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Práticas de Gestão em Serviços Sociais

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PRÁTICAS DE GESTÃO 
EM SERVIÇOS SOCIAIS 
 
 02 
 
 
1.O ASSISTENTE SOCIAL 5 
Características Profissionais 7 
Condições de Trabalho 7 
 
2.LOAS 10 
Aspectos Legislativos da LEI 8.742/93- Lei Orgânica da 
Assistência Social (LOAS) 11 
 
3.PNAS – POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIASL 19 
O que é a Política Nacional de Assistência Social - PNAS? 19 
Qual o conceito de “família” para a PNAS? 19 
Quais são os princípios da PNAS? 19 
Quais são as diretrizes da Assistência Social? 20 
Quais são os objetivos da PNAS? 20 
Quem são os usuários da PNAS? 21 
 
4.SUAS 23 
 
5.SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE 28 
A Importância Da Pesquisa No Serviço Social 30 
As Competências do Serviço Social na Contemporaneidade 32 
 
6.AS COMPETÊNCIAS/HABILIDADES NECESSÁRIA PARA A 
PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL 37 
Campos de Atuação do Serviço Social 39 
Meio ambiente 40 
O Assistente Social enquanto pesquisador do meio ambiente 40 
Saúde 40 
Educação 41 
Assistência social 41 
Empresa 41 
Assessoria e consultoria 42 
ONGs 42 
 
 3 
 Atuação do Assistente Social no Judiciário 42 
O Assistente Social na área de consultoria 42 
O Assistente Social na área da Habitação 43 
 
7.PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CÓDIGO DE ÉTICA 
PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL 46 
 
8.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
1. O ASSISTENTE SOCIAL 
 
 
Texto elaborado pela Comissão 
de Orientação E Fiscalização 
Profissional – Cofi – CFESS 
O Serviço Social é uma profissão 
de caráter sociopolítico, crítico e 
interventivo, que se utiliza de 
instrumental científico 
multidisciplinar das Ciências 
Humanas e Sociais para análise e 
intervenção nas diversas refrações da 
“questão social”. Isto é, no conjunto 
de desigualdades que se originam do 
antagonismo entre a socialização da 
produção e a apropriação privada dos 
frutos do trabalho. Assistentes sociais 
se inserem nas mais diversas áreas: 
saúde, previdência, educação, 
habitação, lazer, assistência social, 
justiça etc. Com papel de planejar, 
gerenciar, administrar, executar e 
assessorar políticas, programas e 
serviços sociais, atuam nas relações 
entre os seres humanos no cotidiano 
da vida social, por meio de uma ação 
global de cunho socioeducativo e de 
prestação de serviços. 
É uma das poucas profissões que 
possui um projeto profissional 
coletivo e hegemônico, denominado 
projeto ético-político, que foi 
 
 
6 
construído pela categoria a partir das 
décadas de 1970 e 1980. Ele expressa 
o compromisso da categoria com a 
construção de uma nova ordem 
societária. Mais justa, democrática e 
garantidora de direitos universais. 
Tal projeto tem seus contornos 
claramente expressos na Lei 
8662/93, no código de Ética 
Profissional de 1993 e nas Diretrizes 
Curriculares. 
A profissão de assistente social 
surgiu no Brasil na década de 1930. O 
curso superior de Serviço Social foi 
oficializado no país pela lei nº 1889 
de 1953. Em 27 de agosto de 1957, a 
Lei 3252, juntamente com o Decreto 
994 de 15 de maio de 1962, 
regulamentou a profissão. 
Em virtude das mudanças 
ocorridas na sociedade e no seio da 
categoria, um novo aparato jurídico 
se fez necessário para expressar os 
avanços da profissão e o rompimento 
com a perspectiva conservadora. 
Hoje, a profissão encontra-se 
regulamentada pela Lei 8662, de 7 de 
junho de 1993 que legitima o 
Conselho Federal de Serviço Social e 
os Conselhos Regionais. Em seus 
artigos 4º e 5º, respectivamente, a lei 
define competência e atribuições 
privativas da assistente social. 
A profissão Serviço Social foi 
regulamentada no Brasil em 1957, 
mas as primeiras escolas de formação 
profissional surgiram a partir de 
1936. É uma profissão de nível 
superior e, para exercê-la, é 
necessário que o graduado registre 
seu diploma no Conselho Regional de 
Serviço Social – Cress – do Estado 
onde pretende atuar 
profissionalmente. Há 24 Cress e três 
delegacias de base estadual e o 
Conselho Federal de Serviço Social – 
CFESS –, órgãos de fiscalização do 
exercício profissional no país, dando 
cobertura a todos os Estados. 
A lei que a regulamenta é a 
8662/93. Desde seus primórdios aos 
dias atuais, a profissão tem se 
redefinido, considerando sua 
inserção na realidade social do Brasil, 
entendendo que seu significado social 
se expressa pela demanda de atuar 
nas sequelas da questão social 
brasileira, que, em outros termos, 
revela-se nas desigualdades sociais e 
econômicas, objeto da atuação 
profissional, manifestas na pobreza, 
violência, fome, desemprego, 
carências materiais e existenciais, 
dentre outras. 
A atuação profissional faz-se, 
prioritariamente, por meio de 
instituições que prestam serviços 
públicos destinados a atender 
pessoas e comunidades que buscam 
apoio para desenvolver sua 
autonomia, participação, exercício de 
 
 
7 
cidadania e acesso aos direitos sociais 
e humanos. Podem ser da rede do 
Estado, privada e ONGs. A formação 
profissional é generalista, permitindo 
apreender as questões sociais e 
psicossociais com uma base teórico-
metodológica direcionada à 
compreensão dos processos 
relacionados à economia e política da 
realidade brasileira, contexto onde se 
gestam as políticas sociais para 
atendimento às mazelas da 
sociedade. 
Para um competente exercício 
profissional é necessário um 
continuado investimento na 
qualificação, podendo dispor de 
cursos de aperfeiçoamento, 
especialização, mestrado e doutorado 
disponíveis, capacitando-se em suas 
práticas específicas. 
Acesse o link e assista o vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=
S8HR-sX6PdI 
Características Profissionais 
A formação do assistente social é 
de cunho humanista, portanto, 
comprometida com valores que 
dignificam e respeitam as pessoas em 
suas diferenças e potencialidades, 
sem discriminação de qualquer 
natureza, tendo construído como 
projeto ético-político e profissional, 
referendado em seu Código de Ética 
Profissional, o compromisso com a 
liberdade, a justiça e a democracia. 
Para tal, o assistente social deve 
desenvolver como postura 
profissional a capacidade 
crítica/reflexiva para compreender a 
problemática e as pessoas com as 
quais lida, exigindo-se a habilidade 
para comunicação e expressão oral e 
escrita, articulação política para 
proceder a encaminhamentos 
técnico-operacionais, sensibilidade 
no trato com as pessoas, 
conhecimento teórico, capacidade 
para mobilização e organização. 
Condições de Trabalho 
O assistente social deve dispor de 
condições adequadas e dignas, 
asseguradas pelas instituições 
contratantes, que lhes permitam 
proceder à escuta, reunião, aos 
contatos e encaminhamentos 
necessários à atuação técnica-
operativa, em cumprimento aos 
artigos 4º. e 5º. da Lei 8662/93, das 
competências e atribuições 
profissionais. É preciso garantir 
recursos materiais e humanos para 
que sua atuação se realize de forma 
competente e efetiva, bem como que 
permitam o exercício do sigilo e dos 
princípios profissionais. Em geral, os 
assistentes sociais são 
contratados/assalariados, mas 
registram-se, também, as práticas de 
caráter autônomo, afinal, legalmente 
reconhecido como “profissional 
 
 
8 
liberal”. A carga horária de trabalho 
deve considerar as atividades de 
planejamento, execução, 
estudos/pesquisas, avaliação e a 
relação com a “população” atendida, 
quantitativamente e 
qualitativamente. Assim, tem variado 
de 6 a 8 horas, ou até menos em casos 
de assessoriais e consultorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
2. LOAS 
 
 
Os seres humanos estão vivendo 
a cada dia mais pressionados por seus 
resultados, por seu trabalho, que deve 
ser sempre, o melhor e o mais 
eficiente possível. 
Neste contexto, às pessoas que 
não conseguem ou não podem, por 
uma ocasião qualquer, se inserir na 
“normalidade” em que se vive, são 
excluídas, marginalizadaspelo 
restante da sociedade, bem como pelo 
Estado, este que um dia garantiu a 
todos os brasileiros, através da 
promulgação da conhecida 
Constituição Cidadã, os direitos 
básicos para que vivessem de forma 
digna. 
Contudo, como tais disposições 
nem sempre se colocam efetivamente 
na vida das pessoas que participam 
deste país-continente, a Lei 8.742/93 
(Lei Orgânica da Assistência Social) 
trouxe formas de afirmar os direitos 
destes excluídos, possibilitando-se, 
em determinados casos, a concessão 
de benefícios, cujo objetivo nada mais 
é do que lhes garantir o mínimo 
necessário para poderem conquistar 
um lugar ao sol, ou seja, para viverem 
socialmente. 
Portanto, são com essas e outras 
discussões que a LOAS instalou-se no 
mundo jurídico dos brasileiros, 
buscado reafirmá-los no contexto que 
a Constituição de 1988 resguardou-
lhes. 
Desta feita, para se compreender 
melhor o tema em destaque, será 
analisado os princípios 
constitucionais acerca da dignidade 
 
