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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Profª. Kelly Luana Molinari Corrêa.
Graduada em Psicologia, especialista em Psicopedagogia e Docência no Ensino Superior. Atualmente, trabalha na UNIASSELVI – Pós EAD Presencial, como Coordenadora Pedagógica. 
AUTORA
Contextualização
Deriva do campo da Sociologia e da Psicologia.
Significa relação entre dois ou mais indivíduos. 
Contextos em que ocorre: familiar, escolar, de trabalho. 
Sentimentos envolvidos: amor, amizade, solidariedade, entre outros. 
Características e situações, como competência, transações comerciais, inimizade, etc. 
Conflitos podem surgir determinando e alterando o relacionamento. 
Contextualização
Como vou agir em determinada situação?
Como os outros esperam que eu atue em situações específicas? 
Por que as pessoas interpretam de modo errôneo meus atos e palavras?
QUESTIONAMENTOS
DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL E DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Desempenho Social: emissão de um comportamento ou sequência de comportamentos em uma situação social qualquer.
Habilidades Sociais: existência de diferentes classes de comportamentos sociais no repertório do indivíduo para lidar de maneira adequada com as demandas das situações interpessoais. 
Competência Social: tem sentido avaliativo que remete aos efeitos do desempenho social nas situações vividas pelo indivíduo. 
(DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2008, p. 31).
DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL E DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Indivíduos socialmente competentes: relações pessoais e profissionais mais produtivas, satisfatórias e duradouras. Qualidade na saúde física e mental e bom funcionamento psicológico.
 
Insuficiência de habilidades sociais: dificuldades e conflitos na relação com outros indivíduos. Qualidade de vida inferior, podendo apresentar vários tipos de transtornos psicológicos. 
DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA SOCIAL E DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Exemplificando:
Um indivíduo possui as habilidades, no entanto, não as utiliza no desempenho social por vários motivos, como a ansiedade, crenças equivocadas e dificuldade de interpretação dos sinais do ambiente. Nas interações, as habilidades sociais pertencem aos fatores de um desempenho social competente.
A competência social diz respeito à capacidade do indivíduo de sistematizar pensamentos, sentimentos e ações, em razão de seus objetivos e valores, associando-os às demandas imediatas e mediatas do ambiente.
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CONTEXTOS E DEMANDAS DE HABILIDADES SOCIAIS
Habilidades sociais aprendidas: interpretação dos sinais sociais, explícitos ou sutis, para determinados desempenhos, a capacidade de selecioná-los e aperfeiçoá-los e a decisão de emiti-los ou não. 
CONTEXTOS E DEMANDAS DE HABILIDADES SOCIAIS
As demandas são produtos da vida em sociedade elaboradas pela cultura de subgrupos. 
Quando as pessoas não conseguem se adequar às demandas (principalmente as mais importantes) são consideradas desadaptadas. No entanto, certos contextos não oportunizam que determinadas habilidades sociais sejam exercidas.
 
CONTEXTOS E DEMANDAS DE HABILIDADES SOCIAIS
 Atenção aos sinais sociais do ambiente (observação e escuta).
 Controle da emoção nas situações de maior complexidade. 
 Controle da impulsividade para responder de imediato. 
 Análise da relação entre os desempenhos (próprios e de outros) e as consequências que eles acarretam. 
 
