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AOL 02 1. Pergunta 1 /1 No ano de 1517, o monge agostiniano alemão Martinho Lutero publicou as “95 Teses”, nas quais fazia críticas às práticas e aos dogmas da Igreja Católica do seu tempo. Entre os diversos aspectos do luteranismo, assinale a opção que corresponde à ênfase de que apenas através da ação individual o ser humano pode conquistar a salvação da alma. Ocultar opções de resposta 1. A realização dos cultos em língua pátria, não mais em latim, que dificultava a compreensão por parte dos fiéis. 2. A defesa de que o dinheiro arrecadado dos fiéis, através dos dízimos e das ofertas, deveria ser investido na própria paróquia de origem, e não enviado para Roma, sede da Igreja Católica. 3. A venda de indulgências, o “perdão dos pecados”, o que fazia com que as pessoas mais ricas não se arrependessem de fato dos seus erros, mas sim comprassem um lugar no paraíso, sendo que, supostamente, a Igreja Católica teria a autoridade de fazer a intermediação da venda, algo concedido por Deus. 4. A condenação à idolatria dos santos, das imagens e das relíquias, permitidas pela Igreja Católica. 5. Lutero considerava que a relação entre o indivíduo e Deus deveria ser direta, sem a interferência dos sacerdotes, pois cada pessoa poderia interpretar livremente a Bíblia, além de ela ser responsável pelos seus próprios atos e pelo arrependimento. 2. Pergunta 2 /1 Na concepção de educação defendida por Émile Durkheim, as gerações adultas têm fundamental importância no processo de aprendizagem das crianças, voltada para a transmissão dos valores dominantes da sociedade. Esse processo é essencial, na visão de Durkheim, para a manutenção da ordem através da coesão social. Assinale a opção que corresponde aos sujeitos que seriam os principais responsáveis da educação das novas gerações: Ocultar opções de resposta 1. os padres e os professores. 2. os pais e os professores. 3. os magistrados e os professores. 4. os padres e os magistrados. 5. os pais e os padres. 3. Pergunta 3 /1 Leia o texto a seguir: Cura para alguns tipos de câncer e doenças degenerativas; possibilidade de que pessoas com lesões na coluna e paraplégicas possam voltar a andar, cura para o mal de Alzheimer (...) é no que muitos estudiosos e cientistas apostam conseguir com o avanço das pesquisas com as chamadas células-tronco (...). O problema é que para extrair à célula-tronco, o embrião é destruído. Essa é a chave da questão que tem levantado debates não só na comunidade científica, mas principalmente nos setores religiosos. As opiniões se dividem até mesmo dentro da Igreja Católica – maior opositora da aprovação das pesquisas. Muitos fiéis acreditam que o avanço da ciência nessa área é necessário para que muitas pessoas possam ter acesso à cura (...). CAPUCHINHO, Patrícia. Célula-tronco: a batalha da ciência X religião. Portal Jornalismo UNIP Chácara. Disponível em: https://chacara.wordpress.com/2008/06/11/celulas-tronco-%E2%80%93-a-batalha-da-ciencia-x-religiao/ O debate em torno da questão da utilização das células-tronco para a cura de diversas doenças geralmente é marcado pelo conflito de dois tipos de conhecimentos historicamente conflitantes desde o Renascimento (século XVI). Assinale a opção que corresponde a essas formas de conhecimento: Ocultar opções de resposta 1. religioso e científico. >>>>>>>>>>>>>>ESSA É A CORRETA 2. senso comum e científico 3. senso comum e filosófico. 4. religioso e filosófico. 5. religioso e senso comum. 4. Pergunta 4 /1 As rápidas e importantes transformações sociais que ocorriam na Europa nas primeiras décadas do século XIX estimularam intelectuais como o francês Augusto Comte a imaginar formas de estudar e analisar tais mudanças. Ao criar a disciplina “Sociologia” em sua filosofia positivista, Augusto Comte acreditava que as sociedades e os problemas sociais deveriam ser estudadas com o mesmo rigor científico das demais ciências naturais. Assinale a opção correta que corresponde ao principal objetivo da sociologia positivista criada por Comte: Ocultar opções de resposta 1. entender os efeitos do estranhamento cultural entre diferentes indivíduos em sua convivência com diferentes culturas. 2. entender as leis que regem nosso mundo social, ajudando-nos a compreender os processos sociais e dando-nos controle direto sobre os rumos que nossas sociedades tomariam. 