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DIABETES MELLITUS Lívia Caixeta INTRODUÇÃO : Diabetes mellitus é o nome dado a um grupo de distúrbios metabólicos que resultam em níveis elevados de glicose no sangue. Conhecido popularmente com açúcar alto no sangue, existem vários tipos e várias causas de diabetes. Todos os tipos, porém, costumam apresentar complicações semelhantes, como maior risco de lesão dos rins, dos olhos e dos vasos sanguíneos. O diabetes é uma das doenças mais comuns no mundo e sua incidência tem aumentado ao longo dos anos, devido principalmente à má alimentação e à obesidade. TIPOS DE DIABETES É uma doença autoimune, isto é, ocorre devido a produção equivocada de anticorpos contra as nossas próprias células, neste caso específico, contra as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Como o diabetes tipo 1 é provocado pela falta de insulina, o seu tratamento consiste basicamente na administração regular de insulina para controlar a glicemia. O paciente pode ser chamado de insulinodependente DIABETES TIPO 1 https://www.mdsaude.com/doencas-autoimunes/doenca-autoimune/ DIABETES TIPO 1 SINTOMAS Fome frequente; Sede constante; Vontade de urinar diversas vezes ao dia; Perda de peso; Fraqueza; Fadiga; Mudanças de humor; Náusea e vômito. TRATAMENTO Os pacientes que apresentam diabetes do Tipo 1 precisam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores considerados normais. Para essa medição, é aconselhável ter em casa um aparelho, chamado glicosímetro, que será capaz de medir a concentração exata de glicose no sangue durante o dia-a-dia do paciente. TRATAMENTO Os médicos recomendam que a insulina deva ser aplicada diretamente na camada de células de gordura, logo abaixo da pele. Os melhores locais para a aplicação de insulina são barriga, coxa, braço, região da cintura e glúteo. Além de prescrever injeções de insulina para baixar o açúcar no sangue, alguns médicos solicitam que o paciente inclua, também, medicamentos via oral em seu tratamento, de acordo com a necessidade de cada caso. O diabetes mellitus tipo 2 é uma doença que também apresenta algum grau de diminuição na produção de insulina, mas o principal problema é uma resistência do organismo à insulina produzida, fazendo com que as células não consigam captar a glicose circulante no sangue. O excesso de peso é o principal fator de risco para o diabetes tipo 2. DIABETES TIPO 2 A associação entre obesidade e diabetes tipo 2 é tão forte, que muitos pacientes podem até deixar de ser diabéticos se conseguirem emagrecer. O modo como o corpo armazena gordura também é relevante. Pessoas com acúmulo de gordura predominantemente na região abdominal apresentam maior risco de desenvolver diabetes. DIABETES TIPO 2 Idade acima de 45 anos. História familiar de diabetes. Hipertensão arterial. História prévia de diabetes gestacional. Há outros fatores de risco para o diabetes tipo 2: DIABETES TIPO 2 Glicemia de jejum maior que 100 mg/dl (pré-diabetes). Ovário policístico. Colesterol elevado. Uso prolongado de medicamentos, como corticoides, tacrolimo, ciclosporina ou ácido nicotínico. Tabagismo. Dieta rica em gorduras saturadas e carboidratos e pobre em vegetais e frutas. https://www.mdsaude.com/hipertensao/sintomas-da-hipertensao/ https://www.mdsaude.com/ginecologia/ovario-policistico/ https://www.mdsaude.com/cardiologia/colesterol/colesterol-hdl-ldl-triglicerideos/ https://www.mdsaude.com/endocrinologia/glicocorticoides/ https://www.mdsaude.com/dependencia/cigarro/ DIABETES TIPO 2 SINTOMAS Fome frequente; Sede constante; Formigamento nos pés e mãos; Vontade de urinar diversas vezes; Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele; Feridas que demoram para cicatrizar; Visão embaçada. TRATAMENTO Inibidores da alfaglicosidase: impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino; Sulfonilureias: estimulam a produção pancreática de insulina pelas células; Glinidas: agem também estimulando a produção de insulina pelo pâncreas. O tratamento consiste em identificar o grau de necessidade de cada pessoa e indicar, conforme cada caso, os seguintes medicamentos/técnicas: O que é o pré-diabetes? Pré-diabetes é quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não estão elevados o suficiente para caracterizar um Diabetes Tipo 1 ou Tipo 2. É um sinal de alerta do corpo, que normalmente aparece em obesos, hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios. Esse alerta do corpo é importante por ser a única etapa do diabetes que ainda pode ser revertida, prevenindo a evolução da doença e o aparecimento de complicações, incluindo o infarto. No entanto, 50% dos pacientes que têm o diagnóstico de pré-diabetes, mesmo com as devidas orientações médicas, desenvolvem a doença. A mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são os principais fatores de sucesso para o controle. O QUE É DIABETES GESTACIONAL? Ocorre temporariamente durante a gravidez. As taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada como diabetes tipo 2. Toda gestante deve fazer o exame de diabetes, regularmente, durante o pré-natal. Mulheres com a doença têm maior risco de complicações durante a gravidez e o parto. Esse tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê. Fisiopatologia do diabetes mellitus : O DM pode ser causado por dois mecanismos principais: deficiência na produção ou ação da insulina, sendo classificado em dois grupos principais de acordo com a causa, o tipo 1 e o tipo 2, respectivamente. Autoimune (1A): Possui autoanticorpos (Anti-Ilhota, anti-GAD, anti-IA-2) identificados como marcadores da doença autoimune, que muitas vezes aparecem nos exames antes mesmo das manifestações clínicas. Idiopática (1B): Não possui marcadores de doença autoimune, não sendo identificada a sua causa. No DM tipo 1, a deficiência na produção da insulina possui dois mecanismos já estabelecidos: Ambos levam a destruição gradual das células β pancreáticas. DM tipo 1 Infecções virais e exposição a antígenos vem sendo associadas, por mimetismo molecular, que em indivíduos com predisposição genética, pode desencadear o processo autoimune. Devido a sua fisiopatologia, os pacientes que recebem o diagnóstico em sua maioria são crianças e adolescentes, sendo uma quantidade muito inferior de adultos (Latent Autoimmune Diabetes of Adults) que desenvolve o DM tipo 1. No DM tipo 2, há resistência à insulina nas células, que gera um aumento da demanda de síntese da insulina na tentativa de compensar o déficit em sua ação. Inicialmente, por conta disso, há um hiperinsulinismo, sendo representada clinicamente pela acantose. A manutenção deste quadro, causa uma exaustão das células β pancreáticas, explicando parcialmente o déficit na secreção da insulina nestes pacientes, quando a doença já está avançada. DM tipo 2 O hipoinsulinismo relativo, devido a produção insuficiente para a alta demanda sistêmica, não consegue manter os níveis glicêmicos normais e, portanto, há uma hiperglicemia persistente. Outras causas de hipoinsulinismo são descritas, sendo elas a hipossensibilidade das células β pancreáticas à glicose, devido há baixa expressão do GLUT2 e deficiência de incretinas, sendo a causa de ambas ainda desconhecida. Fim!
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