 11 
das pessoas humanas, a legislação 
existente que resguarda às pessoas 
benefícios assistenciais para viverem 
dignamente, o pensamento que hoje 
existe em nossos Tribunais e, por fim, 
o que é feito efetivamente na vida das 
pessoas de que fala a LOAS. 
Aspectos Legislativos da LEI 
8.742/93- Lei Orgânica da 
Assistência Social (LOAS) 
Tendo como fonte principal o 
inciso V, do artigo 203, da Carta 
Maior, a LOAS foi de forma 
específica, promulgada para 
disciplinar o referido comando legal 
que assegura a assistência social para 
quem dela necessitar, 
independentemente de qualquer tipo 
de contribuição ou filiação à 
Previdência Social, garantido, assim, 
a quantia de um salário mínimo de 
benefício mensal à pessoa portadora 
de deficiência e ao idoso que 
comprove não possuir meio de prover 
a própria manutenção ou de tê-la 
provida por sua família, o que 
extinguiu, contudo, a renda mensal 
vitalícia. 
Sendo assim, os requisitos para 
sua concessão de forma 
administrativa, se restringem, tão 
somente a comprovação da 
deficiência ou da idade mínima de 65 
anos para o idoso não-deficiente; 
renda mensal familiar per 
capita inferior a ¼ do salário 
mínimo; não estar vinculado a 
nenhum regime da previdência social 
e, por fim, não receber nenhuma 
espécie de benefício. 
Durante algum tempo, a redação 
da Lei 8.742/93, mais 
especificamente de Janeiro de 1996 a 
31 de Dezembro de 1997, trazia em 
seu bojo que a idade mínima para o 
idoso receber o benefício era de 70 
(setenta) anos, o que foi mudado 
posteriormente pela Lei 9.720/98, 
esta que estabeleceu em seu artigo 34, 
65 anos como idade mínima para se 
pleitear o benefício, em caso de idoso, 
senão veja-se: 
“Aos idosos, a partir de 65 anos 
(sessenta e cinco) anos, que não 
possuam meios para prover sua 
subsistência, nem de tê-la 
provida por alguém de sua 
família, é assegurado o benefício 
mensal de 1(um) salário mínimo, 
nos termos da Leio Orgânica da 
Assistência Social – LOAS.” 
Não obstante, o Estatuto do 
Idoso (Lei 10.741/03) em seu artigo 
34 reafirma que a idade mínima para 
a concessão do benefício, ao qual se 
refere o inciso V do artigo 203 da 
Constituição Federal de 1988, deverá 
corresponder a 65 anos de idade. A 
comprovação desta idade será 
realizada através de documentos, 
como Carteira de Identidade, 
 
 12 
Certidão de Nascimento, Carteira de 
Trabalho, dentre outros documentos, 
que possam assegurar a real idade do 
pretendente. 
Por outro lado, em se tratando de 
requerente enquadrado nos casos de 
deficiência física (necessidades 
especiais), considera-se possível o 
benefício para aquelas pessoas que se 
apresentarem de alguma forma 
incapacitada para exercer qualquer 
tipo de atividade laborativa e, por sua 
vez, incapacitada para a vida 
independente, ou seja, com os frutos 
advindo de seu próprio trabalho. 
O pretendente poderá se sujeitar 
a exame médico pericial realizado 
pela perícia médica do Instituto 
Nacional da Seguridade Social 
(INSS), como se prescreve no 
parágrafo 6º, do artigo 20, da Lei 
8.742/93. Contudo, insta salientar 
que caso o exame médico venha a 
indicar a possibilidade de reabilitação 
da pessoa, ou seja, caso a pessoa se 
mostre apta a laborar, o benefício 
deverá ser concedido enquanto durar 
o processo de reabilitação, podendo 
ser cancelado caso haja interrupção 
do mesmo ou quando findado, seja 
atingida sua finalidade. 
Em casos de menores de 
dezesseis anos, a avaliação do médico 
pericial será apenas e tão somente 
para verificar a existência de 
deficiência física, tendo em vista a 
pouca idade, presume-se a 
incapacidade para a vida 
independente e para o trabalho. 
O benefício assistencial trazido 
no contexto legal da LOAS poderá ser 
concedido a mais de um membro da 
mesma família, desde que não 
ultrapasse a renda per capta de ¼ do 
salário mínimo para cada integrante 
do contexto familiar, visto que o 
benefício passará a compor a renda 
familiar. Entretanto, conforme se 
dispõe o parágrafo único, do artigo 
34, do Estatuto do Idoso, o benefício 
concedido a qualquer membro da 
família não será computado para fins 
de cálculo da renda familiar per 
capta a que se refere a LOAS. 
Assim, tem-se um conflito 
aparente de normas, que deverá ser 
resolvido, nos termos da Lei de 
Introdução ao Código, no tocante à 
posterioridade do Estatuto do Idoso, 
pois ambas as Leis possuem natureza 
Especial, sendo o critério da 
posterioridade quem definirá a 
legislação competente, que neste 
caso, será as disposições da Lei 
10.741/03 que além de posterior, 
ainda trata de matéria específica no 
que tange ao idoso. 
No entanto, vele ressaltar que de 
acordo com os entendimentos 
jurisprudenciais e doutrinários a 
 
 13 
comprovação da miserabilidade será 
flexibilizada, ou seja, não se restringe 
única e exclusivamente a 
comprovação da renda per 
capta inferior a ¼ do salário mínimo, 
tendo em vista que o Fórum Nacional 
dos Juizados Especiais Federais, 
quando da aprovação do Enunciado 
nº.50, objetivou que: “A 
comprovação da condição 
socioeconômica do autor pode ser 
feira por laudo técnico 
confeccionado por assistente social, 
por auto de constatação lavrado por 
oficial de Justiça ou através da oitiva 
de testemunhas.” 
Ademais, tendo em vista que o 
benefício trazido pela LOAS possui 
natureza de uma prestação 
continuada, cumpre destacar que o 
mesmo é revisto a cada dois anos, ou 
seja, poderá ser revogado nos casos 
onde fique comprovado que o 
beneficiário superou as condições que 
deram origem a concessão do mesmo. 
Assim, vê-se que a característica de 
prestação continuada não tem muito 
sentido, visto que a possibilidade de 
sua revogação tira a característica da 
sua continuidade. 
Contudo, ressalta-se que, 
conforme o entendimento 
jurisprudencial dos Tribunais 
brasileiros, os requisitos dispostos na 
redação da Lei Orgânica da 
Assistência Social não são taxativos, 
tendo em vista que o benefício tem o 
intuito de preservar a dignidade da 
pessoa humana, devendo ater-se aos 
casos onde realmente a pessoa 
careça, pois um benefício dado a 
alguém de forma equivocada, poderá 
prejudicar a outras pessoas, que 
realmente necessitem de tal 
assistência estatal. 
O Benefício trazido pela Lei 
Orgânica da Assistência Social na 
Busca da Efetivação do Princípio da 
Dignidade Humana para as Pessoas 
que dele Necessitam O princípio da 
Dignidade da Pessoa Humana, 
trazido pela Constituição da Federal 
de 1988 como um de seus objetivos, 
está intrinsecamente ligado a 
efetivação dos direitos sociais, dentre 
os quais, mais especificamente, o 
segurado pela Lei Orgânica da 
Assistência Social (LOAS), tendo em 
vista que a referida legislação, 
resguarda um mínimo de dignidade 
para as pessoas que sobrevivem em 
estado de miserabilidade e aquelasque não tiveram a possibilidade de se 
inserir na sociedade, ficando, 
portanto a sua margem. 
Assim, mesmo tendo a LOAS ter 
suas bases na busca de efetivação do 
Princípio da Dignidade da Pessoa 
Humana, dentro de seu contexto 
ainda existem algumas 
incongruências, estas que só serão 
passíveis de solução ao se aplicar, 
 
