Buscar

GOVERNANÇA CORPORATIVA E ÉTICA EMPRESARIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTOLADORIA 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
SARA DA SILVA SOUZA 
 
 
 
 Trabalho da disciplina Governança 
corporativa e ética empresarial 
Tutor: Alexsandre De Castro 
 
 
Formosa/GO 
2021
http://portal.estacio.br/
2 
 
 
 
 
FRAUDE CONTÁBIL NA WORLDCOM 
 
 
Referência: KAPLAN, Robert S; KIRON, David. Fraude Contábil Na Worldcom. 
Harvard Business School, 110 – P02, 14 set. 2007. 
 
O estudo de caso “Fraude Contábil Na Worldcom” produzido em 14 de 
setembro de 2007, pela Escola de Negócios de Harvard, apresenta a fraude da 
empresa de telecomunicações WorldCom nos Estados Unidos, que trouxe muitos 
prejuízos aos seus funcionários, acionistas, e ao governo, após seu requerimento de 
proteção contra falência em julho de 2002. Os resultados devastadores seguiram 
causando consequências a 20 milhões de clientes no varejo, a 80 milhões de 
beneficiários da Seguridade Social, ao controle de Tráfego Aéreo (Associação 
Federal de Aviação), ao Departamento de Defesa, as Casas do Congresso e ao 
Escritório Geral de Contabilidade. Neste contexto para o entendimento mais 
completo, os autores, relatam a rápida ascensão da WorldCom desde o primórdio de 
sua criação. 
O sistema de telecomunicações dos Estados Unidos era formado por 
empresas pequenas locais, de telefonia, que operavam com chamadas locais e as 
grandes empresas que operavam com chamadas a longa distância. As empresas 
AT&T (fundada em 1983) e a LDDS, em 1984 (acrônimo para Serviços de Longa 
Distância com Desconto) esta precursora da gigante WorldCom. Estas eram 
pequenas empresas regionais que ofereciam serviços locais e neste contexto existia 
a MCI, uma empresa bem estabelecida, que realizava ligações a longa distância, 
mas que ainda não tinha participação expressiva nos estados do Sul. A LDDS 
apareceu e como diferencial ofertava a seus clientes, chamadas a longa 
distância, entretanto, para realizar esse feito, contratava os serviços das pequenas 
empresas regionais e telefônica de longa distância. Dessa maneira, conseguia 
ofertar aos seus clientes ligações a longa distância, através do elo criado entre 
2 
 
 
 
pequenas e grandes telefônicas. As ligações a longa distância saiam por custos 
elevados, pois era pago por cada operadora que participava no serviço prestado. 
 Ocorreram problema nas finanças da empresa já no início das operações, 
desde quando a LDDS iniciou as atividades com um capital de $ 650 mil dólares e 
logo acumulou uma dívida de $ 1.5 milhão de dólares, portanto, atribui-se ao pouco 
conhecimento técnico para lidar com complexas contas de grandes empresas. 
Neste, ínterim, entra em cena um dos nove investidores, chamado Bernard 
J.(Bernie) Ebbers para dirigir a empresa, e apesar de deter pouco conhecimento 
empresarial, em pouco tempo torna a empresa altamente lucrativa. Esse novo 
diretor conseguiu consolidar a jovem LDDS através da compra de pequenas 
empresas de longa distância, está com áreas de serviços geograficamente limitada e 
agregou maior valor ao associa-las com operadoras de longa distância de terceiro 
nível. Sendo assim proporcionou economia de escala. A LDDS cresceu no Sul e 
Oeste dos Estados Unidos e também internacionalmente, especialmente na Europa 
e América Latina. No ano de 1993 a LDDS consegue tornar-se a quarta maior 
operadora de longa distância nos EUA, e dois anos depois através de uma votação 
recebe oficialmente o nome de WorldCom. Segue assim crescendo, e em 1996, 
novas aquisições foram feitas, com a compra da MFS Communications Company, já 
em 1997 mais uma grande aquisição na compra da MCI, segunda maior operadora 
de longa distância do país. Na tentativa de uma nova fusão, no ano de 1999, a 
WorldCom foi impedida pelo Departamento de Justiça dos EUA, este fato no 
entendimento dos executivos revelava que este canal já não era mais garantia de 
viabilidade de expansão do negócio. Ao Diretor Ebbers faltou um sentido estratégico 
de direção e foi quando a empresa começou a declinar conforme observado pelos 
empregados da empresa. 
A cultura da empresa era formada por uma mistura de pessoas e culturas, a 
estrutura dos departamentos era postos distantes um do outro, a matriz estava no 
Texas, o departamento pessoal na Flórida, o departamento jurídico em Washington 
DC. Ebbers não valorizou os advogados corporativos da empresa e nem as suas 
informações, pois desenvolveu a cultura de que um ambiente corporativo saudável 
2 
 
