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Alterações patológicas que simulam patologias endodônticas Diagnóstico Diferencial das Lesões Perirradiculares Inflamatórias Grupo: Giovanna Soares, Flávia Oliveira, Luiz Tomé e Vinícius Alencar. Disciplina: Endodontia- Magna. Diagnóstico Diferencial das Lesões Perirradiculares Inflamatórias As doenças de origem inflamatória pulpar ou, endoperiodontal são aquelas que acometem a região perirradicular. São tratadas por meio de terapia endodôntica convencional ou de manobras cirúrgicas. Outras doenças podem se manifestar na região perirradicular sem mostrar relação com a inflamação pulpar ou periodontal. Na anamnese, obter o maior número de informações sobre a história da doença atual do paciente é essencial para a consideração da origem inflamatória do quadro. 2 Diagnóstico Diferencial das Lesões Perirradiculares Inflamatórias Os testes complementares de sensibilidade e vitalidade pulpar são importantes no diagnóstico do comprometimento pulpar e, consequentemente, no diagnóstico das doenças inflamatórias perirradiculares. As alterações perirradiculares inflamatórias produzem alteração nos tecidos que compõem o ligamento periodontal, determinando seu alargamento, com a resposta de esclerose ou rompimento da integridade da lâmina dura do osso alveolar. 3 ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS/INFECCIOSAS DE ORIGEM NÃO PULPAR QUE PODEM SIMULAR ABSCESSOS PERIRRADICULARES Sialolitíases São processos inflamatórios associados à presença de sialolitos (cálculos ou pedras salivares) nos dutos das glândulas salivares. As glândulas submandibulares são as mais acometidas pelos sialólitos. São frequentes em adultos jovens. Não tem preferência por gênero. Geralmente são sintomáticas. 4 Sialolitíase Os sialolitos apresentam consistência de pedra e, em geral, podem ser visualizados em exames radiográficos de rotina, incluindo especialmente radiografias oclusais inferiores e radiografias panorâmicas. 5 Sialolitíase Seu tratamento é variável, dentre eles pode-se incluir a estimulação do fluxo salivar, inclui também calor úmido local, ordenha ductal e massageamento da glândula. A sialolitotripsia é a remoção cirúrgica do sialolito, associada à remoção da glândula associada. 6 Tuberculose Ganglionar É uma infecção bacteriana causada pelo Mycobacterium. Ocorre por meio da infecção primária pulmonar por inalação, seguida de um período de latência e da progressão do quadro infeccioso nos pulmões e uma eventual disseminação em outros sítios. O envolvimento oral por tuberculose é bastante incomum, é geralmente associado à uma disseminação da doença pulmonar. 7 Tuberculose Ganglionar Apresenta-se com o aumento de volume único ou múltiplo, submerso, pouco doloroso e pode ser recoberto por pele normal, eritematosa ou ulcerada, podendo apresentar drenagem purulenta. 8 Tuberculose Ganglionar O diagnóstico baseia-se em exames imaginológicos, punção aspirativa e cultura ou PCR (reação em cadeia da polimerase) nos casos em que se obtém o material de drenagem. O tratamento é semelhantes ao tratamento da tuberculose sistêmica. 9 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE GRANULOMAS, CISTOS E CICATRIZES FIBROSAS PERIAPICAIS – APRESENTAM ÁREAS RADIOLÚCIDAS Depressão Mandibular Lingual da Glândula Submandibular Também chamada de defeito de Stafne, ou cisto ósseo de Stafne, foi descrita por Stafne em 1942. Considerada uma entidade cística falsa. Ela apresenta uma depressão na cortical lingual da mandíbula, localizada na região da fóvea submandibular, mas pode apresentar-se mais anteriormente e na região de ramo mandibular. 10 Depressão Mandibular Lingual da Glândula Submandibular Sua origem está associada ao posicionamento da glândula submandibular e, ao afinamento da espessura do osso mandibular na região. A imagem radiográfica é radiolúcida, unilocular, bem ou mal delimitada, localizada na região de corpo mandibular posterior. 11 Depressão Mandibular Lingual da Glândula Submandibular É assintomática, sendo detectada em exames radiográficos de rotina. Aproximadamente 80% a 90% dos casos de defeito de Stafne acometem homens, especialmente adultos. A imagem radiográfica geralmente é suficiente para o seu diagnóstico, mas quando a imagem se sobrepõe, as tomografias computadorizadas em cortes axiais conseguem evidenciar a presença da depressão na face lingual da mandíbula. 