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Indução Anestésica e Planos Anestésicos. 
Classificação de risco anestésico.
ASA - American Society of Anesthesiologists.
	ASA
	Descrição. 
	Exemplos. 
	I
	Aparentemente hígido.
	Procedimentos eletivos OSH, orquiectomia. 
	II
	Doença sistêmica leve.
	Neonatos e geriátricos, gestantes, obesos, cardiopatas compensados, infecções localizadas. 
	III
	Doença sistêmica moderada.
	Desidratação moderada, hipovolemia, anorexia, caquexia, anemia, fraturas complicadas, hérnia diafragmática, pneumotórax. 
	IV
	Doença sistêmica grave.
	Choque, uremia, toxemia, desidratação grave, hipovolemia, anemia grave, síndrome torção/dilatação gástrica, doenças cardíacas e renais descompensadas. 
	V
	Moribundos sem expectativa de sobrevivência, com ou sem cirurgia nas 24 horas.
	Falência de múltiplos órgãos, choque, traumas cranianos. 
	E
	Emergência (devera ser acrescentada no estado físico do paciente: I a V) 
 A classificação é essencial antes de realizar administração de fármacos no paciente. 
Indução anestésica. 
Visa:
-Levar o animal a um estado de hipnose, analgesia e miorrexamento, capazes de propiciar o ato cirúrgico.
-Injetável ou inalado. 
 Os procedimentos cirúrgicos se iniciam na indução anestésica. 
 A via injetável, principalmente IV é a mais comum.
 A via inalatória, através de máscara, utiliza-se geralmente em neonatos e animais exóticos. 
Antes da indução anestésica. 
-Fazer o checklist: 
 A ocorrência de apneia durante a indução é comum, sendo necessário organização para melhor atender a necessidade do paciente. 
-Organização!!!
-1º passo: paciente;
 Verificando jejum e quantidade de tempo; exames e alterações do paciente; procedimento que será realizado; assinatura do tutor dos termos de responsabilidade. 
-2º passo: checar gases;
Checar cilindros de oxigênio sua pressão, qualidade das válvulas, entre outras. 
-3º passo: aparelho de anestesia;
Esse aparelho fornece os gases necessário aos pacientes. 
-4º passo: medicamentos e acessos;
Identificando os fármacos utilizado. 
Fármacos de emergência é necessário fazer o calculo para o paciente antes do procedimento. 
-5º passo: monitoração.
Verificando a eficácia do monitor, juntamente com estetoscópio em casos duvidosos. 
Estágios e planos anestésicos. 
-Critérios indicados por Guedel.
-Anestesia dissociativa e Neuroleptoanalgesia: não ocorre esses estágios e planos, pois não causa depressão do córtex cerebral. 
O estagio e planos na pratica ocorre muito rapidamente, ocorre com fármacos indutores. 
-Estágio I: excitação voluntária.
-Estágio II: delírio ou excitação involuntária.
-Estágio III: anestesia propriamente dita.
 1º plano: plano de anestesia superficial;
 2º plano: plano de anestesia média;
 3º plano: plano de anestesia profunda;
Plano ideal para inicio do procedimento cirúrgico. 
 4º plano: depressão bulbar.
-Estágio IV: choque bulbar e morte.
Estágio I.
-Inicio da indução ate inicio da perda da consciência. 
-Excitação Voluntária.
-Ativação simpática:
 -Taquicardia;
 -Urina e defecação;
 -Sialorreia;
 -Midríase.
 Paciente esta no centro cirúrgico e esta alerta, podendo causar ansiedade, pela aplicação doloroso que depende dos fármacos. A incontinência ocorre em pacientes nervosos. 
 Os sinais da ativação simpática podem ser amenizados pela MPA aplicada anteriormente. 
Estágio II.
-Perda da consciência até padrão regular respiratório.
-Excitação involuntária.
-Reflexos exagerados:
 -Taquicardia;
 -Midríase;
 -Hiperventilação;
 -Vocalização.
 Paciente com hipnose mais acentuada, há perda cognitiva e de percepção ambiental (estímulos ambientais). 
 É muito influenciado pela MPA que visa a diminuição dos efeitos excitatórios. 
 Os reflexos exagerados dependem individualmente do paciente. 
 O nistagmo (movimentação do globo ocular) é comum ocorrer em equinos. 
Estágio III (4 planos).
-Anestesia cirúrgica. 
-Inconsciência
 -Perda progressiva dos reflexos
 -Relaxamento muscular
 -Ventilação lenta, profunda e regular
 Perda dos reflexos, como o reflexo laringotraqueal, palpebral, entre outros. Sendo necessário e possibilitando a intubação orotraqueal. 
 É o estagio ideal para o procedimento cirúrgico. 
1º plano (Estágio III).
-Movimento do globo ocular presente.
-Reflexo protetor presente.
 São reflexos involuntários, não conseguindo realizar a sondagem da traqueia. 
 A avaliação é por estimulo do local, como encostar no globo ocular avaliando o reflexo palpebral. 
 Pela abertura da mandíbula é possível avaliar o tônus muscular, possibilitando a classificação do plano do estagio III que o paciente se encontra. 
2 º plano (Estágio III). 
-Pulso e respiração estáveis.
Dependendo muito do fármaco utilizado.
-Reflexos laringotraqueal e palpebral ↓ ↓.
-Reflexo corneal presente.
 Depende muito da espécie animal, como os suínos e felinos podem haver o reflexo laringotraqueal muito presente, diferente dos canídeos que pode ter a perda total do reflexo laringotraqueal, podendo fazer a intubação. 
3º plano (Estágio III).
-Respiração abdominal e FR ↓ ↓.
-Reflexo corneal.
-Reflexo laringotraqueal ausente (exceções).
 Exceções como nos felinos e suínos. 
-Globo rotacionado (exceções). 
 Os equinos e suínos não rotacionam o globo ocular, pois anatomicamente não possui o musculo necessário. 
 É o plano desejado, sendo o adequado para inicio do procedimento cirúrgico. 
4º plano (Estágio III).
-Coma Anestésico.
 Não é desejado para ato cirúrgico, mas é usado para coma anestésico induzido, para diminuir atividade cerebral, geralmente em UTI. 
 A administração de doses altas pode levar ao coma, sendo que depende do organismo do animal se a dose normal irá afetar levando ao coma. 
 Apresenta-se uma depressão bulbar, mas a diminuição do anestesio possibilita a reversão do coma anestésico. 
Estágio IV.
-Choque Bulbar.
 Bulbo é responsável por efeitos vegetativo, como regulação de FC, FR, PA, termorregulação, entre outros. Seu funcionamento é continuo mesmo no sono e em repouso. 
