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Disciplina: Literatura Infantojuvenil (LET39) Legenda: Resposta Certa Sua Resposta Errada 1. Considere o texto que segue: "Platão - que talvez tenha compreendido aquilo que forma a mente humana melhor do que alguns de nossos contemporâneos que querem suas crianças expostas apenas a pessoas reais e a acontecimentos do dia a dia - sabia o quanto as experiências intelectuais contribuem para a verdadeira humanidade. Ele sugeriu que os futuros cidadãos de sua república ideal começassem a educação literária com a narração de mitos, em lugar de meros fatos ou dos assim chamados ensinamentos racionais" (BETTELHEIM, 2007, p. 51). O texto precedente aborda o conhecimento mítico, tão característico do imaginário infantil. Com base no exposto, analise as sentenças a seguir: I- Os contos de fábulas contribuem para a compreensão da realidade. II- A abordagem mítica possibilita o acesso do real por meio do lúdico e da fantasia. III- Os mitos são de consciência definitiva, por isso não determinam a consciência racional. IV- É na consciência mítica que pode advir um saber. Assinale a alternativa CORRETA: FONTE: BETTELHEIM, B. A psicanálise de contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007. a) As sentenças III e IV estão corretas. b) As sentenças I, II e IV estão corretas. c) As sentenças I e III estão corretas. d) As sentenças I, III e IV estão corretas. 2. Segundo D'Onofrio (2006), a literatura é uma forma de arte ligada à palavra. Essa linguagem possui como principal característica a não descrição dos fatos como eles são, mas como eles poderiam vir a ser, ou seja, é uma verdade postulada não como real, mas como possível. Essa definição faz referência à verossimilhança. Sobre este conceito, analise as sentenças a seguir: I- Tem a aparência de verdadeiro, ou seja, é uma verdade provável. II- O poeta representa o que poderia acontecer, o que é possível. III- O verossímil na narrativa precisa ser historicamente verdadeiro. IV- A narrativa é tudo o que está ligado ao campo das possibilidades. Agora, assinale a alternativa CORRETA: FONTE: D'ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 2006. a) As sentenças II e III estão corretas. b) As sentenças I, III e IV estão corretas. c) As sentenças I, II e IV estão corretas. d) As sentenças III e IV estão corretas. 3. Jogos, brinquedos e brincadeiras são importantes para o desenvolvimento e para a aprendizagem das crianças, e, como tais, devem estar presentes no ambiente escolar e estimulados como atividades diárias. Sobre o lúdico na escola, analise as sentenças a seguir: I- A partir do lúdico, é possível encontrar um saber comum tanto à infância quanto à filosofia. II- O lúdico, pela atmosfera mágica diante da realidade, apresenta valores iguais para todas as fases da vida humana, e sua finalidade é essencialmente a criação da brinquedoteca. III - A importância do lúdico tende a amenizar a compreensão lógica, dando lugar a outras formas de verdade: não planejadas, surpreendentes e mágicas. IV- O lúdico, essência da infância, permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento. Agora, assinale a alternativa CORRETA: a) As sentenças I, III e IV estão corretas. b) As sentenças I, II e III estão corretas. c) As sentenças II e IV estão corretas. d) As sentenças I, II e IV estão corretas. 4. Observe o excerto a seguir: "O velho mendigo que neste momento acaba de encontrar num monte de sucata a lâmpada de Aladino - tão amassada, tão enferrujada e de feitio tão esquisito -, eis que ele a abandona e leva, em vez dela, uma útil chaleira. Uma chaleira sem tampa, digo eu, para os que gostam de pormenores. E não é esta a primeira vez que o acaso, inocentemente, assim estraga uma bela história" (QUINTANA, 1979, p. 5). O texto precedente versa sobre a temática do lúcido e do lúdico. Com base nesses dois conceitos, analise as sentenças a seguir: I- Vivemos enraizados no universo lógico do adulto que agimos como mendigo do texto de Mário Quintana. II- A atitude de recolher uma chaleira em vez da inútil lamparina é referenciada pelo que é socialmente aceito. III- Se recolhesse a velha e inútil lamparina, o mendigo provavelmente teria levado alguma vantagem. IV- De modo consciente ou não, preferimos as atitudes orientadas pelo paradigma racional da utilidade. Agora, assinale a alternativa CORRETA: FONTE: QUINTANA, Mário. Na volta da esquina. Porto Alegre: Globo, 1979. a) As sentenças I, III e IV estão corretas. b) As sentenças III e IV estão corretas. c) As sentenças I, II e IV estão corretas. d) As sentenças I, II e III estão corretas. 5. Observe o poema a seguir: O sim contra o sim Miró sentia a mão direita demasiado sábia e que de saber tanto já não podia inventar nada. Quis então que desaprendesse o muito que aprendera, a fim de reencontrar a linha ainda fresca da esquerda. Pois que ela não pôde, ele pôs-se a desenhar com esta até que, se operando, no braço direito ele a enxerta. A esquerda (se não se é canhoto) é mão sem habilidade; reaprende a cada linha, cada instante, a recomeçar-se. O poema de João Cabral de Melo Neto expõe a busca incessante do artista Miro em se recriar e se reinventar, para que pudesse reaprender. Com base no poema, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) A mão esquerda é a metáfora que distancia formas de conhecimento previsíveis. ( ) O poema expõe que somente a ação da mão esquerda legitima alguma hipótese científica. ( ) Segundo o poema, a mão direita, sábia e destra, perde a capacidade inventiva. ( ) Embora menos hábil, a mão esquerda é mais criativa e detém maior desejo de aprender. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: FONTE: MELO NETO, João Cabral de. Serial. In: Obra Completa. v. único. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. a) V - F - F - F. b) V - V - V - F. c) F - F - V - V. d) V - F - V - V. 6. O fenômeno literário, conceituado segundo o critério de representação do real, situa a literatura como uma forma de arte descompromissada com a verdade lógica e com a racionalidade utilitária. Além dessa questão, é interessante pensar na interação entre autor, texto e leitor, cujo argumento faz parte dos estudos da estética da recepção. O leitor, sob o olhar da teoria da estética da recepção, atribui sentidos e significados ao texto literário. Com base neste pressuposto, analise as sentenças a seguir: I- O autor, o texto e o leitor são intimamente interconectados num processo que produz sentido. II- Os autores jogam com os leitores, e o texto é o campo do jogo. III- A relação autor-texto-leitor contém elementos extratextuais que entram no processo. IV- O ato da leitura dispensa o empenho do leitor em visualizar o mundo referencial contido no texto. Agora, assinale a alternativa CORRETA: a) As sentenças I, II e III estão corretas. b) As sentenças I, III e IV estão corretas. c) As sentenças II, III e IV estão corretas. d) Somente a sentença IV está correta. 7. As narrativas ficcionais revelam às crianças mundos paralelos, por meio de manifestações provisórias da existência dos seres e que revelam a sutil passagem entre o humano e o não humano. No que se refere às narrativas infantis, assinale a alternativa CORRETA: a) Os saberes, presentes na ficção infantil, são nocivos à racionalidade, porque perpetuam um poder mágico. b) As crianças conseguem absorver informações das histórias, somente depois de entrarem na escola. c) A ficção fantasiosa é prejudicial, porque os pequenos não conseguem entender a diferença entre o que é real e o que é fantasia. d) A fantasia pode melhorar o desempenho das crianças em tarefas cognitivas, ajudando-asa compreender o mundo. 8. No dizer do filósofo italiano Giorgio Agamben (2007, p. 84), "as crianças, como os personagens das fábulas, sabem perfeitamente que, para serem felizes, precisam conquistar o apoio do gênio da garrafa, guardar em casa o burrinho-faz-dinheiro [...] ou a galinha dos ovos de ouro. E, em todas as ocasiões, conhecer o lugar e a fórmula vale bem mais do que esforçar-se honestamente para atingir um objetivo". Sobre o pensamento de Agamben, no que se refere à magia, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) Segundo o enunciado, a capacidade de magia e encantamento pode afastar a tristeza infantil. ( ) Os adultos são mais fortes, mas falta-lhes o fascínio para algo que vem fora do natural. ( ) O ser humano pode alcançar a felicidade não pelos méritos e esforço, mas pelo faz de conta. ( ) Para Agamben, viver bem e viver feliz são coisas iguais que independem da magia. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: FONTE: AGAMBEN, Giorgio. Profanações. São Paulo: Boitempo, 2007. a) V - F - F - V. b) F - V - F - F. c) F - F - V - V. d) V - V - V - F. 9. Bruno Bettelheim (2007) enfatiza o poder dos contos de fadas, na medida em que agem positivamente sobre a mente da criança. Com base nesse pressuposto, assinale a alternativa CORRETA: FONTE: BETTELHEIM, B. A psicanálise de contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007. a) Para o autor, os contos devem ser utilizados somente para ensinar normas. b) O autor se embasa tão somente nas imagens para justificar a utilização dos contos. c) Segundo o autor, somente os contos modernos servem de modelo educativo. d) O autor argumenta que os contos de fadas sugerem imagens à criança com as quais ela pode estruturar a imaginação. 10. Observe a frase que segue: "Quando guri, eu tinha de me calar à mesa; só as pessoas grandes falavam" (QUINTANA, 1979, p. 28). A frase desencadeia reflexões acerca da maturidade e a infância, bem como o tratamento que a criança recebia em outras épocas. Para muitos, essa discussão é pertinente porque influenciou sobremaneira a literatura infantojuvenil. Com base no exposto, assinale a alternativa CORRETA: FONTE: QUINTANA, Mário. Na volta da esquina. Porto Alegre: Globo, 1979. a) A frase faz menção à infância de modo geral, porque era a criança a se impor, não havia hierarquia. b) Não havia parâmetro estabelecido ou modelo para pautar as relações entre adulto e criança. c) A frase sugere a concepção de infância e o modo como os adultos tratavam uma criança. d) A criança daquele tempo deveria se manter calada apenas na mesa, lugar de respeito.