3. compreender a dinâmica da luta de classes, o verdadeiro “motor da história”, responsável pelas transformações revolucionárias da sociedade. 4. demonstrar que o mundo é um lugar violento e degenerado, em que a busca pelo pensamento positivo é impossível. 5. transformar o meio social fixo e imutável do século XIX, possibilitando inserir perspectivas relativistas com relação ao pensamento humano. 5. Pergunta 5 /1 Para Max Weber, o sistema educacional está organizado para a formação de indivíduos aptos para exercerem posições de comando no aparato burocrático das instituições públicas e privadas. Tal quadro se consolidaria através de um processo caracterizado pelos constantes exames de seleção e pela serialização do ensino, dividido em estágios de aprendizagem. A partir dessas considerações, assinale a opção corretamente expressa o significado de um diploma universitário para a vida de um indivíduo: Ocultar opções de resposta 1. garante automaticamente ao indivíduo a possibilidade de exercer a prática docente, independente da formação na qual se especializou. 2. a possibilidade de exercer uma liderança carismática na sua própria comunidade. 3. representa um símbolo de conquista intelectual, importante para enfrentar variadas situações inesperadas do dia-a-dia. 4. a habilitação para ter o direito a um título de nobreza. 5. significa a conquista de um status social, possibilitando ao indivíduo, como especialista, exercer cargos mais valorizados hierarquicamente nas instituições burocráticas e, consequentemente, conquistar a ascensão social. 6. Pergunta 6 /1 Leia o texto abaixo: Admitido que a educação fosse uma função essencialmente social, não pode o Estado desinteressar-se dela. Ao contrário, tudo o que seja educação deve estar até certo ponto submetido à sua influência. Isto não quer dizer que o Estado deva, necessariamente, monopolizar o ensino. A questão é muito complexa para que se trate dela assim de passagem. Pode-se acreditar que o progresso escolar seja mais fácil e mais rápido onde certa margem se deixe à iniciativa privada. O indivíduo é sempre mais renovador do que o Estado. Mas, do fato de dever o Estado, no interesse público, deixar abrir outras escolas que não as suas, não se segue que deva tornar-se estranho ao que nelas venha se passar. Pelo contrário, a educação que aí se der deve estar submetida à sua fiscalização. Não é mesmo admissível que a função da educação possa ser preenchida por alguém que não apresente garantias de que o Estado, e só ele, pode ser o juiz. Os limites dentro dos quais deve permanecer esta intervenção não podem ser determinados uma vez por todas; mas o princípio de intervenção não se contesta. DURKHEIM, Émile. Educação e Sociologia. São Paulo: Editora Melhoramentos, 1978. A partir do texto acima, podemos concluir que, na área da educação, Durkheim defendia: Ocultar opções de resposta 1. a privatização da educação, pois apenas a iniciativa privada seria competente para o desenvolvimento de um sistema voltado para a formação de mão de obra e para o desenvolvimento tecnológico. 2. o funcionamento do sistema privado de ensino, desde que devidamente fiscalizado pelo Estado, que agiria em nome do interesse público. 3. a concessão da educação pública para a iniciativa privada, pois o Estado não teria recursos suficientes para exercer o monopólio do sistema educacional, necessitando do investimento de particulares para tal empreendimento. 4. o ensino religioso tutelado pelo Estado, pois o autor via com preocupação o aumento dos índices de criminalidade na França do início do século XX, considerando assim essencial uma educação moral embasada nos valores tradicionaiscristãos pra combater a violência social. 5. o monopólio do Estado, não permitindo o funcionamento do ensino privado, pois este ameaçaria a homogeneidade social e, consequentemente, a sua coesão. 