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Farmacodinâmica: Estudo das Interações Moleculares entre Fármacos e o Corpo

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Farmacodinâmica Anne Caroline Maltez 
DEFINIÇÃO: estudo das interações moleculares (mecanismos) entre fármacos e constituintes do corpo (ação), as quais (interações) por uma série 
de eventos, resultam numa resposta farmacológica. 
 COMO AGEM AS DROGAS? TIPOS DE RECEPTORES 
• Ação é como o fármaco atua alterando uma função celular. Efeito é 
consequência da ação do fármaco no corpo. 
 MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS 
• Fármacos Inespecíficos: O fármaco não precisa se ligar a um receptor 
para produzir efeitos. Agem em regiões inespecíficas; podem ser 
administradas em grandes doses; dependem das características físico-
químicas dos fármacos. Ex: antiácidos orais. 
• Fármacos Específicos: O fármaco se liga a um receptor para produzir 
efeito. Atua em locais específicos do organismo. No entanto, nenhuma 
droga é totalmente específica em suas ações. Ex.: Berotec® 
(Fenoterol). 
• Drogas específicas: Em sua maioria, são eficazes porque ligam-se a 
proteínas-alvo, que podem ser: - ENZIMAS;- TRANSPORTADORES; - 
RECEPTORES; 
• Receptor: Proteína-alvo macromolecular com a qual um fármaco 
agonista endógeno ou exógeno interage para iniciar uma resposta 
celular, estando este conectado a elementos da resposta celular como 
enzimas, segundos mensageiros ou canais iônicos. 
 A especificidade entre a droga e o sítio de ligação é recíproca: classes 
individuais de drogas ligam-se apenas a determinados alvos, e alvos 
individuais reconhecem apenas determinadas classes de droga. 
 
 LOCALIZAÇÃO DOS RECEPTORES 
✓ Receptores internos (intracelular – núcleo, RS) 
→ Canais Iônicos dependentes de 
ligantes (Ionotrópicos) 
A porção extracelular dos canais iônicos 
disparados por ligantes em geral contém 
o local de ligação. Esses locais regulam os 
poros através do qual os íons vão fluir da 
membrana celular, ou seja, regulam os 
íons que vão entrar e sair dessas células, abrindo esses canais por milissegundos. 
Esse canal estava fechado até o receptor ser ativado por um agonista que abre 
brevemente o canal. 
São alvo de anestésicos. 
→ Acoplados a proteína G (Metabotrópicos) 
Vai ter uma ação que vai durar de vários segundos a minutos. O domínio extracelular deste 
receptor contém a área de fixação do ligante, e o domínio intracelular interage (quando 
ativado) com a proteína G ou com a molécula efetora 
Essa proteína G vai ter a subunidade alfa, gama e beta. 
O fármaco se liga ao receptor, eai o GDP 
vira GTP, aí a subunidade alfa se desliga 
da gama e beta e vai se ligar a molécula 
efetora que pode ser uma enzima, 
produzindo segundos mensageiros e 
assim uma resposta celular. Quando o 
✓ Receptores superficiais (transmembranares) 
 INTERAÇÃO FÁRMACO- RECEPTOR 
 
