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PRINCIPAIS CAUSAS DE HEMORRAGIA MATERNA NO PARTO E PUERPÉRIO

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Prob.3 /Mod.10 | Larissa Gomes de Oliveira. 
 
Saúde da 
Mulher 
PRINCIPAIS CAUSAS DE HEMORRAGIA MATERNA NO PARTO E 
PUERPÉRIO 
Hemorragias obstétricas são as hemorragias abundantes que ocorrem durante 
a gravidez, parto ou puerpério. Estas hemorragias podem ser vaginais e externas ou, menos 
frequentemente mais perigosas, internas na cavidade abdominal. As hemorragias estão 
geralmente relacionadas com a própria gravidez, mas algumas formas de hemorragia são 
causadas por outros eventos. As hemorragias obstétricas são uma das principais causas 
de mortalidade materna. 
As hemorragias pré-parto são as hemorragias que ocorrem na gravidez a partir da 20ª-24ª 
semana de idade gestacional até ao termo da gravidez. A primeira consideração é a presença 
de placenta prévia, uma condição que geralmente necessita de parto por cesariana. 
O descolamento prematuro da placenta pode também levar a hemorragias obstétricas, por 
vezes ocultas. 
As Hemorragias durante o parto, para além da placenta prévia e do descolamento da placenta, 
pode ocorrer ruptura uterina; uma condição grave que provoca hemorragias internas ou 
externas. A hemorragia fetal é rara e geralmente pouco abundante, embora seja um risco sério 
para o bebé. Esta condição é denominada vasa previa, podendo por vezes ser diagnosticada 
por ecografia. Existem também exames para diferenciar o sangue materno do sangue fetal, o 
que pode ajudar a determinar a fonte da hemorragia. 
. 
A Hemorragia pós-parto (HPP) é definida por uma perda sanguínea maior que 500ml após um 
parto vaginal ou 1000ml após um parto cesárea nas primeiras 24horas OU qualquer perda de 
sangue pelo trato genital que, como consequência, gere instabilidade hemodinâmica na 
parturiente. 
A HPP é a principal causa de morte materna no mundo, com cerca de 80.000 mortes no ano de 
2015 em todo mundo, e a segunda no Brasil, perdendo apenas para hipertensão arterial (pré-
eclâmpsia e eclampsia). A morte materna por HPP é considerada evitável, pois sua ocorrência é 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemorragia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidez
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Puerp%C3%A9rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vagina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cavidade_abdominal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mortalidade_materna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidez#Termo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placenta_pr%C3%A9via
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cesariana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Descolamento_prematuro_da_placenta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Feto
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vasa_previa&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecografia
 
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maior em países e locais de média e baixa renda, evidenciando as desigualdades sociais entre as 
populações e dificuldade no acesso a saúde. 
PODE SER CLASSIFICADA 
 Em relação ao seu tempo de aparecimento, como: 
• Hemorragia pós-parto primária: quando ocorre nas primeiras 24h após o parto. 
• Hemorragia pós-parto secundária: quando a hemorragia ocorre após as 24 horas pós-
parto, porem até 6 semanas após o parto. 
Porém em casos que a hemorragia ultrapassa 2000ml, independente da via de parto, OU quando 
a parturiente necessita de transfusão mínima de 1200 mL (4 unidades) de concentrado de 
hemácias OU o sangramento resulte na queda de hemoglobina ≥ 4g/dL OU em casos de distúrbio 
de coagulação é chamado de Hemorragia pós-parto maciça. 
OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO NO PERÍODO ANTEPARTO SÃO: 
• História pregressa de HPP; 
• Distensão uterina (gemelar, polidramnio, macrossomia); 
• Distúrbios de coagulação congênitos ou adquiridos; 
• Uso de anticoagulantes; 
• Cesariana prévia com placenta anterior (risco acretismo); 
• Placentação anormal confirmada (prévia ou acretismo); 
• Grande multípara (≥ 4 partos vaginais ou ≥ 3 cesarianas); 
• Elevação dos níveis pressóricos na gestação (Pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional, 
hipertensa crônica); 
• Anemia na gestação; 
• Primeiro filho após os 40 anos. 
OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO NO PERÍODO INTRAPARTO S ÃO: 
• Trabalho de parto prolongado; 
• Trabalho de parto taquitócito (parto precipitado, quando a dilatação cervical, descida e 
expulsão do feto ocorrem num período menor ou igual a 4 horas); 
• Laceração vaginal de 3º/4º graus; 
• Prolongamento de episiotomia (a episiotomia consiste numa pequena incisão feita na área 
muscular situada entre a vagina e o anus, com o objetivo de alargar o canal para a expulsão 
do bebê); 
• Placentação anormal (acreta, prévia); 
• Descolamento Prematuro de Placenta; 
• Parto induzido; 
• Corioamnionite (inflamação de membranas fetais, do líquido amniótico, placenta e as 
decíduas, devido a uma infecção bacteriana); 
• Parada de progressão do polo cefálico; 
• Parto instrumentado (fórceps, vácuo). 
Existe uma Estratificação de risco durante a internação e essa estratificação de risco da 
gestante deve ser feita durante o pré-natal e no momento da admissão. Deve ser feita de forma 
contínua, ou seja, durante todo o internamento da paciente, uma vez que o ciclo gravídico 
 
