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PAIVANDI, Saeed. O não-retorno dos estudantes estrangeiros na França. Revista Tempos e Espaços/ Núcleo de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Sergipe, n. 6 (jan./jun. 2011), - São Cristóvão: Ediora UFS: Aracaju: Editora Diário Oficial, 2011. PRADO, Celes Leite. “Intercâmbios culturais” como práticas educativas em famílias das camadas médias. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2002 RAMOS, Viviane Coelho Caldeira. Perfil e Motivações dos Estudantes do “Programa de Mobilidade Discente Internacional para a Graduação” da UFMG. 2009. 137 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009. VIEIRA, Maria Manuel. A Mobilidade como Competência? Formação de Elites e o Programa Erasmus. Texto apresentado na ECER2007- EUROPEAN CONFERENCE ON EDUCATIONAL RESEARCH, setembro de 2007, Universidade de Ghent, Bélgica. PÔSTER N.192 EIXO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO, LEITURA E ESCRITA. A LITERATURA DE CORDEL COMO PROPOSTA DE LETRAMENTO CRÍTICO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Autor: Michael Evangelista do Nascimento (mchlevangelista@gmial.com) Universidade Federal de Minas Gerais (Faculdade de Letras) Resumo: A educação de jovens e adultos é um campo que possibilita inúmeras práticas pedagógicas, portanto, é neste cenário que encontramos um ambiente propício para o trabalho com a literatura de cordel e sua história. Observando as peculiaridades do público que frequenta a EJA, na Escola de Educação Básica e Profissional da UFMG, é que procuramos desenvolver uma proposta de letramento crítico por meio dos cordéis. O trabalho foi desenvolvido de modo que compreendesse as especificidades dos alunos deste segmento. Para isso, utilizamos as seguintes bases teóricas: Freire (1988), Soares (2007 e Eiterer e Pereira (2009) que trabalham as características dos sujeitos da EJA. Como resultado desse artigo, percebeu-se que o trabalho com folhetos de cordel, aguçou o senso crítico dos alunos e ressignificou o aprendizado nas aulas de língua materna, aliando temáticas atuais com os conteúdos das aulas. Palavras-Chave: Literatura de Cordel, Letramento, EJA. Introdução. O Cordel, forma tradicional de nossa literatura popular, é escrito para ser lido e cantado. Feito em versos, com vocabulário acessível e estrutura rítmica cativante, a história corre como uma canção bonita, no entanto, sem nos darmos conta, a aventura já terminou. Essa forma de expressão popular apresenta uma riqueza cultural que pode ser explorada pelas unidades escolares, a partir da divulgação da produção cultural do povo e da região em que a escola está inserida. O gênero “Literatura de Cordel” expressa em seus versos traços marcantes da diversidade cultural presente na sociedade brasileira: cada região tende a proclamar seu modo de viver, seus costumes e suas crenças. A primeira e mais importante constatação a respeito desta poesia, é que ela é uma expressão cultural do povo e, sobretudo, utiliza sua linguagem, sua visão de mundo, seus problemas, suas lendas e seu cotidiano para construir suas características. A falta de sensibilização e de reflexão sobre a diversidade cultural e estética da cultura regional, favorece o distanciamento do aluno de suas raízes histórico-geográficas, propiciando um processo de alienação cultural. Entendemos que, nos meios escolares, a literatura de cordel deve ser valorizada, representando essas características que compõem a identidade de cada região e a espontaneidade da Arte Popular. Os cordéis sugerem a integração entre a arte e o professor, a escola, o aluno e a cultura popular de diferentes épocas até a contemporaneidade, possibilitando também o contato da linguagem popular com os acontecimentos reais de uma região. Este contato com elementos mais próximos da realidade do aluno e dos professores podem contribuir para o desenvolvimento da leitura e da escrita, pois o vocabulário usado na literatura de cordel pode assemelhar ao cotidiano do aluno. Nessa perspectiva, sente-se a necessidade introduzirmos gêneros que abordem tanto o caráter oral, quanto escrito, pois é de suma importância que o sujeito saiba ler e decifrar o mundo ao seu redor, principalmente, quando esse aluno é um adulto que retorna a escola para se apropriar do mundo escrito com maior autonomia. Segundo Freire (1988), é necessário que o indivíduo leia seu próprio mundo para depois decifrar as palavras, pois as mensagens que lê só têm significado quando se relacionam com o mundo a sua volta. As origens da Literatura de Cordel. A literatura de cordel teve sua origem como romanceiro luso-holandês da idade Contemporânea e do Renascimento. O nome cordel encontra-se associado à forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, lá chamados de cordéis. Ao atravessar os mares, os cordéis caíram no gosto