7. Pergunta 7 /1 Leia o texto abaixo: Sabemos hoje que a ciência moderna nos ensina pouco sobre a nossa maneira de estar no mundo e que esse pouco, por mais que se amplie, será sempre exíguo porque a exiguidade está inscrita na forma de conhecimento que se constitui. A ciência moderna produz conhecimentos e desconhecimentos. Se faz do cientista um ignorante especializado, faz do cidadão comum um ignorante generalizado (...). A ciência moderna construiu-se contra o senso comum, que o considerou superficial, ilusório e falso. A ciência pós-moderna procura reabilitar o senso comum por reconhecer nesta forma de conhecimento algumas virtualidades para enriquecer a nossa relação com o mundo. É certo que o conhecimento do senso comum tende a ser um conhecimento mistificado e mistificador, mas, apesar disso e apesar de ser conservador, tem uma dimensão utópica e libertadora que pode ser ampliada através do diálogo com o conhecimento científico (...). SANTOS, Boaventura Souza. Um discurso sobre as Ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v2n2/v2n2a07.pdf, acessado em 28 de maio de 2019. Tendo em vista as contradições históricas entre o senso comum e a ciência e as propostas de superação destas defendidas pelo autor, avalie as informações a seguir: I-Apesar das diferenças, a ciência e o senso comum sempre foram conhecimentos complementares, abertos ao diálogo. II-Uma das características da modernidade é o embate entre a ciência e o senso comum. Na realidade, o conhecimento científico, embasado no racionalismo, considerava o senso comum uma forma de conhecimento inferior, uma barreira para o progresso da humanidade. III-Para Boaventura Souza Santos, a ciência pós-moderna deve estabelecer o diálogo entre o conhecimento científico e o senso comum, cujo resultado seria enriquecer o conhecimento popular, das massas. IV-O autor questiona a infalibilidade da ciência, considerando-o limitado em alguns aspectos, além de elitista ao restringir-se a comunidade científica e evitar qualquer tipo de diálogo com o senso comum. Quanto à relação entre ciência e senso comum, é correto apenas o que se afirma em: Ocultar opções de resposta 1. I, III e IV. 2. II, III e IV. 3. I e IV. 4. I, II, III e IV. 5. II e III. 8. Pergunta 8 /1 Por educação, entendemos três coisas: 1- Educação intelectual; 2- Educação corporal, tal como é produzida pelos exercícios de ginástica e militares; 3- Educação tecnológica, abrangendo os princípios gerais e científicos de todos os processos de produção e, ao mesmo tempo, iniciando as crianças e os adolescentes na manipulação dos instrumentos elementares de todos os ramos da indústria. A divisão das crianças e dos adolescentes em três categorias, de 9 a 18 anos, deve compreender um curso graduado e progressivo para a sua educação intelectual, corporal e politécnica (...). MARX, Karl. “Instruções para os delegados da Associação Internacional dos Trabalhadores”. Disponível em https://www.marxists.org/portugues/marx/1866/08/instrucoes.htm, acessado em 29 de maio de 2019. Tal perspectiva de Karl Marx sobre a educação, que seria base das reflexões de outros pensadores marxistas do século XX, como o italiano Antonio Gramsci, foi uma das primeiras voltadas para a constituição de um sistema de ensino que teve forte investimento no Brasil nos últimos anos, conhecido como: Ocultar opções de resposta 1. educação religiosa 2. ensino integral 3. ensino médio profissionalizante 4. ensino à distância 5. educação laica 9. Pergunta 9 /1 Leia o texto abaixo:Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1991. Considerado fundador das Ciências Políticas, Maquiavel, a partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, define o homem como um ser: Ocultar opções de resposta 1. guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes. 2. possuidor de fortuna, valendo-se de sua condição econômica para alcançar êxito na política. 3. sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus semelhantes. 4. munido de virtude, com disposição natural para praticar o bem a si e aos outros. 5. naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais. 10. Pergunta 10 /1 O filósofo e socialista utópico francês Saint-Simon (1760-1825), foi o precursor da chamada “fisiologia social”, um pretenso estudo científico da sociedade na qual considerava as “classes industriais” como responsáveis pelo progresso e modernização da França no século XIX, cujos interesses conflitavam com as “classes ociosas”, representadas pela nobreza, pelo alto clero da Igreja Católica e pela alta burocracia do Estado. Tendo em vista isso e seus conhecimentos sobre a origem do conhecimento sociológico, assinale a opção que corresponde ao que Saint-Simon considerava serem os componentes das “classes industriais”: Ocultar opções de resposta 1. latifundiários e banqueiros. 2. camponeses e latifundiários. 3. burguesia industrial e operários. 4. banqueiros e a burguesia industrial. 5. camponeses e operários.
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