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puerperal é algo dinâmico. Através da estratificação é possível definir a conduta a ser tomada 
para cada parturiente na intenção de prevenir a HPP. 
BAIXO RISCO MÉDIO RISCO ALTO RISCO 
 Ausência de cicatriz 
uterina Gravidez 
única ≤ 3 partos 
vaginais 
prévios Ausência de 
distúrbio de 
coagulação Ausência 
de história de HPP 
Cesariana ou cirurgia uterina 
prévia Pré-eclâmpsia 
leve Hipertensão gestacional 
leve Superdistensão uterina 
(Gestação múltipla, polidramnio, 
macrossomia) ≥ 4 partos 
vaginais Corioamnionite História 
prévia de atonia uterina ou 
hemorragia obstétrica Obesidade 
materna (IMC > 35kg/m2) 
Placenta prévia ou de inserção 
baixa Pré-eclâmpsia grave 
hematócrito < 30% + 
FR Plaquetas < 100.000/ 
mm3 Sangramento ativo à 
admissão Coagulopatias ou uso 
de 
anticoagulantes Descolamento 
prematuro de 
placenta Acretismo 
placentário Presença de ≥ 2 
fatores de médio risco 
OBS: Gestante com sangramento vaginal importante e/ou sinais de instabilidade hemodinâmica, 
devem ser consideradas como alto risco para choque hipovolêmico e monitorizadas 
rigorosamente! 
Algumas das causas são de Hemorragia são: 
ROTURA DO SEIO MARGINAL 
O seio marginal é a extrema periferia da placenta: é o encontro da decídua basal com as 
membranas. A rotura do seio marginal, é um pequeno deslocamento da borda da placenta, 
ocasionando sangramentos menores. Geralmente ocorre durante o trabalho de parto e não 
altera os batimentos cardíacos do feto. 
ROTURA UTERINA 
É o rompimento lento e progressivo das paredes do útero, mas pode ocorrer também durante 
o trabalho de parto (forma mais comum). É uma das complicações muito temida pelos obstetras, 
porque representa risco de vida para o feto e para a gestante. 
Antigamente tinha-se uma frase “uma vez cesárea, sempre cesárea”, por causa da ruptura 
uterina. Um dos principais fatores de risco, são as cicatrizes no útero por cesárea anterior 
Acontece mais no momento do parto e nessa complicação, parte do útero sofre uma ruptura, 
fazendo com que o feto fique exposto na cavidade abdominal, havendo uma perda de sangue 
muito grande, trazendo riscos de vida para a mãe e para o feto que está “desprotegido” fora do 
útero. 
Sinais e Sintomas 
 
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Se for no início da gestação, ela pode ter dores intensas e sinais de sangramento interno e ela 
pode também desenvolver o abdome agudo (que é uma síndrome clínica caracterizada por dor 
na região abdominal, não 
traumática, súbita e de 
intensidade variável associada 
ou não a outros sintomas e que 
necessita de diagnóstico e 
conduta terapêutica imediata e 
muitas fezes cirúrgica). 
Durante a gestação ela pode ter 
também a rotura uterina, mas 
com menos sintomas, podendo 
ter dor na região abdominale 
sangramento vaginal e ela vai evoluindo aos poucos essa rotura uterina. 
 