 O terceiro plano é o ideal, pois deprime o córtex, tálamo e sistema límbico. 
 No choque bulbar a depressão é tão grande que dificulta reverter o quadro, podendo causar, por exemplo, parada respiratória, entre outros acometimentos. 
 Leva rapidamente ao óbito. 
 Escala de Guedel.
 Possibilita visualização das alterações, que ocorrem em cada estágio, nos parâmetros corporais do paciente. 
 Pode-se observar quando os parâmetros terminam, sendo que varia devido a espécie. 
 A centralização ocular com midríase possibilita avaliar que o paciente está com excesso na anestesia, ou seja, está próximo do estágio IV. A midríase pode evoluir na midríase paralitica ou não responsiva, que ocorre no óbito. A respiração diminuindo, resultando em apneia levando a hipóxia. A parada respiratória tem inicio antes da parada cardíaca. 
Intubação Orotraqueal.
-Plano adequado:
3º plano (Estágio III).
-Relaxamento muscular:
↓ tônus mandibular.
-Posicionamento da cabeça.
Cabeça reta indiferente do decúbito. 
-Visualização da epiglote:
 -Cartilagens aritenoides;
 -Uso do laringoscópio;
 -Sonda traqueal: nº adequado.
Depende da espécie, como nos equinos e coelhos que a intubação é a cega. 
Escolher 2-3 sondas de tamanhos próximos da traqueia. 
-Técnica de intubação orotraqueal
 -Anestesia periglótica.
 -Lidocaína.
 A anestesia periglótica é a aplicação de anestésico local na região de intubação, é muito utilizada nos felinos, mas também nos cães. Utilizando a lidocaína. 
Manutenção anestésica.
-Continuação do efeito produzido pela indução!
 Após a indução já se considera manutenção anestésica. 
 Durante todo o procedimento o paciente tem que apresentar inconsciência, analgesia e relaxamento muscular. 
Anestésicos gerais – Injetáveis. 
-Planos anestésicos: Plano 3 do Estágio III. 
-Anestesia geral: inconsciência + miorrelaxamento + Analgesia. 
-Anestésicos gerais: induz depressão generalizada do SNC, de forma reversível. 
 A anestesia geral para ser eficiente além da inconsciência deve-se incluir a analgesia.
 Analgesia prevalece pré-operatório, no transoperatório eno pós-cirúrgico. 
 O miorrelaxamento promove a perda dos reflexos, como: laringotraqueal, interdigital, etc.
 Os fármacos que promovem a depressão generalizada do SNC não promovem analgesia eficiente, sendo necessário a anestesia multimodal. 
Uso dos anestésicos gerais injetáveis. 
Indução anestésica.
-Graus progressivos de depressão do SNC.
 Podendo gerar desde sedação até o coma. 
 Progressivo de acordo com a dosagem e o fármaco utilizado. 
-Planos anestésicos. 
Visando alcança o estágio III do plano 3; fazendo depressão do córtex, tálamo e sistema límbico. 
 o excesso da depressão pode resultar em coma; choque bulbar que leva ao óbito, portanto, é possível realizar eutanásia utilizando anestésicos gerais. 
- + comum na rotina. 
A via intravenosa é a mais adequada para administração desses fármacos. 
Há fármacos que aceita apenas a administração IV.
Manutenção anestésica. 
-TIVA.
 Chamado de Anestesia Total IntraVenosa. 
 Visando a permanência dos efeitos gerados pelos anestésicos gerais ate o termino do procedimento. 
-Bombas de infusão. 
 Aparelhos específicos para administração dos fármacos, há bombas de infusão de: equipo; seringa. 
 A bomba de infusão de seringa é a mais adequada para TIVA, havendo em cada bomba um fármaco. 
-Associações. 
 Utilizando anestesia multimodal/balanceada.
 Pode-se associar a anestesia injetável com a inalatória.
 Pode-se utilizar os anestésicos gerais para sedações mais potentes, em procedimentos rápidos, como: realização de exames de imagem; para perda do tônus muscular, em raio-x oral. Tanto utilizado em pequenos como em grandes animais, para a sedação. 
Histórico. 
-1875: Hidrato de Cloral.
Muito utilizado como anestésico geral, é um dos fármacos mais antigo;
Molécula com grande toxicidade, sendo abolido atualmente. 
Hidrato de cloral + álcool = boa noite cinderela. 
-1930: Pentobarbital.
Com toxicidade. 
-1933: Tiopental.
Utilizado com menos frequência atualmente. 
-1960: Cetamina*
*Dissociativo.
Amplamente utilizado atualmente, em associação em anestesia geral, mesmo sendo dissociativo;
Promove analgesia. 
-1970: Etomidato.
Muito utilizado em cardiopatas. 
Causa menos depressão do sistema cardiovascular. 
-1980: Propofol.
Amplamente utilizado na anestesia geral injetável.
Promove desde sedação até coma anestésico, sendo muito versátil. 
Causa Indução anestésica tranquila. 
Barbitúricos. 
Uma das classes mais antigas; 
Pentobarbital foi o primeiro barbitúrico utilizado. 
O tiopental ainda é usado, mas com menos frequência. 
A maioria dos barbitúricos é utilizado IV. 
O tiopental utilizando pela via IM ou extravascular, resulta em necrose tecidual, sendo exclusivo pela via IV.
Mecanismo de ação. 
-Receptores GABA. 
Causa depressão generalizada do SNC, como: córtex; tálamo; sistema límbico. 
Quando atinge a região bulbar, pode levar do coma ao óbito.
 GABA é um neurotransmissor inibitório, sintetizado amplamente nos neurônios. Portanto, é um receptor inibitório inespecífico. 
 Quando os barbitúricos se ligam ao receptor, facilita a ligação do GABA no receptor, portanto, resulta em maior afinidade da molécula no receptor, causando a inibição de estímulos nervosos (sinapses). 
 O receptor GABA é inespecífico, havendo vários sítios de ação, onde diversas substancias se ligam, causando variadas respostas. 
 No receptor pode haver ligação de: barbitúricos; glicocorticoides; furosemida; flumazenil; benzodiazepínicos; GABA e antagonistas; penicilina; picrotoxina. 
Fármacos.
	Fármaco.
	Latência. 
	Duração. 
	Fenobarbital.
	12 min.
	6-12 h.
	Pentobarbital.
	30-60 seg.
	60-120 min.
	Tiopental.
	15-30 seg.
	10-20 min.
	Tiamilal.
	15-30 seg.
	10-20 min.
	Metohexital.
	10-30 seg.
	5-15 min.
 O fenobarbital e o tiopental são os utilizados atualmente. Os outros são agentes tóxicos, que foram utilizados antigamente.
