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Puericultura: Cuidados com o Desenvolvimento Infantil

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Carolina Marques
· PUERICULTURA- 
Puericultura: puer = criança ; cultur/cultura = criação, cuidados dispensados a alguém. 
→ Puericultura efetiva-se pelo acompanhamento periódico e sistemático das crianças para avaliação de seu crescimento e desenvolvimento, vacinação, orientações aos pais e/ou cuidadores sobre a prevenção de acidentes, aleitamento materno e orientação alimentar no período do desmame, higiene individual e ambiental, assim como pela identificação precoce dos agravos, com vistas à intervenção efetiva e apropriada
· Estratificação de Risco 
· RISCO HABITUAL: 
Toda criança que não apresenta condições ou patologias de risco. 
· RISCO INTERMEDIÁRIO: 
Filhos de mãe negra e indígena; 
Filhos de mãe com menos de 15 anos ou mais de 40 anos; 
Filhos de mães analfabetas ou com menos de 3 anos de estudos; 
Filhos de mães com menos de 20 anos com 1 (um) filho morto anteriormente; 
Filhos de mães com menos de 20 anos e mais de 3 partos; 
Filhos de mães que morreram no parto/puerpério.
· ALTO RISCO: 
Asfixia grave (APGAR < 7 no 5.º minuto de vida); 
Baixo peso ao nascer; 
Desnutrição grave; 
Crescimento e/ou desenvolvimento inadequados; 
Presença de doenças de transmissão vertical (toxoplasmose, sífilis, HIV). 
Triagem neonatal positiva
Primeira Consulta de Puericultura - RN 
· Anamnese: 
Queixas referidas pela mãe e intercorrências. 
Condições gestacionais e perinatais. 
Presença de risco ao nascer e risco evolutivo. 
Verificar a realização e os resultados dos testes de triagem neonatal (olhinho, orelhinha, coraçãozinho e pezinho) para encaminhamentos necessários.
Alimentação: dificuldades e necessidades de intervenção. 
Diurese e hábito intestinal. 
Higiene física: banho diário, coto umbilical, com os utensílios da criança. 
Higiene mental: condições emocionais e ambientais. 
Situação vacinal.
· Exame físico 
Estado geral, ganho de peso, comprimento e perímetro cefálico; 
Frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura, pressão arterial (se necessário e a partir de 3 anos de idade de rotina, anualmente); 
Exame da cabeça, palpação das fontanelas e suturas, olhos, implantação das orelhas, otoscopia, exame da orofaringe; 
Pescoço, tórax, abdome, genitália, membros, gânglios, pulsos e perfusão periférica
Desenvolvimento neuropsicomotor e realizar as manobras de Ortolani* e Barlow** nos primeiros 3 meses de vida (avaliar displasia do desenvolvimento do quadril). 
Depois dos 3 meses, a limitação da abdução dos quadris, assimetria de pregas na pele ( nádegas ou região inguinal) e o encurtamento de um dos membros inferiores, indicam a possibilidade de luxação displásica do quadril.
· Orientações Gerais 
A condição de saúde da criança, esclarecendo o diagnóstico à mãe ou responsável, em linguagem de fácil compreensão. 
A importância do aleitamento materno exclusivo, imunização, cuidados com a higiene, sono e desenvolvimento normal da criança. 
Sinais de alerta e se presentes procurar a Unidade de Saúde. 
Importância do acompanhamento de puericultura no 1º ano de vida da criança.
Imunização com a vacina BCG. 
Medidas preventivas e terapêuticas, quando necessário. 
Referências e/ou especialidades, quando necessário. 
Retorno semanal para controle de peso, quando necessário. 
Estimulação adequada, quando necessária. 
Cuidados na prevenção de acidentes. 
Importância da construção do vínculo afetivo mãe/ cuidador(a) com a criança.
CONSULTAS SUBSEQUENTES
· ANAMNESE 
Intercorrências 
Alimentação 
Diurese e hábito intestinal 
Higiene física / mental
· EXAME FÍSICO 
Um exame físico completo da criança deve ser realizado na primeira consulta . A repetição do exame completo em todas as consultas não está justificada. 
Os registros do peso, da estatura e do comprimento, bem como do perímetro cefálico da criança, aferidos nos gráficos de crescimento, são recomendáveis para todas as consultas, para crianças de risco ou não, até os 2 anos de idade. 
Recomenda-se a plotagem de peso, estatura/comprimento nas curvas de IMC por idade e gênero desde o nascimento
A observação da limitação da abdução dos quadris e o encurtamento de um dos membros inferiores devem ser os exames de rastreamento nas consultas após os 3 meses de idade, ou seja, nas consultas dos 4, 6, 9 e 12 meses. 
