferença entre o desfecho da estimativa e o valor 
originalmente divulgado não representa necessariamente uma distorção. 
D – não cabe ao auditor estabelecer os critérios para o 
estabelecimento das estimativas. 
E – alternativa correta, por ser a única possível ao auditor. 
Gabarito: E 
 
8. (ESAF/CGU/2006) Com relação às estimativas contábeis 
praticadas pela empresa objeto da auditoria, podemos afirmar 
que: 
a) são de responsabilidade do auditor da entidade e se baseiam em 
fatores objetivos e subjetivos requerendo o seu julgamento. 
b) o auditor não tem responsabilidade de certificar-se dos procedimentos 
e métodos utilizados pela entidade para determinação das estimativas. 
c) o auditor não deve basear-se em posições de períodos anteriores da 
empresa para não se influenciar por efeitos passados. 
d) o auditor pode basear-se em conhecimentos básicos e incompletos 
dos controles internos e procedimentos da entidade. 
e) o auditor deve assegurar-se da razoabilidade das estimativas, 
individualmente consideradas, quando estas forem relevantes. 
Comentários: 
Vamos aos erros. 
As estimativas contábeis são de responsabilidade da empresa e 
não do auditor. Entretanto, este deve sim certificar-se dos 
procedimentos e métodos utilizados pela entidade para determinação 
das estimativas. Portanto, as letras A e B estão incorretas. 
Além disso, o auditor deve revisar o desfecho das estimativas 
contábeis incluídas nas demonstrações contábeis do período anterior ou, 
quando aplicável, seus recálculos posteriores para o período corrente. 
Dessa forma, a alternativa C também está errada. 
O auditor pode se basear em conhecimentos completos e não 
incompletos do controle interno da entidade auditada, sendo a letra D 
também incorreta. 
Gabarito: E 
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2. Uso do trabalho de outros profissionais
Definições importantes para o tema: 
Na realização dos trabalhos de auditoria independente, o auditor poderá 
utilizar trabalhos anteriores de outros profissionais, de acordo com 
certas regras a serem seguidas, sempre com vista do objetivo principal 
do auditor independente, que é o de emitir uma opinião sobre as 
demonstrações contábeis da empresa auditada. 
Os trabalhos que podem ser utilizados e que são mais cobrados em 
prova são os da auditoria interna e o de especialistas. Vamos estudar 
essa utilização nos tópicos a seguir. 
Trabalho do Auditor Interno 
A norma referente ao assunto é a NBC TA 610, aprovada pela Resolução 
CFC nº. 1.229/09, mas cuja redação foi totalmente alterada em 24 de 
janeiro de 2014. Dessa forma esse item da aula já abordará a nova 
redação da supracitada norma, que trata da responsabilidade do auditor 
externo (independente) em relação ao trabalho dos auditores internos, 
quando o auditor independente observar que existe a probabilidade de 
que a função de auditoria interna seja relevante para a auditoria 
independente. Isso inclui: 
a) utilizar o trabalho da função de auditoria interna na obtenção de
evidência de auditoria e 
b) utilizar os auditores internos para prestar assistência direta ao auditor
independente, fazendo parte da equipe e trabalhando sob a direção, 
supervisão e revisão do auditor independente. 
Atenção! A letra b não era prevista na NBC TA 610 até a modificação 
realizada em janeiro de 2014. Dessa forma as bancas podem querer 
focar nesse ponto. Cuidado! 
Função de auditoria interna, auditor interno ou auditoria interna se 
referem à função ou pessoas de uma entidade que executem 
atividades de asseguração e consultoria projetadas para avaliar e 
melhorar a eficácia da governança, dos processos de controle interno e 
gestão de risco da entidade. 
Assistência direta é a utilização de auditores internos para executar 
procedimentos de auditoria, sob a direção, supervisão e revisão do 
auditor independente . 
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A possibilidade de utilização de trabalho do auditor interno ocorre 
quando a natureza das responsabilidades e atividades da função de 
auditoria interna estiver relacionada com os relatórios contábeis 
da entidade e se o auditor independente espera utilizar o trabalho 
dos auditores internos para modificar a natureza, época ou reduzir a 
extensão dos procedimentos de auditoria a serem executados. 
A utilização do trabalho dos auditores internos pode levar o auditor 
independente a rever a sua avaliação dos riscos de distorção 
relevante. 
A relação entre a função de auditoria interna e o auditor independente 
possui as seguintes características: 
- os objetivos da função de auditoria interna são determinados pela 
administração e, quando aplicável, pelos responsáveis pela 
governança. Embora os objetivos da função de auditoria interna e o do 
auditor independente sejam diferentes, os meios utilizados pela 
auditoria interna e pelo o auditor independente para alcançar seus 
respectivos objetivos podem ser semelhantes. 
- Independentemente do grau de autonomia e de objetividade da função 
de auditoria interna, tal função não é independente da entidade, 
como é exigido do auditor independente quando ele expressa uma 
opinião sobre as demonstrações contábeis. O auditor independente tem 
total responsabilidade pela opinião expressa em seu relatório de 
auditoria e essa responsabilidade não é reduzida pela utilização de 
trabalhos da função de auditoria interna ou pela obtenção de assistência 
direta de auditores internos pelo auditor independente no seu trabalho. 
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O auditor independente tem total responsabilidade pela opinião expressa 
em seu relatório de auditoria e essa responsabilidade não éreduzida pela 
utilização de trabalhos da função de auditoria interna ou pela obtenção 
de assistência direta de auditores internos pelo auditor independente no 
seu trabalho. 
O auditor independente deve determinar se o trabalho da auditoria 
interna pode ser utilizado para os fins da auditoria, considerando o 
seguinte: 
- a extensão na qual a posição hierárquica da auditoria interna na 
organização e suas políticas e procedimentos propiciam objetividade dos 
auditores internos; 
- o nível de competência da função de auditoria interna; e 
- se a função de auditoria interna aplica uma abordagem sistemática e 
disciplinada, incluindo controle de qualidade. 
Entretanto, o auditor independente não deve usar o trabalho da 
auditoria interna se ele determinar que: 
- a posição hierárquica da auditoria interna na organização e suas 
políticas e procedimentos não propiciam adequada objetividade dos 
auditores internos; 
- a função da auditoria interna não tem suficiente competência; ou 
- a função não aplica uma abordagem sistemática e disciplinada, 
incluindo controle de qualidade. 
Vamos relembrar que as funções de auditoria interna variam 
amplamente e dependem do tamanho e da estrutura da entidade e dos 
requerimentos da administração. Os objetivos e o alcance da função de 
auditoria interna geralmente incluem as atividades de asseguração e 
consultoria planejadas para avaliar e aprimorar a eficácia dos 
processos de governança, gestão de risco e controle interno da 
entidade. 