-Fenobarbital: não é utilizado como anestésico geral, mas para tratar convulsões/epilepsia.
São utilizados na rotina clinica não anestésica. 
Pode utilizar por diversas vias: IM; oral. 
A latência varia de acordo com via de administração. 
Promove sonolência aos pacientes, mesmo não sendo anestésicos, pois atua em receptores GABA.
-Tiopental: é anestésico geral, exclusivamente pela IV. 
Podendo levar a necrose tecidual quando aplicados em outra via. 
Foi muito utilizado por anos, pois seu plano anestésico é eficiente aos procedimentos cirúrgicos. 
Tem curta duração, sendo utilizado mais em indução anestésica. 
Muito utilizado nas eutanásias, pois tem baixo custo. 
Características. 
-Hipnótico. 
São excelentes hipnóticos; promovendo ótimos planos anestésicos. 
Atuam rapidamente na indução anestésica. 
Resultando: inconsciência; relaxamento muscular pronunciado; perda dos reflexos. 
-Uso amplo em intoxicações por AL. 
 AL: anestésicos locais. Exemplo: lidocaína. 
 A intoxicação por AL promove convulsões, que muitas vezes não cessam com o Diazepan, sendo dificilmente cessada, portanto, a administração de barbitúricos é eficiente. 
 Nesses casos utilizada o tiopental. 
-Depressão cardiorrespiratória. 
 Em algumas espécies isso é mais evidente, como nos coelhos e suínos, que resultam em apneia. 
 Não utilizado em pacientes cardiopatas, sendo estritos a alguns pacientes. 
-Efeito glicose.
 Os barbitúricos são metabolizados pela via hepática. 
 Sua utilização frequente resulta em insuficiência hepática, pela sobrecarga. Como na utilização do fenobarbital por longos tempos (anos). 
 A glicose também é metabolizada do mesmo modo, resultando na competição de glicose e dos barbitúricos, no ciclo de krebs. 
 A administração da glicose em pacientes que foram induzidos/anestesiados pelos barbitúricos, podem resultar em: intoxicação dos barbitúricos, pois através da competição resulta no retardamento da metabolização; ou pode ocorrer a re-anestesia quando a glicose for administrada no pós-operatório. 
 A glicose só deve ser administrada em pacientes hiperglicêmicos. 
-Lipossolúvel. 
 Sua lipossolubilidade resulta na facilidade dos barbitúricos de atravessar a BHE. 
 Membrana celulares são lipoproteicas, sendo que as células do SNC são muitos lipoproteicas, por isso os barbitúricos tem rápida ação, pois tem afinidade por lipídio. 
-Efeito cumulativo. 
 É um efeito indesejável, que resultou na diminuição da utilizados dos barbitúricos na rotina. 
 Os barbitúricos tem capacidade de se acumular nos tecidos, pois tem característica lipossolúvel. 
 Os barbitúricos após realizar sua ação desejada no cérebro, é metabolizado lentamente pelo fígado, pois eles são sequestrados por outras células. Seu sequestro é principalmente pelos tecidos musculares e tecidos adiposos, havendo seu acumulo. 
 Sua excreção total pela urina pode ser de até 5 dias. 
 Quando mais o paciente for obeso, mais demora a excreção pela urina, pois se acumula nos tecidos adiposos. 
Contraindicações. 
-Pacientes idosos.
 Idosos possuem metabolismo lento, e os barbitúricos tem metabolização e excreção lenta naturalmente. 
-Cesáreas. 
 Os barbitúricos atingem altas concentração e rapidamente no SNC dos fetos. Ou seja, ultrapassam a barreira placentária, anestesiando os fetos profundamente; os fetos também possuem os órgãos ineficientes, não havendo a metabolização e excreção do fármaco; resultando em mortalidade fetal. 
-Nefropatas.
Fármaco é eliminado lentamente pela via renal. 
-Hepatopatas.
Fármaco é metabolizado lentamente pelo fígado. 
-Cardiopata.
Barbitúricos resultam em depressão cardiorrespiratória. 
-Chocados.
Em todos os choques, como: choque hipovolêmico, anafilático, neurogênico, entre outros. 
Tiopental. 
-Apresentação em pó.
-Soluções a 2,5%, 5% ou 10%.
-Dose indutor: 1-12 mg/kg em cães e gatos. 
 4-6 mg/kg em equinos. 
-Hipnose: 10 a 15 min.
-Não promove analgesia.
Necessário associações. 
-Arritmias.
Em pacientes pré dispostos. 
-Agente indutor.
 Exclusivo na via IV.
Uso mais restritos pelos efeitos adversos, sendo usado como indutor, ou em eutanásias. 
Não barbitúricos. 
 Os barbitúricos tem efeito cumulativo, portanto, seu uso foi diminuído, sendo substituídopelos fármacos não barbitúricos. 
 Os barbitúricos são usados atualmente para tratar e cessar convulsões e epilepsias. 
 Os não barbitúricos, como os barbitúricos, não possuem analgesia eficaz, eles agem promovendo inconsciência e miorrelaxamento. É extremamente necessário realizar a anestesia multimodal/balanceada. 
 Os anestésicos gerais induzem a depressão generalizada do SNC, de forma reversível, ou seja, após a metabolização e excreção dos fármacos, ocorre o retorna da consciência. 
 Os anestésicos gerais injetáveis podem ser utilizados tanto na manutenção como na indução anestésica. 
 O principal agente barbitúrico é o tiopental, utilizado muito nas eutanásias, também pode-se usar como antagonista na intoxicação com anestésicos locais, pois age tratando as convulsões ou evitando-as. 
 A cetamina é muito utilizada em protocolos anestésicos, como na indução anestésica, mesmo que ela seja da classe dos dissociativos, não pertencendo aos anestésicos gerais. Principalmente utilizado nos grandes animais, como nos equinos. A cetamina também apresentam efeito somático, pois promove efeito analgésico. 
fármacos. 
-Etomidato;
-Propofol;
-EGG (éter-gliceril-guaiacol): não é um anestésico geral, mas é um potente relaxante muscular, mas são amplamente utilizados em induções e na manutenção anestésicas nos equinos. Utilizados em associação a outros fármacos. 
1. Etomidato. 
Seu mecanismo de ação não está totalmente esclarecido, mas tem ação eficaz no SNC. 
Restrito aos cardiopatas, pois seu efeito nesse sistema é menor; há também o custo que é maior quando comparado ao propofol. 
-Imidazol carboxilado;
 Molécula derivada de um antifúngico. 
-Atua em receptores GABA: pouco elucidado;
 São receptores de neurotransmissores inibitórios; age estimulando a ação inibitória do SNC; 
-Via: IV;
 Somente pela via intravenosa. 
