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MENEJO ODONTOLÓGICO DO PACIENTE CLINICAMENTE COMPROMETIDO PARTE I

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PARTE I 
A) HIPERTENSÃO: Elevação anormal da pressão sanguínea sistólica, em 
repouso, acima de 140mmHg e/ou a elevação da pressão diastólica acima de 
90mmHg. Ao constatar que o paciente é hipertenso, traçar uma reta 
entre a hipertensão leve e a moderada e estar atento aos riscos do 
procedimento operatório. Questionar ao paciente qual a variação média 
da PA, qual a frequência em que ele a afere. Além disso, questionar o 
paciente quanto ao seu estado emocional atual no pré-operatório. 
Levando em hipótese que durante a cirurgia, a pressão do paciente pode 
oscilar para mais, portanto, deve estar em mente sobre o tipo de 
procedimento que será feito. 
 
Assim, quais as precauções devem ser levadas em consideração no manejo 
de pacientes cardiopatas? 
 
- Qual será a região da extração; 
- Qual a técnica anestésica será aplicada (visando regiões de maior 
incomodo); 
- Onde será aplicada (quanto à quantidade que será aplicada); 
- Estar atento a quantidade de 
tecido que será descolado e à 
técnica operatória aplicada. 
Assim, quanto mais invasivo o 
procedimento, maior será o 
sangramento, tendo em 
consideração o risco de 
complicação dependendo do 
comprometimento clínico do 
paciente. - Sutura: cicatrização por 
segunda intenção; 
https://www.mdsaude.com/wp-content/uploads/valor-pressao-arterial.jpg 
- Pós-operatório: Se o paciente sentir dor, haverá elevação da PA por 
estresse e assim, sangramento. 
 
 
 
 
 Sintomatologia do paciente hipertenso: 
 
- Sensação de mal-estar; 
- Ansiedade e agitação; 
- Cefaléia severa; 
- Tontura; 
- Visão turva; 
- Dor no peito; 
- Tosse/ Falta de ar. 
 
 
Alterações sistêmicas: 
- SNC – Hemorragias, encefalopatia hipertensiva 
- Coração – Angina, Insuficiência cardíaca 
- Sistema vascular – Obstrução da carótida, aneurisma da Aorta 
- Sistema visual – Retinopatia 
 
Fatores que atuam na resistência periférica: 
https://br.pinterest.com/pin/160300067973378411/ 
 
- Neurológicos 
- Vasculares 
- Medicamentosas/Drogas 
- Sensação excessiva ou inapropriada de hormônios 
 
Orientações no tratamento 
 
Dor → Analgésicos: Paracetamol / Dipirona 
 AINES 
**Assim, diminuo os picos de dor durante o pós-operatório. Diminuindo a 
dor, diminuo a possibilidade de aumentar estresse e consequentemente o 
sangramento. 
 
B) ATEROESCLEROSE: A aterosclerose é o deposito no 
interior das artérias de substâncias gordurosas junto 
com o colesterol, cálcio, produtos de degradação 
celular e fibrina (material envolvido na coagulação 
do sangue e formador de coágulos). A progressão 
e o desenvolvimento de placas denominadas 
ateroscleróticas constituem o processo de 
aterosclerose. Há formação de trombos e 
dependendo do tamanho, podem causar uma 
obliteração total, ocasionando um AVC, angina, 
trombose aórtica ... 
 
Causas: 
- Elevação da PA; 
- Elevação dos níveis de colesterol; 
- Fumo. 
 
C) ANGINA DO PEITO: Obstrução do suprimento 
arterial do miocárdio. O processo básico da doença é 
 um progressivo estreitamento e/ou espasmos de uma ou mais artérias 
coronárias. 
 
Sintomatologia: 
- Sensação de pressão; 
- Sensação de apertamento na 
região subesternal. 
 
OBS: Pacientes idosos de maneira 
geral toleram melhor um infarto do 
que as pessoas jovens que não 
desenvolveram uma circulação 
colateral, como os idosos onde a 
doença isquêmica já existe há mais 
tempo. 
 