 14 
caso a caso, os dogmas e preceitos que 
norteiam o referido princípio. 
Desta feita, pode-se perceber que 
a busca da Seguridade Social em 
efetivar, para os que necessitam de 
seus benefícios, as melhores e mais 
eficazes políticas assistenciais, ainda 
carece de muito estudo e pesquisa, 
pois a Dignidade Humana ainda 
carece, e muito, de concretização no 
contexto daqueles que necessitam de 
apoio para se afirmarem realmente 
como pessoas humanas. 
Atualmente tem-se caminhado 
para posicionamentos mais 
adequados à sociedade, visando o 
bem estar dos que necessitam, como 
pode ser percebido em algumas 
publicações doutrinárias acerca da 
concessão do benefício trazido pela 
LOAS, como por exemplo, 
entendimento da juíza federal Maria 
Divina Vitória, que assim se 
posiciona, frente à necessidade 
daqueles que possuem algum tipo de 
necessidade especial: “a deficiência 
não deve ser encarada só do ponto de 
vista médico, mas também social. A 
maior intolerância é negar as 
diferenças. O preconceito existe”. 
Infelizmente pela realidade dos dias 
atuais, as pessoas que são 
incapacitadas, por sua idade, ou por 
terem algum tipo de deficiência, de 
prover o próprio sustento, estão cada 
dia mais esquecidas pela sociedade, 
que não se preocupa mais com o 
próximo, querendo-o somente 
enquanto possuir os meios laborais 
suficientes para ajudar no 
crescimento econômico do Estado. 
É válido lembrar inclusive, que 
as pessoas que sofrem de doenças 
como, por exemplo, a AIDS ainda 
sofrem com preconceitos o que as 
impossibilita de conseguir um 
trabalho, e que, consequentemente, 
retiram-nas do contexto ativo dos 
quadros laborais, marginalizando 
estas pessoas. 
Ressalta-se, que o Estado, por 
sua vez, aquele que pelas disposições 
Constitucionais deveria assegurar a 
essas pessoas uma vida digna, não o 
faz, fato que a cada dia mais 
transforma o Princípio da Dignidade 
da Pessoa Humana “letra morta” para 
aqueles que, impossibilitados de 
auferir seu próprio sustento, 
necessitam de amparo estatal. 
Por fim, tem-se que na busca 
pela proteção da dignidade humana, 
ou seja, dos meios necessários para 
garantir-se o mínimo necessário 
àqueles que por um “golpe” do 
destino não forma agraciados com a 
possibilidade de sozinhos auferir as 
condições necessárias para o seu 
sustento e o de sua família, a LOAS e 
apresenta como uma forma de dar-se 
àqueles esquecidos pela sociedade 
 
 15 
moderna, uma chance de viver 
dignamente. 
A Busca pela Afirmação das 
Diferenças pela Concessão dos 
Benéficos trazidos pela LOAS: Como 
Transformar as Diferenças. 
Em um mundo onde as pessoas a 
cada dia que passa pensam nos 
outros, querendo sempre o melhor só 
para si, doa a quem doer, princípios 
como o da dignidade humana, são as 
armas para que se possa, 
efetivamente, acabar com algo que é 
intrínseco aos seres humanos, as 
diferenças, algo que deveria ater-se 
apenas nas esferas de sua 
personalidade, e não da qualidade de 
suas vidas. 
Ser diferente em um mundo 
onde todos buscam a mesma coisa, 
qual seja, a sua felicidade, é algo que 
poderá restringir o contexto social 
onde a pessoa vive, colocando-a no 
patamar da marginalização, pois 
aqueles que não se adequam ao ciclo 
que a sociedade pós-moderna tem 
como o necessário à essência humana 
(nascer, crescer, constituir família, 
trabalhar para construir um 
patrimônio e morrer), poderá 
diferenciar socialmente 
(objetivamente) pessoas que são 
iguais em direitos (formalmente). 
Neste contexto, a Lei Orgânica 
da Assistência Social, visando inserir 
aqueles a quem a sociedade deu um 
jeito de apartar de seu núcleo 
produtivo, trouxe a figura de um 
benefício, ainda pouco conhecido 
pela população brasileira, mais que 
visa resgatar naquele desestimulado, 
a vontade de viver, resgatando-lhe a 
dignidade. 
Ser diferente da maioria das 
pessoas que compõem o meio de que 
faz parte, é algo que além de 
indignificar a pessoa, 
estigmatizando-a, poderá 
transformar a sua vida em algo 
nefasto, afastando as pessoas da 
felicidade que um dia almejaram. 
Assim, a LOAS, ao se fazer um 
paralelo entre as ações afirmativas 
que visam reinserir àqueles 
marginalizados, apresenta-se como 
uma das formas destas políticas 
afirmativas, tendo em vista que 
atuará no contexto de pessoas que 
culturalmente ainda são 
discriminadas como diferentes. 
Desta feita, desde as épocas de 
Aristóteles por onde o referido 
filósofo já definia a busca pela 
igualdade no tratamento desigual dos 
desiguais na medida em que se 
desigualam, hoje está ainda é a forma 
mais encontrada para garantir 
àqueles que a vida “diferenciou”, o 
mínimo para que retomem a 
igualdade de oportunidades, de 
 
 16 
direitos, objetivando, com criações 
normativas, meios para que as 
pessoas possam de alguma forma, 
retomar a vontade pela vida. 
Desse modo, a LOAS trouxe um 
benefício assistencial à determinadas 
pessoas, visando a mantença de um 
mínimo necessário para que vivam de 
forma digna. A isonomia entre as 
pessoas de um Estado de Direito 
Democrático, deve ser algo a embasar 
os atos dos Três Poderes, ou seja, o 
Judiciário deve atuar para garantir a 
todos, sem distinção, a verdadeira 
justiça ao caso; o Legislativo deve 
ater-se em projetos de Lei que tragam 
às pessoas melhorias em suas vidas e, 
por fim, o Executivo deve tomar os 
meios mais eficazes a garantir a 
concretização dos direitos das 
pessoas. 
Neste diapasão, caberá a cada 
pessoa buscar seus direitos, lutar por 
eles, fazer com que, mesmo não 
possuindo os meios necessários a 
garantir seu próprio sustento por sua 
força, não sejam excluídas no meio 
em que vivem, marginalizadas, 
indignificadas. Desta feita, essa 
luta, A luta pelo direito, que é título 
de uma das maiores obras literárias 
acerca do direito como um fato sócio-
cultural, que necessita ser protegido, 
ser conquistado, de Rudolf Von 
Ihering, é fato que deve ser buscado a 
cada instante por essas pessoas, que 
não querem nada mais do que a 
garantia de que poderão viver, e não 
simplesmente, passar pela vida, sem 
preconceitos por serem como são, e 
sem limitações em seus direitos. 
Em uma importante passagem 
da referida obra, Ihering diz como as 
pessoas devem e portar frente à busca 
por seus direitos, ou a proteção 
daqueles que já lhes são garantidos. O 
mencionado autor, narrando um 
possível questionamento interior da 
pessoa, sobre “brigar” ou não por seu 
direito, assenta o seguinte 
entendimento: 
“Diz-lhe uma voz interior que 
não deve recuar, que se trata 
para ele, não de qualquer 
ninharia sem valor, mais de sua 
personalidade, de sua honra, de 
seu sentimento do direito, do 
respeito a si próprio; em resumo, 
o processo deixa de ser para ele 
uma simples questão de 
interesse, para se transformar 
numa questão de dignidade e de 
caráter: a afirmação ou o 
abandono de sua personalidade.” 
Assim, a LOAS se apresenta 
como uma das formas de buscar as 
pessoas com necessidades especiais, 
os idosos, que não possuem meios 
para angariar o seus próprios 
sustentos e os de sua família, para um 
novo mundo, donde apenas não tem 
um dinheiro no final do mês, mas por 
onde podem efetivamente dizer que 
 
 17 
vivem de forma digna, que estão e são 
merecedores de direitos, que o 
Estado, que um dia lhes garantiu uma 
vida digna, efetivamente trouxe às 
suas realidades uma forma de se 
tornarem independentes e iguais. 
Concluímos então, tendo visto 
todas as discussões trazidas pelasdisposições da Lei Orgânica da 
Assistência Social (LOAS), percebe-se 
que a concessão de benefícios 
financeiros àqueles que se acham 
sobre as perspectivas elencadas na 
referida legislação tornou-se uma 
forma de ação afirmativa, que 
transformará, a partir das 
desigualdades das pessoas, o direito à 
dignidade, tendo em vista, que o 
tratamento a estas pessoas, diferente, 
às possibilita alcançar o mínimo 
necessário para viver dignamente. 
Conceder ou não, os benefícios 
trazidos tanto pela LOAS, quanto 
pelo Estatuto do Idoso, não é algo a se 
colocar empecilhos, burocracias, pois 
as pessoas que deles necessitam 
muitas vezes não suportariam a 
cansativa espera, que tanto no 
contexto administrativo, quanto no 
judicial, pode tomar contornos de 
“eternidade”. 
Assim, deve-se buscar além de 
tais benefícios outras formas de 
garantir a essas pessoas os meios 
necessários para terem afirmados os 
direitos que lhes são garantidos pela 
Constituição Cidadã, de forma a 
transformar suas vidas, garantindo-
lhes uma vida com um mínimo, o 
patamar necessário para conseguir 
viver socialmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
3. PNAS – POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA 
SOCIASL 
 
 
 
 
O que é a Política Nacional de 
Assistência Social - PNAS? 
É uma política que junto com as 
políticas setoriais, considera 
as desigualdades sócio-territoriais, 
visando seu enfrentamento, à 
garantia dos mínimos sociais, ao 
provimento de condições para 
atender à sociedade e à 
universalização dos direitos sociais. 
O público dessa política são os 
cidadãos e grupos que se encontram 
em situações de risco. Ela significa 
garantir a todos, que dela 
necessitam, e sem contribuição 
prévia a provisão dessa proteção. 
 