-Latência curta: segundos;
-Duração curta: 5-10 minutos;
-[ ] = 2 mg/kg;
-Doses:
 -Indução: 1-3 mg/kg;
 -Manutenção: 0,2 - 0,5 mg/kg/min.
 A manutenção é por infusão continua;
 Não é muito utilizada na manutenção, pois etomidato pode promover tremores musculares. 
Biotransformação – Etomidato. 
-Esterases hepáticas;
 São enzimas que catalisam a ação de hidrolise, ou seja, quebra ligações da molécula do fármaco. 
-Esterases plasmáticas;
 Quebra de ligações moleculares dos fármacos, reduzindo-as em metabolitos, para ser excretado. 
-Meia vida de 5 horas.
 Tem ótimo tempo de vida, pois é curto sendo rapidamente eliminado do organismo. 
-Não cumulativo. 
 Pela sua ação de biotransformação tanto hepática como plasmática, não ocorre acumulo em tecidos, portanto, sem efeitos cumulativos. 
 Tem rápida lipossolubilidade a nível de SNC, ou seja, rapidamente ultrapassa a barreia hematoencefálica; mas tem excreção eficaz e sem acumulo nos tecidos musculares e lipídeos. 
Características – Etomidato. 
-Hipnótico;
Excelente hipnótico. 
-Relaxamento muscular;
Demora para causar o miorrelaxamento, no início da administração causa espasmos musculares, que é um efeito anestésico. 
-↓ PIO;
-Não cumulativo; 
-Estabilidade cardiovascular;
Característica mais importante é sua estabilidade cardiovascular, usado muito em cardiopatas. 
-Cardiopata!
Há pouca interferência no sistema cardiovascular, causando poucas alterações na PA e FC.
Mais restrito no uso de cardiopatas. 
Características adversas – Etomidato. 
-Apneia;
Apneia transitória, ocorrendo inicialmente, havendo necessidade de intubação quando ocorre. 
Importantíssimo na indução anestésicas, para ocorrer tal efeito. 
-Náuseas e Êmese;
Ocorre principalmente na recuperação anestésica. 
-Mioclonias;
São os espasmos musculares. 
Causa dificuldade na indução. 
Exemplo de associações: Diazepam e Midazolam, visando diminuição das mioclonias. 
-Dor aplicação;
-Analgesia.
Não possui efeito analgésico, sendo necessário associações. 
2. Propofol. 
 Versátil, podendo usar desde sedação até coma anestésico. 
 Em algumas das suas composições há lecitina que é um componente do ovo, que propicia um meio rico para microrganismo. Quando o fármaco apresenta essa composição, é recomendado que após sua abertura, colocar em refrigeração (geladeira). 
-Derivado fenólico;
-Atua em receptores GABA;
Estimula ações inibitórias no SNC. 
-Via: IV;
Apenas via intravenosa, adm. extravascular resulta em necrose. 
-Latência curta: segundos;
-Duração curta: 2-8 minutos;
-[ ] = 1%.
-Doses: dependendo dos fármacos associados na MPA. 
 -Indução: 3-6 mg/kg pequenos;
 -Indução: 1-2 mg/kg equi;
 -Manutenção: 0,2-1 mg/kg/min cães;
 -Manutenção: 8 -15 mg/kg/hora equi.
 Não se indica o uso do propofol para gatos na manutenção. Nos felinos utiliza-se apenas na indução. Para administrar propofol nos gatos na manutenção, deve-se ser especializado com cursos, pois a dose adm. é muito diferente.
Mecanismo de ação.
-Ligação às Pts. Plasmáticas: 97,99%.
 Tem alta afinidade pelas proteínas plasmática, que iram carrear o fármaco, portanto, sendo responsável pela distribuição, metabolização e excreção do fármaco. 
 As alterações clinicas do paciente são essenciais, pois deficiências nessas proteínas (hipoproteinemia), causa demora do inicio de ação do fármaco, como também na sua excreção sendo mais lenta. 
Biotransformação.
-Hepática: glicuronidação;
Processo de conversão das moléculas em metabólicos. 
-Plasmática;
-Pulmonar; 
-Renal;
 *Gatos: apresentam uma deficiência relativa na atividade de enzimas glicuronil transferase, que catalisam as reações de conjugação no fígado. Não possibilitando a glicuronidação. 
-Não cumulativo. 
Características. 
-Hipnótico;
-Relaxamento muscular;
-↓ PIC;
-Não cumulativo;
-Analgesia.
 Indução tranquila, podendo causar espasmos raramente nos pacientes. A administração deve ser lenta. 
Característica adversa. 
-Depressão cardiovascular;
Barbitúricos causam muito mais depressão. 
-Bradipneia à Apneia;
Geralmente é apneia transitória, 
-Hipotermia;
-Tremores musculares: não são frequentes, como no etomidato. Ocorre em alguns pacientes.
-Apneia. 
Principal efeito adverso do propofol.
-Apneia: velocidade-dependente;
 Quando mais rápido adm. mais ocorre apneia. 
-Infusões contínuas: ventilação Mecânica.
 Deve-se observar para diminuir dosagem quando necessário. 
 Quando utiliza o ventilador mecânico, administra a dose de propofol correta para induzia a apneia, pois o paciente não pode competir com o ventilador; essa administração irá iniciar o uso correto do ventilador pelo paciente. 
Éter-gliceril-guaiacol.
Muito utilizado nos equinos; 
Antigamente sua apresentação era em pó;
Não é anestésico geral, apenas um potente relaxante muscular central. 
-Bloqueia reflexos pós-sinápticos na medula espinhal. 
Não atua em receptores GABA. Sua atuação é na medula espinhal. 
-Potente relaxante muscular
-Latência: 1-2 minutos
-Duração: 20-25 minutos
-[ ] = 100 mg/ml 
-Doses:
 -Indução: 100 mg/kg;
 -Manutenção: associação fármacos.
Associação principalmente com: cetamina, Diazepam, xilazina. 
-Via: IV; 
Somente pela via intravenosa. 
-Associação com fármacos: porque é relaxante muscular. 
-Anestesia em Equinos: mais usado em procedimento a campo; 
Anestésicos Inalatórios. 
 Os anestésicos inalatórios podem ser usados na indução e na manutenção anestésica, sendo que são mais empregados na manutenção, pois na indução é difícil colocar a marcara. São empregadas em casos específicos como em neonatos, pacientes debilitados e animais exóticos. 
 Usadas com maior frequência na manutenção anestésica. 
-Aparelhos para administração dos agentes: há diversos aparelhos, como: vaporizador. 