• Os receptores podem estar na 
forma inativa (R) ou na forma 
ativa (R*). 
• As moléculas (fármacos, 
hormônios e 
neurotransmissores) que se ligam ao receptor são denominadas 
ligantes. Um ligante pode ativar ou inativar um receptor. 
Conforme a concentração do fármaco no local receptor aumenta, seu efeito 
farmacológico também aumenta gradualmente até que todos os receptores 
estejam ocupados (efeito máximo). 
Caracteriza-se por: 
• Afinidade – é a capacidade de ligação (força de interação) do fármaco ao 
alvo; 
• Atividade intrínseca – capacidade do fármaco em produzir um efeito 
farmacológico após o acoplamento (eficácia); 
• Especificidade química – o receptor aceita estruturas muito similares às 
substâncias endógenas. Alterando livremente a estrutura química os efeitos 
param. 
• Especificidade biológica – capacidade que uma substância tem para atuar 
sobre um determinado tecido e não sobre outro. 
• Seletividade – relacionada ao subtipo (α1, 2 e β1, 2, 3) 
• Reversibilidade – ocorre porque ocorrem forças de ligação fracas (iônicas) 
 CLASSIFICAÇÃO DOS LIGANTES 
fármaco desliga do receptor GDP volta a ser GTP. 
→ Ligados a enzima (quinase) 
Quando os fármacos se ligarem a esses receptores ligados a enzimas eles vão aumentar a 
atividade enzimática e as respostas de minutos a horas. Vão ser usado mais pela insulina, 
fator de crescimento epidermal e etc. 
Eles vão ter atividade de tirosinacinase, ou seja, vão ter a capacidade de auto fosforilação do 
próprio receptor, quando ele faz isso, esse receptor fosforilado consegue fosforilar outros 
peptídeos ou proteínas, que ativam outros sinais celulares importantes, e isso vai gerar 
então uma cascata de ativações que resulta na multiplicação do sinal inicial. 
 
→ Intracelulares (ligados a transcrição de genes- nucleares) 
O fármaco (Ligante) precisa difundir-se pela membrana plasmática das células para entrar 
dentro dessa célula, para isso precisa ser 
suficientemente lipossolúvel pra conseguir atravessar 
essa membrana e se ligar a esse receptor intracelular. O 
tempo de ativação e resposta: horas ou dias. 
 
 
AGONISTAS: Substância endógena (hormônio, neurotransmissor) ou exógena 
(fármaco) que age num receptor provocando uma resposta. Ou seja, ao se 
ligar ao receptor, causa uma mudança conformacional no mesmo e gera 
ativação dele e uma resposta fisiológica. Existem alguns tipos, como: 
- Agonistas totais(pleno) que vão fazer uma resposta biológica máxima. Ativ 
intrínseca=1 
- Agonistas parciais que não produz resposta tão grande quanto o agonista 
total, mesmo ocupando todos os receptores. Podem também atuar como 
Antagonistas do agonista total. Ativ intrínseca >0 e <1 
- Agonistas inversos inativam o receptor, estabilizam a forma R e convertem 
R* em R. Tem menos receptores ativados do que na ausência do fármaco. Ativ 
intrínsecas -1. 
ANTAGONISTAS: Vão fazer ligação com o receptor só que não vão inativar 
eles, só vão impedir que os agonistas se ligam a esse receptor, ou seja, tem 
afinidade, mas NÃO tem atividade intrínseca. Existem alguns tipos, como: 
-Antagonistas competitivos quando são competitivos com os agonistas. Então 
quando agonistas e antagonistas se ligam de forma reversível, a inibição pode 
ser superada aumentando a concentração dos agonistas. 
-Antagonistas irreversíveis quando eles se ligam fortemente ao local ativo do 
receptor (por ligação covalente), reduzindo número de receptores para o 
agonista. Não consegue ser superado por mais agonistas. Diminui a eficácia 
do agonista 
-Antagonistas alostéricos vão se ligar a um local diferente do local de ligação 
do agonista (local alostérico). Ex: Picrotoxina fixa-se no interior do canal de 
cloreto controlado pelo GABA (GABA + Agonista= Ativa canal de cloreto) 
-Antagonistas funcionais(fisiológico) atuam em receptor separado. Ex: 
Histamina+ Receptor H1 = Bronco constrição e Epinefrina + 
Adrenoreceptores= Relaxamento 
 POTÂNCIA E EFICÁCIA 
Potência: Quanto menos fármaco for necessário para produzir efeito mais potente é. 
Eficácia: Tamanho da resposta quando interage com o receptor. Mais útil do que a potência. 
O tamanho da resposta é proporcional a quantidade de receptores ligados ou acoplados 
 
 ÍNDICE TERAPÊUTICO 
Expressa a margem de segurança que um determinado fármaco apresenta em relação a 
seus efeitos tóxicos e terapêuticos. Quanto maior o índice terapêutico, maior é a segurança 
do fármaco. Quanto menor vai ser de baixa toxicidade.

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