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av2 PRATICA SIM 2

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INSTRUÇÕES 
 Esta avaliação deve ser respondida pelo(a) aluno(a) e devolvida em formato PDF; 	 
 A postagem da avaliação deve ser DEVOLVIDA ATÉ DIA 20-06-2020, às 23h59; 	 
 A avaliação é constituída de 5(cinco) questões discursivas. VALOR 8,0 PONTOS
 	 
 Não serão aceitos os envios feitos em desacordo com estas orientações. 
BOA PROVA!
CURSO: DIREITO 
PROFESSOR: NILSON JOSÉ GOMES BARROS 
DISCIPLINA: PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) CCJ 0148_ ALUNO(A):_TAVANY______________________________________________________________________________________
TURMA:3002 TURNO NOITE 
DATA: 16/06/2020
AV2
Nota da Prova: _______________
Nota Final: _______________
Assinatura Prof.: ________________________ 
QUESTÃO 1 (1,60 PONTOS)
A empresa farmacêutica WLtda possui regulamento interno determinando os procedimentos que devem e não devem ser praticados pelos seus empregados no ambiente de trabalho. Neste regulamento interno consta a proibição de utilizar roupas escuras no ambiente de trabalho, em razão da higiene necessária para o ramo de atividade. Assim, os seus empregados devem utilizar uniformes brancos. Vânia, empregada da referida empresa, descumpriu o referido regulamento comparecendo ao serviço com calça preta e blusa marrom sob o referido uniforme, porém aparente. Devidamente advertida, Vânia voltou a comparecer ao serviço com calça preta, também aparente. Devidamente suspensa, Vânia compareceu ao serviço com uma blusa vermelha sob o uniforme, porém, visível. 
Neste caso, Vânia poderá ser dispensada por justa causa, em razão da prática de conduta configuradora de qual falta grave? Justifique. E Fundamente
R: Sim, uma vez que, constitui falta grave de qualquer dos fatos do artigo 482 da CLT, quando por sua repetição ou natureza representam sérias violações dos deveres e obrigação. 
Segundo a doutrina de Wagner Giglio “A justa causa pode ser definida como todo ato faltoso do empregado que debilite a confiança e a boa-fé existentes entre as partes, tornando inviável o prosseguimento da relação empregatícia sem que isso acarrete ônus para o empregador”. Wagner Giglio Justa causa, Direito Processual Do Trabalho (16a. Ed.).
No caso em questão a empregada descumpriu varias vezes o regulamento da empresa e esse ato caracteriza insubordinação ou indisciplina, conforme o referido artigo na línea H, pois sua ação foi reiterada, podendo o empregador optar pelas rescisão contratual por justa causa. Cabe ressaltar que o empregador deve comprovar de forma cabível essa justa causa, uma vez que tem o ônus de requerer o inquérito para apuração da falta que atribui ao empregador. Caso a acusação seja julgada procedente, a sentença decreta a resolução do contrato, então essa sentença retroage a data da suspensão, porque com esta se interrompe os efeitos do contrato. Além disso, o juiz pode decretar a resolução se convencido da improcedência a acusação, nessa hipótese condena o empregador a reintegrar o empegado e pagar os salários a que teria direito enquanto esteve suspenso. 
QUESTÃO 2 (1,60 PONTOS)
Rafaela Silva trabalhava como analista de software, com CTPS assinada na Empresa Amazon Soft LTDA, desde 4.4.2012, recebia o valor mensal de R$ 3000.00. Foi demitida sem justa causa em 24.06.2018, e entrou com a ação trabalhista em 4.4.2019, alegando que não recebeu suas verbas rescisórias. 
Rafaela Silva terá direito a aviso prévio? Justifique, fundamente e colacione uma doutrina.
R: SIM, terá direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de trabalho, assim sendo, no mínimo de 30 dias se possuir um ano de serviço na mesma empresa, além de ser acrescido três dias por ano de trabalhado, até o total de 90 dias, no caso de haver sido estipulado em convenção coletiva de acordo com a Lei 12.506/2011.
Para Sérgio Pinto Martins, doutrinador do Direito do Trabalho, o Aviso Prévio pode ser conceituado como “a comunicação que uma das partes do contrato de trabalho deve fazer à outra de que pretende rescindir o referido pacto sem justa causa de acordo com o prazo previsto sob pena de pagar indenização”. 
