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Process�� fisiopatológic�� Doenças inflamatórias intestinais Inflamação * Doenças que possuem condições: aguda ou crônica; * No intestino as patologias de conformação aguda são as enterocolites; - lembrando que para que o processo inflamatório seja de conformação aguda é necessário que a duração seja curta, tenha presença dos 5 sinais cardinais e de neutrófilos. En�e��c��i��s ���ec����as - Inflamação aguda no intestino delgado e grosso. - Geralmente infecção por vírus, bactérias, fungos. Inflamações intestinais * São inflamações multifatoriais: genéticos, ambientais, imunológicos e aspectos da microbiota. * Interações de hospedeiros com a microbiota intestinal —> disfunção epitelial intestinal —> respostas imunológicas aberrantes da mucosa e composição alterada do microbiota do intestino. Fatores Doença de Crohn Colite Ulcerativa Em comum Genéticos *Taxa de concordância para gêmeos monozigóticos aproxima-se de 50%; * Genes envolvidos: -NOD2: domínio 2 de ligação de oligomerização e nucleotídeos); - ativador de NF-K beta -ATG16L1 = tipo 16 relacionado com a autofagia. - IRGM (GTPase M relacionada com a imunidade). Concordância dos gêmeos monozigóticos de somente 15%; Imunológicos Perfil Th1 (quando liberados, produzem Tnf-alfa que aumenta o espaço entre as células epitelias, podendo ser usado como * Resposta imunitária do tipo Th2. * Destruição tecidual são Entre a doença de Crohn e Doença ulcerativa: linfócitos CD4+ alvo de tratamento e também liberam interferon gama que ativa os macrófagos). mediadas por linfócitos Th17. desencadeiam respostas Th1, Th2 e Th17 que resultam em aumento dos espaços entre as células epiteliais (TNF e IL-13) facilitando a passagem de microrganismos Defeitos epiteliais * Polimorfismos no NOD2; * Alguns polimorfismos E C M 1 (proteína 1 da matriz extracelular): inibem a metaloproteinase 9, estão ligados à colite ulcerativa; * Certos polimorfismos no HNFA são associados à colite ulcerativa; Microbiota * Contaminação dos alimentos e mudanças na composição da microbiota do intestino. * Infestações por helminto, que são endêmicas em regiões onde a incidência da DII é baixa; * Presença de anticorpos contra proteína bacteriana flagelina (raro na colite); * Aumento da permeabilidade Do�nç� �e C��h� * Doença inflamatória de condição crônica de intestino grosso; * Presença de linfócitos e macrófagos; * Se estende em todo o intestino, seja ele grosso ou delgado; - Intestino delgado = 40% - Intestino delgado e grosso = cerca de 30% - Intestino grosso = 30% - Mais frequente no íleo terminal, válvula cecal e ceco * Lesões salteadas/segmentadas (possui áreas do intestino que vão estar normais e áreas que vão estar alteradas); * Expressão morfológica = Todas as camadas podem ser afetadas (tipicamente transmural); * Espessamento das camadas do intestino pelo aumento de tecido conjuntivo, que leva a estenose (durante a resposta inflamatória crônica, acontece concomitantemente destruição tecidual e processo de reparo e regeneração que podem levar ao espessamento das camadas do intestino pelo aumento do tecido conjuntivo causando estenose). A hipertrofia muscular também está envolvida no processo de estenose. * Macroscopia - Fissuras; - Tratos fistulosos ou locais de perfusão; - Textura grosseira; - As fístulas se desenvolvem entre as alças do intestino e podem também envolver a bexiga urinária, a vagina e a pele abdominal e perianal. - Úlcera aftosa = São depressões pequenas muito frequentes e se altera em parte afetada e parte não afetada. Ela se juntam, formando úlceras alongadas em aspecto serpentiformes. - Camada espessada e de aspecto borrachudo, como consequência do edema transmural, da inflamação, da fibrose submucosa e da hipertrofia da muscular própria, os quais contribuem para a formação da estenose. * Microscopia - As criptas normalmente retas e paralelas tomam forma ramificada bizarra e posicionam - se de maneira incomum umas em relação às outras; - Neutrófilos que se infiltram e lesionam o epitélio da cripta; - Abscessos de cripta; - A ulceração, com uma transição aguda entre a mucosa ulcerada e a normal adjacente; - Distorção da arquitetura da mucosa; - A atrofia da mucosa, com perda das criptas; - Metaplasia pseudopilórica (aparentemente antrais). - A metaplasia de células de Paneth também pode ocorrer no cólon esquerdo; - Os granulomas não caseosos (35%); - Granulomas cutâneos formam nódulos que são conhecidos como doença de Crohn metastática (um termo inadequado, já que não há câncer); * Aspecto clínico 1. Episódios intermitentes de diarreia, relativamente leves, febre e dor abdominal. 