popular, adquirindo características intrínsecas do nordeste brasileiro, encontrando ambiente propício nos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande de Norte e do Ceará. Os folhetos dos cordelistas costumavam ser vendidos nas feiras pelos próprios autores, que outrora acompanhado de instrumentos, liam seus versos para atrair o público. Entretanto, os cordéis não se limitaram apenas aos Estados nordestinos, mas chegaram a outros, como: Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Atualmente, os cordéis são vendidos em feiras como a de São Cristovão, no Rio de Janeiro, e podem ser encontrados também em casas de cultura, em livrarias e nas apresentações dos próprios poetas. Os cordéis podem ser considerados como um patrimônio histórico da cultura nordestina, pois suas histórias foram passadas de geração em geração, relacionando-a com a memória e as realizações humanas ao longo da história, o que também transformou esse tipo de escrito em uma fonte inesgotável de informações sobre a cultura nordestina. Segundo Araujo (2009 p.30), ´´ o cordel é um constituinte importante da formação brasileira e nordestina, pois vem ao longo da história cultural e social nordestina, acompanhando essa história, fazendo do seu universo, escrevendo no seu universo, escrevendo-se nela e sobre ela.`` Portanto, além de ser uma fonte transbordante da cultura nordestina, os cordéis são manuscritos históricos que preservam as histórias orais, que foram mantidas muitas vezes pelo pouco domínio da língua escrita. Segundo (Bender,2007,p.1), a literatura pode ser também um produto da sociedade, vejamos: Literatura, em uma acepção mais ampla, consiste numa forma de reflexão acerca do mundo, expressando uma concepção da realidade. Ela não é trabalho individual. Pelo contrário, é produto da sociedade humana, pois reflete e revela de forma não explicita os valores, os costumes e as realizações de uma determinada época. Nessa perspectiva, a literatura é percebida como um produto cultural, que por meio de instrumentos, como a palavra, possibilita a expressão de sentimentos e ideias. Nesse quesito, os cordéis são produções que também descrevem a vida e as perspectivas dos poetas matutos que muitas vezes não possuem uma formação acadêmica, mas que por meio dos seus versos, fazem denuncia de cunho social, versam sobre a seca e a dura lida nordestina. A Literatura de Cordel na Educação de Jovens e Adultos. Os dados referentes a este artigo foram obtidos através de um projeto de letramento por meio de cordéis aplicado em turmas concluintes da Educação de Jovens e Adultos no Centro Pedagógico da UFMG. Entretanto, antes de analisarmos tais resultados, faz-se necessário que especifiquemos o público e a estrutura da instituição onde o projeto foi aplicado. Como também salientar que a EJA possui uma diversidade significativa, porque encontramos um público com faixas etárias variadase aspirações diversas, ou seja, nos deparamos com alunos que desejam apenas ter um diploma, aqueles que almejam pelo ensino superior e também outros que já frequentaram curso de EJA ou de formação profissional, mas não deram continuidade. Nas salas de aula deste segmento histórias de vida e saberes populares fluem constantemente e acabam confrontando o saber acadêmico ressignificando o saber escolar.. Em meio a essa miscelânea de culturas e saberes, é que a literatura de cordel encontra um campo fértil como uma proposta de letramento nas aulas de língua portuguesa. É fundamental que antes de qualquer atividade pedagógica em sala de aula, seja essa em qualquer segmento, é necessário que o docente (re)conheça o público que está diante dele. Em relação à EJA, é importante que os sujeitos que ali estão sejam reconhecidos, pois diferentemente da educação denominada como ´´regular``, muitos alunos que frequentam o segmento, sofreram algum processo de exclusão, o que acarretou no abandono do ambiente escolar. Portanto, o público da Educação de Jovens e Adultos apresentam traços de vida, idades, vivencias profissionais, históricos escolares, ritmos de aprendizagem e pensamentos muito diferentes. As diferenças da EJA contribuem para uma riqueza de práticas pedagógicas que podem ser aliadas as experiências e aos saberes que esse público trás de outras vivencias, sejam elas no campo profissional, na formação humana ou nas trajetórias escolares anteriores. Neste aspecto, a literatura de cordel abarca muitos conteúdos que fazem parte da vida desses indivíduos, sejam por meio da descrição da vida interiorana, pelas histórias dos matutos que permearam a vida de muitos indivíduos que ali se fazem presente, ou pelas temáticas que abordam a vida sofrida dos indivíduos interioranos. Segundo Eiterer e Pereira (2009,p.71) [...] homens e mulheres [que] enfrentaram dificuldades distintas para sua permanência na escola. Para as mulheres, o cuidado com a família