12 Cavidade Óssea Idiopática Ela representa um pseudocisto. Um trauma ósseo possa produzir uma área de hemorragia e de reabsorção óssea, preenchida por um coágulo que, aos poucos, vai sendo reabsorvido, deixando uma cavidade vazia. Acomete pacientes jovens, geralmente na segunda década de vida, apresentando predileção pela mandíbula, especialmente em sua região posterior. 13 Cavidade Óssea Idiopática Essa lesão é assintomáticas e costuma ser descoberta em radiografias de rotina, frequentemente solicitadas por motivos ortodônticos. Cerca de 20%dos pacientes podem mostrar abaulamento no local. A imagem radiográfica se apresenta radiolúcida e unilocular, podendo ou não apresentar as bordas radiopacas de esclerose bem definidas. 14 Cavidade Óssea Idiopática 15 Cavidade Óssea Idiopática Na região dos molares inferiores, esta imagem radiolúcida se mostra por entre as raízes dos dentes, dando um aspecto festonado (em forma de “dedos de luva”) nas bordas da lesão. 16 Cavidade Óssea Idiopática Nesta lesão, os dentes não estão associados ao seu surgimento. Seu diagnóstico é feito analisando em conjunto as características sociodemográficas, clínicas e radiográficas, geralmente associadas à abordagem cirúrgica das lesões. Na abordagem cirúrgica, observa-se a ausência de conteúdo na cavidade, a neoformação óssea costuma ser suficiente para o seu tratamento. 17 Lesão Central de Células Gigantes (Granuloma Central de Células Gigantes) É uma lesão não neoplásica, mas eventualmente, pode apresentar um comportamento agressivo com grande destruição tecidual no local. A maioria dos pacientes acometidos encontra-se nas três primeiras décadas de vida e há predileção pelas mulheres. Localiza-se preferencialmente na região anterior aos pré-molares e a mandíbula. Sendo geralmente assintomática, mas podendo causar um discreto desconforto no local. 18 Lesão Central de Células Gigantes (Granuloma Central de Células Gigantes) 19 Lesão Central de Células Gigantes (Granuloma Central de Células Gigantes) O exame radiográfico, apresenta-se com áreas radiolúcidas, uniloculares ou multiloculares, que podem ser bem ou mal delimitadas. 20 Lesão Central de Células Gigantes (Granuloma Central de Células Gigantes) O aspecto microscópico desta condição é semelhante ao de outras doenças dos maxilares caracterizadas pela presença de células gigantes multinucleadas. O tratamento da lesão central de células gigantes pode incluir procedimentos cirúrgicos tradicionais, como as curetagens ou ressecções, ou tratamentos mais conservadores, como a injeção intralesional de esteroides. As taxas de reaparecimento da lesão podem ser altas, variando de 10% a 50%, dependendo da terapêutica selecionada. 21 Cisto do Duto Nasopalatino Sua origem está associada à proliferação de remanescentes epiteliais do duto nasopalatino. Sua localização é ao longo da linha média de união das duas maxilas. Este cisto apresenta predileção por homens adultos, manifestando-se pelo aumento de volume recoberto pela mucosa normal com uma evolução lenta. Embora assintomáticas, podemos observar de forma frequente dores e desconforto no local, visto que, com seu crescimento, o cisto vai pressionar o feixe vasculonervoso palatino anterior. 22 Cisto do Duto Nasopalatino Nas radiografias apresenta-se como uma área radiolúcida, unilocular, bem delimitada, circundada por uma cortical de esclerose, localizada na linha média da maxila ao longo da rafe palatina. 23 Cisto do Duto Nasopalatino24 Os cistos pequenos podem ser indistinguíveis do forame nasopalatino, mas o afastamento dentário e a dor são critérios úteis para o diagnóstico diferencial. O tratamento do cisto do duto nasopalatino envolve a enucleação cirúrgica conservadora. Cisto Nasolabial É um cisto não odontogênico dos tecidos moles. Tem sua origem associada à permanência de restos epiteliais embrionários aprisionados, que proliferam sob estímulos ainda não conhecidos. Caracteriza-se pelo aumento de volume no fundo do vestíbulo superior, lateralmente à linha média, na região correspondente ao incisivo lateral e ao canino. 25 Cisto Nasolabial Acomete indivíduos adultos, sem predileção por gênero e é indolor. Apesar de surgir nos tecidos moles, com seu crescimento, pode causar reabsorção superficial da cortical óssea, produzindo imagem radiográfica radiolúcida, difusa e sobreposta aos ápices dos incisivos laterais e caninos superiores. Seu tratamento inclui a remoção cirúrgica conservadora 26 Cisto Nasolabial 27 Cisto Paradentário Inflamação é localizada entre a coroa/face lateral da raiz do dente semi-erupcionado e o epitélio do capuz pericoronário ou do sulco gengival. Tem predileção pelos terceiros molares inferiores. 