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FMU APS Direito do Trabalho Aplicado - advocacia preventiva ao contencioso trabalhista

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FMU – Faculdade Metropolitanas Unidas 
 
 
Alana Stephani Malheiro Gonçalves RA: 8165316 Turma: 003309A02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APS DE DIREITO DO TRABALHO APLICADO - ADVOCACIA PREVENTIVA 
AO CONTENSIOSO TRABALHISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2020 
 A empresa Bitcoin Serviços de Informática Ltda contrata seu escritório de 
advocacia objetivando efetivar o levantamento jurídico trabalhista das 
pendências que envolvem a empresa considerando a recente reforma da 
legislação trabalhista. 
 A empresa possui quadro de empregados diretos além de contar com 
quadro fixo de 80 trabalhadores autônomos, e 20 estagiários assim distribuídos: 
um diretor, um gerente, quatro assistentes e quatro auxiliares da área 
administrativa; um diretor, oito supervisores (sendo que um deles exerce as 
atribuições de gerência), vinte e oito vendedores; 80 representantes comerciais 
autônomos e dos 20 estagiários, todos subordinados a diretoria comercial. 
 Em levantamento in loco preliminar que restou apresentado a diretoria da 
empresa foram eleitas as seguintes questões: 
1. A empresa não possui qualquer planejamento relacionado a medicina e 
segurança do trabalho, pois, segundo orientação do Departamento de Recursos 
Humanos não há risco na atividade desenvolvida. 
Resposta: Está errada a orientação, pois a empresa mesmo não contendo riscos 
em sua atividade desenvolvida deverá possuir um planejamento sobre medicina 
e segurança do trabalho com base nas Normas Regulamentadoras Brasileiras 
(NRs), nos códigos e Portarias do Ministério do Trabalho e outros órgãos com 
relação ao assunto vigentes atualmente para evitar futuros problemas e 
demandas no passivo trabalhista. A empresa poderá utilizar o SESMT (Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) para a 
aplicação da medicina e segurança do trabalho na forma prevista em legislação 
vigente sobre este tema com orientações para os empregados que compõem o 
quadro da empresa e a empresa empregadora. 
 E a empresa pode também utilizar a CIPA (Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes) para ter o auxílio na elaboração dos programas de 
preservação e prevenção da saúde dos funcionários da empresa com o objetivo 
de promover a saúde e preservar a vida do trabalhador, de modo que a 
prevenção de acidentes e doenças do trabalho se torne compatível 
permanentemente do trabalho. 
2. A empresa é ré em várias ações objetivando indenizações que 
apresentam como causa de pedir fática o tratamento vexatório diuturno a que 
são submetidos os vendedores e representantes comerciais que não alcançam 
o patamar de metas estabelecidos pelo supervisor que exerce as atribuições de 
gerência na área comercial, sendo que o Departamento de Recursos Humanos, 
ao analisar os casos informou a diretoria da empresa que a atitude do supervisor 
em presentear os vendedores com menor patamar de vendas com uma camiseta 
com a inscrição “ Sou o Lanterninha do Mês”, não é ofensivo e que todos os 
vendedores melhoram sua produção nos meses seguintes. 
Resposta: Está errada, pois conforme o artigo 223-E da CLT foi ofendido um 
bem tutelado juridicamente no ato praticado pelo supervisor da empresa de fazer 
os empregados com função de vendedor que possuem menor patamar nas 
vendas a vestir uma camiseta com a seguinte frase “Sou o Lanterninha do Mês” 
escrita nela. Portanto, os bens ofendidos são a autoestima, honra e a imagem 
dos funcionários ao receber esta camiseta com base no artigo 223-C da CLT. 
Devido a ofensa desses bens, os funcionários lesados poderão ingressar na 
esfera judicial trabalhista o pedido de indenização por danos morais 
(extrapatrimoniais) ocasionados por este ato praticado por um funcionário da 
empresa (o supervisor) e serão indenizados na proporção da omissão ou da 
ação, nos termos do artigo 223-A até o 223-G da CLT. 
 Em relação ao Compliance e o Código de Ética, a conduta do supervisor 
é antiética e deverá ser tirada dos costumes e das práticas da empresa em 
relação aos funcionários. 
3. Parte dos representantes comerciais são obrigados no comparecimento 
diário na sede da empresa, em horário determinado pelo diretor comercial, sendo 
certo que em eventual ausência o dia de trabalho é descontado das comissões 
no mês de referência, sendo que os demais somente comparecem a empresa 