e com os filhos pequenos é sempre uma necessidade anterior, assim como as manifestações de ciúmes dos parceiros podem ser um obstáculo premente. Por outro lado, os jovens e adultos da EJA não têm as mesmas finalidades, bem como não participam das atividades escolares com igual empenho e desempenho, nem enfrentam os mesmos desafios. Enfim, os alunos da EJA muitas vezes apresentam baixa autoestima, insegurança e muitos se sentem envergonhados por terem interrompido os estudos, porém, além de trazerem características em comum, existem algumas especificidades desses indivíduos. Os sujeitos da EJA valorizam de modo singular o convívio social e tomam essa sociabilidade como algo central nas aulas. O Cordel em sala de aula. Há muitos anos que o ensino de literatura tem perdido espaço na sala de aula, seja pela predominância do ensino da gramática, ou por problemas encontrados no currículo dos cursos de Letras. Entretanto, nos perguntamos por que devemos ensinar literatura, principalmente para um público de jovens e adultos. Segundo Leyla Perrone-Moises (2007, p28), devemos ensinar literatura por causa dos seguintes fatores: 1-Porque ensinar literatura é ensinar a ler, e sem leitura não há cultura.2- porque os textos literários são aqueles que a linguagem atingem seu mais alto grau de precisão e sua maior potência de significação;3-por que a significação, no texto literário,não se reduz ao significado ( como acontece nos textos científicos, jornalísticos, técnicos) mas opera a intenção de vários níveis semânticos e resulta numa possibilidade teoricamente infinita de interpretações;4-por que a literatura é um instrumento de conhecimento e autoconhecimento;5-por que a ficção, ao mesmo tempo que ilumina a realidade, mostra que outros mundos, outras histórias e outras realidades são possíveis. Sob essa perspectiva, é que nosso trabalho foi desenvolvido, observando, primeiramente que o ensino de literatura, seja por meio de um Canon, ou pela abordagem da literatura conhecida como popular, é um direito de indivíduo. Contudo, é necessário cautela e sobriedade para que os textos literários não sejam usados como pretexto para o ensino de gramática, ou que as abordagens desses textos sejam feitas de modo simplista. Diante disso, a introdução dos cordéis em sala de aula surgiu atrelada a uma proposta de letramento. Para melhor compreensão desse termo, recorremos a Soares (2010, p.18), vejamos: O significado de literal do termo letramento trata da versão para o português da palavra inglesa literacy: letra-,do latim littera,e o sufixo-mento, que denota o resultado de uma ação. Significa o estado ou condição que assume aquele que aprende a ler e a escrever. Esse aprender a ler e a escrever não consiste em dominar os instrumentos do ler e do escrever de modo literal, e, sim, do envolvimento do sujeito nas práticas sociais de leitura e escrita, isto é, ´´[...] estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência da escrita. ``(SOARES, 2010, P.18). Outro fator que justifica o trabalho com os cordéis em sala, são os próprios documentos oficiais que abrem espaços para que sejam trabalhados textos que possuam outros tipos de linguagens e que abordem outras variantes do português falado, nesse quesito, os poemas de cordel encontram um amplo espaço para sejam trabalhados nas aulas de língua portuguesa. A variação é um fenômeno inerente a todas as línguas, não havendo a menor evidencia cientifica que justifique que o português que se fala hoje é pior´´do que antigamente;que uma região do país fala melhor do que outra; que um segmente social se expresse mais ´´corretamente´´ que outro.(BRASIL.2002,p.13) Os folhetos de cordel apresentam uma grande materialidade oral, sendo assim, ao introduzi- los em sala de aula, fica evidente o trabalho com outras variantes da língua e, é função do professor desconstruir qualquer tipo de preconceito ou estereótipos advindos de uma concepção purista do que seria a língua não desprezando a língua falada pelo aluno. 32Das aulas: o cordel como proposta de letramento. A partir das observações feitas das aulas necessitou-se de cinco aulas de 60 minutos cada para aplicação do projeto. É importante salientar que os conteúdos dos cordéis sempre tangenciaram com a perspectiva freireana, que apresenta a seguinte proposta: A leitura de mundo precede a leitura da palavra, (...) a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo, mas por uma certa forma de “escrevê-lo” ou de “reescrevê-lo”, quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente. (Freire, 1989 p11 e 20) Na primeira aula, os alunos receberam um folheto de cordel com a temática do mensalão, fizemos uma breve leitura sem abordar o gênero, e começamos a discutir 32 O presente artigo foi produzido como trabalho final da disciplina de estágio obrigatório em Língua Portuguesa. sobre a temática e relevância