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1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CÁCERES- JANE VANINI FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO BACHAREL EM DIREITO DISCIPLINA DIREITO CONSTITUCIONAL II FICHAMENTO I Integrantes do grupo: Albertina Paiva Barbosa Alexandre Francisco Almeida Ricci Edson Ferreira Nascimento Profº: Expedito Cáceres- MT 2020 2 INTRODUÇÃO O exercício do fichamento de uma obra para o estudante, julga-se atividade im- portante para seu aprendizado, pois o conhecimento fixado será de suma importância para o futuro operador do Direito, que se deterá aos estudos da área de Direito Constitucional. Diante disso, para a estimada disciplina, a obra selecionada pelo professor – Di- reito Constitucional Esquematizado- de Pedro Leanza, colocou-se como importante fer- ramenta de leitura para os estudantes, pois, o autor da citada obra consegue expor e tra- balhar de maneira didática c de modo acessível, assuntos que, por anos, certamente, foram tomados por complexos, dificultando a compreensão por parte dos jovens juristas. O fichamento a seguir trabalhará com diversos temas, tribunais, Juizes, ministé- rios. Funções essenciais a justiça, as forças armadas, a saúde, a segurança dentre outros para que o sistema político brasileiro funcione, para que seja possível seu aperfeiçoa- mento, cada vez mais. Por fim, o fichamento auxiliou na compreensão dos atos gerais, das competências dos órgãos e de suas entidades. 3 1- O Supremo Tribunal Eleitoral Eleitoral (STE) é composto por sete membros, no mínimo, explique o artigo 119 da CF/88: Como o TSE se fundamenta, qual sua composição estrutural? A CF/88 possui o artigo 119 que embasa a composição do Supremo Tribunal Eleitoral e define a sua composição estrutural. Esta se realiza por, no mínimo, 7 membros: três juízes do STF, eleitos por voto secreto dos membros da Suprema Corte; dois juízes do STJ, eleitos por voto secreto dos ministros do STJ; dois juízes nomeados pelo Presidente da República, sem a necessidade arguição pelo Senado Federal dentre 6 advogados indicados pelo STF. 2- A Justiça Eleitoral é caracterizada por suas competências e atribuições diversas como uma justiça singular. Considerando, o art. 121, caput CF/88 e o Código Eleitoral (lei n 4.737/65) e analisando os dispositivos constitucionais e legais, quais são as competências da Justiça Eleitoral. As competências da Justiça Eleitoral são: administrativa, jurisdicional, normativa e consultiva. Competência Administrativa: É a atribuição do juiz eleitoral organizar e administrar o processo eleitoral, exercer o poder de polícia, independentemente da existência de alguma ordem a ser resolvida. Competência Jurisdicional: Ações eleitorais específicas julgadas pela justiça especializada, como Ação de Impugnação de registro de candidatura (AIRC); Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE); Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME); Recurso Contra Diplomação (RCD). Competência Normativa: Por resoluções, o TSE para a fiel execução do Código Eleitoral poderá impedir instruções. AULA 11 - DATA: 02/09/2020 TÓPICO 11.1 – 11.4 DISCENTE: ALBERTINA PAIVA BARBOSA TEMA: Tribunais e Juízes Eleitorais; Tribunais e Juízes Militares; Tribunais e Juízes dos Estados; Conselho Nacional de Justiça REFERÊNCIAS: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 866-946 - São Paulo, Saraiva, 2020. REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 866-868 - São Paulo, Saraiva, 2020. 4 Competência Consultiva: É a atribuição que se permite, por meio da legislação, consultas a Justiça Eleitoral. 3- Além das competências originárias do Supremo Tribunal Militar (STM), quais atribuições foram estabelecidas para julgar? Julgar as apelações e os recursos das decisões determinadas pelos juízes federais da justiça militar da União ou pelos Conselhos de Justiça. 4- O Ministério Público da União pode compreender o Ministério Público Militar? Sim, o Ministério Público da União compreende o Ministério Público Militar de acordo com o art. 128, I, “c” da CF/ 88, que diz (grifo nosso): Art. 128, I, “c”- O Ministério Público abrange, o Ministério Público da União que compreende (...) o Ministério Público Militar. 5- Em relação as varas agrárias estaduais que são compreendidas pela competência das varas especializadas estaduais. Quais as questões agrárias decorrentes e referen- tes as varas especializadas? 1) do domínio, da posse da terra e de direitos de vizinhança em terras rurais. assim, por exemplo, as ações possessórias, reivindicatórias, usucapião, de marca tórias e divisó- rias. 2) à disputa do solo, seus acessórios naturais e benfeitorias; assim, também, as relativas aos direitos reais sobre propriedades rurais, considerada a especificidade de da propriedade imobiliária rural; 3) do registro público dos imóveis rurais: REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 871-877 - São Paulo, Saraiva, 2020. REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 877-891 - São Paulo, Saraiva, 2020. REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 868-870 - São Paulo, Saraiva, 2020. 5 4) à prática da atividade agrária, assim consideradas as atividades agrárias de pro- dução, as rurais típicas, como de lavoura, pecuária, hortigranjearia, extrato vismo animal e vegetal, exploração florestal, exploração florestal atípica, como a agroindústria, ativi- dade agrária de conservação dos recursos naturais renová veis, atividades agrárias de pes- quisa e experimentação, e atividades complemen tares da atividade agrária; excluindo-se as atividades relacionadas com energia hidráulica, exploração de minérios e recursos ma- rítimos; 5) dos negócios com os bens agrários e assim dos contratos agrarios, incluindo - se as causas referentes ao crédito e fomento da atividade agrária, e as da produ ção e comercialização de produtos; 6) para ações de reparação de dano com origem na atividade agrária". 6- De acordo com a regra contida no art. 5º, XXXVII e LIII, quando alega-se sua violação, quais artigos fundamentar-lhe-ão? art. 93, III: "o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância"; art. 94: regra do "quinto constitucional", define que a forma de composição dos Tribunais, não havendo previsão de "mera convocação" para atuação em 2.