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OS LUSÍADAS: CANTO III (A MORTE DE INÊS DE CASTRO) Resumo: Tem-se como objetivo, nesse trabalho, fazer uma breve análise do Canto III, o qual fala sobre a morte de Inês de Castro. Para isso, dividiu-se da seguinte forma: introdução, com comentários sobre o contexto geral, biografia do poeta e informações sobre o canto, resumo e, logo em seguida, análise. De acordo com Fonseca e Costa (2012), Luiz vaz de camões nasceu, possivelmente, em Lisboa, no ano de 1524 ou 1525, não se sabe ao certo, e faleceu em 1580. No ano de 1572 pôde publicar Os Lusíadas graças à influência de alguns amigos próximos ao Rei Dom Sebastião. Camões produziu poesias líricas e épicas e, também, muitas peças de teatro. Em Os Lusíadas, é dado destaque ao povo português, como um todo, e às suas conquistas. O episódio do canto III é lírico-amoroso. Inicia-se no verso 118 e termina no 135. Nesses versos é narrado o assassinato de Inês de Castro, acontecimento perverso que fora consequência de seu amor por D. Pedro, e que teve como mandante D. Afonso IV, pai de Pedro. Essa história é narrada por Vasco da Gama (narrador) ao Rei Melinde (narratário). Percebe-se, pelas palavras empregadas, que o narrador demonstra certa empatia por Inês: “Estavas, linda Inês, posta em sossego (v. 120) [...] Do furor mauro, fosse alevantada Contra ua dama delicada? ” (v.123) e apatia pelos algozes: “Traziam-na os horríficos algozes” (v. 124) Assim, é notável que não se trata de uma narração imparcial, pois o narrador solidariza-se com a protagonista. O verso 120 prenuncia o que irá acontecer na narrativa: a mudança do “doce fruto” para a “morte escura”. Nesse verso, Inês vive um momento de felicidade e colhe “o doce fruto, naquele engano da alma, ledo e cego” (v. 120). Esse engano talvez se refira à ingenuidade, ou ilusão, em achar que ela poderia ser feliz com Pedro em uma sociedade na qual se dava mais importância à fortuna e às relações políticas. A partir do verso 125 até 129 é apresentada a súplica de Inês de Castro por clemência e logo em seguida percebe-se, por um momento, a hesitação do rei em sentenciar Inês. No entanto, o povo pede por sua morte, e este foi um ponto decisivo para o seu futuro. Nos últimos versos do canto, Inês é comparada à princesa Troiana Polixena. Diante dessa comparação à personagem da mitologia grega, que viveu situação semelhante, Inês é enaltecida dentro do canto. Ao final, a vingança de D. Pedro é concretizada e a morte de Inês é vingada. Em suma, o enredo da história da morte de Inês de Castro é narrado no canto III de uma forma muito mais elaborada, com a utilização de várias figuras de linguagem e rimas entre os versos. No entanto, o objetivo desse trabalho escrito foi apenas apontar o que será abordado na apresentação oral, na qual serão expostos os versos principais e serão explicados os trechos que mais se destacam na narrativa. REFERÊNCIAS Biografia de Inês de Castro. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/ines_de_castro/> Acesso em 13 jun 2018 CAMÕES, Luiz Vaz de. Canto III. In: Os Lusíadas. Versão digital. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_ obra=1870> Acesso em 13 jun 2018 FONSECA, Francisca Nilza. COSTA, Odenilde Pessoa da. O episódio “a morte de Inês de Castro” no canto da obra “Os Lusíadas” de Luís Vaz de Camões. In: Para ler poesia: ensaios de análise poética. Natal: IFRN, 2012, p. 95-100
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