A Política de Assistência Social 
vai permitir a padronização, 
melhoria e ampliação dos 
serviços de assistência no país, 
respeitando as diferenças locais. 
Qual o conceito de “família” 
para a PNAS? 
A família para a PNAS - Política 
Nacional de Assistência Social é o 
grupo de pessoas que se acham 
unidas por laços consanguíneos, 
afetivos e, ou de solidariedade. 
Quais são os princípios da 
PNAS? 
 
 20 
Em consonância com o disposto 
na LOAS, capítulo II, seção I, artigo 
4º, a Política Nacional de 
Assistência Social rege-se pelos 
seguintes princípios democráticos: 
I – Supremacia do atendimento 
às necessidades sociais sobre as 
exigências de rentabilidade 
econômica; 
II – Universalização dos 
direitos sociais, a fim de tornar 
o destinatário da ação assistencial 
alcançável pelas demais políticas 
públicas; 
III – Respeito à dignidade do 
cidadão, à sua autonomia e ao 
seu direito a benefícios e serviços de 
qualidade, bem como à convivência 
familiar e comunitária, vedando-se 
qualquer comprovação vexatória de 
necessidade; 
IV – Igualdade de direitos no 
acesso ao atendimento, 
sem discriminação de qualquer 
natureza, garantindo-se 
equivalência às populações urbanas 
e rurais; 
V – Divulgação ampla dos 
benefícios, serviços, programas e 
projetos assistenciais, 
bem como dos recursos oferecidos 
pelo Poder Público e dos critérios 
para sua concessão. 
Quais são as diretrizes da 
Assistência Social? 
A organização da Assistência 
Social tem as seguintes diretrizes, 
baseadas na Constituição Federal de 
1988 e na LOAS: 
I - Descentralização político-
administrativa, cabendo a 
coordenação e as normas gerais à 
esfera federal e a coordenação e 
execução dos respectivos programas 
às esferas estadual e municipal, 
bem como a entidades beneficentes 
e de assistência social, garantindo 
o comando único das ações em cada 
esfera de governo, respeitando-se 
as diferenças e as características 
sócio territoriais locais; 
II – Participação da população, 
por meio de organizações 
representativas, na formulação das 
políticas e no controle das ações em 
todos os níveis; 
III – Primazia da 
responsabilidade do Estado na 
condução da Política de Assistência 
Social em cada esfera de governo; 
IV – Centralidade na família 
para concepção e 
implementação dos benefícios, 
serviços, programas e projetos. 
 
Quais são os objetivos da PNAS? 
 
 21 
A Política Pública de 
Assistência Social realiza-se de 
forma integrada às políticas 
setoriais, considerando 
as desigualdades sócio-territoriais, 
visando seu enfrentamento, à 
garantia dos mínimos sociais, ao 
provimento de condições para 
atender contingências sociais e à 
universalização dos direitos sociais. 
Sob essa perspectiva, objetiva: 
Prover serviços, programas, 
projetos e benefícios de proteção 
social básica e, ou, especial para 
famílias, indivíduos e grupos 
que deles necessitarem; 
Contribuir com a inclusão e a 
equidade dos usuários e grupos 
específicos, ampliando o acesso aos 
bens e serviços sócio assistenciais 
básicos e especiais, em áreas urbana 
e rural; 
Assegurar que as ações no 
âmbito da assistência social tenham 
centralidade na família, e que 
garantam a convivência familiar 
e comunitária. 
Quem são os usuários da PNAS? 
Constitui o público usuário da 
Política de Assistência Social, 
cidadãos e grupos que se encontram 
em situações de vulnerabilidade e 
riscos, tais como: famílias e 
indivíduos com perda ou 
fragilidade de vínculos de 
afetividade, pertencimento e 
sociabilidade; ciclos de vida; 
identidades estigmatizadas em 
termos étnico, cultural e 
sexual; desvantagem pessoal 
resultante de deficiências; exclusão 
pela pobreza e, ou, no acesso 
às demais políticas públicas; uso de 
substâncias psicoativas; diferentes 
formas de violência advinda do 
núcleo familiar, grupos e indivíduos; 
inserção precária ou não inserção no 
mercado de trabalho formal e 
informal; estratégias e 
alternativas diferenciadas de 
sobrevivência que podem 
representar risco pessoal e social. 
 
 
22 
 
 
 
 23 
4. SUAS 
 
 
Para melhor entender o SUAS 
façamos uma pequena retrospectiva. 
A Política Pública de Assistência 
Social se configura como política de 
proteção social. É uma política 
pública não contributiva, dever do 
Estado e direito de todo cidadão que 
dela necessitar. 
O marco legal da referida 
política, tem como ponto principal a 
constituição de 1988, que dedica no 
capítulo da seguridade social, uma 
seção especifica para a Assistência 
Social, por meio dos artigos 203 e 
204. 
Outro marco importante foi a 
Lei Orgânica da Assistência Social 
(Loas), de 1993, que estabelece os 
objetivos, princípios e diretrizes das 
ações. A Loas determina que a 
assistência social seja organizada em 
um sistema descentralizado e 
participativo, composto pelo poder 
público e pela sociedade civil. 
As Conferências de Assistência 
Social se configuram em espaços de 
discussões para o avanço e discussão 
dessa Política e foi após a IV 
Conferência Nacional de Assistência 
Social que se deliberou então, a 
 
 24 
implantação do Sistema Único de 
Assistência Social (Suas). 
Cumprindo essa deliberação, o 
Ministério do Desenvolvimento 
Social e Combate à Fome (MDS) 
implantou o Suas, que passou a 
articular meios, esforços e recursos 
para a execução dos programas, 
serviços e benefícios sócio 
assistenciais. E foi baseado no 
diálogo e na democracia que surgiu 
um Sistema descentralizado, 
participativo, hoje, chamado de 
Sistema Único de Assistência Social- 
SUAS. 
O Sistema Único de Assistência 
de Assistência Social- Suas, é o 
modelo único de gestão da Política 
de Assistência Social em âmbitos 
federal, estadual e municipal. O 
Sistema público organiza, de forma 
descentralizada, os serviços sócios 
assistenciais no Brasil. O Sistema é 
composto pelo poder público e 
sociedade civil, que participam 
diretamente do processo de gestão 
compartilhada. 
O Suas organiza a oferta da 
assistência social em todo o Brasil, 
promovendo bem-estar eproteção 
social a famílias, crianças, 
adolescentes e jovens, pessoas com 
deficiência, idosos – enfim, a todos 
que dela necessitarem. As ações são 
baseadas nas orientações da Política 
Nacional de Assistência Social 
(PNAS), aprovada pelo Conselho 
Nacional de Assistência Social 
(CNAS) em 2004 e pela NOB SUAS 
2012, publicada em 03 de janeiro de 
2013, por meio da resolução nº 33, 
de 12 de dezembro de 2012, 
representa um marco fundamental 
na estruturação do SUAS, 
imprimindo um salto qualitativo na 
sua gestão e na oferta de serviços 
sócio assistenciais em todo o 
território nacional, tendo como base 
a participação e o controle social. 
O SUAS é organizado por 
proteção Básica e Especial, a saber: 
A Proteção Social Básica tem 
como objetivo a prevenção de 
situações de risco por meio do 
desenvolvimento de potencialidades 
e aquisições e o fortalecimento de 
vínculos familiares e comunitários. 
Destina-se à população que vive em 
situação de fragilidade decorrente 
da pobreza, ausência de renda, 
acesso precário ou nulo aos serviços 
públicos ou fragilização de vínculos 
afetivos (discriminações etárias, 
étnicas, de gênero ou por 
deficiências, dentre outras). 
Essa Proteção prevê o 
desenvolvimento de serviços, 
programas e projetos locais de 
acolhimento, convivência e 
socialização de famílias e de 
 
 25 
indivíduos, conforme identificação 
da situação de vulnerabilidade 
apresentada. Esses serviços e 
programas deverão incluir as 
pessoas com deficiência e ser 
organizados em rede, de modo a 
inseri-las nas diversas ações 
ofertadas. Os Benefícios Eventuais e 
os Benefícios de Prestação 
Continuada (BPC) compõem a 
Proteção Social Básica, dada a 
natureza de sua realização. 
A Proteção Social Básica atua 
por intermédio de diferentes 
unidades. Dentre elas, destacam-se 
os Centros de Referência de 
Assistência Social (CRAS) e a rede 
de serviços socioeducativos 
direcionados para grupos 
específicos, dentre eles, os Centros 
de Convivência para crianças, jovens 
e idosos. 
O principal serviço ofertado 
pelo CRAS é o Serviço de Proteção e 
Atendimento Integral à Família 
(PAIF), cuja execução é obrigatória e 
exclusiva. Este consiste em um 
trabalho de caráter continuado que 
visa fortalecer a função protetiva das 
famílias, prevenindo a ruptura de 
vínculos, promovendo o acesso e 
usufruto de direitos e contribuindo 
para a melhoria da qualidade de 
vida. 
A Proteção Social Especial 
(PSE) destina-se a famílias e 
indivíduos em situação de risco 
pessoal ou social, cujos direitos 
tenham sido violados ou ameaçados. 
Para integrar as ações da Proteção 
Especial, é necessário que o cidadão 
esteja enfrentando situações de 
violações de direitos por ocorrência 
de violência física ou psicológica, 
abuso ou exploração sexual; 
abandono, rompimento ou 
fragilização de vínculos ou 
afastamento do convívio familiar 
devido à aplicação de medidas. 
Diferentemente da Proteção 
Social Básica que tem um caráter 
preventivo, a PSE atua com natureza 
protetiva. São ações que requerem o 
acompanhamento familiar e 
individual e maior flexibilidade nas 
soluções. Comportam 
encaminhamentos efetivos e 
monitorados, apoios e processos que 
assegurem qualidade na atenção. 
As atividades da Proteção 
Especial são diferenciadas de acordo 
com níveis de complexidade (média 
ou alta) e conforme a situação 
vivenciada pelo indivíduo ou 
família. Os serviços de PSE atuam 
diretamente ligados com o sistema 
de garantia de direito, exigindo uma 
gestão mais complexa e 
compartilhada com o Poder 
Judiciário, o Ministério Público e 
 
