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|J PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO CEL0468/3522044 ENTREVISTA COM DOCENTE E ANÁLISE DE UMA SALA DE AULA PROFESSORA: VIVIANE DA COSTA LOPES ALUNA: MIRIAM DE OLIVEIRA PESSANHA MATRICULA: 202001297901 DUQUE DE CAXIAS- RJ 2020 OBJETIVO O presente trabalho visa apresentar a forma como um docente atua em salada de aula e de que maneira as relações interpessoais, bem como resolução de conflitos, são fundamentais para o desenvolvimento e crescimento dos aluno, bem como do professor. INTRODUÇÃO Com o passar dos anos, dentro das salas de aula, a forma de construção e transmissão de saberes passou por grandes mudanças e adaptações. O professor deixou de ser apenas um mero transmissor de conteúdo e passou a ser um mediador de experiências, vivências e possibilidades no processo ensino-aprendizagem. O construtivismo, teoria sobre a origem do conhecimento de Jean Piaget, apresenta uma relação professor-aluno em que o professor possui também o papel de facilitar o processo de aprendizagem, enquanto o aluno não é apenas o receptor, mas alguém capaz de construir seu próprio conhecimento. A partir disso, eles passam a ter uma relação de respeito mútuo, bem como vemos nos dias atuais. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Foi realizado uma entrevista com o Professor Júlio César dos Anjos, formado em História da Artes e Licenciado em Artes Visuais – Leciona no Ensino Fundamental II, na disciplina de Educação Artística. Para isso, foram utilizadas as perguntas sugeridas na proposta de Atividades de Prática como Componente Curricular. ENTREVISTA - Para você, o que é ensinar? Ensinar, parafraseando Paulo Freire é um ato de amor. É ter a consciência que o professor tem um papel fundamental na formação do aluno, desde seus primeiros anos de vida até a maioridade social e individual. O professor não é uma figura central do processo educacional, mas sim parte essencial quanto mediador dos saberes em sala de aula. No mundo contemporâneo, o papel fundamental do docente é despertar a sensibilidade crítica a partir do estímulo a pesquisa investigativa, a participação coletiva e a síntese de todo o processo. -Como você escolhe seus procedimentos de ensino? Através de pesquisas do tema. Estes temas são escolhidos mediante a disposição e interesse do próprio aluno, levando em conta sua realidade dentro e fora da escola. Seguindo as recomendações ainda do mestre Paulo Freire, é preciso levar em conta o conhecimento do mundo de cada aluno afim de que estes saberes estejam disponíveis para compartilhar com o coletivo. - Você se baseia em algum teórico? Qual? De que forma? Sim, Paulo Freire. Mãe Barbosa no campo das Artes, Pierre Bourdieu no campo da Sociologia, Nietzsche na Filosofia e Stan Lee e Will Eisner nas histórias em quadrinhos que eu tanto amo desde a infância. - Como acontecem as relações interpessoais em sua sala de aula? Como você trabalha os conflitos em sala? As relações são dinâmicas. E em qualquer relação dinâmica no campo antropológico, conflitos são naturais e em alguns casos necessários. Porque é dessa forma que as personalidades precisam serem forjadas. Até mesmo para interferir e ensinar o respeito mútuo. Veja bem, como você poderia lidar com as questões raciais, a homofobia e a misoginia se os alunos não vivenciassem essas transgressões. O aspecto positivo do bullying é quando o professor pode transformar algo negativo em algo construtivo e edificante, quando este consegue detectar, chamar a atenção dos alunos agressores e mostrar para eles no âmbito social o quanto eles estão reproduzindo um mal que a sociedade já vem praticando com as minorias. Todo professor quando ele usa de visão antropológica, psicanalítica, filosófica, etc. mas também com afeto e cuidado com o próximo. Eis o papel fundamental do ofício docente. CONCLUSÃO De acordo com as aulas assistidas pude perceber com a entrevista realizada que o educador se baseia em Paulo Freire, cuja prática é desenvolver a criticidade dos alunos e conscientizar o aluno. Para Paulo Freire significa libertar-se da educação bancária e levar o aluno a ter uma visão de mundo. O educador durante suas aulas de artes, é bastante dinâmico e busca sempre o debate com os alunos sobre os temas que serão abordados durante a aula. O mesmo se preocupa em despertar a criticidade dos alunos, a curiosidade, o espírito investigador e a criatividades. REFERÊNCIAS Todas as referências foram retiradas durante o estudo da matéria de Filosofia da educação.