Os objetivos do auditor independente, onde a entidade tenha a 
função de auditoria interna e ele espera utilizar o trabalho dessa função 
para modificar a natureza, a época ou para reduzir a extensão dos 
procedimentos de auditoria a serem diretamente executados pelo 
próprio auditor independente, inclusive quando ele pretende obter 
assistência direta dos auditores internos são: 
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- determinar se o trabalho da auditoria interna ou se a assistência direta 
dos auditores internos pode ser utilizado e, em caso positivo, em quais 
áreas e em que extensão; 
- se utilizar o trabalho da auditoria interna, o auditor independente deve 
determinar que esse trabalho é adequado para os fins da sua auditoria; 
e 
- se utilizar os auditores internos para prestar assistência direta, o 
auditor independente deve dirigir, supervisionar e revisar o trabalho 
executado pelos auditores internos de forma apropriada. 
2.1 Utilização do trabalho da auditoria interna 
Antes da utilização do trabalho dos auditores internos, o auditor 
independente deve determinar o efeito planejado do trabalho dos 
auditores internos na natureza, época ou extensão dos procedimentos 
do auditor independente. 
Caso o auditor independente planeje usar o trabalho da auditoria 
interna, ele deve discutir com a auditoria interna o uso planejado 
desse trabalho como base para coordenar as suas respectivas 
atividades. 
O auditor independente deve executar procedimentos de auditoria 
suficientes sobre o conjunto do trabalho da auditoria interna que ele 
planeja utilizar para determinar a sua adequação para fins da sua 
auditoria, incluindo a avaliação se: 
- o trabalho da auditoria interna foi planejado, executado, 
supervisionado, revisado e documentado de modo apropriado; 
- foi obtida evidência suficiente e apropriada que possibilite a auditoria 
interna chegar a conclusões razoáveis; e 
- as conclusões alcançadas são apropriadas nas circunstâncias e os 
relatórios elaborados pela auditoria interna são consistentes com os 
resultados do trabalho realizado. 
A natureza e a extensão dos procedimentos de auditoria do auditor 
independente devem estar em consonância com a sua avaliação sobre: 
- o volume ou o grau de julgamento envolvido; 
- o risco avaliado de distorção relevante; 
- se a posição hierárquica da auditoria interna na organização e se suas 
políticas e procedimentos relevantes propiciam apropriada objetividade 
dos auditores internos; 
- o nível de competência da auditoria interna e deve incluir a reexecução 
de parte do trabalho. 
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Utilização dos auditores internos para prestar assistência direta 
 
Antes de utilizar os auditores internos para prestar assistência direta 
para fins de auditoria, o auditor independente deve: 
 
- obter concordância formal do representante autorizado da entidade de 
que os auditores internos estão autorizados e seguirão as instruções do 
auditor independente e que a administração da entidade não vai 
interferir no trabalho que o auditor interno executar para o auditor 
independente; e 
- obter a concordância, também formal, dos auditores internos de que 
eles vão manter confidencialidade sobre os assuntos específicos, 
conforme instruído pelo auditor independente e que qualquer ameaça à 
objetividade será prontamente informada aos auditores independentes. 
 
O auditor independente deve dirigir, supervisionar e revisar o trabalho 
executado pelos auditores internos de acordo com a NBC TA 220, que 
trata do controle de qualidade em uma auditoria. Ao fazê-lo: 
 
- a natureza, a época e a extensão da direção, supervisão e revisão 
devem reconhecer que os auditores internos não são independentes em 
relação à entidade; e 
- os procedimentos de revisão devem incluir a verificação pelo auditor 
independente da evidência de auditoria para alguns dos trabalhos 
executados pelos auditores internos. 
 
A direção, a supervisão e a revisão pelo auditor independente do 
trabalho executado pelos auditores internos devem ser suficientes para 
que o auditor independente esteja convencido de que os auditores 
internos tenham obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente 
para fundamentar as conclusões com base nesse trabalho. 
 
Documentação 
 
Em relação ao que deverá ser documentado (papéis de trabalho) pelo 
auditor independente, se ele utilizou o trabalho de auditoria interna, ele 
deve incluir na documentação de auditoria: 
 
(a) a avaliação: 
I - se a posição hierárquica da auditoria interna e suas 
políticas e procedimentos dão adequado suporte para a 
objetividade dos auditores internos; 
II - do nível de competência da auditoria interna; 
III - se a auditoria interna aplica uma abordagem 
sistemática e disciplinada, incluindo controle de qualidade; 
(b) a natureza e a extensão do trabalho utilizado e a base 
para sua decisão; e 
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(c) os procedimentos de auditoria executados pelo auditor 
independente para avaliar a adequação dos trabalhos realizados. 
Já se o auditor independente utiliza auditores internos para prestar 
assistência direta na auditoria, ele deve incluir na documentação de 
auditoria: 
- a avaliação da existência e da importância das ameaças à objetividade 
dos auditores internos e a avaliação do nível de competência dos 
auditores internos utilizados para prestar assistência direta; 
- a base para a decisão sobre a natureza e a extensão do trabalho 
executado pelos auditores internos; 
- quem revisou o trabalho executado, assim como a data e extensão 
dessa revisão, de acordo com a NBC TA 230; 
- os acordos formais firmados com o representante autorizado da 
entidade e dos auditores internos; e 
- os papéis de trabalho elaborados pelos auditores internos que 
prestaram assistência direta sobre o trabalho de auditoria. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
9. (FGV/ISS-Recife/2014) Para determinar se o trabalho dos
auditores internos está adequado aos fins da auditoria, o auditor 
independente deve avaliar as circunstâncias a seguir, à exceção 
de uma. Assinale-a. 
a) A competência técnica dos auditoresinternos.
b) A probabilidade de que o trabalho dos auditores internos seja
realizado com o devido zelo profissional. 
c) O grau de materialidade envolvido na avaliação da evidência de
auditoria coletada pelos auditores internos. 
d) A probabilidade de que haja comunicação eficaz entre os auditores
internos e o auditor independente. 
e) A objetividade da função de auditoria interna.
Comentários: 
Segundo a NBC TA 610, para determinar se é provável que o 
trabalho dos auditores internos seja adequado para os fins da auditoria, 
o auditor independente deve avaliar:
(a) a objetividade da função de auditoria interna; 
(b) a competência técnica dos auditores internos; 
(c) se é provável que o trabalho dos auditores internos seja 
realizado com o devido zelo profissional; e 
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(d) se é provável que haja comunicação eficaz entre os 
auditores internos e o auditor independente. 
