Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prezados alunos, Na disciplina Administração Pública, abordarei com vocês o tema Finanças Públicas, de acordo com o seguinte cronograma: 23, 26 e 27 de fevereiro, 09, 12, 13, 23, 26 e 27 de março. Todas as aulas serão postadas no SigaA e no dia 26/03 será aplicado um questionário avaliativo, no valor de 2,5 pontos, também no SigaA. Qualquer dúvida, estou à disposição. E-mail: julio.souza@ifsudestemg.edu.br Estado, mercado e desenvolvimento O Estado tem como principal missão a realização do bem comum. Assim, todo e qualquer esforço de reforma deve ter como objetivos melhorar a qualidade da prestação do serviço público na perspectiva de quem o usa e possibilitar o aprendizado social de cidadania. Por sua vez, o objetivo principal da Administração Pública é a promoção da pessoa humana e do seu desenvolvimento integral em liberdade. Para isso deve atuar de maneira efetiva para viabilizar e garantir os direitos do cidadão que estão consagrados na Constituição. Finanças Públicas As Finanças Públicas de um país estão orientadas para a gestão das operações relacionadas com a receita, a despesa, o orçamento e o crédito público. Preocupa-se, portanto, com a obtenção, distribuição, utilização e controle dos recursos financeiros do Estado. Registre-se que a arrecadação dos tributos decorre de uma manifestação do poder de império do Estado, impondo obrigações pecuniárias à sociedade, retirando-lhe parte da riqueza produzida, com vista a realizar a atividade financeira. A atividade financeira é desempenhada pela obtenção de receitas, pela administração do produto arrecadado e, ainda, pela realização de despesas (Bastos, 2002 apud Pereira, 2017). Registre-se, por sua vez, que o nível de atividade econômica é um indicador relevante para o estudo das Finanças Públicas. Esta variável se apresenta como a mais importante para a definição da base tributária, sobre a qual se exercerá o poder dos governos de instituir impostos, para financiar a oferta de bens e a prestação de serviços à população. Observa-se que um elevado nível de atividade econômica poderá gerar uma base extensa para aplicação de qualquer categoria de impostos: imposto sobre a renda, impostos sobre a venda de mercadorias e serviços e impostos sobre o patrimônio. ´ O poder de interferência do Estado no mercado Sabemos que o Estado dispõe de Recursos e instrumentos muito poderosos, como, por exemplo, o poder da coerção legal, para atuar como indutor das atividades econômicas. Verifica-se que o Estado interfere, de forma seletiva, com seu poder de proibir, subsidiar ou tributar, um significativo número de atividades econômicas. O Estado pode determinar o deslocamento físico de recursos e as decisões econômicas das famílias e empresas, sem mailto:julio.souza@ifsudestemg.edu.br seu consentimento. Esses poderes criam condições para que um setor utilize o Estado para elevar sua rentabilidade. Nesse contexto, a tarefa central das Finanças Públicas é estudar a natureza e os efeitos do uso, pelo Estado, dos instrumentos fiscais. Tributação e gasto, obtenção de empréstimo e sua concessão, compra e venda. Assim, as Finanças Públicas buscam prover, por meio das autoridades públicas, os bens e serviços públicos, ou coletivos, que as pessoas não podem adquirir em pequenas quantidades, como educação, saúde pública, justiça, segurança pública, entre outros, e a maneira pela qual são financiados. Os ingressos públicos responsáveis pelo financiamento dos gastos do Estado provêm dos impostos, da atividade produtiva do Estado e do crédito ou empréstimos. O Estado como agente preponderante na economia À medida que o Estado se tornou um agente econômico preponderante no atendimento das necessidades individuais e coletivas, as Finanças Públicas converteram-se na economia política da atualidade, considerando que a maior parcela das decisões econômicas é concebida no âmbito da política, enquanto seus efeitos ocorrem no âmbito econômico (Dalton, 1963 apud Pereira, 2017). A política econômica influencia e, por sua vez, é afetada pela percepção política e compreensão dos cidadãos, políticos e governantes, o que permite afirmar que economia e política passaram a interagir de maneira efetiva nas decisões de interesse da sociedade. Atividade fiscal do Estado: objeto precípuo das Finanças Públicas No Brasil, as Finanças Públicas são disciplinadas, em especial, pela Constituição Federal, pela Lei nº 4.320/64 e pela Lei Complementar nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal. Esses normativos definem as linhas de atuação dos governos federal, estadual, distrital e municipal, principalmente quanto ao planejamento das receitas e despesas públicas que constituem o orçamento público. O objetivo precípuo das Finanças Públicas é o estudo da atividade fiscal, ou seja, aquela desempenhada pelos poderes públicos com o propósito de obter e aplicar recursos para o custeio dos serviços públicos. A política fiscal envolve o elenco de medidas adotadas pelo Estado para arrecadar receitas e realizar despesas com vista a cumprir suas três funções: a estabilização macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação dos recursos. A função estabilizadora visa a promoção do crescimento econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços; a função redistributiva busca assegurar a distribuição equitativa da renda; e a função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços públicos, compensando as falhas de mercado. A política fiscal orienta-se em duas direções: 1 – Política tributária: que se materializa na captação de recursos, para atendimento das funções da Administração Pública, por meio de suas distintas esferas (União, Estados e Distrito Federal e Municípios). 2 – Política Orçamentária: que se refere especificamente aos gastos, ou seja, os atos e as medidas relacionados com a forma da aplicação dos recursos, levando em consideração a dimensão e a natureza das atribuições do poder público, bem como a capacidade e a disposição para seu financiamento pela população. A função orçamentária da administração apresenta-se, portanto, como uma matéria relevante em todas as atividades governamentais. As etapas de seu processo têm início com o planejamento, passam pela elaboração, discussão e aprovação do orçamento, expressam-se por meio da contabilidade e completam-se com o controle. Referência PEREIRA, José Matias. Finanças Públicas. 7ª Ed. Atlas. 2017 Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=L6KijPljYys https://www.youtube.com/watch?v=L6KijPljYys
Compartilhar