° grau de ju- risdição; art. 98, I: ao tratar dos juizados especiais, admite a composição das Turmas Re- cursais por juízes de 1° grau e, portanto, a atuação dos juízes de 1° grau seria constituci- onalmente admitida apenas nos Juizados, não havendo previsão par os Tribunais. 7- Considerando o subsídio mensal do cargo de ministro do Supremo Tribunal Fe- deral, desta feita o teto do funcionalismo público, qual a lei que legitima este valor? REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 894-896 - São Paulo, Saraiva, 2020. REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 897-898 - São Paulo, Saraiva, 2020. 6 O valor de R$ 39.293,32 constitui o teto funcional dos servidores públicos e polí- ticos brasileiro de todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), ou seja, nenhum outro cargo deverá ultrapassar tal valor, conforme a lei nº 13.752 de 26 de novembro de 2018, que diz: Art. 1o O subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, refe- rido no inciso XV do art. 48 da Constituição Federal, observado o disposto no art. 3º desta Lei, corresponderá a R$ 39.293,32 (trinta e nove mil, duzentos e noventa e três reais e trinta e dois centavos).Art. 2º As despesas resultantes da aplicação desta Lei correrão à conta das do- tações orçamentárias consignadas aos órgãos do Poder Judiciário da União. Art. 3º A implementação do disposto nesta Lei observará o art. 169 da Consti- tuição Federal. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 8- O cargo de juiz de paz está expresso na Constituição Federal art. 98, II. Quais são suas características? O juiz de paz tem sua magistratura especial, eletiva e temporária; não sendo vita- lícios; são eleitos pelo voto direto, universal, secreto com mandato de quatro anos; são inamovíveis; gozando da irredutibilidade de subsídios. Suas atividades desenvolvidas po- dem ser qualificadas como estatais O Juiz de Paz qualifica-se como uma magistratura eletiva que dispõe da compe- tência de caráter judiciário, contudo não exerce atividades de caráter jurisdicional, sendo- lhe vedado. 9- O Conselho Nacional de Justiça foi instituído pela EC. nº 45/2004, qual a compo- sição e período de mandato do Conselho? O Conselho Nacional de Justiça é composto por quinze membros com mandato REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 899-900 - São Paulo, Saraiva, 2020. REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 900- 904 - São Paulo, Saraiva, 2020. 7 12.1 Quais as funções essenciais da Justiça nas Evoluções das Constituições? Constituição de 1.824 Apesar de não haver menção ao Ministério Público no texto do Império, o seu art. 48 fez a previsão do Procurador da Coroa e Soberania Nacional, que tinha a atribuição de acusação nos crimes que não pertencessem à Câmara dos Deputados. Durante o Império, contudo, algumas leis fizeram referência mais específica ao Promotor Público, desta- cando-se, dentre outros: 1830 — Código Criminal: no art. 132, falava-se em atribuição de acusação do Promotor para os crimes ali especificados; 1832 — Código do Processo Criminal: em diversas passagens se fez previsão do Promotor Público. Dentre outras atri- buições, no seu art. 37, § 1.º, estava prevista a de denunciar os crimes públicos e policiais e acusar os delinquentes perante os jurados, assim como os crimes de reduzir à escravidão pessoas livres, cárcere privado, homicídio, ou a tentativa dele, ou ferimentos, com as qua- lificações dos arts. 202, 203 e 204 do Código Criminal; e roubos, calúnias, injúrias contra o Imperador, membros da Família Imperial, contra a Regência e cada um de seus mem- bros, contra a Assembleia Geral e contra cada uma das Câmaras. Constituição de 1.891 A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891, ou Constituição de 1891, foi a primeira constituição republicana do país, promulgada em dois anos de negociações após a queda do imperador D. Pedro II. Inspirada no exemplo norte-americano e moldada pela filosofia francesa do positivismo, foi esta a constituição que estabeleceu as principais caracterís- ticas do Estado brasileiro contemporâneo, como o modelo presidencialista e federativo, o voto direto (ainda que masculino e não secreto) para representantes do executivo e legislativo, a sepa- ração entre Estado e religião (laicidade) e a independência entre os poderes bem como o fim de instituições monárquicas como o Poder Moderador e o Conselho de Estado. Relativamente está- vel, esta Constituição durou até a Revolução (ou Golpe) de 1930, sofrendo apenas uma grande alteração neste período (as Emendas Constitucionais de 1926). Constituição de 1.934 AULA 12 - DATA: 11/09/2020 TÓPICO 12 DISCENTE: EDSON F. NASCIMENTO TEMA: Funções Essenciais a Justiça REFERÊNCIAS: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 22. Ed. Pág. 1096-1131. - São Paulo, Saraiva, 2018. 8 Na Constituição de 1934, o Ministério Público adquire verdadeiro status constitu- cional, não tendo sido a sua previsão atrelada ao Judiciário (conforme o texto de 1891), mas como órgão de cooperação nas atividades governamentais (Seção I do Capítulo VI do Título I), destacando-se as seguintes regras (arts. 95 a 98): Organização por lei: o Mi- nistério Público era organizado na União, no Distrito Federal e nos Territórios por lei federal, e, nos Estados, pelas leis locais. PGR — nomeação sem a necessidade de fazer parte do Judiciário: o Chefe do MPF nos Juízos comuns era o Procurador-Geral da Repú- blica, de nomeação do Presidente da República, com aprovação do Senado Federal (sa- batina) dentre cidadãos com os requisitos estabelecidos para os Ministros da Corte Su- prema. Remuneração e demissão ad nutum: em termos de remuneração, o PGR tinha os mesmos vencimentos dos Ministros da Corte Suprema, sendo, porém, demissível ad nu- tum. Chefes do Ministério Público no Distrito Federal e nos Territórios: referidos chefes eram de livre nomeação do Presidente da República dentre juristas de notável saber e reputação ilibada, alistados eleitores e maiores de 30 anos, com os vencimentos dos De- sembargadores. Concurso público e estabilidade: os membros do Ministério Público Fe- deral que serviam nos Juízos comuns eram nomeados mediante concurso e só perdiam os cargos, nos termos da lei, por sentença judiciária, ou processo administrativo, no qual lhes era assegurada ampla defesa. Comunicação de decisão ao Senado