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O que é filosofia da educação: anotações a partir de Deleuze e Guattari



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AVC – AVALIAÇÃO CONTÍNUA 
FOLHA DE RESPOSTA 
 
Disci 
 
INFORMAÇÕES IMPORTANTES! LEIA ANTES DE INICIAR! 
 
A Avaliação Contínua (AVC) é uma atividade que compreende a elaboração de uma produção dissertativa. 
 
Esta avaliação vale até 10,0 pontos. 
 
Atenção1: Serão consideradas para avaliação somente as atividades com status “enviado”. As atividades com 
status na forma de “rascunho” não serão corrigidas. Lembre-se de clicar no botão “enviar”. 
 
Atenção2: A atividade deve ser postada somente neste modelo de Folha de Respostas, preferencialmente, na versão Pdf. 
 
Importante: 
Sempre desenvolva textos com a sua própria argumentação. Nunca copie e cole informações da 
internet, de outro colega ou qualquer outra fonte, como sendo sua produção, já que essas situações 
caracterizam plágio e invalidam sua atividade. 
 
Se for pedido na atividade, coloque as referências bibliográficas para não perder ponto. 
 
 
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES - DISSERTATIVAS 
 
Conteúdo: as respostas não possuem erros conceituais e reúnem todos os elementos pedidos. 
Linguagem e clareza: o texto deve estar correto quanto à ortografia, ao vocabulário e às terminologias, e as ideias devem ser 
apresentadas de forma clara, sem incoerências. 
Raciocínio: o trabalho deve seguir uma linha de raciocínio que se relacione com o material didático. 
Coerência: o trabalho deve responder às questões propostas pela atividade. 
Embasamento: a argumentação deve ser sustentada por ideias presentes no conteúdo da disciplina. 
 
A AVC que atender a todos os critérios, sem nenhum erro conceitual, de ortografia ou concordância, bem como reunir todos os elementos 
necessários para uma resposta completa, receberá nota 10. Cada erro será descontado de acordo com sua relevância. 
 
 
CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES - CÁLCULO 
 
Caminho de Resolução: O trabalho deve seguir uma linha de raciocínio e coerência do início ao fim. O aluno deve colocar todo 
o desenvolvimento da atividade até chegar ao resultado final. 
 
Resultado Final: A resolução do exercício deve levar ao resultado final correto. 
 
A AVC que possui detalhamento do cálculo realizado, sem pular nenhuma etapa, e apresentar resultado final correto receberá nota 10. A 
atividade que apresentar apenas resultado final, mesmo que correto, sem inserir as etapas do cálculo receberá nota zero. Os erros serão 
descontados de acordo com a sua relevância. 
 
 
 
 
 
Disciplina: Prática Pedagógica em Filosofia II 
 
 
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Resolução / Resposta 
Deleuze é um historiador da filosofia, ou melhor dizendo, um filósofo-
historiador e afirma que a filosofia é a teoria das multiplicidades. A partir do estudo 
de filósofos importantes na história das mentalidades, desenha novos mapas 
conceituais, pois de acordo com suas teses é impossível fazer filosofia sem 
repensar o que já foi pensado. Considera-se um roubo a repetição que Deleuze 
faz dos filósofos, mas um roubo necessário, visto que, esses encontros de 
pensamentos e demais experiências com o cinema e obras literárias, propõem 
recursos para a produção conceitual. Nesse sentido, repensando conceitos 
anteriores é possível gerar novos conceitos, dessa forma, a filosofia de Deleuze é 
tida como um desvio. Contudo, a intuição em Deleuze é um trabalho de 
pensamento que alinhando multiplicidades de conceitos, intui novos conceitos. Ele 
situa-se no tempo presente e tem atenção ao mundo atendo-se a pequenos 
detalhes. Inspirado em Nietzsche, pensa em uma filosofia do múltiplo e do 
concreto, e também criticou a filosofia dominante em toda a história, uma vez que, 
ela se produziu por divisões do ser, segundo sua concepção, deve-se buscar a 
multiplicidade, as diferenças, as variações, que apesar de ser as expressões do 
mesmo não deverão ser unificadas. Juntamente com Guattari, Deleuze publicou 
sua última obra no ano de 1991, sob o tema: O que é filosofia? Já nas primeiras 
páginas há-se a resposta: “a filosofia é a arte de formar, de inventar, de fabricar 
conceitos” (DELEUZE E GUATTARI, 1992, p. 10). Nele, relatam que o filosofo é o 
“amigo do conceito” aceitando a filosofia como necessariamente criativa e a partir 
desse pressuposto tem-se que a filosofia é uma ação criadora (de conceitos) e 
não algo passivo ao mundo. Nessa perspectiva, a filosofia não pode ser vista 
como contemplação, reflexão ou comunicação, pois nenhuma delas é especifica 
da filosofia, contudo, é próprio da filosofia criar conceitos que possibilitam a 
contemplação, e reflexão e a comunicação. 
Partindo da importância da criação de conceitos, é necessário entender o 
que é conceito, tendo em vista que ele provém do pensamento que institui um ou 
vários acontecimentos, possibilitando uma opinião sobre o mundo, sobre a 
experiência vivida, logo, conclui-se que a ação do conceito é uma releitura do 
 
 
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vivido, uma redefinição do mundo. Dessa forma, o trabalho filosófico dá-se através 
da delimitação de um plano de imanência, sobre o qual os conceitos são gerados. 
Basicamente, a filosofia é correlacionada pelo plano de imanência que ela precisa 
traçar, os personagens filosóficos que ela precisa inventar e os conceitos que 
deve criar. Estabelece o caos com a multiplicidade de possibilidades e a opinião 
não gosta da multiplicidade, nesse sentido, ela luta contra esse caos, tentando 
impor um pensamento único em nome da ordem, tentam nos proteger e fugir do 
caos, contudo, a arte, a ciência e a filosofia traçam planos sobre o caos e conviver 
com ele e tirar possibilidades criativas passa a ser a opção mais viável e afirmam 
que ele não é o real inimigo e sim a opinião, “pois é da opinião que vem a 
desgraça dos homens.” (Ibid., p. 267) 
Deleuze não entende a filosofia da educação como uma reflexão sobre a 
educação, embora a reflexão seja um instrumento da filosofia, ela é muito mais do 
que isso. Outra posição assumida pela filosofia da educação é que ela é um dos 
fundamentos da educação fornecendo a base pelas quais o processo educativo 
devera se sustentar. Para que haja o encontro da filosofia com a educação é 
preciso buscar uma nova filosofia da educação e resgatar o filosofo criador, 
permitindo que a filosofia da educação seja o resulta de dupla instauração: o 
rasgo no caos operado pela filosofia e o rasgo no caos operado pela educação, 
dessa forma, seria possível cruzar planos e atravessar transversalmente o campo 
da educacional. 
Conclui-se que, que a filosofia não é apenas a reflexão sobre determinados 
temas e acontecimentos, ou seja, cabendo aos filósofos a criação de conceitos 
novos e criativos que auxiliem a ressignificação da vida. Para que haja a 
multiplicidade de possibilidades, inclusive na filosofia e na educação, é preciso 
romper com a tradição da opinião a qual encontrou-se estática séculos. 
 
Referências bibliográficas: 
GALLO, S. O que é Filosofia da Educação: Anotações a partir de Deleuze e 
Guattari. In: Revista Perspectiva. Florianópolis. V. 18. nº 34, jul/dez. 2000. 
Disponível em: <https://digital.unisa.br/mod/assign/view.php?id=660179> Acesso 
em: 04 de mar. de 2021 
 
https://digital.unisa.br/mod/assign/view.php?id=660179