Gabarito: C 
10. (FGV/ACI-Recife/2014) Para determinar o efeito do trabalho
dos auditores internos na natureza, época ou extensão dos 
procedimentos da auditoria independente, o auditor independente 
deve considerar: 
a) a natureza e o alcance do trabalho específico executado, ou a ser
executado, pelos auditores externos. 
b) os riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações para
classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações. 
c) o grau de objetividade envolvido na avaliação da evidência de 
auditoria coletada pelos auditores internos como suporte para as 
afirmações irrelevantes. 
d) a extensão e a utilização de um trabalho específico dos auditores
internos em outras empresas. 
e) a probabilidade do trabalho dos auditores internos ser adequado para
os fins da auditoria de conformidade. 
Comentários: 
Segundo a NBC TA 610, para determinar o efeito planejado do 
trabalho dos auditores internos na natureza, época ou extensão dos 
procedimentos do auditor independente, o auditor independente deve 
considerar: 
(a) a natureza e o alcance do trabalho específico executado, ou 
a ser executado, pelos auditores internos; 
(b) os riscos avaliados de distorção relevante no nível de 
afirmações para classes específicas de transações, saldos 
contábeis e divulgações; e 
(c) o grau de subjetividade envolvido na avaliação da 
evidência de auditoria coletada pelos auditores internos como 
suporte para as afirmações relevantes. 
Gabarito: B 
2.2 Trabalho de especialista de outra área 
A Resolução CFC Nº. 1.230/09 aprovou a NBC TA 620, que trata da 
responsabilidade do auditor em relação ao trabalho de pessoa ou 
organização em área de especialização que não contabilidade ou 
auditoria, quando esse trabalho é utilizado para ajudar o auditor a 
obter evidência de auditoria suficiente e apropriada. 
Atenção: especialista, neste caso, não inclui aquele que trabalho com 
contabilidade ou auditoria. A NBC TA 620 não trata de situações em que 
a equipe de trabalho inclui um membro, ou consulta uma pessoa ou 
organização, com especialização em uma área específica de 
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contabilidade ou auditoria. Esse caso é tradado pela NBC TA 220 – 
Controle de Qualidade. 
A NBC TA 620 também não trata da utilização, pelo auditor, do 
trabalho de pessoa ou organização usado pela entidade para ajudá-la 
na elaboração das demonstrações contábeis (especialista da 
administração) – tratada pela NBC TA 500 – Evidência de Auditoria. 
O auditor é o único responsável por expressar opinião de auditoria e 
essa responsabilidade não é reduzida pela utilização do trabalho de 
especialista contratado pelo auditor (chamado a partir de agora de 
especialista do auditor ou simplesmente especialista). 
No entanto, se o auditor concluir que o trabalho desse especialista é 
adequado para fins da auditoria, o auditor pode aceitar que as 
constatações ou conclusões desse especialista em sua área de 
especialização constituem evidência de auditoria apropriada. 
Ou seja: se o auditor considerar o trabalho adequado, poderá utilizar 
seus resultados como evidência de auditoria, para o embasamento das 
conclusões apresentadas no relatório. 
Objetivos do auditor, em relação ao uso do trabalho de especialistas: 
- determinar a necessidade de utilizar o trabalho de especialista; e 
- no caso de utilização, determinar se o trabalho é adequado para fins 
da auditoria. 
“Especialista do auditor”, segundo a NBC TA 620, é uma pessoa ou 
organização com especialização em área que não contabilidade ou 
auditoria, contratado pelo auditor, cujo trabalho nessa área é 
utilizado pelo auditor para ajudá-lo a obter evidência de auditoria 
suficiente e apropriada. 
Essa especialização pode incluir especialização relacionada a: 
O auditor é o único responsável por expressar opinião de 
auditoria e essa responsabilidade não é reduzida pela utilização do 
trabalho de especialista contratado pelo auditor. 
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- avaliação de instrumentos financeiros complexos, terrenos e edifícios, 
instalações fabris e máquinas, joias, peças de arte, e ativos que 
possivelmente apresentem problemas de perdas no valor recuperável; 
- cálculo atuarial referente a contratos de seguro ou planos de benefícios 
a empregados; 
- estimativa de reservas de petróleo e gás; 
- avaliação de responsabilidade ambiental, e custos de limpeza de 
locais; 
- interpretação de contratos, leis e regulamentos; 
- análise de assuntos complexos ou não usais de natureza fiscal. 
Em muitos casos, a diferenciação entre especialização em contabilidade 
ou auditoria e especialização em outra área será direta. 
Em outros casos, entretanto, especialmente os que envolvem 
conhecimentos especializados em área contábil ou de auditoria 
emergente, a diferenciação entre áreas especializadas de 
contabilidade ou auditoria e especialização em outra área será questão 
de julgamento profissional. 
O especialista do auditor pode ser interno (um sócio, ou equivalente 
no setor público, ou uma pessoa que faz parte da equipe), ou externo. 
Já o “Especialista da administração” é uma pessoa ou organização 
com especialização em área que não contabilidade ou auditoria, 
contratado pela administração, em que o trabalho nessa área é 
usado pela entidade para ajudá-la na elaboração das 
demonstrações contábeis. 
Um exemplo bastante comum no Brasil é a utilização de atuário pela 
administração de uma seguradora ou de um fundo de pensão para 
estimar certas provisões. 
Se a especialização é necessária para obter evidência de auditoria 
apropriada e suficiente, o especialista pode ser necessário para ajudar o 
auditor em um ou mais dos assuntos a seguir: 
- entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo seus controles 
internos; 
- identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante; 
- determinação e implementação de respostas gerais aos riscos 
avaliados no nível de demonstrações contábeis; 
- definição e execução de procedimentos adicionais de auditoria para 
responder aos riscos avaliados no nível de afirmação, que compreendem 
testes de controle ou procedimentos substantivos; 
- avaliação da suficiência e adequação da evidência de auditoria obtida 
na formação de opinião sobre as demonstrações contábeis. 
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Contudo, o auditor pode ser capaz de executar a auditoria sem um 
especialista. Esse entendimento pode ser obtido, por exemplo, por 
meio de: 
- experiência em auditar entidades que exigem a especialização na 
elaboração das demonstrações contábeis; 
- educação ou desenvolvimento profissionalna área específica; 
- discussão com auditores que executaram trabalhos similares. 
Nesses casos, podemos dizer que o auditor não entendeu como 
essencial a utilização do especialista, tendo em vista sua experiência e 
desenvolvimento profissional. 
Em outros casos, entretanto, o auditor pode determinar que é 
necessário utilizar especialista do auditor para ajudar a obter 
evidência de auditoria suficiente e apropriada. 