-Forma de apresentação: 
 -Gás: Óxido Nitroso (único anestésico geral); 
 Se apresenta na forma de cilindro. 
 -Líquido: Éter; Halotano; Isoflurano; Sevoflurano; Desflurano.
 Coloca-se o liquido dentro do vaporizador, que transforma o liquido em gasoso. 
 Éter foi o primeiro a usar em forma inalatória. 
 Desflurano precisa de vaporizador térmico, pois sua transformação em gás precisa de temperatura especifica; portanto, apresenta um custo mais elevado para ser usado. 
Histórico. 
-Éter: 1850;
-Halotano: 1950;-Isoflurano: 1970;
-Sevoflurano: 1990. 
 Os mais utilizados na medicina veterinária é o isoflurano e sevoflurano. 
Características.
-Adm. via aérea;
 Usando a mascara acoplada ao aparelho na infusão anestésica; 
 Quando é usada na manutenção anestésica precisa intubar o animal, acoplando na sonda traqueal. 
 A via aérea e função respiratória deve estar integro e funcional, pois os alvéolos que absorvem os gases inalatórios. 
-Associada a adm. O2;
 É necessário haver gases frescos para compor o aparelho anestésico, o principal gás fresco usado é o oxigênio, que está comprimido dentro do cilindro e será acoplado ao aparelho de anestésica para faze-lo funcionar. 
 Alguns aparelhos recebem outros tipos de gás fresco, como o ar medicinal (chamada também ar comprimido); há aparelhos anestésicos que possibilitam acoplar o gás nitroso. Todos os aparelhos anestésicos possuem a válvula para o oxigênio (100%).
 Sem o oxigênio (gás fresco) o aparelho não funciona. 
-Excreção basicamente pulmonar;
 A absorção e excreção é pela via pulmonar, sendo que há uma porcentagem que será excretada via hepática e renal. 
 A porcentagem de excreção hepática e renal depende do fármaco utilizado. 
 O fator positivo de usar a via inalatória é que a maior porcentagem do fármaco é excretada pelos pulmões. 
-Aprofundamento e recuperação de forma rápida;
 Tem baixa excreção hepática, sendo fácil de aprofundar a anestesia e também de recupera-la, portanto, o animal irá sair da anestesia mais rapidamente. Na via injetável tem metabolização mais lenta, pois sua excreção, principalmente, é pela via hepática e/ou pelas proteínas plasmáticas. 
 A inalatória é mais rápida na sua ação, portanto, deve haver o monitoramento adequado, pois pode haver o aprofundamento, resultando em coma e choque bulbar mais rapidamente, e consequentemente, ao óbito. 
-Profissional especializado;
 Profissional que conheça o fármaco; faça manutenção eficiente; conhece a fisioanatomia do paciente. 
* Via inalatória é mais segura? É um mito, pois para usar o aparelho inalatório precisa de oxigênio, portanto, terá uma melhor manutenção das vias aéreas, porque o paciente estará recebendo oxigênio em associação. Mas o uso apenas de anestésico injetável é necessário também manter as vias aéreas eficiente, fornecendo oxigênio terapia adequada. 
Mecanismo de Ação. 
-Absorção: via pulmonar; 
 Através dos microcapilares sanguíneos que estão envolta dos alvéolos. 
-Distribuição: corrente sanguínea;
 Os agentes inalatórios serão dissolvidos na corrente sanguínea ate chegar ao sítio de ação.
-Ação: SNC; 
 Ocorre a depressão generalizada do SNC -> causa anestesia geral. 
 Atuam nos canais iônicos das células nervosas, impedindo a despolarização.
- Excreção: via pulmonar (maior parte); hepática e renal. 
 Retorno do fármaco pela corrente sanguínea até via pulmonar
 Na corrente sanguínea certas porcentagens dos fármacos (depende de qual) irão para via hepática, virando metabolitos e sendo excretado pela via renal. 
Metabolização hepática.
	Agente. 
	Taxa de metabolização. 
	Halotano. 
	20 – 32%.
	Sevoflurano. 
	3%.
	Isoflurano. 
	0,2%.
	Desflurano. 
	0,02%.
 A excreção hepático e renal depende do fármaco utilizado. 
 Quando menor a taxa de metabolização e excreção hepática ou renal, melhor é para o paciente, pois não causa sobrecargas.
 Há relatos do Halotano, em humano, promover hepatite, por isso caiu em desuso atualmente. 
Solubilidade. 
-Solubilidade do agente anestésico.
-Coeficiente de partição sangue/gás (C S/G). 
-Capacidade de um gás de se dissolver no sangue. 
-Relacionado à velocidade de indução e recuperação anestésicas; mudança de plano anestésico. 
-↓C S/G Rápida indução e recuperação.
-↑ C S/G Lenta indução e recuperação.
 A solubilidade está relacionada com a velocidade de indução e recuperação anestésica; sendo indicada pelo coeficiente de partição sangue/gás, ou seja, indica a solubilidade do agente anestésico no sangue, que é a capacidade e afinidade do gás com o sangue. 
 É relativo com a capacidade do fármaco de aprofundamento anestésico, assim como sua capacidade de superficializar. 
 Quanto menor é o coeficiente de partição sangue/gás, ou seja, menor capacidade de dissolver no sangue, mais rápida é a indução e recuperação do paciente. O fármaco ficara dissolvido no sangue por menor tempo, sua afinidade com o sangue é menor. 
 Quanto maior é o C s/g, significa que o fármaco será mais dissolvido no sangue, permanecendo maior tempo na corrente sanguínea, portanto, terá uma lenta indução e recuperação. 
Coeficiente de partição S/G x Indução Anestésica.
-Desflurano= 0,42; Indução rápida
-Óxido Nitroso = 0,47;
-Sevoflurano= 0,68; ↑
-Isoflurano= 1,46;
-Halotano= 2,54; Indução lenta
-Éter = 12,1.
 Desflurano tem mais rápida indução e recuperação; 
 Éter tem maior coeficiente, portanto, indução e recuperação mais lentas. 
Concentração Alveolar Mínima (CAM).
-CAM;
-Concentração alveolar mínima capaz de abolir a resposta motora de 50% dos indivíduos frente a um estímulo doloroso.
-Determina a potência de um agente anestésico.
-↓ CAM = Maior potência;
-↑ CAM = Menor potência.
 É a concentração mínima do fármaco necessário para manter 50% dos sentidos dolorosos, ou seja, capacidade de manter o indivíduo anestesiados e imóveis a estímulos dolorosos. A CAM determina a diferencia de potência. 
 Quanto menor a CAM, maior é a potência, pois menores concentrações são necessárias para o fármaco anular os sentidos dolorosos em 50%. 