Federal na hipótese de inconstitucionalidade: o PGR tinha, ainda, a atribuição de, quando a Corte Suprema de- clarasse inconstitucional qualquer dispositivo de lei ou ato governamental, comunicar a decisão ao Senado Federal para os fins do art. 91, n. IV , e bem assim à autoridade legis- lativa ou executiva de que tivesse emanado a lei ou o ato. Constituição de 1.937 A Constituição Brasileira de 1937 (conhecida como Polaca), outorgada pelo pre- sidente Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, mesmo dia em que implanta o perí- odo do Estado Novo, é a quarta Constituição do Brasil e a terceira da república, de con- teúdo pretensamente democrático. Será, no entanto, uma carta política eminentemente outorgada, mantenedora das condições de poder do presidente Getúlio Vargas. A Consti- tuição de 1937, que recebeu apelido de “Polaca” por ter sido inspirada no modelo semi- fascista polonês, era extremamente centralizadora e concedia ao governo poderes prati- camente ilimitados. Foi redigida pelo jurista Francisco Campos, ministro da Justiça do novo regime, e obteve a aprovação prévia de Vargas e do ministro da Guerra, general Eurico Gaspar Dutra. O Governo Vargas caracterizou-se desde o início pela centralização 9 do poder. Mas ela foi ao extremo com o período de 1937-1945. Com ela, Getúlio implan- tou um regime de liderança que durou até o fim da Segunda Guerra Mundial. E consoli- dou o seu governo, que começara em 1930. Constituição de 1.946 Com a redemocratização o Ministério Público ganha especial destaque na Consti- tuição de 1946, disciplinado em título especial (o Título III, separado dos Poderes e tra- tando, exclusivamente, da carreira do MP). São as seguintes e principais regras: Tribunal Federal de Recursos (TFR) e “regra do terço” (art. 103, caput): o TFR, com sede na Ca- pital federal, era composto de 9 Juízes, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal, sendo 2/3 entre magistrados e 1/3 entre ad- vogados e membros do Ministério Público, com os requisitos do art. 99. Regra do “quinto constitucional” em âmbito estadual (art. 124, V): na composição de qualquer Tribunal estadual, 1/5 dos lugares era preenchido por advogados e membros do Ministério Público, de notório merecimento e reputação ilibada, com dez anos, pelo menos, de prática forense. Para cada vaga, o Tribunal, em sessão e escrutínio secretos, votava lista tríplice. Esco- lhido um membro do Ministério Público, a vaga seguinte era preenchida por advogado; MPU organizado por lei (art. 125): a organização do Ministério Público da União, junto à Justiça Comum, àMilitar, à Eleitoral e à do Trabalho se dava por meio de lei. Posteri- ormente, a EC n. 16/65 estabeleceu que a lei organizaria o Ministério Público da União junto aos órgãos judiciários federais. Constituição de 1.967 De modo geral, todas as regras estabelecidas no texto de 1946 foram repetidas na Constituição de 1967, como os referentes ao concurso público, estabilidade, inamovibili- dade etc. O art. 138, § 2.º, conservou a previsão de que a União seria representada em Juízo pelos Procuradores da República, podendo a lei cometer esse encargo, nas Comar- cas do interior, ao Ministério Público local. A grande distinção foi a alocação topográfica, com inegável retrocesso, já que não mais prevista a carreira do MP em título especial e exclusivo. A Constituição de 1967 inseriu o Ministério Público dentro do capítulo do Poder Judiciário, na Seção IX do Capítulo VIII. Emenda Constitucional n. 1/69 A EC n. 1/69 manteve o Ministério Público atrelado aos Poderes. Contudo, em vez de inseri-lo em seção dentro do capítulo do Judiciário, como fazia a Constituição de 1967, fixou a carreira do MP no capítulo do Poder Executivo (Seção VIII do Capítulo VII), tendo referida 10 alocação permanecido na EC n. 7/77. Basicamente, todas as regras em relação ao con- curso público, estabilidade, inamovibilidade, Chefia do MPF pelo PGR, participação no TFR, “regra do quinto” etc. foram preservadas. A representação judicial da União tam- bém continuou nas mãos do Ministério Público Federal (cf. Lei n. 1.341/51 — Lei Orgâ- nica do Ministério Público da União, que veio a ser substituída pela LC n. 75/93), sendo que o art. 95, § 2.º, da EC n. 1/69 expressamente disciplinou que, nas comarcas do interior, a União poderia ser representada pelo Ministério Público estadual. Constituição de 1.988 Constituição de 1.988 O texto de 1988 consagrou a evolução do Ministério Pú- blico, separando-o dos Poderes e o alocando no capítulo que trata das funções essenciais à Justiça (Seção I do Capítulo IV do Título IV). Em verdadeira consagração, o MP foi elevado à posição de instituição permanente e desatrelado, de vez, da representação judi- cial da União, tanto é que, de maneira categórica e enérgica, o art. 129, IX, expressamente vedou a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas, ficando essa atribuição nas mãos da advocacia pública. A CF/88, em seu art. 131, caput, fez a previsão expressa da Advocacia-Geral da União, instituição que, diretamente ou por meio de órgão vinculado, passou a representar a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as ati- vidades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. Cabe observar, apesar das novas regras, que, por força do art. 29, caput, do ADCT, a representação judi- cial da União manteve-se afeta ao Ministério Público Federal até o advento da LC n. 73/93. 12.2 Relate sobre as funções essenciais à justiça? Organização do Ministério Público da União e Estadual Como se vê, o art. 128, I, tratou do MP da União, enquanto o art. 128, II, do MP dos Estados. No mesmo sentido em que no organograma do Judiciário se fala em “justiça comum” e “justiça especiali- zada”, também aqui se observa um Ministério Público que atua na “justiça comum”, no caso, tanto a Federal (MPF — art. 109, nas matérias de competência da Justiça Federal) como a Estadual (MP Estadual), bem como aquele que atua perante os ramos especiali- zados da Justiça Federal, quais sejam, o MPT, o MPM e também na Justiça Eleitoral, com as suas particularidades, como se verá no item seguinte. Cumpre notar que, apesar de no âmbito federal existir uma carreira própria do Ministério Público para atuação perante a 11 Justiça Militar da União, qual seja, o MPM (art. 128, I, “c”), no âmbito estadual, seja em primeiro grau (Auditorias Militares, que correspondem às Varas na Justiça Comum), seja no TJ ou no TJM onde houver (SP, MG e RS — art. 125, § 3.