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ESTUDO DIRIGIDO EMBRIO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

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ESTUDO DIRIGIDO: SISTEMA RESPIRATÓRIO – Marília de Araújo Alves (P2) 
 
1. Qual a origem e qual a importância de cada uma das estruturas abaixo citadas: 
 
a. sulco laringotraqueal – Deriva do quarto par de bolsas faríngeas, é revestido por endoderma e têm como 
importância a formação do primórdio do sistema respiratório, que se inicia no assoalho do intestino anterior 
primitivo. 
 
b. divertículo laringotraqueal - Deriva de uma projeção do sulco laringotraqueal. Esse divertículo irá se 
ramificar formando a traqueia, brônquios, bronquíolos e os pulmões. Ao longo dessa ramificação o divertículo 
é revestido por mesoderma na extremidade distal. 
 
c. canal laríngeo – Origina-se dos brotos aritenóides, derivados do mesênquima do tubo laringotraqueal, 
que crescem e convertem a glote primitiva em um canal laríngeo no formado de T, o qual reduz a luz da 
laringe. 
 
d. pregas traqueoesofágicas – Surgem no divertículo laringotraqueal e separam o intestino anterior 
primitivo para formar o septo traqueoesofágico. 
 
e. septo traqueoesofágico – Surge da fusão das pregas traqueoesofágicas no divertículo laringotraqueal 
e divide o intestino anterior em esôfago e tubo laringotraqueal 
 
2. Sobre o desenvolvimento da laringe, responda: 
 
a. qual a importância do endoderma para esse órgão? 
O endoderma é o responsável pela formação do epitélio de revestimento da laringe e, 
consequentemente, pela oclusão temporária da laringe. 
 
b. E qual a importância do mesênquima? 
O mesênquima da laringe é responsável pela formação das cartilagens laríngeas e a porção cranial 
desse mesênquima se prolifera produzindo um par de brotos aritenóides, o qual formará o canal laríngeo 
em formato de T. 
 
c. qual a origem dos brotos aritenóides, da epiglote e das pregas vocais? 
Os brotos aritenóides surgem do mesênquima cranial do tubo laringotraqueal. A epiglote surge a partir 
da extremidade caudal da eminencia hipofaríngea que é uma proeminência mesenquimal do 3º e 4º par 
de arcos faríngeos. Já as pregas vocais surgem das pregas da membrana da mucosa laríngea. 
 
d. o que é atresia laríngea? 
A atresia laríngea é uma anomalia congênita resultante de uma falha na recanalização da laringe após 
sua oclusão temporária pelas células epiteliais da laringe. Logo, essa não recanalização produz uma 
obstrução das vias respiratórias do feto. 
 
3. Sobre o desenvolvimento da traquéia, responda: 
 
a. qual a importância do endoderma para esse órgão? 
O endoderma da traqueal é responsável pela formação do epitélio glandular e de revestimento da 
traqueia, sendo responsável, também, pela formação do epitélio pulmonar. 
 
b. E qual a importância do mesênquima? 
 O mesênquima origina as cartilagens, o tecido conjuntivo e a musculatura lisa da traqueia. 
 
c. qual a diferença entre estenose e atresia esofágica? 
A estenose é o estreitamento da luz traqueal enquanto a atresia esofágica é a formação de um fundo 
cego no esôfago, impedindo sua conexão com o restante do aparelho digestivo. 
 
d. quais os tipos de fístula traqueoesofágica? 
As fistulas traqueoesofágicas podem ocorrer com: dupla conexão entre a traqueia e o esôfago, esôfago 
se dirigindo apenas a traqueia ou com a traqueia conectada apenas ao esôfago. Todas essas fistulas 
prejudicam o indivíduo devido a conexão indevida do sistema respiratório com o digestório. 
 
4. Sobre o desenvolvimento dos brônquios e pulmões, responda: 
 
a. no pulmão direito, há quantos brônquios principal, secundário (lobares) e terciário 
(segmentares)? 
Existe apenas um brônquio principal direito, três brônquios secundários e 10 brônquios segmentares. 
 
b. e no pulmão esquerdo? 
Existem apenas um brônquio principal esquerdo, dois brônquios lobares e pode ter entre 8 e 9 brônquios 
segmentares. 
 
c. qual a importância do mesênquima para esse órgão? 
O mesênquima nessa região é responsável pela formação das placas de cartilagem, musculatura lisa e 
tecido conjuntivo dos brônquios, pulmões e capilares. 
 