As considerações para decidir sobre utilizar o trabalho de especialista 
do auditor podem incluir: 
- se a administração já usou um especialista da administração na 
elaboração das demonstrações; 
- a natureza e importância do assunto, incluindo sua complexidade; 
- os riscos de distorção relevante decorrente desse assunto; 
- a natureza dos procedimentos que se espera sejam executados 
para responder aos riscos identificados. 
A natureza, época e extensão dos procedimentos do auditor podem 
variar dependendo das circunstâncias. Ao determiná-los, o auditor 
deve considerar determinados assuntos: 
- a natureza do assunto a que se refere o trabalho desse especialista; 
- os riscos de distorção relevante no assunto a que se refere o 
trabalho desse especialista; 
- a importância do trabalho do especialista no contexto da 
auditoria; 
- o conhecimento e a experiência do auditor em relação a trabalho 
anterior executado por esse especialista; e 
- se esse especialista está sujeito às políticas e procedimentos de 
controle de qualidade da firma de auditoria. 
O auditor deve estabelecer acordo, por escrito, com o especialista 
por ele contratado, sobre os seguintes assuntos: 
- a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho desse especialista; 
- as respectivas atribuições e responsabilidade do auditor e desse 
especialista; 
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- a natureza, a época e a extensão da comunicação entre o auditor e 
esse especialista, incluindo o formato dos relatórios; e 
- a necessidade de o especialista observar requisitos de confidencialidade. 
O auditor deve avaliar a adequação do trabalho do especialista do 
auditor para fins da auditoria, incluindo: 
- a relevância e razoabilidade das constatações ou conclusões desse 
especialista, e sua consistência com outras evidências; 
- se o trabalho do especialista envolve o uso de premissas e métodos 
significativos; e 
- se o trabalho do especialista envolve o uso de dados-fonte 
significativos para o seu trabalho. 
Se o auditor determina que o trabalho do especialista do auditor não 
é adequado para fins da auditoria, deve: 
- estabelecer acordo com esse especialista sobre a natureza e a 
extensão do trabalho adicional a ser executado pelo especialista; ou 
- executar procedimentos adicionais de auditoria. 
O auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista do 
auditor em seu relatório que contenha opinião não modificada. 
Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista do auditor em 
seu relatório porque essa referência é relevante para o entendimento de 
ressalva ou outra modificação na sua opinião, o auditor deve 
indicar no relatório que essa referência não reduz a sua 
responsabilidade por essa opinião. 
Acordo, por escrito, com o especialista, sobre: 
- a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho; 
- as respectivas atribuições e responsabilidade; 
- comunicação entre o auditor e esse especialista; e 
- necessidade de confidencialidade. 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
11. (FGV/ACI-Recife/2014) De acordo com a NBC TA 620, o
especialista é necessário para ajudar o auditor nos assuntos 
relacionados a seguir, à exceção de um. Assinale-o. 
a) No entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo seus
controles internos. 
b) Na identificação e na avaliação dos riscos de distorção relevante.
c) Na definição e na execução de procedimentos adicionais de auditoria
para responder aos riscos avaliados no nível de afirmação, que 
compreendem testes de controle ou procedimentos substantivos. 
d) Na avaliação da suficiência e na adequação da evidência de auditoria
obtida na formação de opinião sobre as demonstrações contábeis. 
e) Na determinação e na implementação de respostas gerais às
evidências avaliadas no nível dos relatórios. 
Comentários: 
Segundo a NBC TA 620, um especialista do auditor pode ser necessário 
para ajudar o auditor em um ou mais dos assuntos a seguir: 
 entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo
seus controles internos; 
 identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante;
 determinação e implementação de respostas gerais aos
riscos avaliados no nível de demonstrações contábeis; 
 definição e execução de procedimentos adicionais de
auditoria para responder aos riscos avaliados no nível de 
afirmação, que compreendem testes de controle ou 
procedimentos substantivos 
 avaliação da suficiência e adequação da evidência de
O auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista do 
auditor em seu relatório que contenha opinião não modificada. 
Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista do auditor em 
seu relatório porque essa referência é relevante para o entendimento de 
ressalva ou outra modificação na sua opinião, o auditor deve 
indicar no relatório que essa referência não reduz a sua 
responsabilidade por essa opinião. 
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auditoria obtida na formação de opinião sobre as demonstrações 
contábeis. 
Gabarito: E 
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 
12. (FGV/SEFAZ/RJ/2010) O auditor independente, para
determinar se o trabalho dos auditores internos é adequado, deve 
avaliar os aspectos relacionados nas alternativas a seguir, à 
exceção de um. Assinale-o. 
a) A objetividade da função de auditoria interna.
b) A competência técnica dos auditores internos.
c) A necessidade do uso do trabalho de especialistas para executar a
auditoria interna. 
d) O zelo profissional demonstrado pelos auditores internos durante o
trabalho. 
e) A comunicação eficaz entre os auditores internos e o auditor
independente. 
Comentários: 
A NBC TA 610 vigente à época, norma técnica que trata da 
utilização do trabalho de auditoria interna estabelecia, em seu item 12, 
que, para determinar a adequação de trabalhos específicos executados 
pelos auditores internos para os seus objetivos como auditor 
independente, este deveria avaliar se: 
(a) o trabalho foi executado por auditores internos que
tenham competência e treinamento técnicos adequados; 
(b) o trabalho foi adequadamente supervisionado,
revisado e documentado; 
(c) foi obtida evidência de auditoria apropriada para 
permitir que os auditores internos atinjam conclusões 
razoáveis; 
(d) as conclusões são apropriadas nas circunstâncias e 
quaisquer relatórios elaborados pelos auditores internos são 
consistentes com os resultados do trabalho executado; e 
(e) quaisquer exceções ou assuntos não usuais 
divulgados pelos auditores internos estão resolvidos 
adequadamente. 
Já o item A4 da mesma norma destacava que os fatores que 
podem afetar a determinação do auditor independente quanto a se é 
provável que o trabalho dos auditores internos seja adequado para 
os fins da auditoria incluem: objetividade, competência técnica, 
zelo profissional e comunicação. 
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Dessa forma, a alternativa “c” é a resposta da questão, uma vez 
que o auditor independente avaliará a necessidade do uso de 
especialista para a execução de sua própria auditoria e não da interna. 
Atualmente, após a revisão da NBC TA 610, conforme abordado 
na parteteórica, o auditor independente deve determinar se o trabalho 
da auditoria interna pode ser utilizado para os fins da auditoria, 
considerando o seguinte: 
(a) a extensão na qual a posição hierárquica da auditoria 
interna na organização e suas políticas e procedimentos 
propiciam objetividade dos auditores internos; 
(b) o nível de competência da função de auditoria interna; e 
(c) se a função de auditoria interna aplica uma abordagem 
sistemática e disciplinada, incluindo controle de qualidade. 