 Maior a CAM significa que o fármaco precisa de uma maior concentração/dose para conseguir manter o animal anestesiado. 
CAM x Manutenção Anestésica.
Óxido Nitroso = 188 Menor potência
Desflurano= 7,2
Sevoflurano= 2,36 ↑ 
Isoflurano= 1,28
Halotano= 0,87 Maior potência
 Os anestésicos inalatórios gerais, assim como os injetáveis, têm baixa capacidade analgésicas, portanto, precisa realizar a anestesias balanceadas/multimodais. 
 Exemplo: Cetamina, fentanil, dex; 
 A potência dos inalatórios estão relacionados a sua potência em realizar depressão do SNC, pois esses fármacos não apresentam eficiência na analgesia. 
 Os valores da CAM são em porcentagem, e são variáveis dependendo da espécie até em indivíduos. 
 CAM = concentração/dose para manter o animal anestesiado (dormindo). 
Atuação dos agentes anestésicos.
Parâmetros hemodinâmicos.
-Efeito arritmogênico – Halotano;
-Redução do DC;
-Redução da PA;
 Os anestésicos inalatórios reduzem o debito cardíaco e a pressão arterial, portanto, resultara em hipotensão no decorrer do tempo. Quanto mais tempo sobre a anestesia maior será os efeitos adversos, ou seja, são dose-dependente e tempo-dependente.
 Dependendo do agente anestésico, pode causar taquicardia, o que compensa a hipotensão resultante de anestésicos inalatórios. 
 O Halotano pode promover arritmias, e, também tem grande taxa de excreção hepática, oque resultou no seu desuso atualmente. 
Parâmetros pulmonares
-Depressão respiratória: dose-dependente;
-Irritação às vias aéreas (odor pungente);
 -Isoflurano e desflurano.
 A anestesia inalatória reduz amplitude torácica e FR, mas é dose dependente, podendo promover intoxicação pelo uso de altas taxas, levando a apneia. 
 Pelo cheiro forte causa irritações nas vias aéreas, mas geralmente não são usados na indução, não havendo esses efeitos de irritabilidade. 
Outros Parâmetros.
-Halotano: diminuição fluxo hepático e renal (30-40%).
 Pois tem alta taxa de metabolização hepática, sendo muito prejudicial, principalmente nos idosos e nos filhotes. 
-Isoflurano e Desflurano: discreta diminuição fluxo hepático e renal.
 Quando há intoxicação causa comprometimento desses órgãos. 
-Sevoflurano: semelhante ao Iso. e Des.Instável em contato com Cal Sodada:
 -Formação do composto A (nefrotóxico).
 Cal sodada é um componente do aparelho anestésico, serva para dissolver o CO2 excretado pelo paciente. 
 O composto A volta ao paciente pelo circuito levando a nefrotoxicidade. 
Equipamentos. 
Vaporizadores.
Agentes inalatórios líquidos.
Usa abrindo e fechando as válvulas conforme o grau de anestesia do paciente. 
Transforma o liquido em gás, há três tipos de vaporizador: 
 -Vaporizador Universal: calibrado para vários agentes inalatórios. Não há padrão de mensuração. Há formação de bolhas que indica a porcentagem, visualmente, provável de fármaco indo ao paciente. 
 -Vaporizador Calibrado: calibrado especificamente para cada agente inflamatório, ou seja, para cada fármaco há um vaporizador. O amarelo é para sevoflurano; o roxo é para isoflurano. O calibrado é melhor pois a concentração será ideal para cada agente, há padrão de mensuração exato para cada fármaco. 
 -Vaporizador térmico: mais caro, usar o desflurano. 
Aparelho. 
-Aparelho de Anestesia Inalatória.
 Há aparelho de anestesia que apenas comporta o vaporizador universal. 
 O aparelho calibrado é mais caro, pois comporta os vaporizadores calibrados, podendo usar até dois vaporizadores calibrados. É necessário fazer a calibragem regularmente. Há também os que comportam vaporizador universal junto com os calibrados, etc. 
Funcionamento. 
 O gás fresco adentra o vaporizador, entrando em contato com o liquido do anestésico inalatório; ocorre o ponto de ebulição sendo transformado em gás. Ocorre a saída do gás fresco (geralmente oxigênio) junto com os anestésicos, indo ao paciente. 
Circuitos Anestésicos.
 Os circuitos servem para carrear gases aos pacientes, nem sempre precisa de anestésicos inalatórios, podendo usar apenas para gases frescos (ex. O2 ou ar medicinal). 
 É obrigatório haver aparelho anestésico na clínica, para haver manutenção das vias aéreas. 
-Conjunto de vias utilizadas para direcionar os gases anestésicos ao paciente e removê-los;
 Gases anestésicos e/ou gases frescos. 
-Via de entrada de gases frescos;
-Via de escape dos gases expirados ou excedentes;
Juntamente com a saída dos gases, também há saída do CO2. 
 Via de entrada e de saída deve ser eficiente; 
 Excesso de CO2 causa acidose metabólica. 
-Vaporizador – estrutura externa (anestésico e O2);
 -Não faz parte do circuito;
 -Manutenção anestésica.
 O desflurano precisa de um vaporizador especifico, que seja térmico. 
 Há vaporizador calibrado ou universal. 
 O calibrado é mais caro. 
 Depende do aparelho anestésicos, pois pode aceitar apenas o calibrado ou o universal, e ate ambos vaporizadores. 
 Nos aparelhos há uma saída para os gases comuns, indo ao circuito. 
Fases da respiração. 
-Inspiração: gases frescos;
 Mistura do oxigênio e agente inalatório (quando usa anestesia inalatória). 
-Expiração: CO2+ O2 + anestésicos (porção);
-Pausa: intervalo entre respirações.
 Após a inspiração e expiração – pausa – inspiração e expiração. 
 Paciente anestesiado pode haver uma pausa maior, se comparado ao paciente acordado, pois a anestesia causa relaxamento muscular e diminuição do metabolismo.
 -Ar fresco expulsa o ar expirado.
Classificação dos circuitos. 
-Podem ser classificados como:
 -Re-inalatório (fechados ou semifechados);
 Se é fechado ou semifechado depende de uma válvula de escape (válvula pop off); 
 Quando a válvula estiver fechada o aparelho é reinalatorio fechado;
 Quando a válvula está aberta o aparelho inalatório é semifechado ou semiaberto. 
 -Não re-inalatório.
1. Não Re-inalatório.
Não há presença da válvula pop off. 
Não reinala nenhuma porção dos gases, havendo sua saída total no ambiente. 
Chamado de circuito aberto. 
Abertos.
 São: 
-Lineares e Bidirecionais.