º, da CF/88), a atuação dar- se-á por membro do MP Estadual, não havendo uma carreira própria e específica de Mi- nistério Público Militar Estadual. Trata-se de Promotoria de Justiça especializada com atuação perante a Auditoria Militar. Por sua vez, não obstante haja ampla aproximação entre Estados e o DF, a previsão do MP do DF e dos Territórios como ramo do MP da União. MP Eleitoral: O MP Eleitoral não tem estrutura própria, e a sua formação, como se percebe pelo quadro abaixo, é mista, sendo composto de membros do Ministério Pú- blico Federal (MPF) e do Ministério Público Estadual (MPE). Orgãos do MPE Grau de jurisdição Matéria de competência originária: Procurador-Geral Eleitoral (PGR); Vice- Procurador-Geral Eleitoral (integram o MPF); TSE; Eleição presidencial; Procuradores Regionais Eleitorais (integram o MPF); TREs; Juízes auxiliares 6; Eleições federais, es- taduais e distritais; Promotores Eleitorais (integram o MP Estadual); Juízes eleitorais; Juntas eleitorais 7; Eleições municipais. Portanto, podemos falar que a função eleitoral, desempenhada pelo Ministério Público, tem natureza federal e é o que se depreende do art. 78 da LC n. 75/93 ao dispor que as funções eleitorais do Ministério Público Federal perante os Juízes e Juntas Eleitorais serão exercidas pelo Promotor Eleitoral, que é inte- grante do MP Estadual. Diante desse regramento, conclui Gonçalves que, “quando atuam como órgãos eleitorais, os Promotores de Justiça o fazem como Ministério Público Fede- ral, estando sujeitos à legislação que rege o parquet federal”.9 Nesse sentido, o art. 72 da LC n. 75/93 estabeleceu ser competência do Ministério Público Federal o exercício, no que couber, perante a Justiça Eleitoral, das funções do Ministério Público, atuando em todas as fases e instâncias do processo eleitoral. Procurador-Geral da República: O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integran- tes da carreira, maiores de 35 anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 2 anos,10 permitida mais de uma re- condução, sem qualquer limite (art. 128, § 1.º). No entanto, para cada nova recondução o procedimento e os requisitos deverão ser observados, já que a recondução é uma nova nomeação. O Procurador-Geral da República poderá ser destituído pelo próprio Presi- dente da República, dependendo, contudo, de prévia autorização da maioria absoluta do 12 Senado Federal (art. 128, § 2.º — novidade, já que, anteriormente, a escolha e a exonera- ção davam-se ad nutum pelo Presidente da República). A regra aqui é diferente da dos Estados e do DF e Territórios, pois o Chefe do MPU (PGR) poderá ser destituído pelo próprio Executivo, após prévia autorização do Legislativo. Os Chefes dos MPs dos Esta- dos e do DF e Territórios (Procurador-Geral de Justiça) são destituídos pelo próprio Le- gislativo na forma da lei complementar respectiva (art. 128, § 4.º), e não pelo Executivo. Em relação ao subsídio do Procurador-Geral da República de que tratam os arts. 39, § 4.º; 127, § 2.º; e 128, § 5.º, I, “c”, da CF/88, a Lei n. 11.144/2005, nos mesmos termos e limites da Lei n. 11.143/2005 (que fixou os subsídios dos Ministros do STF — teto do funcionalismo), estabeleceu que o subsídio mensal do Procurador-Geral da República se- ria de R$ 21.500,00 a partir de 1.º.01.2005 e, a partir de 1.º.01.2006, de R$ 24.500,00, correndo as despesas resultantes da aplicação da lei à conta das dotações orçamentárias consignadas ao Ministério Público da União. Procurador-Geral de Justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios: Os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seus Procuradores Gerais, queserão nomeados pelo Chefe do Poder Executivo (Governador para os Estados e Presidente da República para o chefe do MP do DF e Territórios) para mandato de 2 anos, permitida uma única recondução. O Chefe do Ministério Público, nesta hipótese, designa-se Procurador Geral de Justiça — PGJ (art. 128, § 3.º). Em relação ao Procurador-Geral de Justiça dos Estados, o art. 9.º da Lei n. 8.625/93 determina que a lista tríplice será formada pelo próprio MP, na forma da lei respectiva de cada Estado, mediante voto plurinominal de todos os integrantes da carreira. Procurador-Geral do Trabalho: Nos termos dos arts. 87 e 88 da LC n. 75/93 (que dispõe sobre a organização, as atribuições e o Estatuto do Ministério Público da União), o Procurador-Geral do Trabalho será o Chefe do Ministério Público do Trabalho, nomeado pelo PGR, dentre membros da Instituição, com mais de 35 anos de idade e de 5 anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante voto plurinominal, facul- tativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores,13 para um mandato de 2 anos, permitida uma recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja número suficiente de can- didatos com mais de 5 anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar mais de 2 anos na carreira. A sua exoneração, antes do término do mandato, será proposta ao 13 PGR pelo Conselho Superior,14 mediante deliberação obtida com base em voto secreto de 2/3 de seus integrantes. Procurador-Geral Eleitoral: Conforme vimos, o art. 73 da LC n. 75/93 consigna que o Procurador-Geral Eleitoral é o próprio PGR que exerce as funções do Ministério Público nas causas de competência do TSE. Por sua vez, o Vice-Procurador-Geral Elei- toral será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral, que o substituirá em seus impedi- mentos e exercerá o cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo. Ainda, além do Vice-Procurador-Geral Eleitoral, o Procurador-Geral Eleitoral poderá designar, por necessidade de serviço, membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua aprovação, perante o TSE. Procurador Regional Eleitoral: Incumbe ao Procurador-Geral Eleitoral (que é o PGR, reforçamos) designar o Procurador Regional Eleitoral em cada Estado e no Distrito Federal, juntamente com o seu substituto, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da Repú- blica vitalícios, para mandato de 2 anos, podendo ser reconduzido uma vez. Na prática, buscando dar maior legitimidade — apesar da inexistência de previsão normativa —, vêm sendo realizadas eleições no âmbito do MPF para a escolha dos 2 nomes (candidatos a Procurador Regional Eleitoral e o seu substituto) e, normalmente, sem ter essa obrigação, o PGR vem escolhendo os integrantes da chapa mais votada. De acordo com o art. 76, § 2.