Gabarito: C 
13. (FGV/SEAD-AP/2010) De acordo com a NBC TA 620,
aprovada pela Resolução CFC nº 1230/09, que trata do uso do 
trabalho de especialistas, o auditor não deve assumir o seguinte 
procedimento: 
(A) determinar a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho do 
especialista para fins da auditoria, devendo para tanto obter 
entendimento na área de especialização. 
(B) estabelecer acordo, por escrito, com o especialista por ele 
contratado, quando apropriado, sobre a natureza, o alcance e os 
objetivos do seu trabalho. 
(C) avaliar a adequação do trabalho do especialista, incluindo a 
relevância e a razoabilidade das suas constatações ou conclusões e a 
consistência com outras evidências de auditoria. 
(D) avaliar se o especialista possui competência, habilidades e 
objetividade necessárias na área de contabilidade e auditoria, condição 
indispensável para sua contratação. 
(E) determinar a necessidade de utilizar o trabalho do especialista para 
obter evidências de auditoria apropriada e suficiente, em área que não 
seja contabilidade e auditoria. 
Comentários: 
A norma supracitada trata da responsabilidade do auditor em 
relação ao trabalho de pessoa ou organização em área de 
especialização que não contabilidade ou auditoria, quando esse 
trabalho é utilizado para ajudar o auditor a obter evidência de auditoria 
suficiente e apropriada. 
Dessa forma, o especialista contratado pelo auditor não precisa ter 
conhecimento nessas duas áreas, pois subentende-se que o próprio 
auditor já é especialista nesta área. 
Todas as outras alternativas estão de acordo com a NBC TA 620. 
Gabarito: D 
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14. (FCC/TRE-CE/2012) Para que a auditoria externa possa
utilizar os trabalhos dos auditores internos é obrigatório que: 
A) as reuniões sejam aleatórias e sem previsão dos assuntos a serem
tratados, mantendo assim a independência. 
B) haja subordinação dos auditores internos aos auditores externos.
C) os trabalhos sejam desenvolvidos de acordo com as determinações
da administração da empresa e dos órgãos de governança. 
D) a determinação da amostra, a seleção dos documentos e a revisão
sejam feitas pela auditoria externa. 
E) avalie a objetividade da função da auditoria interna e a competência
técnica dos auditores internos. 
Comentários: 
Para que ele se utilize do trabalho do auditor interno, o auditor 
externo deverá avaliar a competência técnica, a objetividade e a 
independência da auditoria interna da empresa auditada, dentre outros 
fatores. As outras alternativas estão incorretas e serão explicadas 
oportunamente. 
Gabarito: E 
15. (CESPE/TJ-CE/2008) O trabalho dos auditores internos não
deve ser levado em conta pelos auditores independentes que 
forem contratados, exceto a título de colaboração eventual, 
quando for elaborado o planejamento dos trabalhos. Além da 
inexistência de qualquer relação de subordinação, a auditoria 
interna pode funcionar, seguidamente, com pouca autonomia e 
até de forma preventiva em face de falhas ou irregularidades 
passíveis de ocorrerem por ações ou omissões da administração. 
Comentários: 
De acordo com Crepaldi (2010), é importante que exista uma 
compatibilização dos métodos de trabalho da auditoria interna e dos 
auditores independentes, com consequente integração do trabalho. 
Ressalta, ainda, que a utilização dos trabalhos dos auditores internos 
pelos independentes deve seguir alguns critérios, tais como a situação 
organizacional, o alcance da função, a competência técnica e o devido 
cuidado profissional. 
Como já vimos, a vinculação da auditoria interna à Diretoria, ao 
Conselho de Administração, ou equivalente, não deve lhe retirar a 
autonomia. Assim, a questão apresenta outro erro ao apontar uma 
suposta pouca autonomia. 
Gabarito: E 
16. (ESAF/PMRJ/2010) A respeito do uso de especialista de
outra área em auditoria, é correto afirmar, exceto: 
a) na avaliação do trabalho do especialista, não cabe ao auditor revisar
ou testar a fonte de dados utilizada. 
b) na emissão de parecer sem ressalva, o auditor não pode fazer
referência ao trabalho de especialista no seu parecer. 
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c) a certificação profissional, licença ou registro em órgão de classe é
um dos elementos de verificação da competência do especialista. 
d) a responsabilidade, quanto à qualidade e propriedade das premissas e
métodos utilizados, é do especialista e não do auditor. 
e) É atribuição do auditor obter evidência adequada de que o alcance do
trabalho do especialista é suficiente para os fins da auditoria. 
Comentários: 
Segundo a NBC TA 620, que trata da utilização do Trabalho de 
Especialistas, em muitos casos, o auditor pode testar os dados-fonte. 
Entretanto, em outros casos, quando a natureza dos dados-fonte usados 
pelo especialista do auditor é altamente técnica em relação à área do 
especialista, esse especialista pode testar os dados-fonte. Se o 
especialista do auditor testou os dados-fonte, uma maneira apropriada 
para o auditor avaliar a importância, integridade e precisão desses dados 
pode ser a indagação a esse especialista, ou a supervisão ou revisão dos 
testes aplicados por ele. Portanto, a letra A está errada, sendo o 
gabarito da questão. 
Todas as outras afirmativas estão corretas, segundo as normas 
vigentes atualmente. 
Gabarito: A 
17. (CESPE/FUB-DF/2013) O auditor independente assume a
responsabilidade pela opinião de auditoria expressa, mas essa 
responsabilidade é mitigada ou compartilhada sempre que há 
utilização do trabalho feito pelos auditores internos. 
Comentários: 
Mesmo com a utilização de auditores internos a responsabilidade é 
integral do auditor independente. 
Gabarito: E 
18. (CESPE/FUB-DF/2013) Com o objetivo de determinar se o
trabalho dos auditores internos pode estar adequado para os fins 
da auditoria, o auditor independente deve avaliar a competência 
desses auditores. 
Comentários: 
Exatamente. O auditor independente avalia a competência e a 
posição hierárquica do auditor interno na empresa, para concluir sobre a 
objetividade (imparcialidade) do auditor interno. 
Gabarito: C 
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3. Transações e eventos subsequentes
Definições importantes para o tema: 
A Resolução CFC Nº. 1.225/09 aprovou a NBC TA 560 – Eventos 
Subsequentes –, que trata da responsabilidade do auditor independente 
em relação a eventos subsequentes na auditoria de demonstrações 
contábeis. 