 26 
com outros órgãos e ações do 
Executivo. Cabe ao Ministério do 
Desenvolvimento Social e Combate 
à Fome (MDS), em parceria com 
governos estaduais e municipais, a 
promoção do atendimento às 
famílias ou indivíduos que 
enfrentam adversidades. 
O Centro de Referência 
Especializada em Assistência Social 
(Creas) é a unidade pública estatal 
que oferta serviços da proteção 
especial, especializados e 
continuados, gratuitamente a 
famílias e indivíduos em situação de 
ameaça ou violação de direitos. 
Além da oferta de atenção 
especializada, o Creas tem o papel de 
coordenar e fortalecer a articulação 
dos serviços com a rede de 
assistência social e as demais 
políticas públicas. 
A transparência e a 
universalização dos acessos aos 
programas, serviços e benefícios 
sócio assistenciais, promovidas por 
esse modelo de gestão 
descentralizada e participativa, vem 
consolidar, definitivamente, a 
responsabilidade do Estado 
brasileiro no enfrentamento da 
pobreza e da desigualdade, com a 
participação complementar da 
sociedade civil organizada, através 
de movimentos sociais e entidades 
de assistência social. 
Acesse o link e assista ao 
vídeo/Filme: A Visita Domiciliar: 
https://www.youtube.com/watch?v
=4eBYjdXVewA 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
5. SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE 
 
 
*Paula Fernanda M de Menezes 
**Luciano Silva Gomes 
Nossa Ilustríssima Marilda 
Iamamoto descreve sobre este tema: 
“Pensar o Serviço Social na 
contemporaneidade requer os 
olhos abertos para o mundo 
contemporâneo para decifrá-lo e 
participar da sua recriação. Um 
grande pensador alemão do 
século XIX dizia o seguinte:” a 
crítica não arranca flores 
imaginárias dos grilhões para 
que os homens suportem os 
grilhões sem fantasia e consolo, 
mas para que se livrem deles e 
possam brotar as flores vivas”. É 
esse o sentido da crítica: tirar as 
fantasias que encobrem os 
grilhões para que se possa livrar 
deles, libertando os elos que 
aprisionam o pleno 
desenvolvimento dos indivíduos 
sociais. É nessa perspectiva que 
se inquire a realidade buscando, 
pelo seu deciframento, o 
desenvolvimento de um trabalho 
pautado no zelo pela qualidade 
dos serviços prestados, na defesa 
da universalidade dos serviços 
públicos, na atualização dos 
compromissos éticos –políticos 
com os interesses coletivos da 
população usuária.” 
Marilda Iamamoto em seu livro 
Intitulado “O Serviço Social na 
Contemporaneidade: trabalho e 
 
 
 
29 
formação profissional” incita que esta 
categoria profissional viva no 
presente, decifre este momento e que 
seja capaz de proposta criativas, 
competente em garantir e efetivar os 
direitos sociais, uma vez que Segundo 
Lima(2010) “sob a óptica marxista, o 
capitalismo é o mais revolucionário, 
transformador modo de produção até 
hoje existente. Ele tem que 
revolucionar, constantemente, as 
forças produtivas, as relações de 
produção, os valores, a ética etc.” e é 
nesse sistema de produção 
revolucionário que o Assistente Social 
desenvolve sua prática, ou seja, 
precisa ser mais e mais 
revolucionário para fazer valer à luz 
do projeto ético-político os Direitos 
sociais. 
O Serviço Social enquanto 
profissão, também de intervenção na 
realidade social tem sua centralidade 
nas relações sociais advindas do 
modo como a sociedade está 
organizada. Por estar inserido no 
sistema capitalista, esse processo 
sócio produtivo é pautado por 
contradições metabólicas entre 
capital e trabalho. 
Atualmente o sistema capitalista 
na sua versão neoliberal, estabelece 
correlações de forças advindas da 
exploração, da concentração de 
rendas e da propriedade privada 
estabelecendo, portanto a Questão 
Social e suas expressões atingindo 
principalmente e de forma diferente 
os segmentos que vivem do trabalho. 
O Serviço Social Contemporâneo 
deve levar em consideração esta 
realidade sócio histórica e responder 
de forma ético-política às demandas 
advindas dessa relação, daí a 
discussão e os debates estabelecidos 
na profissão estarem pontuados nas 
seguintes temáticas: 
 Reestruturação Produtiva; 
 Políticas Públicas; 
 Centralidade do Trabalho; 
 Adversidade; 
 Projeto Ético-político; Garantia de Direitos; 
 Responsabilidade Social, 
dentre outras. 
A compreensão e intervenção 
nas temáticas acima partem do 
Serviço Social como prática 
profissional institucionalizada, 
portanto, como ação interventiva e 
reflexiva nas expressões da questão 
social, sendo essas expressões 
justificadoras de políticas 
compensatórias e pouco eficientes na 
superação de suas causas que são 
inerentes ao próprio sistema 
capitalista. 
As respostas interventivas a 
estas situações estão pautadas em 
complexas justificações teórico-
 
 
 
30 
metodológicas, daí a importância do 
conhecimento do método e das 
teorias sociais, não só para referendar 
a ação, mas fundamentalmente para 
fortalecer a visão do profissional de 
homem-mundo e mobilizar o mesmo 
no sentido de uma maior 
participação, seja para melhorar a 
realidade seja de superá-la 
radicalmente. 
A Importância Da Pesquisa No 
Serviço Social 
 
 
Você sabe o que é pesquisa? 
O que pesquisa tem a ver com 
Serviço Social? 
Uma pesquisa é um processo de 
construção de um conhecimento ou 
de um saber com dois objetivos: 
 Gerar novos 
conhecimentos 
 Confirmar ou 
desconstruir um conceito já existente. 
Como fator resultante de uma 
pesquisa, temos um rico processo de 
aprendizagem, que ocorre numa via 
de mão dupla: traz benefícios tanto 
para quem desenvolve e aplica a 
pesquisa e para a 
sociedade/grupo/comunidade 
pesquisada. 
A pesquisa pode construir o 
conhecimento científico, isto por que 
ela favorece a ruptura do senso 
comum e gera um novo 
conhecimento com base em 
fundamentos teóricos relevantes 
construídos com base em uma 
metodologia adequada. 
Este conhecimento científico é 
transmitido de forma lógica, racional, 
através de processos formais de 
aprendizagem. Busca explicar o “por 
que” e “como” os fenômenos ocorrem 
para evidenciar fatos correlacionados 
em uma visão mais globalizante do 
que a relacionada com um simples 
fato. Tal passagem do senso comum 
para o conhecimento científico 
caracteriza-se pela adoção de alguns 
elementos, tais como: definição de 
um referencial teórico que permita 
uma visão de conjunto, pois este dá 
sustentação ao profissional para 
desenvolver sua prática [...]. É 
necessária também, a definição de 
um caminho para chegar a um 
método e é maior que a metodologia 
(LOPES, 2008, p. 16). 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/a-importancia-da-pesquisa-no-servico-social/24940
 
 
 
31 
Estamos falando em métodos e 
metodologia. Esses dois conceitos são 
iguais? Se não, qual a diferença? 
Vejamos! 
O método é desenvolvido pela 
razão, pelo entendimento, pela 
problematização e exige – de quem o 
desenvolve – conhecimentos 
relativamente profundos nas teorias 
correlacionadas. 
A metodologia está mais 
preocupada com o como fazer, como 
operacionalizar a pesquisa que será 
calcada na fundamentação teórica do 
método. Nessa etapa são definidos os 
instrumentos, técnicas e demais 
recursos que serão utilizados para 
que se alcance o objetivo final. 
Podemos ainda definir pesquisa 
como sendo o processo estruturado 
em função de um problema. Este, por 
sua vez, passa a ser o fator – chave da 
pesquisa e deve ser delimitado nos 
quesitos tempo e espaço. 
Em todas as profissões a 
pesquisa é um elemento fundamental 
e não é diferente no caso do assistente 
social. É através da pesquisa que 
novas decisões são tomadas em prol 
de uma comunidade, visando 
melhorias da condição de vida 
daquela população. Para tanto o 
espírito investigativo do pesquisador 
deve estar presente, ele deve ter – na 
sua essência – a curiosidade, a 
vontade de ir além, de saber mais. 
Mas no que consiste investigar 
alguma coisa, pesquisar algo? Você 
sabe? 
Investigar versa em um estudo 
sistemático que tem por objetivo 
construir conhecimentos e buscar 
soluções para uma dada 
problemática. Estuda a relação 
sujeito x meio x objeto. 
O conhecimento a ser construído 
pela investigação vislumbra não 
somente a compreensão e explicação 
do real, mas a instrumentalização das 
ações profissionais. O pesquisador, 
em uma mesma pesquisa, poderá ter 
diferentes motivos para investigar, 
mas sempre terá um motivo central 
que irá impulsioná-la (LOPES, 2008. 
P. 17). 
No que se refere especificamente 
ao Serviço Social, a pesquisa deve 
proporcionar um aprofundamento do 
conhecimento na área a fim de 
resultar em melhores decisões e 
intervenções positivas no contexto 
social que a pesquisa está inserida. 
Assim, segundo Lopes (2008), a 
construção de um novo saber baseado 
em uma pesquisa ou processo de 
investigação, realiza um movimento 
dialético que consiste em: 
 
