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Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:1(KK) Text CINQUENTA VESTIDOS QUE MUDARAM OMUNDO MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 1 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:2(KK) Text MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 2 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:3(KK) Text DESIGN MUSEUM CINQUENTA VESTIDOS QUE MUDARAM OMUNDO autêntica MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 3 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:4(KK) Text CINQUENTA VESTIDOS 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 Introdução Vestido Delphos plissado 1915 Vestidomelindrosa em jersey c.1926 Vestido de deusa 1931 Vestido de noiva deWallis Simpson 1937 ONew Look 1947 Vestido rosa-choque 1947 Vestido da coroação da rainha Elizabeth II 1953 Vestido deMarilyn Monroe emO pecadomora ao lado 1955 Terninho Chanel final dos anos 1950 Pretinho básico 1961 O estilo de Jackie Kennedy c.1961 Vestido da coleçãoMoonGirl 1964 VestidoMondrian 1965 Minivestido 1965 Vestido de Diana Rigg emOs vingadores 1965 Maxi vestido de algodão de LauraAshley 1966 Vestido de alumínio 1966 Vestido safári 1968 Vestido de papel 1968 Vestidomidi 1968 Vestido e casaco 1970 Vestido topless 1970 Vestido deTwiggy na estreia de The Boy Friend em LosAngeles 1971 Vestido envelope 1973 Vestido demalha listrado 1974 MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 4 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:5(KK) Text 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 100 102 104 106 108 112 Vestido frente única c.1977 Vestido-camisa Kenzo 1977 Vestido de chiffon pintado 1979 Vestido de noiva da princesa deGales 1981 Vestido Comme des Garçons 1981 Vestido Ghost 1984 Mini-crini 1985 Vestido de Krystle Carrington 1985 VestidodeChernapremiaçãodoOscarporFeitiçoda lua 1988 Vestido bandagem 1989 Tubinho 1990 Vestido enterrado 1993 Vestido Pleats Please 1993 Vestido de chiffon preto plissado 1994 Vestido de alfinetes 1994 Vestido sereia 1997 Vestido da coleção ElectricAngels 1997 Vestido de seda verde com estampa de bambu 2000 Vestido samurai 2001 VestidodeJuliaRobertsnaentregadoOscar2001 Tea dress floral 2004 Vestido balonê de seda faille azul 2005 Vestido Galaxy 2005 Vestido de um ombro só 2007 Vestido de LED 2007 Índice Créditos MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 5 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E05-AC51624 #175 Dtp:221 Page:6(KK) Text 6 CINQUENTA VESTIDOS Apersonagem deMeryl Streep emO diabo veste Prada (2006) faz um ótimo gancho para se entender o que significa amoda, especialmente para aqueles que a veemcomo algo apenas frívolo e egocêntrico.Ela diz:“A cor dessamalha, feita noExtremoOriente em escala industrial e que gera emprego para famílias carentes e coloca países de terceiromundo na estrada para o desenvolvimento, é resultado do sucesso de uma coleção de alta-costura”. Moda pode ser entendida de diversasmaneiras: ela é tanto um fenômeno industrial quanto cultural e é elemento essencial daquilo que entendemos como “design”.Para se ter uma ideia, a Revolução Industrial na Grã-Bretanha foi alimentada pelas inovações tecnológicas da indústria têxtil.A indústria damoda é, hoje, extremamente forte e poderosa; o que vemos nas passarelas nos dá apenas uma ideia do que ela é.É por isso que amoda continua sendo parte importante do programa do DesignMuseum. A coleção de vestidos icônicos deste livro é uma introdução ao caminho que amoda percorreu no último século.É uma história que envolvemudanças sociais e econômicas e posturas radicalmente oscilantes de gênero e sexualidade.Estes são vestidos que marcaram, demaneira contundente, momentos particulares no tempo e que proporcionam uma visão fascinante sobre as pessoas que os usaram, assim como sobre as que os projetaram e fizeram. Deyan Sudjic, diretor do DesignMuseum À direita:Tecnologia e estilo se misturam no iluminadíssimo vestido de LED da coleçãoAirborne de Hussein Chalayan, 2007. MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 6 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:7(KK) Text MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 7 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:8(KK) Text 8 VESTIDODELPHOSPLISSADO 1915 Mariano Fortuny No começo do século XX, o acúmulo de conhecimento científico, a evolução tecnológica e o questionamento cultural que tinha preocupado as décadas