º, da LC n. 75/93, o Procurador Regional Eleitoral poderá ser destituído, antes do tér- mino do mandato, por iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, anuindo a maioria abso- luta do Conselho Superior do Ministério Público Federal.17 Compete ao Procurador Re- gional Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas causas de competência do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir, no Estado, as atividades do setor. Nesse sentido, a Res. n. 30/2008 do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), traçando parâmetros para a indicação e a designação de membros do Ministério Público para exercer função eleitoral em 1.º grau, estabeleceu competir tal atribuição ao Procura- dor Regional Eleitoral, com base em indicação do Chefe do Ministério Público local, qual seja, com base na indicação do Procurador-Geral de Justiça (PGJ). Novas perspectivas em relação à nomeação do PGR: A “PEC Paralela do Ju- diciário” (PEC n. 358/2005, que voltou à CD, já aprovada, como 29-A, no SF), 14 modificando o art. 128, § 1.º, explicita que o PGR deva ser oriundo do MPF e permite, é diferentemente. 12.3 MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL PODE POSTULAR AUTONOMAMENTE PERANTE O STF, ASSIM COMO APRESENTAR SUSTENTAÇÃO ORAL, SEM QUE SE EXIJA A RATIFI- CAÇÃO PELO PGR? O STF analisou, em um primeiro momento, a legitimidade autônoma ou não do MP Estadual para o ajuizamento de reclamação constitucional perante o STF (art. 102, I, “l”, da CF/88), nos autos da Rcl 7.358, na qual se analisava o suposto descumprimento da Súmula Vinculante 9 pelo TJ/SP.18. A discussão surgiu a partir do voto da Rel. Min. Ellen Gracie que, em razão do art. 46 da LC n. 75/93, entendeu que o PGR teria a atribuição exclusiva para atuação perante o STF. O citado art. 46 determina ser incumbência do Procurador-Geral da Re- pública exercer as funções do Ministério Público junto ao STF, manifestando-se previa- mente em todos os processos de sua competência 12.2.6 – Relate sobre princípio do promotor natural? Além de ser julgado por órgão independente e pré-constituído, o acusado também tem o direito e a garantia constitucional de somente ser processado por um órgão inde- pendente do Estado, vedandose, por consequência, a designação arbitrária, inclusive, de promotores ad hoc ou por encomenda (art. 5.º, LIII, e art. 129, I, c/c o art. 129, § 2.º).21 Na doutrina o tema foi bastante debatido, chegando alguns autores a defendê-lo antes mesmo da atual Constituição, destacando-se, pioneiramente, Hugo Nigro Mazzilli, Jaques de Camargo Penteado, Clóvis A. Vidal de Uzeda e Paulo Cesar Pinheiro Carneiro. A CF/1988 assegura que ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente (art. 5.º, LIII). Depois de muito debate, a Suprema Corte aceitou a ideia de promotor natural, recomendando-se a discussão no leading case, que foi o HC 67.759. 12.2.7 – Relate sobre Garantias do Ministério Público? Autonomia administrativa: a autonomia administrativa consiste na capacidade de direção de si próprio, autogestão, autoadministração, um governo de si. Assim, o Mi- nistério Público poderá, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira, enfim, sua organização e funcionamento (cf. art. 127, § 2.º).24. Autonomia financeira: pela garantia institucional da autonomia financeira, ao Ministério Público assegurou-se a capacidade de elaborar sua proposta orçamentária den- tro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, podendo, autonomamente, administrar os recursos que lhe forem destinados (cf. art. 127, § 3.º). 12.2.7.2 – Relate sobre as garantias dos membros do ministério público? 15 Vitaliciedade: Adquire-se a vitaliciedade após a transcorrência do período proba- tório, ou seja, 2 anos de efetivo exercício do cargo, tendo sido admitido na carreira medi- ante aprovação em concurso de provas e títulos (art. 128, § 5.º, I, “a”). A garantia da vitaliciedade assegura ao membro do Ministério Público a perda do cargo somente por sentença judicial transitada em julgado. Inamovibilidade: Em razão da garantia da inamovibilidade, o membro do Minis- tério Público não poderá ser removido ou promovido, unilateralmente, sem a sua autori- zação ou solicitação. Excepcionalmente, contudo, por motivo de interesse público, medi- ante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público (no caso, o Conselho Superior do Ministério Público26), por voto da maioria absoluta de seus membros, desde que lhe seja assegurada ampla defesa, poderá vir a ser removido do cargo ou função (art. 128, § 5.º, I, “b”, modificado pela EC n. 45/2004). Irredutibilidade de subsídios: É assegurada ao membro do Ministério Público (art. 128, § 5.º, I, “c”, da CF/88)a garantia da irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4.º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI; 150, II; 153, III; 153, § 2.º, I. Como vimosao comentar a irredutibilidade dos magistrados, o subsídio dos membros do Ministério Público não poderá ser reduzido, lembrando que está assegurada a irredu- tibilidade nominal, não se garantindo a corrosão inflacionária. 12.4 – IMPEDIMENTOS IM PUTADOS AO MENBROS DO MIN ISTÉRIO PÚ- BLICO 12.2.7.4 – Relate sobre a abrangência das garantias e impedimentos? As garantias e vedações apresentadas não têm aplicação integral, na medida em que o art. 29, § 3.º, do ADCT prevê a possibilidade de opção pelo regime anterior, no tocante às garantias e vantagens, na hipótese de o membro do Ministério Público ter sido admitido antes da promulgação da Constituição, observando-se, quanto às vedações, a situação jurídica na data da aludida promulgação. Assim, ou o membro do Ministério Público escolhia submeter-se às novas regras traçadas pela CF/88 (por nós já apontadas as garantias e vedações), ou escolhia o regime jurídico anterior, em que existia a regra do concurso público, da estabilidade (podendo ser demitidos ou por sentença judiciária, ou em virtude de processo administrativo em que se lhes facultasse a ampla defesa) e da inamovibilidade, a não ser mediante represen- tação do Procurador-Geral, com fundamento em conveniência do serviço (art. 138, § 1.