2. Doença aguda com dor no quadrante inferior direito, febre e diarreia sanguinolenta, que pode mimetizar apendicite aguda ou perfuração do intestino. 3. Estímulos externos, incluindo estresse físico ou emocional, itens específicos da dieta e tabagismo. - A anemia por deficiência de ferro: Colônica; - Doença extensa do intestino delgado: - Perda de proteínas séricas e hipoalbuminemia, má absorção generalizada de nutrientes, má absorção de vitamina B12 e sais biliares. - Estreitamentos fibrosantes, particularmente do íleo terminal, são comuns e requerem ressecção cirúrgica. - A doença frequentemente recorre no local da anastomose e até 40% dos pacientes necessitam de ressecções adicionais dentro de 10 anos. - As perfurações e os abscessos peritoneais são comuns. - Anticorpos Anti-TNF revolucionaram o tratamento da doença de Crohn, e outras terapias biológicas estão sendo disponibilizadas. - Manifestações extraintestinais da doença de Crohn: ● uveíte; ● poliartrite migratória; ● sacroileíte; ● espondilite anquilosante; ● eritema nodoso; ● baqueteamento das pontas dos dedos. - A pericolangite e a colangite esclerosante primária; * Diagnóstico - O diagnóstico da DC é uma somatória da análise dos dados clínicos, endoscópicos (ileocolonoscopia), radiológicos, laboratoriais e histopatológicos. Col��� u�c����iv� * Doença inflamatória de condição crônica de intestino grosso: * Presença de linfócitos e macrófagos; * Pode se estender por todo o cólon, mas a maioria das vezes está presente no reto; * É um processo contínuo; * Expressão morfológica = Tende a afetar a região da mucosa, pode chegar no máximo a região submucosa; * A colite ulcerativa está intimamente relacionada à doença de Crohn. limitada ao cólon e ao reto. • Manifestações extraintestinais comuns da colite ulcerativa sobrepõem-se às da doença de Crohn; • Entre 2,5% e 7,5% dos indivíduos com colite ulcerativa também apresentam colangite esclerosante primária. • A perspectiva em longo prazo para pacientes com colite ulcerativa depende da gravidade da doença ativa e de sua duração. * Macroscopia - Mucosa retal mostra enantema irregular com erosões e edema; - As pregas da mucosa estão diminuídas. Erosões superficiais esparsas em todo o cólon - As úlceras são alinhadas em relação ao eixo longo do cólon, mas não repetem tipicamente as úlceras serpentiformes. - ilhas isoladas de mucosa regenerativa frequentemente formam protuberâncias no lúmen para criar pseudopólipos; - A mucosa colônica pode ser levemente avermelhada ou granular, ou apresentar extensas úlceras de base larga. - Pode haver uma transição abrupta entre o cólon com a doença e o não envolvido - Doença crônica pode levar à atrofia da mucosa, com uma superfície achatada e lisa que não apresenta as dobras normais. * Microscopia - Infiltrados inflamatórios, abscessos crípticos, distorção da cripta e metaplasia epitelial pseudopilórica - Processo inflamatório é difuso e geralmente limitado à mucosa e à submucosa superficial. - Destruição extensa da mucosa pode ser acompanhada por úlceras que se estendem mais profundamente na submucosa. - A fibrose submucosa, a atrofia da mucosa e a arquitetura distorcida da mucosa permanecem como resíduos da doença curada - Os granulomas não estão presentes na colite ulcerativa. * Aspectoclínico - O ataque inicial pode, em alguns casos, ser grave o suficiente para constituir uma emergência médica ou cirúrgica. - Menos de 30% necessitem de uma colectomia (3 primeiros anos); - A colectomia cura efetivamente a doença intestinal na colite ulcerativa; Ref��ê�c�a - TGI: Patologia – Bases Patológicas das Doenças; Robbins & Cotran; 9ª ed.; 2016; Capítulo 17. - Patologia; Bogliolo; 7ª ed.; 2006; Capítulo 21.
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