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Exercícios ativos

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*estas são anotações de aulas que tive, possível linguagem informal pode estar presente*
Exercícios ativos
· Exercícios que o próprio paciente vai fazer, com maior ou menor grau de dificuldade, definido por nós, mas respeitando sempre grau de dor, de amplitude etc., com ou sem ajuda, com ou sem resistência (nossa mão, mecânica [halter, molas])
· Exercício ativo tem gasto calóricos proporcional à intensidade;
· Devemos ficar atentos à intensidade máxima que o paciente suporta
· Exige contração muscular voluntária e pra isso é preciso de FORÇA.
· É preciso de força pra fazer o exercício e com isso também é ganhado mais força.
Ativo assistido: paciente realiza o movimento com ajuda do fisioterapeuta (próprio paciente também pode se ajudar: auto-assistência);
Ativo (livre): paciente realiza o movimento sozinho, a única resistência é a ação da gravidade, a partir do posicionamento do paciente;
Ativo resistido: paciente realiza o movimento contra resistência.
Ativo assistido
· Fisioterapeuta auxilia no início, durante ou ao final do movimento;
· O próprio paciente pode se auxiliar;
· Importante trabalhar toda a ADM (os ganhos no ativo são muito maiores que no passivo, por isso trabalhar toda a ADM);
· Incentivar o paciente a realizar o movimento sozinho;
· Não realizar pelo paciente se ele conseguir fazer sozinho.
Ativo livre
· Posicionar o paciente contra a ação da gravidade;
· Acompanhar os movimentos em toda ADM;
· Incentivar o paciente com boa voz de comando;
· Usar movimentos combinados/funcionais.
Ativo resistido
· Paciente realiza o movimento contra resistência (gravidade + externa);
· Exercício indicado para ganho de força -> proporcional ao volume de exercícios;
· Os ganhos do movimento passivo ocorrem agora com mais intensidade.
TESTE DE FORÇA -> TIPO DE EXERCÍCIO
Grau 0: movimento passivo;
Grau 1: movimento passivo -> movimento assistido
Grau 2: movimento assistido -> movimento ativo
Grau 3: movimento ativo contra gravidade
Grau 4: movimento resistido
Grau 5: movimento resistido com maior carga.
PARA TODOS EXERCÍCIOS ATIVOS
- Realizar o movimento em toda ADM;
- 3 séries de 10 repetições para cada movimento (mas vai de acordo com o paciente, situação);
- Realizar repouso entre as séries (nunca modificar);
- Explicar todo exercício e a finalidade/objetivo;
- Demonstrar o exercício antes, se necessário;
- Reavaliar sempre -> recalcular a carga.
Como calcular a resistência inicial do exercício resistido?
(e durante a avaliação, com qual carga começar?)
· Teste de força/função manual: já é um primeiro teste para saber tipo/dosagem de carga, porém não tem como saber carga bruta;
· Paciente posicionado contra a gravidade; resistir manualmente ao movimento; paciente deve completar o movimento; importante que o mesmo profissional que realiza o teste seja o que aplicará a resistência durante os exercícios; classificar em graus; realizar uma repetição.
· Teste de 1 repetição máxima (1RM) – contração voluntária máxima: 
· Paciente posicionado contra a gravidade;
· Predizer uma carga inicial(halter, por exemplo) de acordo com o biotipo do paciente;
· Paciente deve realizar um único movimento completo (em toda a sua ADM);
· Caso ele complete e aparente a possibilidade de aumentar a carga, esperar aproximadamente 5 minutos e repetir o movimento com carga maior;
· Caso ele não complete o movimento, a carga será a anterior. 
· Teste de 10 RM:
· Paciente posicionado contra a gravidade;
· Predizer uma carga inicial (halter, por exemplo) de acordo com o biotipo;
· Paciente deve realizar 10 repetições completas do movimento;
· Caso ele complete e aparente a possibilidade de aumentar a carga, esperar aproximadamente 5 minutos e repetir o movimento com carga maior;
· Caso ele não complete o movimento (10 repetições), a carga será a anterior.