social do tema. Os alunos debateram e expuseram suas opiniões e logo em seguida, exploramos a materialidade linguística do cordel observando as expressões típicas do nordeste, abordando a variante linguística ali presente. É importante salientar que alguns alunos já conheciam os poemas de cordel e se propuseram fazer uma leitura do folheto que foi apresentado. No segundo encontro abordamos sobre a história da literatura de cordel e suas primeiras manifestações no campo literário, em seguida, lemos um cordel em homenagem ao famoso poeta Patativa do Assaré, que tem como título o voo da Patativa. Logo após, falamos sobre a estrutura do cordel, haja vista, a turma já havia trabalhado com poesias, então, já tinham noções de versos, estrofes e afins. Deste modo, foi demonstrado que a principal forma dos cordeis se dá em sextilha e que os versos e rimas são mais ´´soltos`` e dependendo da temática, não necessitam de uma linguagem formal. O terceiroencontro foi dividido em dois momentos: primeiramente, fizemos um pequeno exercício com rimas, foi entregue aos alunos pequenos cordéis, entretanto, faltando rimas e estrofes para que completassem. O resultado foi interessante, pois houve uma diversidade de rimas e versos, alguns se propuseram a ler seu verso, nesse momento, alguns alunos já diziam querer criar um cordel, entretanto, informei-os que ainda não era o momento. No restante da aula os alunos assistiram um documentário exibido sobre a literatura de cordel, o qual demonstrava o que havia sido ensinado naquela aula. No penúltimo encontro, recebemos um militante da educação popular e cordelista Ricardo Evangelista, que ministrou uma oficina de aproximadamente duas, no primeiro instante, os alunos ouviram alguns repentes feitos pelo cordelista. Logo após, organizamos uma dinâmica na qual Ricardo criava versos e os alunos faziam as rimas, depois dessa atividade, direcionamos os alunos para a sala de artes, assistimos o curta metragem Vida Maria, que retrata a vida e as condições sociais da família sertaneja. Em seguida, lemos o cordel prefeitura sem prefeito, de um escritor anônimo, discutimos e os alunos produziram um cordel e, em seguida, com as instruções do mestre Ricardo produziram uma isogravura. Na quinta e última aula, os alunos terminaram de escrever os cordéis e trocaram entre si para que fossem até a frente da turma e lessem o do colega. No segundo momento, os alunos discutiram sobre as temáticas mais recorrentes nos cordéis, e concluíram que esse tipo de literatura retrata temas corriqueiros, eventos que ocorrem no dia-dia tanto do nordestino, quanto de qualquer outro cidadão brasileiro. Conclusões. Ensinar literatura de cordel na Educação de Jovens e Adultos é abordar de modo crítico o ensino de língua, é desconstruir a visão metalinguística das aulas de português e abordar temáticas que fazem parte do cotidiano desse público. Portanto, com este trabalho constatou-se que os alunos: 1). Com compreenderam a estrutura da literatura de cordel, bem como suas temáticas recorrentes. 2). Desenvolveram uma visão crítica sobre os mais variados temas, demonstrando uma leitura aguçada em relação aos conteúdos abordados. 3). Reconheceram outras variantes da língua, desconstruindo a visão estereotipada sobre outras formas de nosso idioma. 4). Produziram cordéis considerando a estrutura do gênero em consonância com a Cultura Popular. Referências ARAUJO, Patricia Cristina de Aragao . A cultura dos cordéis: território (s) de tessitura de saberes. In: Janine Marta Coelho Rodrigues; Francisco de Melo Neto;Maria Helena da Silva Virgínio; Rosilene Mariano. (Org.). Pesquisa em Educação na Paraíba: 30 anos (1977-2007). Compromissos com os setores esquecidos da sociedade. João Pessoa - Paraiba: editora universitária UFPB, 2007, v. p. 393-394. ARROYO, M. Educação de Jovens e Adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. 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Belo Horizonte: Autentica,2010. PÔSTER N.193 EIXO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO, LEITURA E ESCRITA LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: modos de ler e escrever na pequena infância Maria Rosana do Rêgo e Silva33 Universidade Federal de Juiz de Fora-MG E-mail: m.rosanarego@hotmail.com Resumo O objetivo deste artigo é apresentar uma reflexão a respeito do processo de letramento na educação infantil a partir das práticas pedagógicas das professoras desta etapa da educação básica no contexto de duas escolas, uma de tempo integral e outra de tempo parcial da rede municipal de Juiz de Fora. Busca compreender como os professores que atuam nesta etapa educacional podem promover a mediação entre as crianças e o mundo cultural letrado sem que para isso se perca de vista as especificidades da educação 33 Graduanda do Curso de Pedagogia.
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