Caracteristicas: 
- Dor de curta duração 
- Passa durante o período de 
repouso 
- Dor cessa com uso de 
nitroderivados 
 
Curiosidades: 
- Homens: dor pré-cordial 
- Mulheres: fadiga extrema 
- Intensidade da dor varia 
entre indivíduos 
- Dor irradia para braço 
esquerdo 
 
Orientações no tratamento: 
- Posicionamento do 
paciente 
- Sedação/ uso de oxido 
nitroso 
- Nitroglicerina (0,3 a 0,6 mg- 
sublingual) 
- DInitrato de isossorbida 
- Administrar oxigênio 
 
OBS: Anestésico com adrenalina 
1:100.000 – 4ml 
Contra-indicação da bupivacaína 
 
D) INFARTO DO MIOCÁRDIO: Ocorre quando a isquemia (resultante da 
demanda de oxigênio aumentada e de suprimento diminuído) causa 
disfunção e mortes celulares. O tratamento de um problema oral em 
um paciente que teve IM inicia-se com uma consulta com o médico 
do paciente. Geralmente, recomenda-se que os procedimentos 
cirúrgicos eletivos maiores sejam adiados em até pelo menos 6 
meses após o infarto. 
** Alguns pacientes que tiveram um IM ingerem aspirina ou outros 
anticoagulantes para diminuir a trombogênese coronária; essa 
informação deve ser procurada, pois afeta as decisões cirúrgicas, sejam 
elas pela técnica ou medicação de escolha. 
 
 
E) ARRITMIA: Alteração do ritmo cardíaco normal. É um quadro 
frequente para desenvolvimento de endocardite bacteriana. 
Esses pacientes devem fazer uso de marca-passo, situação na qual onde 
não há contra-indicação para cirurgia oral, desde que, equipamentos 
elétricos como bisturi elétrico ou os que emanem ondas, não devem 
estar próximos do paciente. Além disso, pacientes com marca-passa não 
necessitam de profilaxia antibiótica. Se em procedimento cirúrgico, seus 
sinais vitais devem ser cuidadosamente monitorados. 
 
Sintomatologia: 
- Palpitação 
- Sincope 
- Taquicardia: batimento cardíaco superior a 100 vezes/minuto 
- Bradicardia: batimento cardíaco inferior a 60 vezes/minuto 
 
- Endocardite bacteriana: É o nome dado as afecções, infecciosas ou 
não, do endocárdio. Lesão no endocárdio, que pode estar relacionada com 
os grandes vasos ou com a parede do coração. Pode ser de origem 
infecciosa ou por reações inflamatórias (doenças autoimunes). 
Geralmente são localizadas nas válvulas cardíacas ou no endocárdio. Os 
agentes etiológicos mais comuns da EB são os Estafilococos aureus e 
Estreptococos do grupo viridans. 
 
- Febre reumática: Doença do Sist. Autoimune que o paciente 
desenvolve na infância/adolescência. É uma doença inflamatória que se 
desenvolve após uma infecção anterior provocada pela bactéria do 
estreptococo. A febre reumática pode afetar as articulações, a pele e até 
mesmo órgãos vitais, como o coração e o cérebro. 
Após o streptococus cair na corrente sanguínea, será lançada uma toxina 
e vai gerar uma lesão de válvula ou de grandes vasos. Ao cair na circulação, 
será iniciado um quadro de bacteremia transitória. Mas para que haja essa 
liberação da toxina na circulação, deve haver uma “porta-de-entrada”, 
onde por exemplo: uma raspagem subgengival, extração dentaria, 
colocar fio retrator na gengiva, cunha interproximal, anel ortodôntico etc. 
 
Ao quadro de bacteremia transitória, o organismo vai produzir anticorpos 
que além de tentar impedir a toxina, vai destruir as fibras do endocárdio .. 
 