º, da Constituição de 1967). 12.2.8 – Relate sobre as funções institucionais do ministério público? As funções institucionais do Ministério Público estão contempladas no art. 129 da CF/88. Trata-se de rol meramente exemplificativo, uma vez que seu inciso IX estabelece 16 que compete, ainda, ao Ministério Público exercer outras funções que lhe forem conferi- das, desde que compatíveis com sua finalidade. Assim, suas funções podem ser exempli- ficadas como segue: ■ titularidade e monopólio da ação penal pública, na forma da lei, com a única exceção prevista no art. 5.º, LIX, que admite ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal (sem, contudo, observe-se, retirar a titularidade da ação penal pública do Ministério Público). ■ zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; ■ promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.32 Lembrar que a legitimação acima referida para a ação civil pública não impede a dos outros legi- timados, conforme se observa pelo art. 5.º da Lei n. 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública); ■ promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de inter- venção da União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição; ■ defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; ■ expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, re- quisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar res- pectiva; ■ exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no art. 128; ■ requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indi- cados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; ■ exercer outras funções33 que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de enti- dades públicas. 12.2.9 – Relate sobre a teoria dos poderes implícitos e o poder de investigação criminal pelo MP? Conforme estudamos no item 3.8 deste trabalho, segundo a teoria dos poderes implícitos, quando o texto constitucional outorga competência explícita a determinado órgão estatal, implicitamente, pode-se interpretar, dentro de um contexto de razoabilidade 17 e proporcionalidade, que a esse mesmo órgão tenham sido dados os meios necessários para a efetiva e completa realização dos fins atribuídos. A cláusula que outorga ao MP o monopólio da ação penal pública e o controle externo sobre a atividade policial legitimaria referido entendimento no sentido de se re- conhecer o poder investigatório do MP, destacando-se: ■ o MP não poderá presidir o inquérito policial, função precípua da autoridade policial; ■ a função investigatória do MP deve ser tida como excepcional e não uma ati- vidade ordinária; ■ essa excepcionalidade legitima a atuação do Parquet em casos de abuso de au- toridade, prática de delito por policiais, crimes contra a Administração Pública, inércia dos orga- nismos policiais ou procrastinação indevida no desempenho de investigação penal; ■ deve haver a fiscalização (por parte do Poder Judiciário) da legalidade dos atos investigatórios, assim como o estabelecimento de exigências de caráter procedimental e a observância dos direitos e garantias assegurados a toda pessoa sob investigação — in- clusive em matéria de preservação da integridade de prerrogativas profissionais dos ad- vogados (cf. Inf. 785/STF). REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 1096- 1131 - São Paulo, Saraiva, 2020. 1- De acordo com os instrumentos de defesa do Estado e das instituições democráti- cas que constituem o sistema de constitucional de Crises, defina Estado de Defesa e Estado de Sítio? O Estado de Defesa corresponderá às medidas de emergência que dispõe a EC nº 11/78 e o art. 136, caput da CF/88, com o intuito de preservar, de forma preventiva ou repressiva, em determinados locais restritos a ordem pública ou paz social ameaçadas, AULA 13 - DATA: 09/09/2020 TÓPICOS 13.1 e 13.2 DISCENTE: ALBERTINA PAIVA BARBOSA TEMA: Defesa do Estado e das Instituições Democráticas: Defesa do Estado; Estado de Sítio; Forças Armadas, Segurança Pública. (Sistema Constitucional das Crises/Estado de Sítio (Cf/88)) REFERÊNCIAS: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 1.105-1.120 - São Paulo, Saraiva, 2020. 18 seja por uma situação de instabilidade institucional ou calamidade causada por desastre de grandes proporções da natureza. O Estado de Sítio corresponderá as medidas taxativas e preventivas que estão dis- postas e previstas na CF/88 art. 137, caput, como comoção grave de repercussão nacional; ineficácia comprovada das medidas tomadas no Estado de Defesa; declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. 2- Segundo a Constituição Federal de 1988, a competência privativa para decretar Estado de Defesa e de Sítio compete a quem ou a que órgão sob qual controle judi- cial? De acordo com a CF/88, art. 84, IX: competência privativa do Presidente da Re- pública para a decretação dos estados de defesa e de sítio, sob controle político do Con- gresso Nacional; art. 49, IV: aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio ou suspender qualquer uma dessas medidas. 3- Em comparativo de tempo de duração entre o Estado de Defesa e o Estado de Sítio (CF/88), qual a diferença de duração do Estado de Sítio e do estado de Defesa? . Estado de Defesa: Segundo a Constituição art. 136, §2º, o tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período. Estado de Sítio: O estado de sítio de acordo com a CF/88 art. 137, I, o tempo de duração também será de trinta dias, podendo ser prorrogado quantas vezes forem necessárias. No art. 137, II, será o tempo necessário de guerra ou para repelir agressão armada. REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 1.105-1.112 - São Paulo, Saraiva, 2020. REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 1.113-1.120 - São Paulo, Saraiva, 2020. REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 1.117- 1.120 - São Paulo, Saraiva, 2020. 19 13.3 – RELATE SOBREAS FORMAS ARMADAS? A Marinha, o Exército e a Aeronáutica constituem as Forças Armadas, sendo con- sideradas instituições nacionais permanentes e regulares, destinadas à defesa da Pátria,15 à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.16 As Forças Armadas organizam-se com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade e comando supremos do Presidente da República, que tem por atribuições nomear os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus ofici- ais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos (art. 84, XIII, na redação determinada pela EC n. 23, de 02.09.1999). De acordo com o art. 5.