28 Cisto Paradentário É assintomático, podendo ou não mostrar aumento de volume local. Apresenta uma área radiolúcida, unilocular, bem delimitada, localizada mais comumente na face distal da raiz de um terceiro molar semierupcionado. Os dentes envolvidos com a lesão apresentam vitalidade, uma vez que sua origem não está relacionada com a inflamação pulpar. Seu tratamento inclui a enucleação cirúrgica associada à exodontia do dente associado, especialmente quando se trata de um terceiro molar, mas o dente pode ser mantido, caso seja viável. 29 Cisto Dentígero É caracterizado pelo acúmulo de líquido entre a coroa de um dente não erupcionado e o epitélio reduzido do órgão do esmalte que a circunda. Apresenta predileção por indivíduos jovens, não mostrando predileção por gênero. Este cisto pode promover abaulamento local, geralmente assintomático e recoberto por mucosa normal. Caracteriza-se por uma área radiolúcida, unilocular, que envolve a coroa de um dente não erupcionado e dificilmente será considerado no diagnóstico diferencial das lesões perirradiculares inflamatórias. 30 Cisto Dentígero 31 A intervenção cirúrgica na região poderá mostrar a coroa do dente permanente incluso dentro da cavidade cística, reforçando a possibilidade de um cisto dentígero. O tratamento do cisto dentígero inclui a enucleação cística, associada ou não à remoção do dente associado, na dependência direta da possibilidade de seu aproveitamento, que pode ser auxiliado no deslocamento ortodôntico. Queratocisto Odontogênico Com o seu comportamento biológico agressivo, e seu potencial de crescimento e de recidiva, faz-se necessário a importância do seu diagnóstico correto. Podem acometer uma ampla faixa etária, mas são mais comuns em adultos jovens, apresentando uma discreta predileção pelo gênero masculino. 32 Queratocisto Odontogênico São assintomáticos e não promovem abaulamento das corticais. Apresentam imagem radiolúcida, unilocular ou multilocular bem delimitada por uma cortical de esclerose, estando em íntima associação às raízes dos elementos dentários da região. Podem estar associados a dentes não erupcionados. 33 Queratocisto Odontogênico O tratamento pode incluir a enucleação, e a descompressão e a marsupialização, a curetagem está associada à osteotomia periférica e até mesmo as ressecções cirúrgicas. Essas lesões apresentam índices maiores de recidiva em relação a outros cistos odontogênicos. Os pacientes portadores de queratocistos, especialmente múltiplos, devem ser investigados quanto à possibilidade da presença da síndrome dos múltiplos carcinomas basocelulares nevoides, também conhecida como síndrome de Gorlin-Goltz. 34 Cisto Periodontal Lateral É um cisto odontogênico incomum. Surge lateralmente à raiz de elementos dentários erupcionados. Sua etiologia, está associada à proliferação de remanescentes epiteliais da bainha epitelial radicular de Hertwig ou a restos da lâmina dentária. Este cisto acomete especialmente adultos jovens, sem predileção por gênero. Costuma ser assintomático, mas alguns pacientes reportam a sensação de pressão entre os dentes vizinhos, assim como pode haver um discreto afastamento entre eles. 35 Cisto Periodontal Lateral Cisto Periodontal Lateral Ele costuma aparecer na área da mandíbula entre o canino e os pré-molares. Sua imagem radiográfica é radiolúcida, unilocular e bem delimitada por uma cortical de esclerose óssea, raramente ultrapassando 1 cm em seu maior diâmetro. Seu tratamento inclui a enucleação cirúrgica conservadora(remoção). 36 Também conhecido como cisto de Gorlin, essas lesões apresentam predileção por pacientes jovens, sem predileção por gênero. Acometem a região anterior dos maxilares em até dois terços dos casos, sem mostrar predileção pela mandíbula ou pela maxila. Sua imagem radiográfica mais comum é uma área radiolúcida, unilocular, com focos radiopacos no interior, as lesões iniciais podem apresentar imagem exclusivamente radiolúcida. 