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Ca m ill a Ro dr ig ue s P eix ot o – Od on to lo gi a U nB – T ur m a 74 1 O termo “cefalometria” tem origem da união entre cefalo + metria e significa “mensuração da cabeça”, corresponde à avaliação quantitativa dos cefalogramas e comparação das estruturas do tecido duro e mole por meio de exames de imagem (telerradiografia). Atualmente recomenda-se que a documentação ortodôntica inclua a ficha de anamnese, fotografias intra-orais e extra-orais, modelos dos arcos dentários (físicos ou digitais) e imagens radiográficas. Essa documentação é importante para o estudo e planejamento do plano de tratamento, além disso, pode servir de parâmetro de comparação entre pré e pós tratamento e registro legal. O conhecimento anatômico da região de cabeça e pescoço é imprescindível para realização da demarcação de pontos anatômicos, que deve seguir uma sequência, de modo que nenhuma estrutura seja omitida. As estruturas anatômicas mais relevantes para o traçado cefalométrico são: 1) Sela Túrcica 2) Ossos Frontais e Nasais 3) Meato Acústico Externo 4) Borda Posterior e Inferior da Órbita 5) Maxila 6) Mandíbula 7) Incisivos 8) Molares 9) Perfil Tergumentar 10) Via Aérea 11) Base da Língua PONTOS CEFALOMÉTRICOS Ca m ill a Ro dr ig ue s P eix ot o – Od on to lo gi a U nB – T ur m a 74 2 Ca m ill a Ro dr ig ue s P eix ot o – Od on to lo gi a U nB – T ur m a 74 3 Após identificadas as estruturas anatômicas mais relevantes (normalmente presentes em áreas de acidentes anatômicos e de fácil identificação) é necessário estabelecer pontos que sirvam como referências básicas; estes são chamados pontos craniométricos ou cefalométricos. Os pontos localizados no plano médio sagital (PM) são ímpares e constituem a maioria, são mais precisos a confiáveis. Os pontos localizados lateralmente são pares (PL), um de cada lado da face e nas telerradiografias, frequentemente apresentam-se duplos, em imagens não coincidentes. A determinação desses pontos é feita visualmente, dessa forma, podem ocorrer pequenos desvios de acordo com diferentes examinadores, no entanto, desvios de até 1mm são aceitos. Além dos pontos cefalométricos presentes no tecido duro, é importante estabelecer, também, pontos de referência em tecido mole. Ca m ill a Ro dr ig ue s P eix ot o – Od on to lo gi a U nB – T ur m a 74 4 PONTOS DO TECIDO TEGUMENTAR Nome do Ponto Símbolo Descrição Pró-nasal Prn Ponto mais anterior do tecido tegumentar do nariz Pró-nasal linha Prn’ Ponto que divide a base do nariz e columela nasal (columela nasal é onde começa a curvatura logo após a base do nariz) Subnasal Sn Ponto localizado entre a base do nariz e o filtro do lábio superior Lábio Superior LS Ponto mais anterior do lábio superior Pogônio mole Pog’, P’ Ponto mais anterior do tecido tegumentar do mento Ca m ill a Ro dr ig ue s P eix ot o – Od on to lo gi a U nB – T ur m a 74 5 Finalizada a demarcação dos pontos cefalométricos, inicia-se o traçado das linhas e planos. As linhas e pontos mais utilizados são: - Linha SN: estende-se do ponto S ao ponto N e corresponde à base anterior do crânio. - Plano de Frankfurt: estende-se do ponto Po ao ponto Or. - Linha ENAENP: estende-se do ponto ENA ao ponto ENP e corresponde ao plano palatino. - Plano oclusal de Downs: União entre o ponto médio das cúspides mésio-vestibular dos primeiros molares (6) e as bordas incisais dos incisivos centrais superior e inferior. - Plano mandibular GoGn: estende-se do ponto Go ao ponto Gn (plano preconizado por Steiner). - Plano mandibular GoMe: estende-se do ponto Go ao ponto Me (plano preconizado por Tweed). - Linha NA: estende-se do ponto N ao ponto A e estabelece a relação entre a maxila e a base do crânio. - Linha NB: : estende-se do ponto N ao ponto B e estabelece a relação entre a mandícula e a base do crânio. - Longo eixo do incisivo superior - Longo eixo do incisivo inferior - Linha SGn: estende-se do ponto S ao ponto Gn (no entanto, o traço deve ser feito até a distal do molar). - Linha H (Holdaway): linha do perfil tegumentar que se estende do ponto LS até o Pog’. Ca m ill a Ro dr ig ue s P eix ot o – Od on to lo gi a U nB – T ur m a 74 6 PRINCIPAIS LINHAS E PLANOS CEFALOMÉTRICOS Ca m ill a Ro dr ig ue s P eix ot o – Od on to lo gi a U nB – T ur m a 74 7 Identificadas as linhas e os planos, realiza-se então a medida dos ângulos que auxiliarão no diagnóstico dos desvios morfológicos da face e elaboração do plano de tratamento de cada paciente. Os principais ângulos e medidas avaliados são: - SNA: 82°, seu aumento indica protrusão maxilar e sua diminuição indica retrusão da maxila em relação à base do crânio. - SNB: 80°, seu aumento indica protrusão mandibular e sua diminuição indica retrusão da mandícula em relação à base do crânio. - ANB: 2° (SNA-SNB) - WITS: -1mm (M) e 0mm (F), medida linear que estabelece a relação entre maxila em mandíbula a partir do plano oclusal. - SN.GoGn: 32°, determina a rotação mandibular, seu aumento sugere que a mandíbula está rotacionada no sentido horário, encurtando o ramo, característica mais presente em pacientes dolicofaciais; já sua diminuição ocasiona a rotação da mandíbula no sentido anti-horário, conferindo uma face mais curta ao paciente. - FMA: 25° - ENAENP.GoMe: 25° - SN.Gn: 67° - 1/.NA: 22°, determina a inclinação dos i. superiores com relação à maxila. - 1/-NA: 4mm - /1.NB: 25°, determina a inclinação dos i. inferiores com relação à mandíbula. - /1-NB: 4mm - 1/.ENAENP: 110° - IMPA: 87° - 95° - H.NB: 12° - H-Nariz: 9 – 11mm Ca m ill a Ro dr ig ue s P eix ot o – Od on to lo gi a U nB – T ur m a 74 8
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