º, caput e § 1.º, da LC n. 97/99, os cargos de Comandante da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são priva- tivos de oficiais-generais do último posto da respectiva Força, sendo assegurada aos re- feridos Comandantes precedência hierárquica sobre os demais oficiais generais das três Forças Armadas. Assim, os superiores hierárquicos e o Presidente da República, como chefe maior, com base na hierarquia e na disciplina, poderão aplicar sanções disciplinares de natureza administrativa. Conforme escrevemos no capítulo 11, a hierarquia e a disci- plina são a base institucional das Forças Armadas, sendo que a autoridade e a responsa- bilidade crescem com o grau hierárquico. A hierarquia militar17 é a ordenação da autori- dade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas. A ordenação se faz por postos ou graduações e, dentro de um mesmo posto ou graduação, pela antiguidade (no posto ou na graduação): ■ posto: é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Presidente da Re- pública ou do Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica e confirmado em Carta Patente; ■ graduação: é o grau hierárquico da praça, conferido pela autoridade militar com- petente. Por sua vez, a disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do de- ver por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo. Os membros das Forças Armadas, conforme estabelece o art. 142, § 3.º, são denominados militares, apli- cando-se lhes, além das regras que vierem previstas em lei, as seguintes disposições (in- cisos I a X, com alguns destaques apresentados nos itens seguintes):18 ■ as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva 20 ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; ■ o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil per- manente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, XVI, “c”, será transferido para a re- serva, nos termos da lei (EC n. 77/2014); ■ o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressal- vada a hipótese prevista no art. 37, XVI, “c”, ficará agregado ao respectivo quadro e so- mente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, con- tando-se lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a re- serva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei (EC n. 77/2014); ■ ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; ■ o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; ■ o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; ■ o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; ■ aplica-se aos militares o disposto no art. 7.º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV , e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV , bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar , no art. 37, XVI, “c” (EC n. 77/2014);19 ■ a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabi- lidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as pecu- liaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. 13.4 – RELATE SOBRE A SEGURANÇA PÚBLICA? Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, adotando um conceito moderno, “o poder de polícia é a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais 21 em benefício do interesse público”.31 Assim, podemos distinguir a) polícia administra- tiva lato sensu; b) polícia de segurança, dividida está em polícia administrativa (preven- tiva, que não deve confundir-se com a ideia de poder de polícia lato sensu do Estado) e polícia judiciária. Concentraremos a análise na polícia de segurança. O objetivo funda- mental da segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio e se imple- menta por meio dos seguintes órgãos (art. 144, I a V , CF/88): ■ polícia federal; ■ polícia rodoviária federal; ■ polícia ferroviária federal; ■ polícias civis; ■ polícias militares e corpos de bombeiros militares. Trata-se de rol taxativo e deverá ser observado no âmbito dos demais entes federativos, que não poderão criar no- vos órgãos distintos daqueles designados pela Constituição Federal.32 A atividade policial divide-se, então, em duas grandes áreas: administrativa (no sentido estrito indicado) e judiciária. A polícia administrativa (polícia preventiva, ou os- tensiva) atua preventivamente, evitando que o crime aconteça. Já a polícia judiciária (po- lícia de investigação) atua repressivamente, depois de ocorrido o ilícito penal, exercendo atividades de apuração das infrações penais cometidas, bem como a indicação da autoria. Não lhe cabe a promoção da ação penal, atribuição essa privativa do Ministério Público nas ações penais públicas, na forma da lei (art. 129, I, CF/88). De acordo com o art. 2.º, da Lei n. 12.830/2013, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados (art. 3.º da Lei n. 12.830/2013). A citada Lei n. 12.830/2013 trouxe diversas garantias ao dispor sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, destacando-se (art. 2.º): ■ ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais; REFERÊNCIA: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 24. Ed. Pág. 1.248- 1.262 - São Paulo, Saraiva, 2020. 22 14.1 Quais as bases e objetivos da ordem social? Nos termos do art. 193, a ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo, o bem-estar e a justiça sociais, estabelecendo perfeita harmonia com a ordem econômica, que se funda, também, a teor do art. 170, caput, na valorizaçãodo trabalho humano e na livre-iniciativa. A ordem econômica tem por fim (objetivo), em igual medida, assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social. 14.2 Relate sobre o conteúdo e seguridade social? A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social (art. 194, caput), sobressaindo os seus princípios orien- tadores e as formas de seu financiamento. Na dicção do art. 195 da CF/88, a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Fede- ral e dos Municípios. 14.3 – EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO E JUSTIÇA DESPORTIVA 14.3.1 Relate sobre a Educação? Conforme prescrito na Constituição, a educação, direito de todos e dever do Es- tado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 205). Agora, o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria (art. 208, I). 