37 Cisto Odontogênico Calcificante 38 Cisto Odontogênico Calcificante Cisto Odontogênico Calcificante Em relação à faixa etária de acometimento, é frequente a associação a dentes não irrompidos, especialmente os caninos. Estes cistos podem estar associados a outros tumores odontogênicos, especialmente os odontomas. Seu tratamento inclui a enucleação cirúrgica, e alguns casos podem ser tratados em conjugação com as técnicas de marsupialização (quando se refaz o orifício de drenagem da glândula) e descompressão. 39 Cisto Odontogênico Calcificante São tumores odontogênicos relativamente frequentes, com comportamento benigno, podem causar uma grande destruição local. A forma mais comum de ameloblastoma tem predileção por pacientes adultos entre a terceira e a quinta décadas de vida, de ambos os gêneros. Localizam-se na região posterior de mandíbula em até 75% dos casos. Apesar de geralmente mostrarem abaulamento local assintomático, alguns casos podem causar dor, desconforto e rompimento das corticais ósseas. 40 Ameloblastoma Radiograficamente, sua imagem mais comum é na forma de áreas radiolúcidas e multiloculares. Também podem apresentar-se na forma de áreas radiolúcidas e uniloculares próximo aos ápices dos dentes adjacentes. O tratamento dos ameloblastomas inclui a ressecção cirúrgica (retira parcial ou totalmente um órgão). 41 Ameloblastoma Predileção por pacientes na segunda década de vida e sua imagem radiográfica é mais radiolúcida e unilocular. Seu tratamento é mais conservador que o da variante sólida. 42 Ameloblastoma Lesões Fibro-ósseas Benignas Estas lesões fazem parte de um grupo de doenças benignas, em sua maioria consideradas alterações do desenvolvimento, caracterizadas pela troca do osso normal por um tecido fibroso que vai sendo gradativamente mineralizado. Podem simular, em seus estágios iniciais, lesões radiolúcidas perirradiculares de origem inflamatória, ao passo que, nas fases intermediária e madura, podem compor diagnóstico diferencial de osteítes condensantes e osteomielites dos maxilares. 43 ÁREAS MISTAS (RADIOLÚCIDAS E RADIOPACAS) OU TOTALMENTE RADIOPACAS QUE PODEM SIMULAR OSTEÍTES CONDENSANTES E OSTEOMELITES DOS MAXILARES É considerada uma alteração do desenvolvimento que pode envolver apenas um osso ou vários ossos do esqueleto. Quando a displasia fibrosa monostótica acomete a região da cabeça e do pescoço, é mais encontrada em pacientes jovens com predileção pela maxila. Apresenta-se com aumento de volume de consistência dura (pétrea), de evolução lenta e sem sintomatologia. Alguns casos iniciam-se na maxila, mas, com sua progressão,podem envolver outros ossos adjacentes, no quadro chamado displasia fibrosa craniofacial. 44 Displasia Fibrosa A imagem radiográfica pode ser radiolúcida, mista ou radiopaca, mal delimitada, misturando-se com o osso normal adjacente. Nas fases mais maduras, as áreas radiopacas de osso neoformado lembram um padrão semelhante a “vidro fosco”. Seu tratamento pode incluir apenas controle clinicorradiográfico ou procedimentos cirúrgicos remodeladores. 45 Displasia Fibrosa São também consideradas alterações do desenvolvimento e da maturação óssea, podendo manifestar-se como áreas radiolúcidas, mistas ou radiopacas. A forma periapical apresenta predileção por mulheres adultas ou idosas, manifestando-se de forma isolada ou múltipla. Esta condição é assintomática e, como não mantém relação com o estímulo inflamatório. As áreas iniciam-se radiolúcidas e, especialmente nesta fase, é imprescindível a diferenciação com as doenças inflamatórias perirradiculares, evitando-se o tratamento endodôntico desnecessário dos elementos associados. 46 Displasia Cemento-óssea Não há necessidade de tratamento específico para esta condição. Geralmente acomete mulheres adultas e localiza-se preferencialmente na região posterior de mandíbula 47 Displasia Cemento-óssea 47 Assintomática e raramente ultrapassando 1,5 cm em seu maior diâmetro. 48 Displasia Cemento-óssea É a forma mais exuberante, acometendo mulheres adultas e idosas. Lesões em pacientes mais jovens tendem a ser mais imaturas e, portanto, radiolúcidas, e em pacientes idosas, tendem a mostrar imagem radiopaca (mais madura). O quadro isolado das lesões costuma ser assintomático, mas em áreas, especialmente as radiopacas, podem tornar-se sintomáticas e apresentarem drenagem purulenta. 49 Displasia Cemento-óssea florida Os quadros assintomáticos não necessitam de tratamento, apenas controle clinicorradiográfico, como as formas periapical e focal. 