 Portanto, é uma linha reta (linear) e com duas direções (bidirecionais), pois uma direção ocorre a entrada dos gases para o paciente na outra direção ocorre a saída dos gases, que serão expirados pelo paciente. 
 O aparelho anestésico direciona os gases ate o paciente. 
 Acoplado ao aparelho esta o balão (semelhante ao ambu) para realizar a ventilação quando o animal entra em apneia. 
Circuito baraka.
É um exemplo de circuito não re-inalatorio linear aberto. 
Circuito não re-inspiratório – fases. 
-Baraka: principal circuito não re-inspiratório. 
-Inspiração: mangueira sai do aparelho adentrando o circuito, há saída de gases frescos e agente inalatório (quando tiver). 
 Há liberação de gases frescos em todo o circuito, não apenas ao paciente, pois há mistura dos gases. 
-Expiração: ocorre mistura de gases da inspiração (O2 e anestésico) juntamente com o Co2. 
Uma porção dos gases vão ao balão. 
-Válvula de escape: está aberta, saindo os gases ao meio ambiente. Há saída de gases frescos junto ao Co2. 
-Pausa: é importante, pois ‘’lava’’ os gases, havendo liberação total do Co2, pois dá tempo para o gás frescos limpar (expulsar) os gases expirados. 
 O Co2 não pode ficar estagnado no circuito, pois pode haver a inspiração desse gás, podendo causar acidose respiratória. 
Circuito não re-inspiratorio – Bain. 
-Diferente do baraka. 
 -Circuito melhorado do baraka.
-Há duas camadas: porção interna e externa.
 -Contém dois tubos.
-Os gases das inspirações e expiração não se misturam. 
 -Os Gases frescos entram pelo tubo interior; ocorrendo a inspiração, depois na expiração os gases saem pelo tubo externo, ate ser eliminado pela válvula acoplada. 
Uso do circuito linear.
-Fluxo de O2: 2 Litros/minuto;
 O fluxo é maior, pois precisa limpar os gases na fase de pausa, principalmente no baraka. 
 Maior gasto dos gases frescos. 
-Indicado para pacientes pequenos.
 Exemplo: gatos. 
 Avaliando tamanho do tórax, e capacidade pulmonar. 
 Geralmente até 10kg em média. 
 Pacientes pequenos tem baixa resistência, e o circuito circula causa comprometimento respiratório. 
 Há circuitos circulares próprios para pacientes pequenos, que são mais atuais 
Desvantagens do circuito linear.
-Polui o ambiente cirúrgico;
 Porque a válvula está sempre aberta. 
 Esses gases fazem mal a pacientes gravidas. 
-Ressecam as vias aéreas.
 O agente inalatório tem odor pungente (dependendo do fármaco) e são gelados, exceto o desflurano que é aquecido, e esse circuito demanda maior fluxo de oxigênio, o que resseca as vias aéreas. 
1. Re-inalatório.
 Ocorre a reinalação de uma porção dos gases, retornando uma porcentagem dos gases ao paciente. 
 -Circulares e unidirecionais.
Os gases vão em única direção, havendo varias valvular. 
-Válvula INS: inspiratória 
-Válvula Ex.: expiratória. 
-Válvula de escapa: válvula pop off. 
 Como é circular há uma conexão em comum, para fazer o encaixe na sonda traqueal do paciente. 
Fechados.
 Utiliza quando usa o ventilador mecânico. 
 A presença ou ausência do ventilador mecânico, depende do aparelho anestésico usado; o uso do ventilador causa muita pressão, portanto, a válvula deve ser fechada. 
Semi fechados.
Se a respiração é espontânea a válvula permanece aberta, para ser válvula de escape. 
Circuito re-inspiratório – fases. 
 Circular e unidirecional. 
-Válvulas unidirecionais. 
-Há três válvulas: inspiratória; expiratória; escape (pop off). 
 O circuito pode ter a válvula fechada ou aberta. Quando está fechada o circuito é um ciclo, não havendo saída de gás no ambiente. Quando a válvula é aberta, uma porcentagem dos gases sai no ambiente, mas uma porcentagem reinicia o ciclo. 
-Presença de Canister contendo cal sodada. 
-Inspiração: entrada de gás frescos pela saída de gases comuns; passando pela válvula respiratória e indo ao paciente na inspiração. 
-Expiração: paciente expira porção de gás fresco + Co2; gas sai pela via expiratória; passa pela válvula expiratória; retornando ao inicio do circuito. 
 Os gases se separam: uma porção passa pela cal sodada e reinicia o ciclo indo na válvula de inspiração; outra irá permanecer no balão reservatório. Se a válvula estiver aberta uma porção sairá no ambiente. 
-Pausa: momento importante para lavagem de todo o circuito, é realizada pelo gásfresco, para não reinspirar novamente o Co2 expirado. Como o circuito é circular, o Co2 irá ser modificado pela cal sodada, antes de retornar ao paciente. 
Cal sodada.
-Usado em canister. 
-É um adstringente de Co2;
-Absorve o Co2 presente no gás, realizando reação química: formando água (h2o) e energia (calor) 
-Semelhança de pedras pequenas e brancas. 
-Na segunda inspiração, quando o gás passa pela cal, ele se torna mais quente e úmido. 
Uso do circuito circular.
-Reaproveitamento do ar (balão reservatório);
-Adsorvente (cal sodada):
 -Umidifica e aquece o ar inspirado.
-Economia de anestésico inalatório.
 Economia no gás frescos, pois circuito não re- inspiratório precisa de alto fluxo de oxigênio para lavar o circuito e expelir para o meio ambiente. 
 Não polui o ambiente, principalmente se a válvula estiver totalmente fechada. 
Desvantagem do circuito circular.
 Os aparelhos veterinários são adaptações de aparelhos para humanos, portando demanda muita resistente, além de serem maior na traqueia. 
-Em cães e gatos muito pequenos é difícil trabalhar com o circuito circular;
 Não é eficiente em animais com porte pequenos, pois tem pouca resistente. 
-Usado para pacientes maiores (>15 kg).
 Depende do tamanho do tórax e pulmão, variando muito entre raças. 
Aparelhos anestésicos. 
Deve haver saída de gás em comum – obrigatoriamente. 
-Monitores.
-Monitor da ventilação.
-Fole para enviar os gases ao pulmão. 
-Fluxômetros de ar medicinal (amarelo), O2 (verde) e oxido nitroso (azul).
 -Obrigatório pelo menos para o gás frescos (O2).
 -Rotâmetro: é um fluxometro que possibilite usar vários gases, como oxigênio e oxido nitroso.
-Dosadores de gás. 
 -É o fluxometro. 
-Vaporizadores.
 -Obrigatório. 