Quando a criança começa a deambular, a partir da consulta dos 12 ou dos 18 meses, a observação da marcha da criança é o exame de escolha. 
Testes de Trendelenburg positivo, marcha anserina e hiperlordose lombar.
AUSCULTA CARDÍACA 
Alguns protocolos sugerem a realização da ausculta cardíaca e da palpação de pulsos no mínimo três vezes no primeiro semestre de vida, devendo-se repetir os procedimentos no final do primeiro ano de vida, na idade pré-escolar e na entrada da escola
AUSCULTA PULMONAR
AVALIAÇÃO DA VISÃO 
O Teste do Reflexo Vermelho deve ser realizado na primeira consulta do recém-nascido na atenção básica e repetido aos 4, 6 e 12 meses e na consulta dos 2 anos de idade. 
O Teste do Reflexo Vermelho (TRV), também conhecido como “Teste do Olhinho”, é um exame capaz de identificar a presença de diversas enfermidades visuais como a catarata congênita e o retinoblastoma. 
Diversas outras doenças também podem ser triadas por aplicação do TRV e confirmadas através de diagnóstico diferencial, como a Retinopatia da Prematuridade, o Glaucoma Congênito, o Retinoblastoma, a Doença de Coats, a Persistência Primária do Vítreo Hiperplásico – PVPH, Descolamento de Retina, Hemorragia Vítrea, Uveíte (Toxoplasmose, Toxocaríase), Leucoma e até mesmo Altas Ametropias.
Teste de Estrabismo é utilizado para diagnósticos de desvios oculares e deve ser realizado a partir dos 4 meses de idade, pois a presença de estrabismo anterior ao citado período pode ser um achado normal. 
Utiliza-se um oclusor colocado entre 10 a 15cm de um dos olhos da criança, atraindo a atenção do olho descoberto com uma fonte luminosa. 
Quando se descobre o olho previamente coberto, observa-se a sua reação. A movimentação em busca da fixação do foco de luz pode indicar estrabismo. 
Tal procedimento deve ser repetido no outro olho. A partir dos 3 anos, está indicada a triagem da acuidade visual, usando-se tabelas de letras ou figuras quando a criança vier para consultas de revisão.
AVALIAÇÃO AUDITIVA 
A triagem auditiva neonatal (TAN), mais conhecida como teste da orelhinha, é uma avaliação que objetiva detectar o mais precocemente possível a perda auditiva congênita e/ou adquirida no período 
Se o teste for realizado nos recém-nascidos preferencialmente até o final do primeiro mês, ele possibilitará um diagnóstico mais definitivo por volta do 4º e 5º mês, bem como o início da reabilitação até os 6 meses de idade
TESTE DA ORELHINHA 
O Teste da Orelhinha consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno por meio de uma delicada sonda introduzida na orelhinha do nenê.
Avaliação da Pressão Arterial 
Há consenso na literatura, mas sem embasamento em estudos bem delineados, de que a pressão arterial deve ser aferida a partir dos 3 anos de idade nas consultas de rotina. 
Sugere-se que se faça uma medida aos 3 anos e outra no início da idade escolar (6 anos).
Rastreamento de Criptorquidia 
A criptorquidia isolada é a anomalia congênita mais comum ao nascimento.
A migração espontânea dos testículos ocorre geralmente nos primeiros 3 meses de vida (em 70% a 77% dos casos) e raramente após os 6 a 9 meses 
Se os testículos não forem palpáveis na primeira consulta ou forem retráteis, o rastreamento deve ser realizado nas visitas rotineiras de puericultura Se aos 6 meses não forem encontrados testículos palpáveis no saco escrotal, será necessário encaminhar a criança à cirurgia pediátrica. 
Se forem retráteis, o caso deve ser monitorado a cada 6 a 12 meses, entre os 4 e 10 anos de idade do menino, pois pode ocorrer de a criança crescer mais rápido do que o cordão espermático nessa faixa de idade e os testículos saírem da bolsa escrotal.
Exames complementares 
Durante o acompanhamento de puericultura, podem surgir intercorrências que demandem a solicitaçãode exames complementares. 
Hemograma 
Lipidograma 
Urina 
EPF
Imunização
→ Precisa estar com o calendário vacinal em dia conforme PNI
Orientações importantes 
Amamentação
Alimentação. 
Prevenção de acidentes domésticos. 
Risco de Violência. 
Uso de bebidas alcoólicas e drogas. 
Prevenção de infecções
Tomar sol e atividade física. 
Vínculo afetivo familiar.

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