anteriores trouxeram rápidasmudanças sociais.Nunca houvemomentomais apropriado para amoda adotar uma forma de linguagem visual que iria acompanhar e, por vezes, orientar, o ritmo acelerado da vidamoderna.Nessa corrida desenfreada rumo àmodernidade, no entanto, a apropriação de novas tecnologias emateriais muitas vezes andou demãos dadas com uma reinterpretação de estilos e técnicas tradicionais. Em 1909, o costureiro espanhol Mariano Fortuny (1871-1949) patenteou ummétodo de plissamento de seda que lhe permitiu produzir vestidos românticos e flutuantes que rapidamente se tornaram uma obsessão da elite artística europeia.Longe da constrição dos trajes do século XIX, esses vestidos leves e soltos permitiram uma liberdade demovimento radical, mesmo que, ousados, revelassem os contornos dos corpos dasmulheres. Apesar da suamodernidade libertadora, no entanto, os desenhos de Fortuny tinham origem no tradicional e muitas vezes guardavam referências clássicas e de outros estilos históricos. O vestido Delphos, talvez amaior conquista de Fortuny, é uma reinterpretação do vestuário drapeado e leve daGréciaAntiga.Por meio da qualidade estrutural do pregueamento, o vestido capta a sensualidade e o romantismo da época, como imaginado por pintores acadêmicos do final do século XIX, tais como Sir Frederick Leighton.Essa técnica de pregueamento foi um segredomuito bem guardado e nunca ninguém conseguiu copiar com sucesso. À direita:Três variações do inovador vestido plissado. Abaixo:O vestido Delphos acentuava as formas naturais do corpo e proporcionava uma revolucionária liberdade demovimentos. MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 8 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E05-AC51649 #175 Dtp:221 Page:9(KK) Text MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 9 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E05-AC51624 #175 Dtp:221 Page:10(KK) Text 10 VESTIDOMELINDROSA EMJERSEY c.1926 Coco Chanel Cabelos curtinhos e vestidos tubinho tornaram-se o uniforme das mulheres jovens, modernas e emancipadas emmeados da década de 1920.Com suas gírias, pernas de fora e atitude atrevida, essas “melindrosas”mostraram rebeldia, ousadia e força em ummundo dominado pelos homens.O vestidomelindrosa era uma libertação física que derrubava a tirania do espartilho e, na prática, reduzia o tempo que se levava para vestir. O traje também refletia mudança social, namedida em que uma nova geração demulheres de classemédia desafiava as repressões de gênero e classe do passado.Os tons neutros e os desenhos de corte simples de Coco Chanel (1883-1971) foram os pioneiros do estilo melindrosa.Feitas de jersey, tecido utilitário, suas roupas eram confortáveis e proporcionavam facilidade de movimento, e sua silhueta solta jogou para escanteio as cinturas superjustas e aquele monte de tecidos pesados.Esses vestidos eram tão simples que poderiam ser feitosem casa, o que tornava o look acessível – ele foi uma das primeiras tendências a não ser restrita aos ricos ou a uma elite damoda. No entanto, esse estilo teve vida curta, frustrada no final da década pelo colapso econômico de 1929.Os tempos já eram outros, sérios demais para esse tipo de atrevimento, e quase 40 anos se passariam até que as bainhas se encurtassem de novo. À direita:O aperto dos espartilhos e os enchimentos foram varridos do mapa pelo vestido soltinho das melindrosas, que deu liberdade demovimento para o dia a dia das mulheres modernas. MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 10 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E05-AC51624 #175 Dtp:221 Page:11(KK) Text MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 11 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:12(KK) Text 12 VESTIDODEDEUSA 1931 MadeleineVionnet A catástrofe da Primeira Guerra Mundial trouxe uma radical reavaliação de gênero, classe e criatividade.Havia uma liberdade no ar que permitiu a alguns romper com as convenções e explorar novos horizontes.Assim como a bailarina Isadora Duncan combinou a paixão pelo mundo clássico com uma abordagem natural e sensual do corpo humano, a estilista francesaMadeleine Vionnet (1876-1975) buscou naGréciaAntiga umamaneira de libertar as mulheres do aperto dos espartilhos e dos enchimentos. Os vestidos de corte enviesado deVionnet fizeram com que o tecido flutuasse livremente pelo corpo, realçando as curvas naturais e acentuando – embora nãomoldasse – as formas femininas.Asmulheres estavam, então, livres para