Durante o trabalho de parto, que é a forma mais comum, geralmente a parturiente tem dor 
súbita, bem localizada no abdome e também as repercussões do grande sangramento causado 
pela ruptura uterina, que é também o choque. 
A rotura uterina é classificada em: 
▪ Completa: há a total rotura da parede uterina. É uma urgência obstétrica, levando a risco 
de vida tanto da mãe quanto do feto. 
▪ Incompleta: o peritônio parietal permanece intacto. Geralmente não é complicada, 
podendo permanecer assintomática após um parto vaginal. A rotura uterina acontece em 
apenas uma parte do útero. Nesse caso, é chamado de rotura incompleta e os sintomas são 
menos intensos e em muitas vezes o obstetra só visualiza a situação após o parto. 
CAUSAS: 
 Aumento de pressão no interior do útero, causado pelas contrações, por isso que ela é mais 
comum no trabalho de parto. 
 
 Crescimento do próprio feto durante a gestação, as vezes ele é bastante grande e aí pode 
causar ruptura uterina, ainda mais se ela tiver histórico de cesárea anterior. 
 
 Desproporção cefalo-pelvica e parto obstruído (que são as distócias vistas no partograma). 
 
 Grande número de partos anteriores. 
 
 Cesariana anterior (um dos principais motivos). 
 
 
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OBS: ainda há estudos sobre o risco que a cesariana anterior pode trazer para este tipo de 
problema. Pois muitas vezes o risco de mais uma cesariana pode ser maior que o risco de ocorrer 
uma rotura. 
FATORES DE RISCO 
 Multiparidade 
 Gravidez gemelar, trigemelar... 
 Malformações uterinas 
 Cicatrizes anteriores de cesarianas ou outras cirurgias. 
 Polidrâmnio (aumento do líquido amniótico). 
 Curetagens. 
Essa imagem houve uma ruptura uterina, em que há a formação de um anel que separa o corpo 
do segmento inferior do útero, conhecido como anel de Bandl. 
TRATAMENTO 
É sempre cirúrgico, é feito uma histerectomia, que é a remoção de parte ou da totalidade do 
útero (depende da idade da gestante), por via abdominal ou vaginal. 
Porque se for uma mulher nova que quer ter mais filhos, provavelmente seria feito uma sutura 
uterina e o acompanhamento dessa sutura para as próximas gestações. 
É feito uma cesárea de urgência, para tentar tirar o feto ainda vivo, e posteriormente, é feito a 
sutura do útero. 
É utilizado antibiótico para evitar as infecções e muitas vezes é feito também transfusão de 
sangue devido a hemorragia desencadeada nessa rotura. 
 
TRAUMA (LESÕES E HEMATOMAS NO CANAL DE PARTO) 
O parto vaginal exerce influência direta sobre a superfície pélvica e perineal, sobretudo em 
relação às modificações ocorridas no segundo estágio, o período expulsivo. É nesta etapa que 
as forças do trabalho de parto vão encaminhar o feto para o trajeto de seu nascimento. As 
contrações uterinas freqüentes e de forte intensidade formam com as contrações voluntárias 
do músculo abdominal e diafragma o verdadeiro motor dessa etapa. 
Estando esse motor em funcionamento, a cabeça do feto irá exercer uma força sobre os tecidos 
da vagina dilatando-a, estirando o períneo e deslocando os 
músculos elevadores do ânus para os lados e para baixo. 
A perda da integridade dos tecidos é denominada de trauma 
perineal que se constitui em algum dano ocorrido na região 
genital durante o parto. Este pode ser a causa direta de diversas 
 