De acordo com a norma, as demonstrações contábeis podem ser 
afetadas por certos eventos que ocorrem após a data das 
demonstrações contábeis. 
No Brasil, a NBC TG 24 – Evento Subsequente – analisa o tratamento 
nas demonstrações contábeis de eventos, favoráveis ou não, ocorridos 
entre a data das demonstrações contábeis (mencionada como "data 
do balanço" nesse pronunciamento) e a data na qual é autorizada a 
conclusão da elaboração das demonstrações contábeis. 
Essas estruturas costumam identificar dois tipos de eventos: 
- os que fornecem evidência de condições existentes na data das 
demonstrações contábeis; e 
- os que fornecem evidência de condições que surgiram após a data 
das demonstraçõescontábeis. 
Data das demonstrações contábeis é a data de encerramento do último 
período coberto pelas demonstrações contábeis. 
Data de aprovação das demonstrações contábeis é a data em que 
todos os quadros que compõem as demonstrações contábeis foram 
elaborados e que aqueles com autoridade reconhecida afirmam que 
assumem a responsabilidade por essas demonstrações contábeis. 
Data do relatório do auditor independente é a data do relatório do 
auditor independente sobre as demonstrações contábeis de acordo com 
a NBC TA 700. 
Data de divulgação das demonstrações contábeis é a data em que o 
relatório do auditor independente e as demonstrações contábeis 
auditadas são disponibilizados para terceiros. 
Eventos subsequentes são eventos ocorridos entre a data das 
demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente 
e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a 
data do seu relatório. 
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Uma informação importante é que a NBC TA 700 – Formação da Opinião 
e Emissão do Relatório –, explica que a data do Relatório do 
Auditor Independente informa ao leitor que o auditor considerou o 
efeito dos eventos e transações dos quais o auditor se tornou ciente e 
que ocorreram até aquela data. 
Os objetivos do auditor em relação aos eventos subsequentes são: 
(a) obter evidência sobre se os eventos ocorridos entre a data 
das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor 
independente que precisam ser ajustados ou divulgados nas 
demonstrações contábeis, estão adequadamente refletidos; e 
(b) responder adequadamente aos fatos que chegaram ao 
conhecimento do auditor independente após a data de seu 
relatório, que, se fossem do seu conhecimento naquela data (do 
relatório), poderiam ter levado o auditor a alterá-lo. 
Devem ser considerados três momentos de eventos subsequentes: 
1 - Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a 
data do relatório do auditor independente; 
2 - Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor independente 
após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das 
demonstrações contábeis; e 
3 - Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor independente 
após a divulgação das demonstrações contábeis. 
A data do Relatório do Auditor Independente informa ao leitor que o 
auditor considerou o efeito dos eventos e transações dos quais o 
auditor se tornou ciente e que ocorreram até aquela data. 
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O auditor independente deve executar procedimentos de auditoria 
desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente 
de que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações 
contábeis e a data do relatório do auditor independente que precisam 
ser ajustados ou divulgados nas demonstrações foram identificados. 
Esses procedimentos devem cobrir o período entre a data das 
demonstrações e a data do seu relatório, ou o mais próximo possível 
dessa data. 
Se, em decorrência desses procedimentos, o auditor identificar 
eventos que requerem ajuste ou divulgação nas demonstrações, o 
auditor independente deve determinar se cada um desses eventos está 
refletido de maneira apropriada nas demonstrações, de acordo com a 
estrutura conceitual aplicável. 
Dependendo da avaliação de risco do auditor independente, os 
procedimentos de auditoria requeridos podem incluir procedimentos 
necessários para obter evidência que envolva a revisão ou o teste de 
registros contábeis ou transações ocorridos entre a data das 
demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente. 
Além dos procedimentos de auditoria requeridos, o auditor 
independente pode considerar necessário e apropriado: 
 ler os últimos orçamentos disponíveis, previsões de fluxos de
caixa e outros relatórios da administração relacionados de
períodos posteriores à data das demonstrações contábeis;
 indagar, ou estender as indagações anteriores verbais ou por
escrito, aos consultores jurídicos sobre litígios e
reclamações; ou
 considerar a necessidade de representações formais que
cubram determinados eventos subsequentes para corroborar
outra evidência de auditoria e assim obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente.
Momento 1 - Eventos ocorridos entre a data das demonstrações 
contábeis e a data do relatório do auditor independente 
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O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum 
procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis 
após a data do seu relatório. 
Entretanto, se, após a data do seu relatório, mas antes da data de 
divulgação das demonstrações contábeis, o auditor tomar 
conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do 
relatório, poderia ter levado o auditor a alterá-lo, ele deve: 
(a) discutir o assunto com a administração; 
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser 
alteradas e, caso afirmativo; 
(c) indagar como a administração pretende tratar o assunto 
nas demonstrações contábeis. 
Em geral, pode ser que não haja exigência da legislação ou 
regulamentação para que a administração reapresente demonstrações 
contábeis. Esse é frequentemente o caso quando a emissão das 
demonstrações contábeis para o período seguinte é iminente, desde que 
sejam feitas as divulgações apropriadas nessas demonstrações. 
Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor 
independente deve: 
1 - aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas 
circunstâncias da alteração; 
2 - estender os procedimentos de auditoria mencionados até 
a data do novo relatório do auditor independente; e 
3 - fornecer novo relatório de auditoria sobre as 
demonstrações contábeis alteradas. O novo relatório do auditor 
independente não deve ter data anterior à data de aprovação 
das demonstrações alteradas. 
Caso a administração altere as demonstrações, o auditor 
deve: 
1 - aplicar os procedimentos necessários; 
2 - estender os procedimentos até a data do novo 
relatório; 
3 - fornecer novo relatório. 
O novo relatório do auditor independente não deve ter data anterior à 
data de aprovação das demonstrações alteradas. 
Momento 2 - Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor 
independente após a data do seu relatório, mas antes da data de 
divulgação das demonstrações contábeis 
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Se a administração puder restringir a alteração das demonstrações 
contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes, o auditor 
pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos 
subsequentes. 
Nesses casos, o auditor deve alterar o relatório para incluir data 
adicional restrita a essa alteração que indique que os procedimentos do 
auditor independente sobre os eventos subsequentes estão restritos 
unicamente às alterações descritas na nota explicativa. 
Quando, nessas circunstâncias, o auditor alterar seu relatório para 
incluir data adicional, a data do relatório anterior à alteração 
subsequente feita pela administração permanece inalterada, pois 
essa data informa ao leitor quando o trabalho de auditoria para essas 
demonstrações contábeis foi concluído. 
Entretanto, é incluída data adicional no relatório do auditor 
independente para informar os usuários que os procedimentos 
posteriores àquela data restringiram-se à alteração subsequente das 
demonstrações contábeis. 