50 Displasia Cemento-óssea Florida É também uma neoplasia benigna verdadeira. Afeta especialmente pacientes adultos jovens, com predileção por mulheres, e acomete preferencialmente a região posterior de mandíbula. Geralmente é assintomático. Sua imagem radiográfica pode ser radiolúcida, mista ou radiopaca, como nas demais lesões fibro-ósseas benignas. 51 Fibroma Ossificante Seu tratamento normalmente inclui a enucleação cirúrgica simples, com excelente plano de clivagem, raramente produzindo recidivas. 52 Fibroma Ossificante Também conhecidas como cicatrizes ósseas, enostoses e osteopetroses perirradiculares (periapicais) focais. Apresentam predileção por mulheres adultas sendo assintomáticas. Cerca de 90% dos casos acometem a região posterior de mandíbula. Podem ser únicas ou múltiplas e, radiograficamente, apresentam-se como áreas radiopacas de formato arredondado, medindo entre 3 e 20 mm. 53 Osteoescleroses Idiopáticas Não há necessidade de tratamento complementar e em alguns casos podem, regredir durante o acompanhamento radiográfico periódico. 54 Osteoescleroses Idiopáticas São protuberâncias e crescimentos originados a partir da porção cortical do osso, encontrados na mandíbula e na maxila. Sua etiologia é desconhecida, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais participem em conjunto São encontradas em pacientes adultos, sem predileção por gênero, sendo assintomáticas. À palpação, apresentam consistência pétrea (dura) e são fixas em relação aos planos ósseos adjacentes. 55 Exostoses O torus palatino localiza-se caracteristicamente na porção mediana do palato duro, podendo apresentar morfologia variada. O torus mandibular surge na face lingual do rebordo alveolar inferior acima da linha milo-hióidea e em geral, são encontradas mais de uma protuberância. Exostoses vestibulares são mais incomuns que os torus, embora sejam múltiplas, podem ser encontradas isoladamente em determinada área da mandíbula ou maxila. 56 Exostoses As exostoses palatinas localizam-se na região de tuberosidade, sendo usualmente bilaterais e simétricas. A forma mais incomum de exostose é a exostoses subpônticas. Surge em áreas edêntulas abaixo de pônticos de próteses parciais fixas. 57 Exostoses O diagnóstico das exostoses é realizado pelo exame clínico. Geralmente não necessitam de tratamento. 58 Exostoses São neoplasias odontogênicas benignas incomuns caracterizadas pela proliferação de tecido mineralizado de origem cementaria. Acometem pacientes jovens na segunda e na terceira décadas de vida, sem predileção por gênero. A mandíbula posterior é a região de predileção e o primeiro molar inferior é o dente mais associado ao desenvolvimento destas lesões. Apresentam dor em cerca de 50% dos casos. 59 Cementoblastoma Ao exame radiográfico, observa-se uma massa de tecido misto ou radiopaco unido à raiz do dente associado. Seu tratamento envolve a remoção por completo da lesão ou não à raiz acometida ou ao dente associado. 60 Cementoblastoma São neoplasias benignas de tecido ósseo, localizados no esqueleto, inclui a área craniofacial, especialmente a mandíbula, a maxila, o côndilo mandibular e os seios paranasais. Predileção por pacientes adultos jovens, sem predileção por gênero, e costumam ser assintomáticos Radiograficamente, manifestam-se como massas escleróticas radiopacas, circunscritas, corticais ou medulares. 61 Osteoma Tratamento por meio de remoção cirúrgica conservadora. São lesões únicas e contém presença de múltiplos osteomas. 62 Osteoma Necrose óssea dos maxilares associada ao uso de bisfosfonatos, medicamentos que possuem como função principal a inibição da função osteoclástica. São utilizados principalmente no tratamento da osteoporose e no controle da progressão do envolvimento ósseo por cânceres. As áreas de necrose óssea surgem após manipulação dentária cirúrgica na região, especialmente exodontias, mas o quadro pode surgir espontaneamente ou motivado por doença periodontal ou por trauma de próteses mal adaptadas. 63 Osteonecrose dos maxilares associada ao uso de Bisfosfonato Na avaliação radiográfica, as áreas acometidas podem variar de alterações precoces. 64 Osteonecrose dos maxilares associada ao uso de Bisfosfonato Nos momentos iniciais, o quadro doloroso agudo pode simular odontalgias, dentre as quais aquelas de origem endodôntica, e os abscessos periodontais. A abordagem endodôntica tem sido sugerida como uma alternativa para as exodontias com intuito de prevenir o desenvolvimento de osteonecrose. 65 Osteonecrose dos maxilares associada ao uso de Bisfosfonato OBRIGADO!! 66