 
 
32 
1) análise e crítica do objeto base 
da pesquisa; 
2) construção de novos 
conhecimentos 
3) síntese do plano de ação e do 
conhecimento. 
Dessa forma, o movimento 
dialético pressupõe a seguintes fases: 
1) teoria a ser defendida; 
2) crítica; 
3) síntese. 
É importante que o profissional 
de assistência social tenha claro que 
os conhecimentos que são utilizados 
para nortear o trabalho ou a pesquisa 
devem ser diretamente proporcionais 
a problemática social em questão. 
Portanto, diante dos problemas 
específicos, o profissional não tem 
apenas que analisar o que acontece, 
mas tem que formular uma crítica e 
tomar uma decisão por um 
determinado tipo de construção de 
alternativas como produto de 
investigação. O modo como o 
pesquisador faz isso, é o que irá 
determinar a relação que ele 
estabelece com a teoria (LOPES, 
2008. P. 18). 
O que irá determinar qual a linha 
de estudos que a pesquisa social irá 
seguir é a problemática principal, o 
objeto de estudo em si. Nesse 
processo é fundamental ter todas as 
informações necessárias de forma 
mais completa possível sobre o 
sujeito/objeto de estudos. 
O trabalho de pesquisa, dentro 
de um espaço Profissional, indica 
expressar e trabalhar com 
singularidades, com experiências e 
histórias de vida e para isso é 
fundamental uma aproximação 
peculiar entre o pesquisador e o 
sujeito objeto da pesquisa. Nesse 
processo se trabalha 
fundamentalmente com formulação 
de hipóteses, instrumentos de 
pesquisas delimitados e dados 
estatísticos e matemáticos. Assim, ao 
se fazer uma pesquisa social devemos 
estar cientes da necessidade de 
quebras de paradigmas, de romper 
com padrões tradicionais de 
pesquisas e estar apto a desenvolver 
novas metodologias adequadas a 
realidade da questão social. 
As Competências do Serviço 
Social na Contemporaneidade 
Se no momento da origem do 
Serviço Social como uma profissão 
inscrita na divisão do trabalho, era 
apenas a sua dimensão técnica que 
lhe garantia os estatutos de eficácia e 
competência profissional (isto é, era a 
forma e os resultados imediatos de 
 
 
 
33 
sua ação que lhe garantiam 
legitimidade e reconhecimento da 
sociedade), o Movimento de 
Reconceituação buscou superar essa 
visão unilateral. No universo das 
diversas correntes que atuaram nesse 
movimento, a principal motivação 
era dar ao Serviço Social um estatuto 
científico. E mais propriamente, no 
âmbito da corrente que Netto (2004) 
denominou de “Intenção de Ruptura” 
(que para ele significa o rompimento 
com as visões conservadoras da 
profissão), foi levantada a 
necessidade de que a profissão se 
debruçasse sobre a produção de um 
conhecimento crítico da realidade 
social, para que o próprio Serviço 
Social pudesse construir os objetivos 
e (re)construir objetos de sua 
intervenção, bem como responder às 
demandas sociais colocadas pelo 
mercado de trabalho e pela realidade. 
Assim, pôde o Serviço Social 
aprofundar o diálogo crítico e 
construtivo com diversos ramos das 
chamadas Ciências Humanas e 
Sociais (Economia, Sociologia, 
Ciência Política, Antropologia, 
Psicologia). 
A partir deentão, entramos no 
período em que os autores 
contemporâneos da profissão 
chamam de “maturidade acadêmica e 
profissional do Serviço Social” (Netto, 
1996), que procurou definir novos 
requisitos para o status de 
competência profissional. Iamamoto 
(2004), após realizar uma análise dos 
desafios colocados ao Serviço Social 
nos dias atuais, apontou 03 
dimensões que devem ser do domínio 
do Assistente Social: 
•Competência ético-política 
– o Assistente Social não é um 
profissional “neutro”. Sua prática se 
realiza no marco das relações de 
poder e de forças sociais da sociedade 
capitalista – relações essas que são 
contraditórias. Assim, é fundamental 
que o profissional tenha um 
posicionamento político frente às 
questões que aparecem na realidade 
social, para que possa ter clareza de 
qual é a direção social da sua prática. 
Isso implica em assumir valores 
ético-morais que sustentam a sua 
prática – valores esses que estão 
expressos no Código de Ética 
Profissional dos Assistentes Sociais 
(Resolução CFAS nº 273/93)5, e que 
assumem claramente uma postura 
profissional de articular sua 
intervenção aos interesses dos setores 
majoritários da sociedade; 
•Competência teórico-
metodológica – o profissional deve 
ser qualificado para conhecer a 
realidade social, política, econômica e 
cultural com a qual trabalha. Para 
isso, faz-se necessário um intenso 
rigor teórico e metodológico, que lhe 
 
 
 
34 
permita enxergar a dinâmica da 
sociedade para além dos fenômenos 
aparentes, buscando apreender sua 
essência, seu movimento e as 
possibilidades de construção de 
novas possibilidades profissionais; 
•Competência técnico-
operativa – o profissional deve 
conhecer, se apropriar, e, sobretudo, 
criar um conjunto de habilidades 
técnicas que permitam ao mesmo 
desenvolver as ações profissionais 
junto à população usuária e às 
instituições contratantes (Estado, 
empresas, Organizações Não-
governamentais, fundações, 
autarquias etc.), garantindo assim 
uma inserção qualificada no mercado 
de trabalho, que responda às 
demandas colocadas tanto pelos 
empregadores, quanto pelos 
objetivos estabelecidos pelos 
profissionais e pela dinâmica da 
realidade social. 
Essas três dimensões de 
competências nunca podem ser 
desenvolvidas separadamente – caso 
contrário, cairemos nas armadilhas 
da fragmentação e da despolitização, 
tão presentes no passado histórico do 
Serviço Social (Carvalho& Iamamoto, 
2005). 
Contudo, articular essas três 
dimensões coloca um desafio 
fundamental, e que vem sendo um 
tema de grande debate entre 
profissionais e estudantes de Serviço 
Social: a necessidade da articulação 
entre teoria e prática. Investigação e 
intervenção, pesquisa e ação, ciência 
e técnica não devem ser encaradas 
como dimensões separadas– pois isso 
pode gerar uma inserção 
desqualificada do Assistente Social no 
mercado de trabalho, bem como ferir 
os princípios éticos fundamentais que 
norteiam a ação profissional: 
O que se reivindica, hoje, é que a 
pesquisa se afirme como uma 
dimensão integrante do exercício 
profissional, visto ser uma 
condição para se formular 
respostas capazes de 
impulsionara formulação de 
propostas profissionais que 
tenham efetividade e permitam 
atribuir materialidade aos 
princípios ético-políticos 
norteadores do projeto 
profissional. Ora, para isso é 
necessário um cuidadoso 
conhecimento das situações ou 
fenômenos sociais que são objeto 
de trabalho do assistente social 
(IAMAMOTO:2004; p. 56). 
Pensar sob esse ponto de vista 
significa colocar o Serviço Social em 
um lugar de destaque, tanto no plano 
da produção do conhecimento 
científico (rompendo com o discurso 
do senso comum) como no âmbito 
das instituições públicas e privadas 
 
 
 
35 
que, de algum modo, atuam sobre a 
“questão social”. 
O Assistente Social ocupa um 
lugar privilegiado no mercado de 
trabalho: na medida em que ele atua 
diretamente no cotidiano das classes 
e grupos sociais menos favorecidos, 
ele tem a real possibilidade de 
produzir um conhecimento sobre 
essa mesma realidade. E esse 
conhecimento é, sem dúvida, o seu 
principal instrumento de trabalho, 
pois lhe permite ter a real dimensão 
das diversas possibilidades de 
intervenção profissional. 
Assim, o processo de qualificação 
continuada é fundamental para a 
sobrevivência no mercado de 
trabalho. Estudar, pesquisar, debater 
temas, reler livros e textos não podem 
ser atividades desenvolvidas apenas 
no período da graduação ou nos 
“muros” da universidade e suas salas 
de aula .Se no cotidiano da prática 
profissional o Assistente Social não se 
atualiza, não questiona as demandas 
institucionais, não acompanha o 
movimento e as mudanças da 
realidade social, estará certamente 
fadado ao fracasso e a uma 
reprodução mecânica de atividades, 
tornando-se um burocrata, e, sem 
dúvidas, não promovendo mudanças 
significativas seja no cotidiano da 
população usuária ou na própria 
inserção do Serviço Social no 
mercado de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
6. AS COMPETÊNCIAS/HABILIDADES NECESSÁRIA 
PARA A PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL 
 
Na profissionalização de um 
assistente Social é necessário que este 
possua competências e habilidades 
específicas. 
Segundo Thompson (2000) 
existe uma separação entre 
competências e 
habilidades/capacidades, pois a 
competência integra a 
capacidade/habilidade e a 
capacidade de utilizarmos na ação 
técnica (na pratica), enquanto que, 
em si, a capacidade/habilidade é algo 
que se aprende de modo a 
desenvolver uma atividade da melhor 
maneira possível, como por exemplo, 
a paciência, a sensibilidade, a 
organização. Estas ao serem 
aprendidas são mobilizadas na escuta 
ativa, respeito pelo outro, 
comunicação, empatia, reflexividade 
e capacidade discursiva. 
 