para aviamento das necessidades comerciais (entrega de pedidos, recebimento 
de mostruários e recebimento de comissões), conduta esse aprovada pelo 
Departamento de Recursos Humanos da empresa. 
Resposta: O representante comercial é um prestador de serviço que atua na 
área de vendas diretamente e no caso concreto por possuir subordinação não é 
o autônomo e sim o empregado conforme o artigo 3º da CLT, pois o autônomo 
precisa não ter subordinação e está previsto na lei nº 4.886/1965. Já a comissão 
dos representantes comerciais não pode ser descontada pelo fato do não 
comparecimento diário na sede da empresa devido a comissão ser paga quando 
este efetuar vendas, mas a empresa poderá aplicar suspensões e advertências 
com caráter disciplinar, conforme a CLT. Portanto a aprovação da conduta está 
errada. 
4. Todos os estagiários (cursando Administração de Empresas, Tecnologia 
da Informação e Direito) são contratados diretamente pela empresa, sem 
qualquer formalidade efetivada pelo Departamento de Recursos Humanos, a não 
ser o pagamento de vale transporte e bolsa auxílio e se ativam exclusivamente 
no recebimento dos pedidos de compras, independentemente da área 
acadêmica que pertençam e laboram oito horas diários e semanalmente são 
submetidos a horas extras. 
Resposta: Conforme o artigo 10 da Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, 
a jornada de trabalho de um estagiário não pode ultrapassar seis horas diárias 
(trinta horas semanais) por ser ensino superior. Se os cursos destes estagiários 
alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas 
presenciais, o estágio relativo a esses cursos que alternam poderá ter jornada de 
até quarenta horas semanais, desde que esteja previsto no projeto pedagógico 
do curso e da instituição de ensino, conforme o artigo 10, parágrafo 1° da Lei do 
Estagiário. 
 O estagiário não pode ser submetido a hora extra por se tratar de uma 
condição para a graduação em ensino superior ou médio, portanto o estagiário 
deve cumprir a carga horária estabelecida em lei, ou seja, na lei do estagiário (Lei 
n° 11.788/2008). 
 A empresa só está correta no número de estagiários em seu quadro 
pessoal, conforme o artigo 17, inciso IV da Lei nº 11.788/2008, a empresa deve 
respeitar o número máximo previsto neste artigo e inciso por conter mais de 25 
empregados em seu quadro pessoal fixo e ela com 20 estagiários está 
respeitando o limite previsto neste artigo. 
5. Um dos assistentes comerciais foi denunciado por um dos clientes em 
razão de furto de numerário (o cliente apresentou vídeo contendo as filmagens 
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do local onde a conduta restou comprovada), no entanto, o Departamento de 
Recursos Humanos da empresa desaconselhou a demissão sob alegação do 
mesmo ser detentor de estabilidade em decorrência de acidente do trabalho, em 
relação ao qual foi emitida a CAT ( comunicação de Acidente do Trabalho) com 
afastamento médico de 10 dias. 
Resposta: No caso presente na questão, ocorreu a demissão por justa causa 
pelo motivo do empregado ter praticado um ato de improbidade ao furtar o 
numerário, conduta que foi comprovada através de filmagens e denunciada por 
clientes com base no artigo 482, alínea “a” da CLT. Portanto, não tem direito a 
garantia de estabilidade por acidente de trabalho prevista no artigo 60, parágrafo 
3º e o artigo 118 da Lei que regulamenta o acidente de trabalho (8.213/91), o 
empregado que sofreu acidente de trabalho tem garantia no prazo de doze 
meses no mínimo, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa após 
o auxílio-doença acidentário cessar, e em casos de afastamento com prazo 
superior a quinze dias é cabível. 
6. Os empregados da empresa, com exceção dos Diretores e. gerente e 
supervisores recebem em média valor de R$ 4.500,00, valor esse fruto do 
percentual comissional das vendas realizadas, além de valor fixo de R$ 2000,00 
o Departamento de Recursos Humanos, orientou a empresa, no sentido que a 
fixação de pagamento de parcela salarial fixa desonera a empresa de qualquer 
reflexo ou integração em relação aos valores comissionais. 
Resposta: Está errada a orientação do Departamento de Recursos Humanos 
para a empresa, pois as comissões e gratificações salariais integram o salário 
fixo do empregado com base no artigo 457, parágrafo 1º da CLT. Portanto a 
empresa não é desonerada a qualquer integração em relação aos valores 
comissionais, mesmo fixando o pagamento de parcela salarial fixa.

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