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1 Tárcia Alfaia Introdução DCV Doenças cardiovasculares são problemas de saúde pública no Brasil e no mundo sendo a principal causa de morte e incapacidade, com registro anual de 17 milhões de vidas afetadas. É notório a importância do reconhecimento dos fatores de risco para sua prevenção como estratégia de promoção da saúde. Fatores não modificáveis Idade: fator de risco (síndrome biológica) Sexo: homens morrem mais cedo por IAM e mulheres mais tarde sendo AVC a causa mais frequente. HF: doença arterial coronariana precoce na família aumenta o risco para o surgimento da mesma nos seus descendentes (Homens 55 anos e Mulheres 65 anos) Etnia: hipertensão e diabetes são as mais frequentes nos indivíduos negros assim como são de mais difícil controle e os mais importantes fatores de risco para DCV Fatores de risco modificável Tabagismo: cerca de 50% das mortes evitáveis entre indivíduos fumantes poderiam ser evitadas se o vício fosse abolido, sendo a maioria por DCV. Nas mulheres seus efeitos deletérios parecem ser maiores, relacionando-se com o metabolismo acelerado da nicotina, com maior relevância naquelas que fazem uso de contraceptivo oral. A exposição passiva ao tabaco aumenta o risco de DCV e deve ser evitada. Tratamento não farmacológico: atividades físicas, psicólogo/psiquiatra. Tratamento farmacológico do tabagismo: repositor de nicotina, cloridrato de bupropiona e o tratado de vareniclina. Sedentarismo: O estudo do The Lancet coloca o Brasil entre os países mais sedentários do mundo, sendo o mais sedentário da América Latina. A realização de atividade física, 150 minutos semanais de exercício moderado ou 75 minutos de exercício intenso para a população adulta de uma forma geral (OMS). Efeitos do exercício físico aumento agudos: melhora função endotelial (crônico também; ligado a doença arterial coronariana quando disfuncional), aumenta o fluxo sanguíneo, proteção enzimática oxidativa, aumenta sensibilidade de barorreceptores, sensibilidade á insulina, lipólise, hormônio do crescimento, síntese proteica. Aumentos crônicos: flexibilidade e mobilidade articular, massa, força e potência muscular, massa óssea, controle de peso corporal, estrutura óssea, etc. Diminuição aguda : glicemia, sistema autonômico, hipertensão, marcadores inflamatórios, velocidade da onda de pulso, hormônios grelina e pipar Y. Diminuição crônica: hemoglobina glicosilada, frequência cardíaca de repouso e de exercício submáximo, rigidez arterial, lipemia, risco de doenças degenerativas cognitivas, ansiedade. Obesidade: hábitos de vida e alimentares, sedentarismo e padrões alimentares inadequados vem contribuindo para o crescimento da obesidade nas últimas décadas. Crianças e adolescentes com excesso de peso tem risco elevado para obesidade na vida adulta (fenômeno de trilha). IMC (peso/altura ao quadrado), quando o individuo excede 30% = obesidade. Dislipidemias: colesterol elevado pode ser considerado principal fator de risco modificável da doença arterial coronariana (DAC). O controle de LDL- C traz grande benefício na redução de desfechos cardiovasculares como infarto e morte por doença coronariana. TABELA 6.1 METAS LIPIDICAS ARQ BRAS CARDIOL VOL101 Fatores psicossociais: condição socioeconômica baixa; estresse (no trabalho e na vida, depressão, ansiedade); personalidade tipo D: pessoa angustiada que recebe tudo negativamente, associa a piora do prognostico em pacientes com DCV, independentemente de sintomas depressivos, estresse e raiva. HAS: É o mais importante fator de risco para desenvolvimento de doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, doença cerebrovascular, doença renal crônica e fibrilação atrial. A maioria dos pacientes hipertensos não estão sob controle. A diretriz define hipertensão com PA >140/90 mmHg e classifica pré- hipertensão PA 130 a 139 e/ou PAD entre 85 a 89 mmHg DM: necessidade urgente de atuar na prevenção em nível global. Os números no Brasil estão em elevação 2 Tárcia Alfaia devido a fatores como crescimento e envelhecimento da população, urbanização, sedentarismo e obesidades crescentes. É importante fator de riscos para DCV. Álcool e doenças cardiovasculares Elitismo está entre um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. CMA (cardiomiopatia alcoólica): embasam o mecanismo de toxicidade direta do álcool no músculo cardíaco. HAS (hipertensão arterial sistêmica): relacionada ao etanol, para indivíduos que consomem 6 ou mais doses por dia a prevalência de HAS equivale ao dobro da observada em abstêmios e consumidores leves, observando a redução da PA após uma semana de abstinência. Consumo de álcool pode reduzir efeito de medicamento para HAS. Álcool x DAC: estudos mostram redução no risco de DAC com a ingestão leve/moderada de álcool. Mecanismos que podem ser implicados é o aumento de HDL e propriedades anticoagulantes do álcool. Considera-se também que o padrão de consumo de álcool associado a redução no risco coronariano é mais comumente observada em bebedores de vinho. Álcool x AVC: AVC hemorrágico parece ocorrer com mais facilidade bebedores pesados pelas propriedades anticoagulantes do álcool. A elevação da PA parece mediar o aumento no risco para os tipos de AVC (hemorrágico e isquêmico). OBS: um estudo define consumo leve/moderado = menos que 3 doses por dia. Consumo pesado = 3 ou mais doses diárias. Uma dose padrão contem de 10 a 12g de álcool puro (330ml de cerveja, 30ml de destilados ou 100ml de vinho)
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