14.3.2 Relate sobre a Cultura? AULA 14 - DATA: 11/09/2020 TÓPICO 14 DISCENTE: ALEXANDRE F. RICCI TEMA: Ordem Social REFERÊNCIAS: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 22. Ed. Pág. 790-831. - São Paulo, Saraiva, 2018. 23 Assim como a educação, também este importante tema da cultura está em pro- cesso de análise e desenvolvimento. Novamente, pedimos escusas ao nosso ilustre leitor, concentrando-nos nas novidades introduzidas pelas ECs ns. 48/2005 e 71/2012. O art. 215 da CF/88 consagra como direito fundamental o princípio da cidadania cultural ao prescrever que o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos cultu- rais e o acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. 14.3.3 Relate sobre o Desporto e a Justiça Desportiva? O desporto está previsto em sentido amplo no texto de 1988, não se restringindo somente ao esporte, mas englobando também a ideia de recreação, lazer, divertimento, uma vez que o Poder Público incentivará o lazer como forma de promoção social (art. 217, § 3.º). Cabe lembrar, conforme já visto, que o lazer está arrolado no art. 6.º como direito social, apresentando íntima relação com a ideia de qualidade de vida. Prevista nos §§ 1.º e 2.º do art. 217, a Justiça Desportiva não integra o Poder Judiciário, portanto, não está arrolada no art. 92 da CF/88. Trata-se de órgão administrativo. A Justiça Desportiva tem a atribuição de julgar, exclusivamente, as questões relacionadas à disciplina e às competições desportivas. Nos termos do art. 50, ca- put, da Lei n. 9.615/98 (Lei Pelé), na redação dada pela Lei n. 12.395/2011, a organização, o funcionamento e as atribuições da Justiça Desportiva, limitadas ao processo e julga- mento das infrações disciplinares e às competições desportivas, serão definidos nos Códigos de Justiça Desportiva, facultando-se às ligas constituírem seus próprios órgãos judicantes desportivos, com atuação restrita às suas competições. Compete às entidades de administração do desporto (federação e confederação) promover o custeio do funcionamento dos órgãos da Justiça Desportiva que atuem junto a si (Lei Pelé, art. 50, § 4.º). Quanto aos órgãos integrantes da Justiça Desportiva, estabelece o art. 52 da Lei Pelé que são autônomos e independentes das referidas entidades de administração do des- porto de cada sistema. 14.4. CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO A EC n. 85, de 26.02.2015, reforça a necessidade de valorização da ciência, da tecnologia e da inovação, com destaque para essa última. A sua origem se deu em razão dos estudos e debates que surgiram durante a discussão, na Comissão Especial, para a apreciação do PL n. 2.177/2011- CD, que propõe a criação do Código Nacional de 24 Ciência, Tecnologia e Inovação com vistas à capacitação e ao alcance da autonomia tec- nológica e ao desenvolvimento industrial do País. A introdução da palavra “inovação” abre perspectivas importantes para o aperfei- çoamento no ambiente econômico, buscando novos produtos, processos, serviços e solu- ções e, assim, uma arrancada em nome da prosperidade, popularizando e incentivando a ciência. 14.5 - RELATE SOBRE A FAMÍLIA, CRIANÇA, ADOLESCENTE, jovem E IDOSO? “O casamento é civil e gratuita a celebração. O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre: o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.” “O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, medi- ante políticas específicas.” “A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso ade- quado às pessoas portadoras de deficiência.” “ O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.” O ÍNDIO “São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, com- petindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.” 25 15.1 – QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA? Partindo da ideia de Estado de Direito, podemos identificar, segundo a doutrina, uma tríplice vertente: liberal, social e pós-social. No Estado Liberal percebe-se uma evi- denciação do indivíduo, delineando-se um Estado não intervencionista, dentro da pers- pectiva de “intervenção mínima”. A ordem econômica recebeu tratamento sistemático, pioneiramente, na Constitui- ção do México de 1917. No Brasil, sob a influência da Constituição de Weimar, de 1919, a primeira a tratar da ordem econômica e da ordem social em título único (Título IV) foi a de 1934. A Constituição de 1937, embora mantendo as matérias sobre a ordem econômica e social, aboliu a utilização de títulos e passou a destacar, de modo simplificado, a ordem econômica. 15.1.2 QUAIS SÃO OS MEIOS DE ATUAÇÃO DO ESTADO? O Estado pode interferir na ordem econômica de modo direto ou indireto. Quando se fala em atuação direta, o próprio Estado atua na economia de um país, seja em regime de monopólio, seja no de participação com as empresas do setor privado. Já quanto à atuação indireta, o Estado busca fazer prevalecer o princípio da livre concorrência e evitar abusos como os decorrentes de cartéis, dumping etc. 15.1.3 – RELATE SOBRE O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL? Conforme anota José Afonso da Silva, dois são os sistemas financeiros regulados na Constituição: ■ público: “que envolve os problemas dasfinanças públicas e os orçamentos pú- blicos, constante dos arts. 163 a 169”; ■ para público: “que ela denomina de Sistema Financeiro Nacional, previsto no art. 192, cujos incisos e parágrafos foram desconstitucionalizados pela Emenda Constitu- cional 40/2003”. AULA 15 - DATA: 14/09/2020 TÓPICO 15 DISCENTE: ALEXANDRE F. RICCI TEMA: ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA. REFERÊNCIAS: LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 22. Ed. Pág. 790-831. - São Paulo, Saraiva, 2018. 26 CONCLUSÃO Direito Constitucional é um ramo jurídico complexo e que envolve diversos as- pectos da organização de um país. Sendo assim, o fichamento demonstrou, de maneira breve, a complexidade desses assuntos como funcionam tribunais, Juizes, ministérios. funções essenciais a justiça, as forças armadas, a saúde, a segurança dentre outros omo eles se comportam para defender valores e princípios benéficos a coletividade em detri- mento de valores para a sociedade.
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