 -Universal ou calibrado. 
-Balão reservatório. 
 -Auxilia na ventilação manual, com diversas capacidades em litros. 
-Cal sodada. 
 -Para eliminar o Co2 do circuito. 
 -Obrigatório no circuito circular. 
 -A passagem de Co2 por cada pellet (grânulos) ocorre sua perda de função, ocorrendo mudança de cor, como rosa; deve haver a troca da cal sodada após a anestesia. 
-Ventilador. 
 -Há aparelho com associação ou ausência de ventilador, quando tem ausência precisa de ventilação manual. 
 -Há ventilador mecânico, é vital em animais em apneia, cirurgias em pulmões ou tórax, etc. 
 -Tem presença de fole para calcular o volume ideal de ar para o paciente; grande pressão de ar causa rompimento dos alvéolos. 
 Os grandes animais devem usar o circuito circular reinspiratorio, e é especifico para a espécie, pois deve ser proporcional ao porte do animal. Nos grandes animais 1-2 canister de cal sodada não é eficiente, precisando de maior quantidade de cal. 
Casos clínicos: Protocolos. 
Estudamos até o momento:
-Avaliação pré anestésica;
-Classes farmacológicas:
 -Tranquilizantes;
 -Agonistas alfa 2 adrenérgicos;
 -Dissociativos;
 -Hipnoanalgésicos.
-Planos anestésicos e Indução;
-Anestesia Intravenosa;
-Anestesia Inalatória e Circuitos.
Discussão de Casos.
-Quem é o seu paciente????
 Qual espécie; qual a raça; idade; escore corporal; comorbidades associadas? nefropatas; cardiopatas; hiperadrenocorticismo; diabetes, entre outras comorbidades. Índole do animal (apático, ativo, etc.). 
-Qual o procedimento????
 Curto ou longa? Diagnostico ou cirúrgico? 
-Qual o seu objetivo????
Analgesia potente, pois procedimento é invasivos? 
 -Protocolo. 
 Precisa saber essas questões para escolher o protocolo ideal ao paciente. 
Objetivo.
-Anestesia/Analgesia balanceada ou Anestesia/Analgesia multimodal.
 Atualmente a anestesia evoluiu consideravelmente; diminuindo efeitos adversos pela associação dos fármacos, porque causa diminuição da dose. 
 Termo mais recente é multimodal. 
-Analgesia;
 Sempre deve ser realizada, mesmo se o animal não esteja com dor. 
 Analgesia preemptiva. 
-Tranquilização;
-Sedação;
 Nível de inconsciência superficial ou profundo. 
-Anestesia: abrange os planos anestésicos, perda de reflexos protetores, inconsciência no SNC e analgesia. 
-Neuroleptoanalgesia: tranquilizante + analgésico; sedativo + analgésico. 
Analgésico potencializa o efeito dos tranquilizantes e sedativos, pois geralmente não possui efeito eficaz de analgesia. 
Utilização. 
-Em quais situações podemos utilizar as classes estudadas até o momento?
-Contenção química;
 Procedimento diagnostico ou ambulatorial. 
-MPA;
 Retirar ansiedade, contenção química, analgesia eficiente, etc. 
-Sedação ambulatorial;
 Exige maior relaxamento muscular e perda de estimulo ambiente, realizando biopsia de pele, por exemplo. 
-Indução anestésica;
 Em procedimentos longos e invasivos -> centro cirúrgico. 
 Promove hipnose, analgesia e anestesia. 
-Manutenção anestésica.
Duração durante o transoperatório e analgesia no pós-operatório. 
Casos. 
1. Primeiro. 
-Paciente: Yorkshire. 
-Procedimento: ortopédico.
Luxação patelar, mas o animal está significativamente saudável/hígido. 
Duração de 1h a 1:30h;
Procedimento invasivo -> centro cirúrgico. 
Objetivo.
-Anestesia/Analgesia;
-Relaxamento muscular.
 Deve ser intenso, pois é um procedimento ortopédico e pelo procedimento invasivo. 
Fármacos. 
	MPA.
	Indução.
	Manutenção.
	1) Acp + Mdz + Opioide
	Ppf + Cetamina 
	IC (ppf) + IC analgésica
	2) Dex + Opioide
	Ppf
	Isoflurano/Sevo
	3) Mdz + Opioide
	Etomidato + Ppf 
	IC + Sevoflurano
 Opioide: morfina, fentanil, etc. -> analgésico. 
 Ppf: propofol. -> sem efeito analgésico. 
 O protocolo 3) pensando em pacientes idosos, usando menos tranquilizante. 
 Etomidato para paciente hemodinamicamente acometidos, tem segurança no sistema cardiorrespiratório, sempre em associação, pois tem maior segurança. 
 IC: Infusão continua, o ideal é a bomba de seringa. 
 Protocolo 2) tem menor eficiência, sendo indicado associar anestésico locais, causando bloqueio local. 
2. Segundo. 
-Paciente: felino agressivo. 
-Procedimento: caudectomia. 
Objetivo. 
-Anestesia/Analgesia;
-Relaxamento muscular.
Fármacos. 
	MPA.
	Indução. 
	Manutenção. 
	1) Dex + Opioide
	Ppf (???)
	IC analgésica + Iso
	2) Tiletamina + Zolazepam
	Ppf (???)
	IC analgésica + Iso
	3) Cetamina + Mdz + Opioide
	Ppf
	IC analgésica + Sevo
 Pelo seu temperamento a MPA deve ser mais potente. 
 Dependendo do escore corporal e do animal, quando o MPA é mais pronunciada, pode causar perda de reflexo e conseguindo intubar, portanto, não precisa de indução. 
 No 3) protocolo não possibilita a intubação. 
3. Terceiro. 
-Paciente: cavalo.
-Procedimento: orquiectomia. 
Procedimento muito realizado a campo nessa espécie. 
Orquiectomia será realizado com o animal deitado. 
Objetivo.
-Anestesia/Analgesia;
-Relaxamento muscular.
Fármacos. 
	MPA
	Indução
	Manutenção
	1)Acp. (IV)
	Cetamina + Mdz
	EGG + bolus cetamina
	2) Xilazina (IV)
	Cetamina + Diaz.
	Bolus cet + diaz.
	3) Acp + Xilazina (IV)
	Cetamina
	EGG + IC (xila. + cet.)
 Equinos são muito sensíveis aos dissociativos, como a cetamina que funciona como anestésico geral, mesmo não sendo classificado assim. 
 EGG: relaxante muscular a nível central. 
 Cetamina IV nos equinos tem duração de 10 minutos, portanto, faz bolus. 
 Nos cavalos sempre associa bloqueios locais.

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