 
 
era mais importante que as funções jurídicas da empresa. Conforme relato de um 
ex-gerentes não havia congruência na forma de gerenciar. E o próprio Ebbers em 
certo momento chamou um projeto de código de conduta corporativa de uma “perda 
de tempo colossal”. Os funcionários não podiam questionar seus superiores, apenas 
deveriam obedecer às ordens. Se alguém tivesse opinião contraria do seu chefe, era 
criticado com frequência e até mesmo ameaçado. Sendo, portanto, inexistente um 
canal de comunicação aberta e independente para os empregados expressarem 
suas preocupações sobre políticas ou comportamento da empresa. 
Para aumentar o valor de mercado da companhia, os gestores tinham como 
foco prioritário, o crescimento da receita e para isto chegavam a fazer muitos gastos 
de longo prazo, em projetos que não viabilizaria a obtenção de ganhos a curto 
prazo. Como por exemplo a WorldCoom assumia contratos a longo prazo adquirindo 
grande quantidade de linhas telefônicas as quais não utilizavam e terminavam tendo 
um custo muito alto. Criavam uma expectativa de vendas de linhas, mas essas não 
existiram e além disso as companhias de comunicação estavam declinando. E no 
ano de 2000 a indústria telefônica começou a deteriorar em meio a recessão 
economia originária do estouro da bolha das empresas ponto.com. A relação de 
receita e despesas D/R da WorldCom era em torno de 42% no primeiro trimestre de 
2000, e manter esse patamar era a meta dos trimestres seguintes. Como essa meta 
não tinha como ser atingida o CFO Sullivan utilizou-se da manipulação de dados 
contáveis para chegar. A trama a seguinte relatada pelos autores deste artigo: 
1)reversão de provisionamento e 2) capitalização das despesas com linhas em 2001 
e 2002. Na contabilidade da WorldCom os custos da empresa eram estimados pelos 
custos mensais por linhas. Considera-se que os custos dessas linhas não vinham no 
mês, vinham meses depois e por isso eram pagas também meses depois. Para isso 
era realizado um provisionamento e este registrado ia para o passivo da empresa 
para futuro lançamento como pagamento ao proprietário da linha. Caso as contas 
fossem menores do que foi provisionado a WorldCom poderia reverter esse 
provisionamento justificando haver uma redução nas despesas com linha e este 
valor seria lançado no Demonstrativo de Resultados, justificando assim suas 
2 
 
 
 