expressar uma feminilidademais suave.Esse estilo dependia de conhecimentos específicos sobre padrões de corte e as propriedades do tecido. Vionnet é tida como a responsável por tornar o corte enviesado um dosmais importantes damodamoderna; ela certamente sabia que cortar o tecido na diagonal fazia com que ele ficassemais flexível e elástico, o que resulta num caimento suave e drapeado. Apesar de parecer simples e espontâneo, o estilo deVionnet implicava grande atenção aos detalhes.Osmodelos eram cuidadosamente trabalhados emmanequinsminiatura antes de serem feitos em tamanho natural. Àdireita:Comapermissividade boêmia no ar, os vestidos de corte enviesado de MadeleineVionnet criaram liberdade demovimento para as mulheres dos anos 1930. MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 12 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:13(KK) Text MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 13 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:14(KK) Text 14 VESTIDODENOIVADE WALLISSIMPSON 1937 Mainbocher A socialite americanaWallis Simpson se casou, em 1937, vestida com um simples vestido longo e um casaquinho demangas compridas; tudo em “azulWallis”‘,uma cor desenvolvida especialmente para combinar com os olhos dela.Criado por Mainbocher (Main Rousseau Bocher, 1891-1976), estilista estadunidense residente emParis, esse discreto vestido se tornaria um dosmais copiados de todos os tempos. O casamento foi o auge do escândalo do século.O amor obstinado do duque deWindsor pela mulher divorciada o forçara a abdicar do trono britânico no ano anterior, provocando uma crise constitucional que abalou as estruturas do establishment britânico.No entanto, uma plateia de estadunidensesmenos preocupados com o protocolo e com a tradição da coroa britânica via apenas umamulher americana determinada que havia encontrado o amor verdadeiro apesar de todas as adversidades e críticas. Essemodesto vestido de noiva foi então submetido a um escrutínio público sem precedentes.Poucos dias depois da cerimônia, cópias do vestido estavam disponíveis para venda emNova Iorque, e emmais algumas semanas uma versãomais econômica do “Wally” estava sendo vendida em lojas de departamento de todo o país.A simplicidade austera típica do estilo de Simpson, combinada com a fama que o escândalo trouxe, fez do vestido um sucesso, que deu uma ideia do caminho que amoda iria percorrer na década seguinte. À direita e abaixo:Wallis Simpson e o duque de Windsor recém-casados. O vestido Mainbocher que atingiu a mais difícil das proezas da alfaiataria: uma combinação de contenção e glamour. MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 14 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E05-AC51624 #175 Dtp:221 Page:15(KK) Text MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 15 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:16(KK) Text 16 ONEWLOOK 1947 Christian Dior Das ruínas da Europa após a SegundaGuerra Mundial, o New Look veio como uma explosão de otimismo que ressuscitou a indústria da alta-costura parisiense e delineou uma estética de renovação econômica e social para a década que se seguiu. Esse fenômeno damoda, lançado pelo estilista francês Christian Dior (1905-1957) em 1947, resistiu bem durante a década de 1950 e definiu uma nova era de irreverência, versatilidade e esperança.A crença de Dior era de que naquele momento o público estavamais do que pronto para adotar um estilo moderno, luxuoso e otimista que iria acabar com amentalidade de reaproveitamento de escombros da guerra.O caimento suave nos ombros, a cintura fina e o volume elegante de uma saia rodada eram exatamente o que as femme-fleur de Dior queriam. Dior tinha incluído seus lançamentos de 1947 nas linhas já existentes “Corolla” e “Eight”, mas teria adotado a alcunha mais chamativa de “New Look” depois de o redator-chefe da Harper’s Bazaar ter exclamado: “É um new look!”