CONTEXTO FAMILIAR
Relações familiares: marido-mulher, pais-filhos, entre irmãos e parentes. 
O desempenho das habilidades sociais podem ser uma fonte de satisfação ou de conflitos no ambiente familiar. 
Os conflitos são inevitáveis, porém, para que sejam resolvidos de modo saudável, muitos deles dependem da maneira que serão abordados e resolvidos.
RELAÇÕES CONJUGAIS
Na sociedade atual, os indivíduos já possuem um conhecimento razoável de seu parceiro antes de escolherem por uma vida em comum.
Deterioração de alguns comportamentos mutuamente prazerosos (reforçadores) e o aparecimento ou maximização de outros de caráter aversivo.
RELAÇÕES CONJUGAIS
A maioria dos indivíduos, ao se casarem, possuem algumas ideias românticas sobre o amor que, além de não se concretizarem, dificultam a identificação e o enfrentamento das dificuldades conjugais.
RELAÇÕES CONJUGAIS
Tais habilidades incluem: acalmar-se e identificar estados de descontrole emocional em si e no cônjuge, ouvir de forma não defensiva e com atenção, validar o sentimento do outro, reorganizar o esquema de interação do casal de modo a romper o ciclo queixa-crítica-defensividade-desdém. 
Além de habilidades como as de admitir o erro, desculpar-se ou pedir mudan­ças de comportamento. 
RELAÇÕES CONJUGAIS
Pedir e dar feedback positivo: é uma habilidade que favorece uma avaliação conjunta. 
Compartilhamento de decisões tomadas pelo casal: esse partilhar produz um equilibro nas relações de poder. 
O conteúdo (o que se diz), a forma (como se diz) e a ocasião (quando se diz).
RELAÇÕES ENTRE PAIS E FILHOS 
Os pais educam seus filhos utilizando três estratégias básicas:
Por meio das consequências (recompensas e punições).
 Pelo estabelecimento de normas, explicações, exortações e estímulos. 
Por modelação. 
(ARGYLE 1967; 1994 apud DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2008, p. 52).
RELAÇÕES ENTRE PAIS E FILHOS
Conforme os filhos crescem, acabam desenvolvendo interesses, ideias e hábitos que podem causar conflitos familiares.
Os pais também podem ter dificuldades em identificar o início de uma atitude desejável, que pode estar sendo mascarada pelo domínio de outros indesejáveis.
RELAÇÕES ENTRE PAIS E FILHOS
Medidas punitivas ou corretivas produzem resultados pouco efetivos.
O exercício de um conjunto de ações educativas pode alterar totalmente a qualidade da relação e promover comportamentos mais adequados nos filhos. Por exemplo: apresentar feedback positivo e Elogiar e fornecer consequências positivas
CONTEXTO ESCOLAR 
A escola é um espaço em que ocorre um conjunto de interações sociais pretensamente educativas. 
O desenvolvimento socioemocional deve ser incluído nesse conjunto a partir das observações na atualidade, em que há uma elevação da violência atingindo crianças e jovens, manifestando-se, inclusive, no ambiente escolar. 
Habilidades como liderar, convencer, discordar, pedir mudança de comportamento, expressar sentimentos negativos, lidar com críticas, questionar, negociar decisões, resolver problemas, etc. 
Devem ser desenvolvidos paralelamente às habilidades de expressar sentimentos positivos, valorizar o outro, elogiar, expressar empatia e solidariedade e demonstrar boas maneiras. 
(DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2008).
CONTEXTO ESCOLAR 
CONTEXTO DE TRABALHO
A competência técnica, usualmente, faz parte dos objetivos educacionais dos cursos profissionalizantes de segundo e terceiro graus e dos treinamentos que ocorrem no âmbito das organizações. 
A competência interpessoal é um subproduto desejável do processo educativo, por vezes referido como currículo oculto. Tal processo pode ser de recepção de itens de tarefa, negociação de contrato, reuniões, supervisão de atividades, aperfeiçoamento por meio de cursos, etc. 
CONTEXTO DE TRABALHO
Coordenação de grupo, liderança de equipes, manejo de estresse e de-conflitos interpessoais e intergrupais, organização de tarefas, resolução de problemas e tomada de decisões, promoção da criatividade do grupo, competência para falar em público, argumentar e convencer na exposição de ideias, planos e estratégias. 
Interações relacionadas ao processo produtivo que, para ocorrerem adequadamente, exigem competência em requisitos como os de observar, ouvir, dar feedback, descrever, pedir mudança de comportamento, perguntar e responder perguntas entre outros. 
(DEL PRETTE E DEL PRETTE 2008, p. 57) 
 REFLEXÃO
TIRINHA DA MAFALDA
AUTOMONITORIA
A automonitoria pode ser descrita como uma habilidade metacognitiva e afetivo-comportamental pela qual a pessoa observa, descreve, interpreta e regula seus pensamentos, sentimentos e comportamentos em situaçõessociais.
Quando o indivíduo monitora o seu desempenho, ele aumenta a possibilidade de atingir uma boa competência social. 
AUTOMONITORIA
Requisitos para o desempenho da automonitoria: controle da impulsividade, observação do outro, introspecção e reflexão. 
Aqueles indivíduos que aprenderam automonitoramento têm conhecimento de suas emoções, pensamentos e comportamentos, além de conhecerem seus pontos fortes e fracos, planejam metas apropriadas aos seus recursos e modificam seu desempenho quando isso se faz necessário.
HABILIDADES SOCIAIS DE COMUNICAÇÃO
A comunicação não verbal complementa, ilustra, regula, substitui e algumas vezes se opõe à verbal. Grande parte da interpretação das mensagens ocorre no plano não verbal. 
Posturas, gestos, expressões faciais e movimentos do corpo adquirem diferentes significados em função do contexto verbal e situacional em que ocorrem. 
HABILIDADES SOCIAIS DE COMUNICAÇÃO
Como melhorar a comunicação?
Aprender a melhorar sua transmissão; que palavras, ideias, sentimentos realmente são enviados aos outros indivíduos. 
Aprender a aperfeiçoar sua própria recepção; o que nós percebemos das reações emitidas pelo outro. 
(MINICUCCI 2013, P. 55)
FAZER E RESPONDER PERGUNTAS
FAZER E RESPONDER PERGUNTAS
As perguntas abertas tendem a gerar maior quantidade de informação.
As fechadas podem gerar respostas mais objetivas e precisas, mas se restringem à informação nelas indicada.
 As difusas estimulam apenas as pessoas que apresentam maior prontidão e agilidade verbal para responder.
As dirigidas garantem a fonte de informação selecionada. 
FAZER E RESPONDER PERGUNTAS
Avaliativas, que buscam verificar o conhecimento ou compreensão do ouvinte. 
Estimuladoras da verbalização ou do pensamento crítico do outro.
Retóricas, cujo objetivo é o de dar encaminhamento ao próprio discurso e manter a atenção ao ouvinte.
Esclarecedoras, de ampliação ou complementação da própria verbalização.
Confrontadoras, visando apontar contradições em uma exposi­ção. 
FAZER E RESPONDER PERGUNTAS
Responde ao que foi explicitamente perguntado.
Responde ao que foi implicitamente colocado (no caso de funções mais sutis como a de confronto e provocação).
Ignora a pergunta, como um todo ou parte dela, em função das avaliações anteriores.
Expressa a pró­pria dificuldade em responder. 
(DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2008, p. 66). 
GRATIFICAR E ELOGIAR
Nas relações profissionais e educativas, a eficiência do instrutor, do professor, dos pais e dos agentes educativos em geral, enquanto modelos de conduta, cresce com essa habilidade. 
GRATIFICAR E ELOGIAR
O elogio é compreendido como qualquer comentário positivo direcionado a e sobre outro indivíduo ou a algo feito por ele. 
A competência em fazer elogio envolve uma conexão entre o pensar, o sentir e o agir e depende de uma primorosa diferenciação sobre o que, a quem, como e quando elogiar. 
RECEBER E DAR FEEDBACK 
O feedback é um instrumento de ajuste de desempenhos que geram determinados resultados, sendo acionado em caso de desequilíbrio entre o processo (conjunto de desempenhos) e o produto (resultados).
 