** Na anamnese, ao questionar o paciente ser portador de FR, é 
importante saber a idade do paciente. Se o paciente tiver menos que 21 
anos, questionar o paciente se ele faz o tratamento com o benzetacil e 
se houve alguma sequela cardíaca. 
 
**Levar em consideração antes da extração dentária, qual a última vez 
que o paciente tomou benzetacil. Dependendo, deve tomar antes do 
procedimento cirúrgico. 
 
Tratamento: 
- Amoxicilina 875mg 12h/12h 
Medicação profilática: Prevenção da infecção. Feito até 48hrs 
 
Condições clínicas predisponentes: Profilaxia de endocardite 
- Valvulas cardíacas danificadas 
- Superfícies cardíacas ásperas 
- Próteses nas válvulas cardíacas 
- Prolapso de válvulas mitral 
- Febre reumática 
- Endocardite prévia 
 
Pacientes que necessitam de profilaxia antibiótica para EB 
→Alto Risco: 
- Valvas protéticas 
- Endocardite Bacteriana prévia 
- Doença cardíaca congênita cianótica 
- Shunts sistêmico-pulmonares construídos cirurgicamente 
→ Médio risco: 
- A maioria das malformações congênitas 
- Disfunção valvaradquirida 
- Cardiomiopatia hipertrófica 
 
F) PROBLEMAS PULMONARES: 
- ASMA: Pacientes asmáticos devem ser questionados em 
relação aos fatores desencadeantes, frequência e gravidade 
dos ataques, medicações utilizadas e a resposta aos 
medicamentos. Devem ser questionados também quando a ser 
alérgico à aspirina (AAS) pela alta frequência de casos. 
- DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: é geralmente 
causada por exposição a longo prazo a irritantes pulmonares, como 
fumaça de cigarro, que causa metaplasia do tecido das vias aéreas. 
Sedativos, hipnóticos e narcóticos que deprimem a respiração 
devem ser evitados. - TUBERCULOSE 
 
G) PROBLEMAS ENDÓCRINOS: 
- DISTURBIOS DAS GLANDULAS ADRENAIS: Doença resultante 
de alterações das glândulas adrenais – órgãos endócrinos – Rins. A 
primeira preocupação que tenho que ter com pacientes com 
problemas endócrinos está relacionada ao consumo de corticoides, 
e assim, esses pacientes deve fazer profilaxia antibiótica. 
- INSUFICIENCIA RENAL CRONICA: Resultado de lesões renais, 
irreversíveis e progressivas provocadas por doenças que tornam o 
rim incapaz de realizar suas funções. A preocupação principal é 
quanto aos medicamentos, assim, é proibitivo o uso de AINES. Estar 
atento a dosagem do medicamento. Além disso, saber que o 
paciente geralmente faz hemodiálise, assim, ele utiliza heparina. No 
dia do procedimento cirúrgico, o paciente não deve fazer uso de 
heparina. 
** Geralmente, é necessário o parecer médico antes de realizar o 
procedimento 
 
 
 
Quadro clínico: 
- Anorexia; 
- Fraqueza; 
- Letargia; 
- Anemia severa; 
- Hipertensão; 
- Edema; 
- Tempo de sangramento. 
 
 
Orientações no tratamento 
- Marcar o tratamento dentário para o dia seguinte à diálise; 
- Profilaxia Antibiótica para pacientes com fístula arteriovenoso (o dentista 
nunca deve utilizar o acesso da fistula para fazer um acesso venoso, salvo 
em casos de emergência); 
- Evitar: tetraciclinas, AAS, ANTI-INF, não esteroide; 
- Hipertensão, anemia; 
- Insuficiência cardíaca congestiva; 
- Hepatite. 
 
 
H) DIABETES MELITO: Doença provocada pela deficiência de produção 
e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a 
complicações crônicas características. 
 