· Calcula-se 70, 80% dessa carga para começar e vai aumentando progressivamente conforme situação do paciente.
Como calcular a carga inicial para o teste?
- Para grupos musculares pequenos:
Carga inicial para o teste = até 10% da massa corporal da pessoa;
- Para grupos musculares grandes:
Carga inicial para o teste = até 20% da massa corporal da pessoa;
· Dinamometria:
· Instrumento utilizado para avaliação do torque durante o movimento;
· A partir do valor calculado, pode-se converter a unidade para kg -> predizer a carga a ser utilizada;
· Avalia grupos musculares e não músculos isolados;
· Importante para predição de carga e avaliação antes e após o tratamento.
Exercícios e aumento da massa muscular
Foco de exercícios: recuperar força que perdeu e ganhar mais força ainda, aumentando massa muscular. Isso nem sempre é tão possível, pode ter ganho mínimo ou nada em casos extremos.
Ganhar massa muscular é difícil, mas perder é muito fácil durante sedentarismo.
Proteína é mais fácil de ser utilizada para energia do que gordura.
Comparação é feita com outro membro do indivíduo, com tabelas e com atividades diárias do indivíduo: atividades que conseguia fazer antes da lesão, por isso é bom o diálogo, entender história pregressa, entender o que aconteceu etc.
Com o exercício resistido mais intenso, num primeiro momento, o músculo começa a ter mais volume pela criação uma reserva de líquido e nutrientes. Isso acontece como efeito agudo do exercício, ficando edemaciado. Conforme mantém o estímulo no músculo, vias neurais, vias sinápticas são ativadas para fazer com que comece o circuito todo para aumentar a síntese de proteína no músculo, o que demora em torno de 1 mês em diante. É preciso de treinos seguidos, para trabalhar a memória e mudar o comportamento motor.
Tõnus: contração muscular basal, em repouso, o que dá consistência para o músculo.
Trofismo: está relacionado com o que tem de organelas, material sólido dentro do músculo, principalmente quantidade de proteínas. Quanto maior qtde, maior trofismo do músculo. Está relacionado ao volume e tamanho do músculo, a massa muscular do indivíduo.
Pode ter músculo com trofismo baixo e tônus aumentado e também o contrário.
Para que tenha massa muscular aumentada e com isso aumento de força, temos interferência de fatores, que devem estar em sintonia:
- nutrição;
- inervação;
- irrigação sanguínea;
- movimento que realiza.
Plasticidade muscular
Capacidade que um músculo possui de se alterar estruturalmente frente a um estímulo interno ou externo.
Estímulos internos: enzimas e hormônios.
Estímulos externos: exercícios físicos.
Atrofia: perda de trofismo, acontece em situações extremas em que indivíduo, por exemplo, perde inervação de determinado músculo, tendo absorção de proteína muito grande; casos de desnutrição severa, sem condições de manter massa proteica.
Hipotrofia: diminuição de trofismo;
Hipertrofia: aumento de trofismo (tamanho das células);
Hiperplasia: aumento do número de células.
Força do indivíduo é diretamente proporcional ao seu nível de trofismo.
Portanto, o exercício físico provoca aumento do trofismo e assim, ganho de força, consequentemente, melhora da qualidade de vida.