 38 
 
 
Um profissional de serviço social 
deve ser objetivo no seu percurso 
profissional, assim sendo, o 
profissional não se pode basear em 
juízos de valor, pois estes detêm uma 
conotação do “dever ser” e provêm de 
valores aprendidos em sociedade e 
designam o padrão corretivo da 
sociedade e o que é aceitável. Por isso 
mesmo, o profissional operacionaliza 
juízos de facto, sendo que estes 
centram a sua interpretação da 
realidade em si, podem ser 
descritivos centrando-se no que as 
coisas são e não são são avaliativos. 
Para que haja uma melhoria do 
processo de objetivação é necessário 
proceder à relativização e perceber os 
fatos aprendidos consoante o 
contexto em que se encontram 
inseridos. Deve-se também proceder 
à totalidade solidária, não 
esquecendo que o fenómeno em 
estudo depende de uma “multi 
dimensão” e que se deve analisar 
todos os seus pressupostos e 
sistematiza-los. Deve-se também 
proceder à aplicação da fatualidade 
(descrição dos fatos) e ao 
questionamento (habilidade de 
questionar o fenómeno e a análise 
para poder originar novas 
conclusões). Tudo isto, é essencial 
porque é orientado pelos objetivos 
fulcrais para que o profissional haja 
de forma profissional e coerente na 
resposta aos casos. 
Por fim, um bom planeamento, 
ou seja um planeamento objetivo, 
conta com a capacidade de 
https://servicosocial1lab.files.wordpress.com/2012/05/sem-tc3adtulo.jpg
 
 39 
envolvimento, distanciamento e 
reflexividade do profissional de 
serviço social. 
A investigação de fenómenos 
nesta profissão depende de um certo 
envolvimento profissional e técnico 
com a população alvo. Daí a 
necessidade de existir a 
consciencialização de certo 
distanciamento emocional, que não 
influencie as conclusões/ respostas 
ao caso(s). 
Campos de Atuação do Serviço 
Social 
Vamos compreender a prática do 
assistente social bem como conhecer 
os espaçosde intervenção deste 
profissional na sociedade. 
O profissional de Serviço Social 
realiza um trabalho essencialmente 
socioeducativo e está qualificado para 
atuar nas diversas áreas ligadas à 
condução das políticas sociais 
públicas e privadas, tais como 
planejamento, organização, 
execução, avaliação, gestão, pesquisa 
e assessoria. O seu trabalho tem como 
principal objetivo responder às 
demandas dos usuários dos serviços 
prestados, garantindo o acesso aos 
direitos assegurados na Constituição 
Federal de 1988 e na legislação 
complementar. Para isso, o assistente 
social utiliza vários instrumentos de 
trabalho, como entrevistas, análises 
sociais, relatórios, levantamento de 
recursos, encaminhamentos, visitas 
domiciliares, dinâmicas de grupo, 
pareceres sociais, contatos 
institucionais, entre outros. 
O assistente social é responsável 
por fazer uma análise da realidade 
social e institucional, e intervir para 
melhorar as condições de vida do 
usuário. A adequada utilização desses 
instrumentos requer uma contínua 
capacitação profissional que busque 
aprimorar seus conhecimentos e 
habilidades nas suas diversas áreas 
de atuação. 
A atuação do assistente social 
faz-se desenvolvendo ou propondo 
políticas públicas que possam 
responder pelo acesso dos segmentos 
de populações aos serviços e 
benefícios construídos e 
conquistados socialmente, 
principalmente, aquelas da área da 
Seguridade Social. De modo geral, as 
instituições que requisitam o 
profissional de Serviço Social 
ocupam-se de problemáticas 
relacionadas a: crianças moradoras 
de rua, em trabalho precoce, com 
dificuldades familiares ou escolares, 
sem escola, em risco social, com 
deficiências, sem família, drogadas, 
internadas, doentes; adultos 
desempregados, drogados, em 
conflito familiar ou conjugal, 
aprisionados, em conflito nas 
 
 40 
relações de trabalho, hospitalizados, 
doentes, organizados em grupos de 
interesses políticos em defesa de 
direitos, portadores de deficiências; 
idosos asilados, isolados, organizados 
em centros de convivência, 
hospitalizados, doentes; minorias 
étnicas e demais expressões da 
questão social. 
Devido à experiência acumulada 
no trabalho institucional, o assistente 
social tem-se caracterizado pelo seu 
interesse, competência e intervenção 
na gestão de políticas públicas e hoje 
contribuindo efetivamente na 
construção e defesa delas, a exemplo 
do Sistema Único de Saúde – SUS –, 
da Lei Orgânica da Assistência Social 
– Loas – e do Estatuto da Criança e 
do Adolescente – ECA –, 
participando de conselhos 
municipais, estaduais e nacionais, 
bem como das conferências nos três 
níveis de governo, onde se traçam as 
diretrizes gerais de execução, 
controle e avaliação das políticas 
sociais. 
Estamos falando tanto no perfil 
do assistente social e nas 
intervenções deste profissional. Mas 
você sabe quais espaços ele pode 
atuar? Vamos conhecer alguns: 
Meio ambiente 
Os fatores que justificam a 
intervenção do Profissional nesta 
aérea são justamente as novas 
situações que são geradas não só pelo 
confronto que passa a existir entre a 
população, na condição de 
expropriados e a concessionária, mas 
também pelos efeitos causados pelos 
empreendimentos. 
No caso das construções de 
Usinas Hidrelétricas, o objetivo do 
Serviço Social é o de incrementar as 
ações que vão possibilitar o 
desenvolvimento da política 
energética através de maior geração 
de eletricidade justificada pela 
necessidade de atender a demanda 
causada pelo desenvolvimento 
econômico regional. Diante dessa 
justificativa as empresas estatais 
desapropriam terras, desalojam 
populações e criam situações de 
conflito em diferentes momentos: 
antes da construção, durante e após o 
término do empreendimento. 
O Assistente Social enquanto 
pesquisador do meio ambiente 
Serviço Social poderá, como 
qualquer outra área do conhecimento 
estudar os impactos ambientais 
causados pela construção de Usinas 
Hidrelétricas ou vir a compor uma 
equipe de pesquisadores que tem 
como objetivo o estudo dos impactos 
causados no meio ambiente por essas 
Usinas. 
Saúde 
 
 41 
Os assistentes sociais se inserem 
no processo de trabalho em saúde, 
como agente de interação entre os 
níveis do Sistema Único de Saúde – 
SUS com as demais políticas sociais, 
sendo que o principal objetivo de seu 
trabalho no setor é assegurar a 
integralidade e intersetorialidade das 
ações. 
O profissional desenvolve, ainda, 
atividades de natureza educativa e de 
incentivo à participação da 
comunidade para atender as 
necessidades de coparticipação dos 
usuários no desenvolvimento de 
ações voltadas para a prevenção, 
recuperação e controle do processo 
saúde/doença. O que vale ainda 
ressaltar na inserção atual do 
assistente social na área de saúde é o 
fato de que essa “prática” não é mais 
mediada pela ideologia da ajuda e sim 
pela perspectiva da garantia de 
direitos sociais. 
Educação 
A presença dos assistentes 
sociais nas escolas expressa uma 
tendência de compreensão da própria 
educação em uma dimensão mais 
Integral, envolvendo os processos 
sócio institucionais e as relações 
sociais, familiares e comunitárias que 
fundam uma educação cidadã, 
articuladora de diferentes dimensões 
da vida social como constitutivas de 
novas formas de humana, nas quais o 
acesso aos direitos sociais é crucial. 
Assistência social 
Assistente social como 
trabalhador da Assistência Social tem 
como finalidade básica o 
fortalecimento dos usuários como 
sujeito de direitos e o fortalecimento 
das políticas públicas. Tendo em vista 
que o Assistente Social é um 
profissional comprometido com a 
autonomia dos sujeitos, com a crença 
no potencial dos moradores e das 
famílias das populações 
referenciadas pelo CRAS, para que 
rompam com o processo de exclusão 
/marginalização, assistencialismo e 
tutela. 
O profissional de Serviço Social 
trabalha na emancipação de famílias 
e comunidades, sendo que, uma das 
mais importantes dimensões do 
papel do assistente social, sempre na 
perspectiva de cumprir com o desafio 
de integrar as políticas sociais. Uma 
integração que, respeitadas as 
especificidades de cada área, se dá 
pelo ponto que têm em comum: a 
defesa da vida, da dignidade e do 
desenvolvimento social que 
possibilite a mais justa distribuição 
de bens e riquezas no país. 
Empresa 
 