RECEBER E DAR FEEDBACK 
O feedback auxilia nas mudanças de comportamento; na comunicação com um indivíduo ou grupo, com o intuito de fornecer informações sobre como sua atuação está afetando outros sujeitos. 
RECEBER E DAR FEEDBACK 
 Evita ressentimentos e reações defensivas, comumente associadas ao feedback negativo.
 Dispõe a pessoa a ouvir com mais atenção as observa­ções feitas pelo interlocutor, ampliando seu conhecimento sobre o próprio desempenho e/ou os resultados dele decorrentes. 
Motiva a pessoa a investir no aperfeiçoamento dos aspectos valorizados. 
 Aumenta a probabilidade de os desempenhos valorizados voltarem a ocorrer.
(DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2008, p. 69).
 
RECEBER E DAR FEEDBACK 
Dificuldade em receber feedback: excesso de defesa do indivíduo.
Dificuldades para dar feedback: incapacidade de compreender as necessidades do outro, a falha em observar e/ou descrever o comportamento e a pretensão do uso do feedback como forma de exercício de poder.
INICIAR, MANTER E ENCERRAR CONVERSAÇÃO
Da situação (o local onde o contato ocorre). 
Do interlocutor (disponibilidade de tempo, estado de humor).
Da própria pessoa (excesso de ansiedade interpessoal). 
INICIAR, MANTER E ENCERRAR CONVERSAÇÃO
O contato pode ser iniciado com um cumprimento, seguido da apresentação pessoal ou do esclarecimento do objetivo do encontro. A comunicação não verbal, nessa situação, é muito relevante. 
INICIAR, MANTER E ENCERRAR CONVERSAÇÃO
Aproximar-se da pessoa ou grupo no momento mais apropriado, apresentar-se, observar, ouvir o outro, discriminar seus interesses, fazer perguntas abertas e fechadas, parafrasear, demonstrar senso de humor, pedir e expressar opini­ão, expressar sentimentos positivos, fazer pedidos ou propostas, apresentar feedback positivo e elogiar.
INICIAR, MANTER E ENCERRAR CONVERSAÇÃO
Podem-se observar gestos, mudança de postura, alterações na direção do olhar, redução do contato visual, verbalizações e entonação típica são indicadores reconhecidos na maioria das culturas.
 As habilidades de percepção e interpretação desses sinais auxiliam para criar uma sincronia em que o encerramento da conversação ocorra espontaneamente. 
REFERÊNCIAS
ARGYLE, M; FURNHAM, A; GRAHAM, J. A., 1981. In: DEL PRETTE, A; DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das relações interpessoais: vivências para o trabalho em grupo. 7ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. 
DEL PRETTE, A; DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das relações interpessoais: vivências para o trabalho em grupo. 7ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. 
 
GOTTMAN, J; RUSHE, R. Communication and social skills approaches to treating ailing marriages: A recommendation for a new marital therapy called “Minimal Marital Therapy”. In: DEL PRETTE, A; DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das relações interpessoais: vivências para o trabalho em grupo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. 
 
MINICUCCI, A. Relações humanas: psicologia das relações interpessoais. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2013. 
 
MOSCOVICI, F. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. 21ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012. 
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