Então conforme o calculo do aviso prévio, Rafaela Silva terá direito a 48 dias de aviso, que com a procedência da ação receberá o valor proporcional a este, uma vez que não recebeu suas verbas rescisórias corretamente. 
QUESTÃO 3 (1,60 PONTOS)
Enumere e fundamente os pressupostos intrínsecos do Recurso de Revista no Processo do Trabalho?
R: Os pressupostos intrínsecos são três, legitimação para recorrer, capacidade e interesse, ou seja, a parte que precisa recorrer necessita ter legitimidade, capacidade e interesse, não sendo permitido menor de 18 anos uma vez que tem legitimidade mas não possui capacidade, assim como interesse, se a pessoa ganha a ação em primeiro grau e recorre ela não terá interesse pois não precisa recorrer, então o tribunal julgará o não reconhecimento do recurso por falta de interesse pois este, só quem perde que deve interpor. 
Na legitimidade o recurso pode ser interposto pela parte vencida, por terceiro prejudicado, e pelo ministério publico, conforme dispõe o artigo 499 da CPC, aplicado subsidiariamente no processo do trabalho. Cabe ressalta que esse terceiro deve demostrar um nexo de interdependência entre seu interesse de intervi naquela relação jurídica, isso é uma condição imposta pelo paragrafo 1º do referido artigo. 
Já a capacidade processual é um pressuposto de validade do processo e o recurso é um desdobramento do direito da ação, ou seja, menor de 18 anos para interpor recurso é necessário à assistência de que trata o artigo 793 da CLT, que será feita por seus representantes legais. 
E por fim o interesse que nada mais é do que a sucumbência, ou seja, é preciso que a parte tenha sido sucumbente, pois o que caracteriza o interesse é a lesividade. Esse interesse não pode ser visto pelo ponto de vista econômico ou patrimonial, mas sim pelo aspecto jurídico, que é qualquer situação desfavorável.
QUESTÃO 4 (1,60 PONTOS)
Ana Silvia, atualmente desempregada, trabalhou na residência da família do Sr. Carlos Santiago de 20/01/2019 a 20/04/2019, data na qual teve baixa em sua CTPS. A família do ex-empregador vive em Santa Izabel/PA. Ana Silvia foi contratada a título de experiência por 60 dias, findos os quais nada foi tratado e continuou trabalhando normalmente. Ana Silvia realizava todas as atividades do lar, iniciando sua jornada de trabalho às 7h e saindo às 16 h, de segunda à sexta-feira, com 1(uma) hora de intervalo. Ana Silvia tinha descontado do seu salário 8% referente ao vale-transporte, além de sua cota-parte do INSS e 10% do valor da alimentação consumida no emprego. Ana Silvia fazia a limpeza dos 3 banheiros existentes na residência, mas não recebia qualquer adicional. Em determinada ocasião, Ana Silvia viajou com a família do Sr. Carlos Santiago por 5 dias úteis para Maceió/AL. Nessa ocasião, trabalhou como babá das 8h às 17h, desfrutando de uma hora de almoço. Na data da dispensa, Ana Silvia recebeu as seguintes verbas: férias proporcionais de 3/12 avos acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de 3/12 avos. 
Você foi procurado por Ana Silvia, na condição de advogado(a). 
Enumere e fundamente 4 pedidos que incluiria na redação da peça prático-profissional pertinente em defesa dos interesses da trabalhadora, sem criar dados ou fatos não informados.
R: No referido caso os pedidos da petição inicial da reclamação trabalhista seriam os seguintes;
Antes ao exposto pede deferimento;
1º- Pedi deferimento e prorrogação de todos os direitos do contrato de trabalho como sendo de prazo indeterminado, conforme o artigo 451 da CLT, assim como o estabelecido na Lei complementar 150/15 em seu artigo 5º, §2º, que a prorrogação tácita faz o contrato por prazo indeterminado ; 
Art. 5o  O contrato de experiência não poderá exceder 90 (noventa) dias.§ 2o  O contrato de experiência que, havendo continuidade do serviço, não for prorrogado após o decurso de seu prazo previamente estabelecido ou que ultrapassar o período de 90 (noventa) dias passará a vigorar como contrato de trabalho por prazo indeterminado.