receitas altas e despesas baixas na proporção 42%. Esses movimentos foram feitas 
muitas vezes e milhões de dólares foram movimentados nesta contabilidade 
fraudulenta de 1999 ao ano de 2000. 
Quando os provisionamentos haviam reduzidos a quase nada foi hora de 
mais uma vez ser utilizada outra manobra contábil para justificar a relação D/R da 
empresa em 42%. Então chegou a vez de capitalizar as despesas, os custos de 
linhas deveriam ser tratados como gastos de capital e não como custos 
operacionais. Em 2001, Sullivan decidiu reconhecer que as despesas com a 
capacidade de rede não utilizada deveriam ser contas do ativo e nomeou um 
lançamento como o nome “Construção em andamento”. E os gerentes de Sullivan 
foram ordenados a capitalizar $ 771 milhões como despesas em construção em 
andamento e a seguir estornassem $ 227 milhões do montante capitalizado e $ 227 
milhões de provisionamento de passivos relativos a cabos oceânicos. E no relatório 
trimestral em abril 2001 novamentea empresa se supera com 42% a relação de 
D/R. Alguns contadores da empresa a princípio não queriam concordar com esses 
lançamentos e por isso foram ameaçados de demissão. Nesta empresa existiam 
duas auditorias uma interna e outra externa. Apesar das informações 
propositalmente tenham sido ocultas a auditoria interna dirigida por Cynthia Cooper, 
foi responsável pela descoberta das fraudes. Enquanto a auditoria externa 
comandada por Arthur Andersen meio que fez vista grossa aos fatos ocorridos na 
empresa e deixou passar o montante de fraudes nesta empresa, este tinha receio de 
prejudicar o relacionamento com a sua maior cliente WorldCom. O conselho 
administrativo não desempenhou bom papel, pois não avaliavam fatos importantes, 
mas fatos superficiais em suas curtas análises realizadas durante as reuniões. 
Segundo investigações o Conselho Administrativo estava “distante e alheio ao 
funcionamento da companhia”. Apresentou-se como órgão da empresa sem muita 
importância, era sem vida, sem direção para cultura empresarial da WorldCom. 
Relevante também é mencionar o comitê de Auditoria este não dedicou-se como 
deveria, pois era um negócio gigante e complexo e merecia muita dedicação. E em 
junho de 2002 a WorlCom finalmente anuncia que seus lucros foram aumentados 
2 
 
 
 
durante os últimos quatro trimestres. Suas ações foram suspensas da Nasdaq. E o 
rating de credito foram rebaixados pela Standarda & Poor’s. Todos os responsáveis 
pela fraude sofreram severas consequências, alguns foram presos na cadeia e ainda 
para alguns seus bens confiscado pela justiça. 
Muito podemos aprender do artigo de Kaplan e Kiron nesta história de 
sucesso e fracsso. A rápida expansão da empresa sem o devido planejamento. Uma 
empresa que alicerçou sua base de crescimento apenas no patrimonial e alta 
lucratividade, mas sem estável e firme base de sustentabilidade. Sua estratégica foi 
a expansão desmedida e não se definiu bem no mercado não considerou sua 
missão, visão e valores mostrando claramente que não houve um plano bem 
definido de negócio. O próprio Ebbers desconsiderou o possível código de ética, 
mostrando assim sua conduta e o que era a cultura da empresarial. Não valorizou a 
importância do capital humano e do capital intelectual. Correndo desesperado atrás 
de resultados orquestrou a equipe transloucada em busca de receita e definhou 
quando encontrou na fraude contábil a saída para a sua falta de controle e de 
aceitação da realidade mercadológica. Enquanto o mercado sinalizava declínio a 
WorldCom desafiava a todos com seu enigmático resultado. Enquanto alguns 
funcionários se sujeitaram a realizar tarefas inaceitáveis, outros como a auditora 
Cynthia Cooper, não temeu e foi fundo na revelação da fraudulenta equipe 
comandada por Sullivan. Neste contexto a ética profissional opera condizentes com 
a justiça de que em cada ação há uma reação. Alguns foram para a cadeia e outros 
como a corajosa auditora Cynthia Cooper beneficiadas pelo reconhecimento e 
coragem. 
Através da análise dessas informações, foi possível observar o nascimento, 
crescimento e desaparecimento de um órgão vital no capitalismo, ou seja, uma 
gigantesca corporação. E que muitas variáveis essencialmente importantes como 
agora mencionado ainda são ignoradas pelas grandes empresas. Portanto, fica claro 
que não basta ser grande, ter mercado em expansão para uma empresa se 
perenizar, mas é preciso pessoas preparadas, planejamento estratégico, estratégias 
adequadas, inovação, readaptação, e principalmente, valores, missão e visão para 
2 
 
 
 
uma empresa equilibrar-se no mercado e conseguir se manter forte em seu 
seguimento.

Continue navegando