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conseqüências para a saúde da mulher, de comprometimento tanto no pós-parto imediato, 
quanto nos períodos mais distantes do puerpério. 
O trauma espontâneo da região perineal pode ser determinado por diversos fatores: como a 
rigidez dos tecidos perineais, o processamento rápido da etapa expulsiva, o tamanho do feto, 
quando a saída pélvica não permite uma boa adaptação da cabeça fetal com a sínfise púbica e 
ainda quando o parto se processa em posições anormais 
No parto normal, a ocorrência de lacerações perineais depende de diversos fatores, que podem 
estar relacionados às condições maternas, ao feto, ao parto em si e à própria episiotomia (que 
é uma incisão efetuada na região do períneo (área muscular entre a vagina e o ânus, para 
ampliar o canal de parto), amplamente utilizada para evitar lacerações na região, que constitui 
um trauma perineal, porém muitas vezes, acaba sendo mais severo que as lacerações 
espontâneas. 
A prevalência de complicações da episiotomia tem sido avaliada intensivamente. As principais 
complicações agudas dessa doença são hemorragias, infecções e lacerações de 3º e 4º grau e as 
crônicas incluem dor perineal, dispaneuria e incontinência urinária ou anal. 
PRÁTICAS QUE AUMENTAM AS LACERAÇÕES 
Manter a parturiente deitada, na posição litotomia para o parto (posição que expõe o períneo). 
Além disso, pedir para que ela força, porque a parturiente ela tem puxos de força naturalmente, 
mas quando os profissionais pedem para ela fazer força e segure essa força, essas coisas são 
chamadas de puxos prolongados e podem aumentar o risco de lacerações. 
Outra coisa, é não aguardar os movimentos do feto no canal do parto, há o movimento de 
báscula, que previne as lacerações. O polo cefálico vai e volta no períneo que é algo natural e aí 
é preciso fazer esse movimento de báscula para desprendimento do polo cefálico, é preciso ser 
feito suavemente para não causar lesões. 
Além de fazer manobras de kristeller, que é pressão sobre a barriga da gestante e que pode 
trazer consequências. Ela é nociva ao crescimento do feto, é nociva aos órgãos abdominais da 
parturiente e é nociva a bexiga, podendo levar a prolapso da bexiga, pois força os ligamentos e 
músculos do períneo. 
 
RETENÇÃO DE FRAGMENTOS PLACENTARIOS 
Após o parto, a mulher deve estar atenta a alguns sinais e sintomas que podem indicar a 
presença de certas complicações, como por exemplo, perda de sangue pela vagina, corrimento 
com mau cheiro, febre e suor frio e fraqueza, que podem indicar uma situação chamada 
retenção placentária. 
A hemorragia pós-parto normalmente ocorre logo após a saída do bebê do útero, quando a 
placenta descola do útero, e este não contrai devidamente, levando a grandes perdas de sangue. 
No entanto, este intenso sangramento também pode começar dias ou até mesmo 4 semanas 
 
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depois do nascimento do bebê devido a presença de restos da placenta ainda no útero, após o 
parto normal. 
SINAIS E SINTOMAS DE RESTOS DE PARTO NO ÚTERO 
 
 Perda de grande quantidade de sangue pela vagina, sendo preciso trocar o absorvente a 
cada hora; 
 
 Perda de sangue repentina, em grande volume que chega a sujar a roupa; 
 
 Corrimento com mau cheiro; 
 
 Palpitação no peito; 
 Tontura, suor e fraqueza; 
 
 Dor de cabeça muito forte e persistente; 
 
 Falta de ar ou dificuldade para respirar; 
 
 Febre e abdômen muito sensível. 
 
Restos da placenta podem ficar colados ao útero mesmo após uma cesariana e por vezes, basta 
que fique uma quantidade muito pequena, como por exemplo 8mm de placenta para que haja 
um grande sangramento e infecção uterina. 
 