Segue exemplo desse tipo de data adicional: 
Após a divulgação das demonstrações, o auditor independente não 
tem obrigação de executar nenhum procedimentode auditoria em 
relação às demonstrações. 
Entretanto, se, após a divulgação das demonstrações contábeis, o 
auditor independente tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu 
conhecimento na data do relatório, poderia tê-lo levado a alterar seu 
relatório, o auditor independente deve: 
(a) discutir o assunto com a administração e,
 quando apropriado, com os responsáveis pela governança; 
(b) determinar se as demonstrações contábeis precisam 
ser alteradas e, caso afirmativo; 
(c) indagar como a administração pretende tratar do 
assunto nas demonstrações contábeis. 
(Data do relatório do auditor independente), exceto para a Nota Y, que é 
de (data da conclusão dos procedimentos de auditoria restritos à 
alteração descrita na Nota Y) 
Momento 3 - Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor 
independente após a divulgação das demonstrações contábeis 
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Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor 
independente deve: 
- aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas 
circunstâncias das alterações; 
- revisar as providências tomadas pela administração para 
garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis 
juntamente com o respectivo relatório do auditor independente sejam 
informados da situação; 
- alterar o relatório do auditor independente. 
Caso o relatório seja alterado, o auditor deve incluir no seu relatório, 
novo ou reemitido, Parágrafo de Ênfase com referência à nota 
explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das 
demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior 
fornecido pelo auditor independente. 
Caso a administração não tome as providências necessárias para 
garantir que todos os que receberam as demonstrações emitidas 
anteriormente sejam informados da situação e não altere as 
demonstrações nas circunstâncias em que o auditor considere 
necessário, o auditor independente deve tomar as medidas apropriadas 
para tentar evitar o uso por terceiros daquele relatório de auditoria. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
19. (FGV/TCM-SP/2015) Em uma determinada entidade, as
demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro 
de 2014 foram aprovadas em 27 de fevereiro de 2015; o 
relatório do auditor independente foi emitido em 09 de março de 
2015; as demonstrações contábeis foram divulgadas em 22 de 
março de 2015 e aprovadas pelos acionistas em 04 de abril de 
2015. De acordo com a NBC TA 560, a data até quando o auditor 
independente deve executar procedimentos de auditoria 
desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e 
suficiente sobre os eventos que afetaram as demonstrações 
contábeis é: 
a) 31 de dezembro de 2014; ͒
b) 27 de fevereiro de 2015; ͒
c) 09 de março de 2015; ͒
d) 22 de março de 2015; ͒
e) 04 de abril de 2015. ͒
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Comentários: 
O auditor deve executar procedimentos de auditoria até a data da 
emissão do seu relatório, ou tão próximo quanto aplicável, segundo a 
NBC TA 560. 
Gabarito: C 
20. (FGV/TCE-BA/2013) Quanto às transações e eventos
subsequentes, analise as afirmativas a seguir. 
I - A decisão ou pagamento em processo judicial após o final do 
período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, 
confirmando que a entidade já tinha a obrigação presente ao 
final daquele período contábil, é um exemplo de evento 
subsequente que origina ajuste. 
II - A falência do cliente ocorrida após o período contábil a que 
se referem as demonstrações contábeis, confirmando que já 
existia uma inadimplência na conta a receber ao final daquele 
período, não habilita o ajuste no valor contábil da conta a 
receber. 
III - O evento subsequente à redução do valor de mercado de 
investimentos ocorrida no período entre a data do balanço e a 
data de autorização de conclusão da elaboração das 
demonstrações contábeis, não é passível de ajuste. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas 
Comentários: 
O item I está correto, pois traz um exemplo de evento 
subsequente e, como se refere a uma obrigação já existente antes do 
final do exercício, levará a um ajuste. 
O item II está errado, já que esse evento também deverá levar a 
um ajuste, ao contrário do que afirma o item. 
Por fim, o item III está certo, uma vez que essa alteração no 
valor de mercado de um investimento pode ser considerada normal 
(tanto pra cima quanto para baixo), não gerando ajustes nas 
demonstrações contábeis do ano anterior ao evento. 
Gabarito: D 
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 
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21. (FCC/ICMS-PI/2015) Suponha que a Organização XYZ S.A.
teve a data das demonstrações contábeis em 31/12/2013, a data 
da aprovação dessas demonstrações em 25/01/2014, a data de 
relatório do auditor em 25/02/2014 e a data programada para a 
divulgação das demonstrações em 25/03/2014 e que, no segundo 
período de eventos subsequentes, uma ocorrência que se tivesse 
chegado a conhecimento dos auditores após a data do relatório 
poderia levar o auditor a modificar seu parecer e que, diante da 
relevância do evento, os membros da governança decidissem 
alterar as Demonstrações Contábeis. Neste caso: 
a) não se espera que o auditor execute procedimentos adicionais de
auditoria para assuntos para os quais os procedimentos de auditoria 
anteriormente aplicados tenham fornecido conclusões insatisfatórias; 
b) o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos 
subsequentes do primeiro período, caso a legislação não proíba a 
administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos 
efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa alteração 
e que os responsáveis pela aprovação das demonstrações contábeis não 
estejam proibidos de restringir a aprovação a essa alteração; 
c) o auditor deve aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas 
circunstâncias da alteração, estender os procedimentos até a data do 
novo relatório e fornecer novo relatório sobre as demonstrações contábeis 
alteradas; 
d) o auditor deve solicitar à administração ou membros da governança, 
uma representação formal de que todos os eventos subsequentes à data 
das demonstrações contábeis que requerem ajuste ou divulgação sejam 
ajustados e divulgados, intempestivamente; 
e) o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum 
procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a 
data do seu relatório. 
Comentários: 
Segundo a NBC TA 560, que trata de Eventos Subsequentes, no 
segundo momento desses eventos, isto é, entre a data do relatório do 
auditor independente e a data da publicação das demonstrações 
contábeis, caso a administração altere as demonstrações contábeis, o 
auditor independente deve aplicar os procedimentos de auditoria 
necessários nas circunstâncias da alteração e fornecer novo relatório de 
auditoria sobre as demonstrações contábeis alteradas. 
Dessa forma, mais uma questão com transcrição praticamente 
literal. 