2º- Do Adicional de viagem referente a 25% a mais sobre o valor da hora normal, como prevê o artigo 11, §2º da Lei Complementar 150/15 ;
Art. 11- Em relação ao empregado responsável por acompanhar o empregador prestando serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias em outro dia, observado o art. 2o.
§ 2o  A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) superior ao valor do salário-hora normal.
3º- Ressarcimento dos descontos realizados indevidamente de 10% da alimentação, pois o art. 18 LC 150/15, proíbe ao empregador efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação. Além da devolução de 2% do Vale transporte, pois o art. 4º, § único da Lei 7.418 /85, define que o máximo de desconto permitido no salário do empregado é de 6 %, sendo assim, é devido a diferença.
4º- Faz jus a 30 dias de aviso prévio, conforme o art. 23, §§ 1º e 3º da Lei Complementar 150/15;
Art. 23.  Não havendo prazo estipulado no contrato, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindi-lo deverá avisar a outra de sua intenção. 
§ 1o  O aviso prévio será concedido na proporção de 30 (trinta) dias ao empregado que conte com até 1 (um) ano de serviço para o mesmo empregador. 
§ 3o  A falta de aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período ao seu tempo de serviço. 
Além disso, pede que defina a previsão de aviso prévio do art. 487, § 1º CLT com reflexo nas férias com seu terço constitucional conforme Súmula 81 do TST e mais 13º Salário correspondente ao tempo de trabalho.
QUESTÃO 5 (1,60 PONTOS)
Rafaela Silva trabalhava como analista de software, com CTPS assinada na Empresa Amazon Soft LTDA, desde 4.4.2012, recebia o valor mensal de R$ 3000.00. Foi demitida sem justa causa em 24.06.2018, e entrou com a ação trabalhista em 4.4.2019, alegando que não recebeu suas verbas rescisórias.
Houve prescrição dos seus direitos? Justifique, fundamente e colacione uma doutrina.
R: Não houve prescrição, uma vez que o entendimento jurisprudencial é de que a prescrição do direito trabalhista , ou seja, data-limite para ajuizamento de ação é de dois anos a partir da demissão, então Rafaela Silva ainda possui o direito de ingressa com uma reclamação trabalhista contra a Empresa Amazon Solft. A prescrição está prevista no art. 7º, inciso XXIX da Constituição Federal:
 
"Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
...
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;”
Ou seja, observado tal prazo, o empregado pode postular os direitos relativos aos últimos cinco anos a contar do ajuizamento da ação, conforme explicita a Súmula 308 do TST:
“Súmula. 308 – Prescrição quinquenal. I – Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato. II – A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para cinco anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/88”.
Assim, leciona o doutrinador Gustavo Filipe Barbosa Garcia (2009, p. 1110) que:
“[…] tendo em vista o princípio da actio nata, violado o direito trabalhista, o empregado (urbano ou rural) terá cinco anos para exigir o seu direito material subjetivo. No entanto, se extinto o contrato de trabalho, o prazo prescricional é de dois anos. Decorrido este biênio, há prescrição total da pretensão quanto a quaisquer direitos decorrentes do contrato de trabalho extinto.”
Relacione os direitos de Rafaela que FOI demitida sem justa causa, FUNDAMENTE.
R: No caso em tela, a reclamante terá todos os direitos na sua rescisão previstos no artigo 477 da CLT, uma vez que a dispensa foi sem justa causa, ou seja, ao saldo salarial ate o ultimo dia trabalhado, férias proporcional e vencidas se houver, saque do FGTS relativo ao contrato de trabalho mais indenizado de 40% e aviso prévio de 30 dias mais três dia de salario por ano de serviço limitado até 20 anos. Além disso, como Rafaela Silva não recebeu suas verbas rescisórias no período estipulado pela lei, que é de 10 dias em caso de aviso prévio indenizado ou até o 1º dia útil após o término do cumprimento do aviso prévio, a empresa pagará multa do artigo 477 § 8, que é de 160 BTN, por trabalhador, bem como ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, não importando quantos dias está em atraso, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN.

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