TRATAMENTO 
 
O tratamento da hemorragia causada pelos restos da 
placenta deve ser orientado pelo obstetra e pode ser 
feito com uso de remédios que induzem a contração 
uterina como o Misoprostol e Ocitocina, mas o médico 
pode ter que realizar uma massagem específica no 
fundo do útero e por vezes, pode ser necessário 
recorrer a uma transfusão sanguínea. 
Para remover os restos da placenta o médico pode 
ainda realizar uma curetagem uterina guidado por 
ultrassom para limpar o útero, removendo totalmente todos os tecidos da placenta, além de 
indicar a tomar de antibióticos. 
 
ACRETISMO PLACENTÁRIO 
 
O acretismo placentário é uma condição caracterizada pela invasão anormal do tecido 
placentário além da camada superficial interna do útero, chamada decídua. Esta condição estáfortemente associada ao antecedente de cesáreas prévias e à inserção baixa da placenta, 
 
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chamada placenta prévia. Quanto maior o número de cesáreas prévias, maior o risco de placenta 
prévia e consequentemente maior o risco de acretismo placentário. 
 
FATORES DE RISCO 
 
• Cesárea anterior, com placenta prévia recobrindo a cicatriz uterina. O risco de acretismo 
nos casos de placenta prévia aumenta conforme o número de cesáreas anteriores (risco 
de 3% para casos de primeira cesárea, 11% para casos de segunda, 40% para casos de 
terceira, 61% para os de quarta e 67% para os de quinta ou mais cesáreas anteriores) 
• Idade materna avançada 
• Multiparidade 
• Placenta acreta (a placenta que se adere anormalmente à decídua ou à parede uterina) 
em gestação anterior 
• Cirurgias uterinas prévias (curetagens, 
miomectomia, ablação endometrial, etc.) 
 
O acretismo está associado a graves hemorragias 
no momento do parto, em particular se houver 
esforços para tentar retirar a placenta. Como o 
fluxo sanguíneo que chega ao útero é de cerca de 
meio litro por minuto, o volume de sangue perdido 
é imenso e muito rápido, o que pode levar a 
paciente ao choque e até mesmo ao óbito. 
É uma complicação obstétrica grave. A placenta 
geralmente se desprende da parede uterina de 
forma relativamente fácil ao final do parto, durante 
o alumbramento. A placenta acreta impede o útero de contrair-se de volta ao tamanho normal, 
o que causa importante sangramento. Geralmente requer um raspado cirúrgico (curetagem) 
para remover completamente a placenta. Quando a placenta penetra mais fundo no útero pode 
ser necessário remoção do útero (histerectomia) para conter a hemorragia. 
CLASSIFICAÇÃO 
Existem três formas de acretismo placentário, que são distintas pela profundidade da 
penetração 
 Placenta acreta: Quando a placenta penetra na decídua, mas não o miométrio (músculo 
uterino). 
 
 Placenta increta: Quando a placenta penetra até a musculatura do útero (miométrio), mas 
não a serosa. 
 
 Placenta percreta: Quando a placenta ultrapassa o miométrio e atinge 
a serosa (peritônio visceral). 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placenta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parede_uterina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Obst%C3%A9trica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alumbramento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Curetagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Histerectomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemorragia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placenta_increta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miom%C3%A9trio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placenta_percreta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Serosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Perit%C3%B4nio
 