Gabarito: C 
22. (FGV/ACI-RJ/2011) O período compreendido entre o
término do exercício social e a emissão do parecer é denominado 
período subsequente, e o auditor deve considerá-lo parte normal 
da auditoria. Isso ocorre porque, dependendo da natureza e da 
materialidade dos eventos, ajustes contábeis nas demonstrações 
contábeis podem ser requeridos. Como exemplo disso, é possível 
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citar perdas significativas em contas a receber e sentenças 
judiciais. Especificamente em relação aos eventos e transações 
ocorridos após a divulgação das demonstrações contábeis, é 
correto afirmar que: 
(a) O auditor não tem responsabilidade e deve fazer indagações sobre 
as demonstrações contábeis. 
(b) O parecer a ser emitido deverá obrigatoriamente estar enquadrado 
na modalidade “com ressalvas”. 
(c) O auditor ficará impedido de emitir um parecer “sem ressalvas”. 
(d) Ao tomar conhecimento, após a divulgação das demonstrações 
contábeis, de fato anterior à data de seu parecer que, se fosse 
conhecido, poderia tê-lo levado a emitir documento com conteúdo 
diverso do que foi, deverá decidir se as demonstrações contábeis 
precisarão de revisão. 
(e) Quando a administração alterar significativamente as 
demonstrações contábeis divulgadas, o auditor não deverá ignorar essas 
alterações, mesmo já tendo emitido seu parecer sobre elas. 
Comentários: 
Após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor 
independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de 
auditoria em relação às demonstrações contábeis. Entretanto, se, após 
a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor independente 
tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data 
do relatório do auditor independente, poderia tê-lo levado a alterar seu 
relatório, o auditor independente deve: 
- discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, 
com os responsáveis pela governança; 
- determinar se as demonstrações contábeis precisam ser 
alteradas e, caso afirmativo; 
- indagar como a administração pretende tratar do assunto nas 
demonstrações contábeis. 
Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor 
independente deve: (a) aplicar os procedimentos de auditoria 
necessários nas circunstâncias das alterações; e (b) revisar as 
providências tomadas pela administração para garantir que todos os que 
receberam as demonstrações contábeis juntamente com o respectivo 
relatório do auditor independente sejam informados da situação. 
Pelo exposto, a alternativa mais completa é a letra E pois, caso a 
administração altere as demonstrações o auditor passa a ter 
responsabilidade novamente na aplicação de procedimentos de 
auditoria. 
Gabarito: E 
23. (FGV/SEAD-AP/2010) De acordo com a NBC TA 610 –
Utilização do Trabalho de Auditoria Interna, aprovado pela 
Resolução 1229/09, o auditor, se após a data do seu relatório, 
mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis, 
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tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento 
na data do relatório, poderia ter levado a sua alteração, deve: 
(A) manter o relatório sem qualquer alteração e comunicar o fato a 
administração para que, a seu critério, adote as medidas corretivas 
necessárias. 
(B) revisar as providências tomadas pela administração divulgando-as 
no âmbito interno da empresa juntamente com o seu relatório para que 
todos sejam informados da situação. 
(C) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas 
e, caso afirmativo, indagar como a administração pretende tratar do 
assunto nas demonstrações contábeis. 
(D) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas 
circunstâncias das alterações, ainda que a administração não altere as 
demonstrações contábeis. 
(E) deixar de executar qualquer procedimento de auditoria em relação 
às demonstrações contábeis após a data do seu relatório, mesmo que 
tome conhecimento de eventos subsequentes. 
Comentários: 
Embora o caput da questão trate da NBC TA 610, houve um erro, 
pois a questão aborda o tema Eventos Subsequentes (NBC TA 560). 
O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum 
procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após 
a data do seu relatório. Entretanto, se, após a data do seu relatório, mas 
antes da data de divulgação das demonstrações contábeis, o auditor 
tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data 
do relatório, poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório, ele 
deve: 
a) discutir o assunto com a administração e, quando
apropriado, com os responsáveis pela governança; 
b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser
alteradas e, caso afirmativo; 
c) indagar como a administração pretende tratar o
assunto nas demonstrações contábeis. 
Gabarito: C 
24. (FEPESE/ISS-FLORIANÓPOLIS/2014) No processo de 
auditoria podem ocorrer situações de novos fatos chegarem ao 
conhecimento do auditor independente, mesmo após a data do 
seu relatório, porém antes da data de divulgação das 
demonstrações contábeis. 
Analise as afirmativas abaixo em relação ao assunto: 
1 - O auditor independente não tem nenhuma obrigação em 
relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório. 
2 O auditor independente tem a obrigação de determinar se as 
demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso 
afirmativo, deve indagar como a administração pretende tratar o 
assunto nas demonstrações contábeis. 
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3 - Caso a administração altere as demonstrações contábeis, em 
função da determinação do auditor independente, este deve 
fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações 
contábeis alteradas. O novo relatório do auditor independente 
não deve ter data anterior à data de aprovação das 
demonstrações contábeis alteradas. 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 
A) É correta apenas a afirmativa 1.
B) É correta apenas a afirmativa 2.
C) É correta apenas a afirmativa 3.
D) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
E) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
Comentários:
Praticamente literal da NBC TA 560, que trata de eventos
subsequentes. O auditor independente tem sim obrigação em relação às 
demonstrações contábeis após a data do seu relatório, caso elas sejam 
modificadas. 
Gabarito: E 
25. (FUNDATEC/CAGE-RS/2014) De acordo com o que
estabelece a NBC TA 560 – Eventos Subsequentes, qual das 
situações abaixo melhor representa a data da autorização para 
conclusão das demonstrações financeiras? 
A) Quando o departamento contábil conclui a minuta das
demonstrações contábeis. 
B) Quando a Administração examina as demonstrações e autoriza a sua
emissão em forma final. 
C) Quando os membros do conselho de administração se reúnem com
os auditores independentes e aprovam as demonstrações financeiras a 
serem publicadas. 
D) Quando os auditores independentes emitem seu relatório sobre as
demonstrações contábeis. 
E) Quando as demonstrações contábeis são formalmente aprovadas
pelos acionistas na sua reunião anual. 
Comentários: 
Segundo a NBC TA 560 – Eventos Subsequentes, item A2, “A data 
de aprovação das demonstrações contábeis para fins das normas de 
auditoria é a primeira data em que as pessoas com autoridade 
reconhecida determinam que todos os quadros que compõem as 
demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, foram 
elaborados e que as pessoas com autoridade reconhecida assumiram 
responsabilidade por essas demonstrações contábeis”. Assim, a 
alternativa que melhor se coaduna com o disposto na norma é a de letra 
B. 
Gabarito: B 
26. (ESAF/RFB/2014) A administração da empresa Elevação
S.A. restringiu a alteração das demonstrações contábeis aos 
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efeitos do evento subsequente que causou a alteração. A 
legislação vigente, à qual a empresa está subordinada, não proíbe 
a empresa de proceder desta forma. Nesta situação, o auditor 
deve

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