Para o paciente, trabalhamos o ganho da força perdida (ganho da massa muscular perdida/ganho do trofismo perdido) (não ganhar trofismo, mas recuperar o que foi perdido), depois, chegar próximo da normalidade do músculo e só então trabalhar o aumento do trofismo (hipertrofia)
O músculo para realizar trabalho necessita de suporte energético (já em reserva ou que vão chegar pela corrente sanguínea). A irrigação sanguínea aumentada (efeito agudo) é o primeiro fator que faz com que o músculo aumente de volume. Com o aumento da carga, que o músculo não está acostumado, o músculo sofre microlesões, gerando sinal interno dentro da célula para que alguns marcadores sinalizando ao meio externo e o sistema nervoso que aquele músculo precisa ser recuperado e que a demanda de força/carga para ele estando muito grande, ele precisa aumentar seu tamanho/resistência, iniciando um processo de remodelação desse músculo que leva dias. Se o estímulo para, esse processo para; se o estímulo continua, o músculo vai mudando sua forma plástica.
O exercício com carga
acima do sustentável cria microlesões nos filamentos de actina e miosina, essas microlesões liberam alguns marcadores (toxinas, substâncias) que ativam biomarcadores que ativam outras enzimas, que sinalizam o reparo muscular e isso culmina no aumento de filamentos proteicos dentro da fibra muscular. Esse aumento faz com que os fascículos aumentem de tamanho e o ventre muscular aumenta de tamanho. Isso é a hipertrofia. Para que ela ocorra de forma eficaz, não adianta apenas dar esses estímulos, sem um aporte energético/nutricional bom para o músculo/corpo do indivíduo. O sistema hormonal do indivíduo também deve estar bom para que todas essas fases sejam ativadas, além do descanso correto.
Outra forma do músculo crescer: o exercício com carga acima do sustentável ativa células satélites (células miogênicas em estado latente localizadas entre a lâmina basal e o sarcolema) seguindo o seu processo de diferenciação, promovendo ruptura da membrana do músculo (sarcolema), formando nova fibra. Isso é a hiperplasia (aumento do número de fibras).
Exercícios aeróbicos tem efeitos tróficos muito importantes para o coração. A célula cardíaca tem características muito semelhantes ao músculo estriado esquelético, mas o exercício físico dependendo de seu tipo, poderá ter consequências boas ou más para o músculo cardíaco, principalmente para o ventrículo esquerdo, que é a que mais conseguimos trabalhar com os exercícios aeróbicos. Quanto mais fazemso esses exercícios, fazemos mais hipertrofia da musculatura cardíaca. Com o ventrículo esquerdo se hipertrofiando, conseguimos maior propulsão do sangue. A vasão do sangue, a ejeção, é maior e conseguimos irrigar por maior tempo o corpo.
Fazendo isso a curto prazo, temos a médio e a longo prazo, a diminuição da PA e da FC, porque uma vez ejetando um volume maior de sangue, o coração pode bater menos.
Com os exercícios aeróbicos, temos hipertrofia excêntrica cardíaca. Consequentemente a médio e a longo prazo, conseguimos ter uma maior angiogênese na periferia do corpo, fazendo com que diminua a PA e pelo fato do ventrículo estar maior, volumoso, conseguimos maior ejeção de sangue, permitindo o coração bater menos vezes, diminuindo a FC.
O exercício inicialmente tem como objetivo recuperar a força perdida. A seguir aumentar a massa muscular e consequentemente a força e para situações já curadas, o profissional competente trabalha o treinamento físico.
Anabolizantes são hormônios que liberam enzimas importantes para a síntese proteica e aumento da massa muscular, sendo importantes quando o indivíduo não tem capacidade de produzir esses hormônios esteroides. Quando o indivíduo não possui nenhum problema, é prejudicial para o sistema de feedback. Quando os hormônios estão muito altos na corrente sanguinea, a glândula que produz esse hormônio vai perdendo sua atividade e as funções corporais passam a ser dependentes dos anabolizantes. Células que produzem esse hormônio vão se hipotrofiando, perdendo sua função, porém elas produzem também outras coisas, como os testículos que produzem testosterona mas também espermatozoides. No coração, os anabolizantes permitem a hipertrofia concêntrica, que fecha a cavidade, e queremos excêntrica que aumenta a cavidade cardíaca.

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