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PERITONITE INFECCIOSA FELINA

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DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS DE PEQUENOS ANIMAIS
ESTUDO DIRIGIDO MV7M
ALUNO: JULIA DA SILVA SANTOS
ASSUNTO: PERITONITE INFECCIOSA FELINA
A PIF, é uma doença sistêmica e altamente letal, ocorre devido a uma mutação sofrida pelo CoVF que afeta em maior frequência gatos jovens com idade entre 3 a 16 meses, provenientes de gatis ou abrigos (PEDERSEN, 2014). Os sinais clínicos são bastante variáveis e inespecíficos, como emagrecimento, hiporexia, diarreia, icterícia e vômito. O diagnóstico ante mortem da PIF é desafiador, devido à ausência de sinais clínicos ou alterações laboratoriais patognomônicos (RIEMER et al., 2016). As alterações hematológicas apresentam um quadro de anemia, e uma linfopenia associada a uma neutrofilia indicando um quadro inflamatório. Já nas análises bioquímicas observa-se uma hiperglobulinemia devido aos níveis de globulinas se elevarem pela estimulação das células B no desenvolvimento da doença, também uma hipoalbuminemia devido a vasculite e ao extravasamento de fluido rico em proteínas, assim como o aumento de demais proteínas, mas nenhum especifico para PIF.
Os exames de imagens irão auxiliar no diagnostico por identificar a presença ou não de fluidos nas cavidades corporais, acúmulo de exsudatos ricos em proteínas no tórax e/ou cavidade abdominal comum na forma exsudativa da doença (WOLFE & GRIESEMER, 1996), e a integridade dos órgãos, que podem esta acometidos apresentando nódulos no pulmão, aumento de alguns órgãos como fígado, baço, linfonodos. Os testes sorológicos podem ser utilizados, sendo o método de imunofluorescência indireta (IFA) o mais indicado, onde detecta anticorpos anti-CoVF porém não identifica o biotipo viral; o teste pode apresentar títulos elevados porem são comumente encontrados em animais sem sintomatologia clínica, não podendo ser encarado como o diagnóstico definitivo para a doença. Outro método é o de imunofluorescência direta que detecta os antígenos do CoVF nos macrófagos, já que o vírus se dissemina no organismo principalmente por meio dos macrófagos e dos monócitos. Há ainda a possibilidade de se utilizar a técnica Reverse-Transcriptase Polymerase Chain Reaction (RT-PCR) que detecta se está ocorrendo de fato a infecção viral por meio do genoma do vírus, diferente da sorologia que só detecta se houve uma a exposição ao vírus; de acordo com estudo de Doenges et al. (2016) esta técnica é confiável e específica para confirmar o diagnóstico da PIF, mesmo havendo a possibilidade de resultados falsos-positivos. 
REFERENCIA
CARDOSO, P.S. Peritonite infeciosa felina (PIF) – Revisão de literatura. Centro Universitário de Formiga, MG, 2019. 
DOENGES, S.J; WEBER, K; DORSH, R; FUX, R; FISCHER, UM; MATIASEK, L A; HARTMAN, K. Detection of feline coronavirus in cerebrospinal fluid for diagnosis of feline infectious peritonitis in cats with and without neurological signs. Journal of feline medicine and surgery, v. 18, p. 104-109, 2016.
PEDERSEN, N. C. An update on feline infectious peritonitis: Diagnostics and therapeutics. The Veterinary Journal, v. 201, p. 133-141, 2014.
Riemer F, Kuehner KA, Ritz S, et al. 2016. Clinical and laboratory features of cats with feline infectious peritonitis – a retrospective study of 231 confirmed cases (2000- 2010). Journal of Feline and Medicine Surgery. 18(4): 348-356.
WOLFE, L.G. & GRIESEMER, R.A. Feline infectious peritonitis. Veterinary Pathology, 3(3) p. 255-270, 1966.

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