Formas: 
• Diabete Mellitus tipo 1: Auto-imune; idiopática; insulino-dependente; 
“diabete juvenil”. 
https://www.amato.com.br/tratamento/fistula-arteriovenosa-para-hemodialise-fav/ 
*Geralmente é o tipo mais preocupante 
* Nessa forma de diabetes, há uma subprodução de insulina, o 
que resulta na incapacidade do paciente em usar 
adequadamente a glicose. 
• Diabete Mellitus tipo 2: Maioria das vezes não são insulindependentes; 
excesso de peso; predisposição familiar 
*Nesse caso, o paciente pode produzir insulina, porém, produz 
em quantidade insuficiente, dessa forma, inicia-se na fase adulta 
geralmente. É exacerbada pela obesidade e geralmente não 
requer tratamento com insulina. 
 
 
• Diabetes gestacional: adquirida durante a gestação 
• Doenças genéticas 
 
Sintomas: 
• Sede excessiva; 
• Aumento do volume da urina (poliúria); 
• Aumento na ingestão de líquido (polidpsia); 
• Aumento do número de micção; 
• Hábito de urinar a noite; 
• Fadiga/cansaço; 
• Visão turva (lesão de fundo de olho); 
• Aumento do apetite (polifagia, geralmente por alimentos doces); 
• Perda de peso; 
• Predisposição a infecções (O paciente diabético quando sofre alguma 
lesão, seu tempo de cicatrização é menor devido à demora da 
formação do colágeno, assim, a ferida cirúrgica fica mais tempo aberta 
e suscetível a infecção). “Lesão de membros inferiores” por não terem 
a irrigação adequada dos membros, assim, muitas vezes há necrose de 
extremidades, sendo necessário amputar. Além disso, os movimentos 
dos macrófagos ficam mais lentos, assim, a fagocitose fica mais lenta 
também e devido a isso, demora mais para realizar sua função. A 
ingestão de açúcar favorece o crescimento da flora patológica e 
desfavorece a flora residente, assim, o aumento da ingestão de açúcar 
é um agravante. *Presença de cristais de oxalato (na urina). Estar 
atento a função renal do paciente, pois, a falta de controle da diabetes 
pode gerar um quadro renal crônico. 
 
Consequências: 
-Doença cerebrovascular; 
-Retinopatia diabética; 
-Doença renal diabética. 
 
 
Testes: Controle diário da glicose 
-Hemoglobina glicada ou 
glicosada. 
 
Achados bucais: 
- Doença periodontal; 
- Língua fissurada; 
- Ardência na língua. 
 
Orientações no tratamento: 
• Antes de mais nada é importante saber o tipo de diabetes que o 
paciente é portador. O que ajuda distinguir os tipos é saber se o 
paciente é insulino-dependente ou não (quando em tipo 1 são sempre 
insulinodependentes, quando em tipo 2 raramente). 
 
** O processo cirúrgico para pacientes diabéticos pode ser indicado ou não, 
tudo deve ser avaliado antes do procedimento. “Na dúvida, não se arrisque. 
Certifique-se se o procedimento cirúrgico há embasamento” 
** Em Pacientes com a glicemia acima de 160g/dL o procedimento cirúrgico 
não é indicado, salvo se houver parecer do endocrinologista do paciente. 
** No caso de paciente dependente de insulina: A insulina, o jejum e o 
estresse fazem a glicemia cair, podendo gerar uma crise hipoglicemica. 
Nesses casos, é de suma importância que o paciente não venha em jejum 
para o procedimento, além disso, a dose de insulina deve ser diminuída. 
Não deixar o paciente em jejum por longo período. 
• Para pacientes que dependem de insulina ou de hipoglicemiantes, a 
prescrição de antibiótico é necessária? Depende do procedimento, 
do estado de saúde, da saúde bucal e higiene, e, do controle da 
diabetes. 
 
- Avaliar a hipoglicemia; 
- Dieta; 
- Agentes hipoglicemicos; 
- Redução estresse; 
- Risco de infecção; 
- Avaliação médica.

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