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SINTOMAS 
A maioria das gestantes não apresenta sinais desse quadro, por isso, é muito importante que 
se faça corretamente o pré-natal, para que a condição seja logo diagnosticada e devidamente 
acompanhada. Em alguns casos, podem aparecer pequenos sangramentos vaginais 
indolores e sem motivos durante a gravidez. 
CAUSAS DO ACRETISMO 
A patologia está muito relacionada à placenta prévia — condição em que a placenta se fixa 
muito abaixo do local esperado no útero. Algumas questões de saúde da mulher também 
podem levar ao desenvolvimento do acretismo placentário. Gestantes que já tiverem 
algum problema no útero têm maior risco de desenvolver o problema. Nos casos de placenta 
prévia, a proporção de acretismo placentário chega a 19,2%, ou seja, de cada 100 gestações 
pesquisadas, ao menos 19 apresentaram acretismo placentário. 
Ao nidar, geralmente o óvulo fecundado se liga a camada esponjosa, encontrando um rico plexo 
vascular. Porém, nem sempre é assim, muitas vezes ela pode se fixar nas camadas mais 
profundas do útero, que é o caso do acretismo placentário. 
DIAGNÓSTICO 
Nem sempre é fácil perceber a ocorrência da placenta acreta antes do parto, especialmente por 
ser uma condição que geralmente não apresenta sintomas. O diagnóstico só é possível por meio 
de exames de imagem, como ultrassonografia e complementado com a ressonância magnética, 
quando o médico suspeita do problema. Por isso, é imprescindível que as gestantes tenham 
acesso aos exames de pré-natal e ultrassom básicos, para que a condição possa ser identificada 
o quanto antes. 
Suspeitar do diagnóstico antes do parto é fundamental. Mulheres com cesáreas anteriores e 
placenta prévia devem ser investigadas pela ultrassonografia pré-natal, com profissional 
experiente. O diagnóstico ultrassonográfico, complementado pela ressonância magnética, antes 
do parto, permite que a gestante seja encaminhada a um centro especializado no tratamento 
cirúrgico desta grave condição. 
A gestante que recebe o diagnóstico de placenta acreta não deve fazer grandes esforços 
durante a gestação. Se não houver sintomas, ela pode continuar com sua rotina normalmente, 
até o dia do parto. Porém, se aparecerem sangramentos ou outros sinais agravantes, 
o obstetra pode recomendar o repouso ou a internação hospitalar e, se necessário, o parto 
será adiantado. 
 
É importante que a gestante mantenha uma boa alimentação e faça complemento de ferro, 
preparando-se para uma possível perda de sangue após o parto. 
 
TRATAMENTO 
http://www.cordvida.com.br/blog/veja-os-cuidados-que-voce-deve-ter-com-medicamentos-para-gestantes/
http://www.cordvida.com.br/blog/exames-de-pre-natal-saiba-quais-sao-e-quando-fazer/
http://www.cordvida.com.br/blog/dicas-essenciais-de-como-evitar-e-tratar-espinhas-na-gravidez/
http://www.cordvida.com.br/blog/que-problemas-podem-ser-identificados-atraves-do-ultrassom-gestacional/
http://www.cordvida.com.br/blog/conheca-os-7-tipos-de-ultrassons-gestacionais/
http://www.cordvida.com.br/blog/que-problemas-podem-ser-identificados-atraves-do-ultrassom-gestacional/
http://www.cordvida.com.br/blog/exames-de-pre-natal-saiba-quais-sao-e-quando-fazer/
http://www.cordvida.com.br/blog/conheca-tipos-de-massagens-para-gestantes/
http://www.cordvida.com.br/blog/dicas-para-o-pai-de-primeira-viagem-ajudar-na-gestacao/
http://www.cordvida.com.br/blog/tipos-de-partos-qual-e-o-ideal-para-mim-e-meu-bebe/
http://www.cordvida.com.br/blog/7-duvidas-que-podem-surgir-para-sua-primeira-consulta-ao-obstetra/
http://www.cordvida.com.br/blog/7-dicas-de-alimentacao-saudavel-para-gestantes/
http://www.cordvida.com.br/blog/uma-visao-sobre-as-posicoes-do-bebe-na-barriga-durante-o-trabalho-de-parto/
 
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Não existe tratamento clínico prévio para a placenta acreta, no entanto, o seu diagnóstico 
precoce é essencial para que o obstetra planeje o parto sabendo da condição e possa atender 
a mamãe e o bebê com riscos reduzidos de complicações. 
 
 
http://www.cordvida.com.br/blog/uma-visao-sobre-as-posicoes-do-bebe-na-barriga-durante-o-trabalho-de-parto/

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