5. Sobre as fases de maturação dos pulmões, RESPONDA PARA CADA FASE: 
 
Período pseudoglandular: 
• início/término – Entre a 5ª e 17ª semana gestacional. 
• características – Possui aparência glandular, com todos os principais componentes pulmonares já 
formados exceto os responsáveis pela troca gasosa. 
• é possível a sobrevivência de fetos nascidos nesse período? Não, pois estruturas envolvidas 
nas trocas gasosas ainda não estão formadas, portanto, é impossível a sobrevivência de fetos 
prematuros desse período. 
 
Período canalicular: 
• início/término – Entre 16ª e 26ª semana gestacional. 
• características – Sobrepõe-se sobre o período pseudoglandular. A luz dos brônquios e bronquíolos 
tornam-se maior, o tecido pulmonar fica altamente vascularizado, formação dos bronquíolos 
respiratórios e dos ductos alveolares primitivo e dos sacos terminais. 
• é possível a sobrevivência de fetos nascidos nesse período? Sim. Nesse período, prematuros, 
já são capazes de sobreviver devido a presença de estruturas responsáveis pelas trocas gasosas. 
 
Período do saco terminal: 
• início/término – Entre a 24ª semana e o nascimento do feto. 
• características – Formação de mais sacos terminais (alvéolos primitivos), formação da barreira 
hematoaérea (intimo contato entre o epitélio e células endoteliais), diferenciação dos pneumócitos 
tipo I que realizam trocas gasosas e dos pneumócitos tipo II que produzem o surfactante. 
• é possível a sobrevivência de fetos nascidos nesse período? Sim. Os prematuros nascidos 
durante esse período são capazes de sobreviver, entretanto podem sofrer de desconforto respiratório 
devido a insuficiência de surfactante pulmonar. 
 
Período alveolar: 
• início/término – Entre a 32ª semana até os 8 anos de idade. 
• características – Estágio final onde o epitélio de revestimento dos sacos terminais forma uma fina 
camada epitelial pavimentosa, os pneumócitos tipo I tornam-se delgados e adjacentes aos capilares, 
formação dos ductos alveolares, formação de mais de 150 milhões de novos alvéolos. 
• é possível a sobrevivência de fetos nascidos nesse período? Sim, nesse período os prematuros 
já são perfeitamente capazes de sobreviver. 
 
6. Ao nascimento, os pulmões contêm liquido. 
a. Por que? b. como esse líquido é retirado? 
 
Ao nascimento, os pulmões estão aproximadamente com a metade de seu volume preenchido com líquido 
derivado da cavidade amniótica, pulmões e das glândulas traqueais. A aeração dos pulmões ao nascimento 
não é tanto devido à dilatação dos órgãos colapsados vazios, mas, sim, da rápida substituição do líquido 
intra-alveolar pelo ar. O líquido dos pulmões é retirado ao nascimento por três rotas: 
• Através da boca e do nariz por pressão no tórax fetal durante o parto vaginal. 
• Pelos capilares, artérias e veias pulmonares. 
• Pelos vasos linfáticos. 
 
7. O que é a síndrome da angústia respiratória? 
 
Crianças afetadas pela síndrome da angústia respiratória (SAR) desenvolvem uma respiração rápida e com 
dificuldade logo após o nascimento. A SAR é também conhecida como doença da membrana hialina. A 
deficiência do surfactante é a sua principal causa. Os pulmões são subinflados e os alvéolos contêm um 
líquido com alto conteúdo proteico que lembra uma membrana vítrea ou hialina. Acredita-se que essa 
membrana é derivada de uma combinação de substâncias da circulação e do epitélio pulmonar doente. Tem 
sido sugerido que a asfixia (comprometimento ou ausência da troca de oxigênio e gás carbônico) 
intrauterina prolongada pode produzir mudanças irreversíveis nas células alveolares tipo II, tornando-as 
incapazes de produzir o surfactante. Outros fatores, tais como sepse, aspiração e pneumonia podem inativar 
o surfactante, levando a uma ausência ou deficiência de surfactante em bebês prematuros e nascido a 
termo. Todos os fatores de crescimento e hormônios que controlam a produção do surfactante não foram 
identificados, mas corticosteroides e tiroxina, que estão envolvidosna maturação dos pulmões fetais, são 
potentes estimuladores da produção de surfactante. O tratamento materno com glicocorticoides durante a 
gestação acelera o desenvolvimento pulmonar fetal e a produção de surfactante. Esses achados levaram a 
uma rotina clínica com uso de corticosteroides (betametasona) na prevenção da SAR em trabalho de parto 
prematuro. Além disso, a administração de surfactante exógeno (terapia de reposição de surfactante) 
reduz a severidade da SAR e as chances de mortalidade de neonatos. 
 
8. Cite anomalias do pulmão: 
• Síndrome da angústia respiratória 
• Lobo da veia ázigos 
• Cistos pulmonares congênitos 
• Agenesia pulmonar 
• Hipoplasia pulmonar 
• Pulmão acessório

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