 42 
No processo de inserção do 
Serviço Social no mundo privado do 
trabalho pode se afirmar que sua 
atuação nessa direção gira em torno 
tanto do funcionário quanto da 
empresa, na resolução ou na 
contenção de situação conflituosa e/ 
ou de dificuldades na produção ou 
nas relações sociais cuja atuação em 
alguns casos é estendida à família dos 
funcionários. 
Assessoria e consultoria 
Área de atuação profissional que 
requer preparo técnico, 
embasamento teórico e 
comprometimento ético político. Um 
profissional capaz de formular, gerir, 
implementar e avaliar políticas, 
projetos sociais, elaborar estudos e 
pesquisas. 
ONGs 
Atividades predominantes são: o 
esclarecimento de direitos sociais, 
benefícios e serviços institucionais; o 
planejamento de programas e 
projetos sociais; a 
assessoria/acompanhamento à 
grupos sociais; 
orientação/encaminhamento de 
serviços e benefícios sociais. 
Atuação do Assistente Social no 
Judiciário 
O Serviço Social tem seu espaço 
de trabalho dentro do judiciário, 
atuando como “peritos” e com isso 
poderão assumir responsabilidade 
sobre a vida de pessoas que estão em 
situações de vulnerabilidade social, 
que necessitam de proteção judicial. 
Os Assistentes Sociais utiliza o 
estudo social como instrumento para 
análise da realidade encontrada pelos 
autores das ações judiciais podendo 
ser chamados a dar opiniões, fazer 
laudos e pareceres sociais. Sendo que 
estesconstituem subsídios para 
instrumentos as decisões e análise da 
situação e posicionamento diante dos 
fatos apresentados. 
O Assistente Social na área de 
consultoria 
O Assistente Social como 
consultor através da atuação junto a 
empresa e seus gestores e 
colaboradores pode oferecer 
alternativas que repercutem 
positivamente na empresa 
principalmente nas áreas de: 
• Elevação da produtividade 
• Melhoria do clima 
organizacional 
• Redução de acidentes do 
trabalho 
• Redução do absenteísmo 
 
 43 
• Melhor imagem positiva da 
Empresa 
• Melhor utilização dos 
Benefícios oferecidos pela Empresa 
• Mapeamento Social, 
Diagnóstico Social e Clima 
Organizacional; 
• Administração de Benefícios / 
Convênios / Auto-Gestão 
• Sinistralidade de Convênios 
• Terceirização: controles 
administrativos, implantação de 
rotinas, suporte à área de RH, de 
acordo com o perfil e necessidade do 
cliente. 
O Assistente Social exerce suas 
funções através de palestras, 
atendimentos individuais, grupais, 
dinâmicos e pesquisas, atua também 
promovendo reflexos sobre a origem 
dos fatores levando o cliente/ 
colaborador a ser capaz de decidir sua 
própria vida e carreira. 
O Assistente Social na área da 
Habitação 
A atuação do Assistente Social na 
habitação estar norteada pelo 
Caderno de Orientação Técnico 
Social (COTS) que tem a finalidade de 
orientar as equipes técnicas sociais 
dos Estados, Distrito Federal, 
Municípios, responsáveis pela 
implantação dos programas 
habitacionais. Esta intervenção 
técnico-social é norteada pelos 
seguintes eixos básicos: 
• Apoio à mobilização e 
organização comunitária; 
• Condominial, capacitação 
profissional, geração de trabalho 
renda; 
• Educação, 
sanitária/patrimonial; 
• Trabalho socioambiental e 
ações informativas; 
• Características sociais e 
econômicas da população a ser 
beneficiada. 
Como vimos, o campo de atuação 
do assistente social é bem amplo e 
diversificado. São inúmeras as 
possibilidades e isso faz com que a 
formação, a qualificação e a 
capacitação destes sejam 
aprimoradas. Exige-se um maior 
conhecimento e uma maior 
capacidade de lhe dar com situações 
difíceis e de compreender as relações 
humanas nas diferentes instâncias. 
O assistente social tem que estar 
preparado para enfrentar pessoas 
viciadas em drogas psicoativas, 
doentes com AIDS ou outras doenças 
terminais, desemprego, violência 
doméstica, trabalho infantil, balanço 
 
 44 
social, responsabilidade social entre 
tantos outros. 
Além disso, o assistente social 
deve estar atento aos índices de 
controle social, tais como: índice de 
natalidade e mortalidade, tempo de 
vida, número de pessoas por famílias, 
renda, escolaridade, etc. Esses 
ajudarão o profissional a criar um 
cenário e propor ações condizentes a 
fim de atuar na causa – raiz da 
problemática social. 
 
 
 
 
 
 
 46 
7. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CÓDIGO DE ÉTICA 
PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL 
 
 
I. Reconhecimento da liberdade 
como valor ético central e das 
demandas políticas a ela inerentes - 
autonomia, emancipação e plena 
expansão dos indivíduos sociais; 
II. Defesa intransigente dos 
direitos humanos e recusado arbítrio 
e do autoritarismo; 
III. Ampliação e consolidação da 
cidadania, considerada tarefa 
primordial de toda sociedade, com 
vistas à garantia dos direitos civis 
sociais e políticos das classes 
trabalhadoras; 
IV. Defesa do aprofundamento 
da democracia, enquanto socialização 
da participação política e da riqueza 
socialmente produzida; 
V. Posicionamento em favor da 
equidade e justiça social, que 
assegure universalidade de acesso aos 
bens e serviços relativos aos 
programas e políticas sociais, bem 
como sua gestão democrática; 
VI. Empenho na eliminação de 
todas as formas de preconceito, 
incentivando o respeito à 
diversidade, à participação de grupos 
socialmente discriminados e à 
discussão das diferenças; 
VII. Garantia do pluralismo, 
através do respeito às correntes 
profissionais democráticas existentes 
 
 47 
e suas expressões teóricas, e 
compromisso com o constante 
aprimoramento intelectual; 
VIII. Opção por um projeto 
profissional vinculado ao processo de 
construção de uma nova ordem 
societária, sem dominação, 
exploração de classe, etnia e gênero; 
IX. Articulação com os 
movimentos de outras categorias 
profissionais que partilhem dos 
princípios deste Código e com a luta 
geral dos/as trabalhadores/as; 
X. Compromisso com a 
qualidade dos serviços prestados à 
população e com o aprimoramento 
intelectual, na perspectiva da 
competência profissional; 
XI. Exercício do Serviço Social 
sem ser discriminado, nem 
discriminar, por questões de inserção 
de classe social, gênero, etnia, 
religião, nacionalidade, orientação 
sexual, identidade de gênero, idade e 
condição física. 
Para ter acesso ao Código de 
Ética Profissional do(a) Assistente 
Social completo acesse o link: 
http://www.cress-
es.org.br/site/images/cep_2011.pdf 
 
 
 
 
 
 
 49 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE 
MUNICÍPIOS. Sistema Único de 
Assistência Social. Disponível 
em:<http://portalamm.org.br/siste
ma-unico-de-assistencia-social/>. 
Acesso em: 28 set. 201 
Barbosa, Davi. PNAS - Política 
Nacional de Assistência Social – 
Institucional. Disponível em: 
<http://amoservicosocial.blogspot.
com.br/2013/03/pnas-politica-
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Acesso em: 28 set. 2017 
Florentino da Silva, Heleno. A 
Lei Orgânica da Assistencia Social 
(LOAS) como ação afirmativa a 
garantir o direito a diferença. 
Disponível em: 
<http://www.conteudojuridico.com
.br/artigo,a-lei-organica-da-
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28 set. 2017. 
M. de Menezes, Paula 
Fernanda; S. Gomes, Luciano. 
Serviço Social na 
Contemporaniedade. Disponível 
em: 
<http://escritossociais.blogspot.co
m.br/2011/04/servico-social-na-
contemporaneidade.html>. Acesso 
em: 28 set. 2017 
PORTAL EDUCAÇÃO. A 
importância da Pesquisa no Serviço 
Social. Disponível 
em:<https://www.portaleducacao.c
om.br/conteudo/artigos/idiomas/a
-importancia-da-pesquisa-no-
servico-social/24940>. Acesso em: 
28 set. 2017 
__________________. 
Campos de Atuação do Serviço 
Social. Disponível 
em:<https://www.portaleducacao.c
om.br/conteudo/artigos/idiomas/c
ampos-de-atuacao-do-servico-
social/24945>. Acesso em: 28 set. 
2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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