.A Mansão Dior deAlta-Costura foi inundada com pedidos de celebridades internacionais como Margot Fonteyn e Rita Hayworth. Um estilo nasceu, Paris estava de volta ao mapa da moda, e Dior abriu precedente com a venda de direitos exclusivos para cada modelo, permitindo que o New Look fosse fabricado internacionalmente como uma marca mundial. À direita: Fotografada em meio à opulência rococó, esta modelo Dior adorna tanto quanto é adornada. Abaixo:A austeridade dos tempos de guerra ficou pra trás com o extravagante e feminino New Look de Dior. MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 16 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E05-AC51624 #175 Dtp:221 Page:17(KK) Text MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 17 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:18(KK) Text 18 VESTIDOROSA-CHOQUE 1947 Elsa Schiaparelli Elsa Schiaparelli (1890-1973) foi uma dasmais renomadas vanguardistas damoda no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial.Rival de Coco Chanel, ela fez seu nome desenhando roupas que eram expressões fantásticas de ideias extravagantes.Não era apenas uma questão de estilo pelo estilo; para Schiaparelli, que permitiu àsmulheres deixarem suamarca e se expressar através damoda, era um caminho para a igualdade. Schiaparelli circulava pela vanguarda da arte emNovaYork e Paris e eramuito próxima dos surrealistas, o que a levou a vários trabalhos em conjunto, especialmente, comSalvador Dalí, com quem ela desenhou um vestido de festa branco, de organza, estampado com uma lagosta gigante (1937).Mesmo com toda sua inclinação artística, suas inovações na área técnica também eram inúmeras.Ela foi pioneira no uso de zíperes e ombreiras, e suas roupas de esporte deram àsmulheres liberdade física para competir profissionalmente.Ela também é famosa por seu uso de cores brilhantes e berrantes, principalmente o “rosa-choque” – nome derivado do seu primeiro perfume, Shocking (1937). O experimentalismo de Schiaparelli e a ideia de que qualquer coisaservia trouxeram para amoda uma brincadeira conceitual que foi, talvez, mais sobre as ideias do que sobre o ofício do estilista em si.Apesar demuitos de seus contemporâneos a terem descrito sarcasticamente como uma artista que fazia vestidos, o que ela fez foi quebrar as barreiras entre arte e amoda, abrindo caminho para uma abordagemmais eclética no século XXI. À direita:A brincadeira com conceitos e o experimentalismo tornaram os projetos teatrais de Elsa Schiaparelli originais e excitantes.As formas e as cores hiperfemininas, juntamente com o bordado floral, parecem transformar quem as veste em uma flor desabrochando –mais um exemplo do imaginário femme-fleur ressurgido no pós-guerra. MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 18 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E05-AC51624 #175 Dtp:221 Page:19(KK) Text MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 19 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses E04-AC51165 #175 Dtp:221 Page:20(KK) Text 20 VESTIDODACOROAÇÃODA RAINHAELIZABETH II 1953 Norman Hartnell “Glorioso” foi a palavra que a rainha britânica Elizabeth II teria usado para descrever o vestido de sua coroação quando o experimentou pouco antes do grande dia, em 1953.Desenhado pelo modista real Norman Hartnell (1901-1979), o vestido deslumbrou osmilhões de pessoas em todo omundo que se reuniram em frente aos aparelhos de televisão e nos cinemas para assistir à nova rainha caminhar pelo corredor daAbadia de Westminster.Como o vestido de casamento deWallis Simpson de uma década emeia atrás, foi um dos primeiros exemplos da exposição emmassa a que amoda se tornaria sujeita na época da expansão damídia. O briefing de Hartnell era criar algo que fosse confortável e fácil de usar, mas adequado para o simbolismo religioso e nobre da ocasião.Conselheiros mais ligados àmídia insistiram, também, que o vestido deveria se destacar no ambiente cheio de informações visuais de uma cerimônia real – ele deveria ser, em suma, “fotogênico” e “câmera-friendly”.Foi o oitavomodelo feito por Hartnell que cumpriu todos os critérios necessários. Um vestido cerimonial de cetim branco, bordado com fios dourados e prateados e seda em tons pastel e incrustado de pérolas e cristais.O vestido da coroação produziu um espetáculo cintilante para os poucos privilegiados presentes.Mas para o resto da humanidade, também, o seu nítido contorno branco em contraste com os tons cinzentos daAbadia transmitiu amajestade e o glamour da realeza britânica em seu apogeu. À direita: Foto da coroação da rainha Elizabeth II feita pelo fotógrafo de moda inglês Cecil Beaton.O suntuoso vestido de Norman Hartnell parece ter saído de uma pintura deVan Dyck e mostra o rico cerimonialismo desse evento de mídia de massa. MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 20 Job:E03-10044 Title:DesignMuseum-Dresses #175 Dtp:221 Page:21(KK) Text MIOLO_Cinquenta vestidos_130410_Tales:001-112_C51649 13/09/2009 11:15 Página 21
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