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DIREITO DAS COISAS 
 
A história do Direito é, em boa medida, a história da garantia da propriedade. 
(Fachin) 
CONCEITO 
Segundo Clóvis Beviláqua (2003, p. 9), o direito das coisas seria “o complexo das 
normas reguladoras das relações jurídicas referentes às coisas suscetíveis de 
apropriação pelo homem”. 
Na visão de Flávio Tartuce (2017, p. 2), “O Direito das coisas é o ramo do Direito Civil 
que tem como conteúdo relações jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisas (tudo 
aquilo que não é humano) determinadas, ou mesmo determináveis”. 
Teoria realista (clássica) - De acordo com essa teoria, o direito real tem três 
elementos: a) sujeito ativo da relação jurídica; b) coisa, que é o objeto do direito; c) 
inflexão imediata do sujeito ativo sobre a coisa. 
Não há, portanto, um sujeito passivo, pois se trata de um vínculo entre a pessoa e a 
coisa. O sujeito passivo é, no entanto, determinado, isto é, identificado por ocasião da 
violação do direito real. 
Teoria personalista - Para esta teoria, o direito real é uma obrigação passiva (de não 
fazer) universal, que tem três elementos: sujeito ativo (titular do direito real), objeto 
(a coisa vinculada) e sujeito passivo universal (todas as pessoas do mundo). 
NOTA: Segundo Washington de Barros Monteiro, direito real “é a relação jurídica em 
virtude da qual o titular pode retirar da coisa de modo exclusivo e contra todos as 
utilidades que ela é capaz de produzir”. O direito pessoal, por seu turno, conceitua-se 
“como relação jurídica mercê da qual ao sujeito ativo assiste o poder de exigir do 
sujeito passivo determinada prestação, positiva ou negativa”. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS REAIS 
1. oponibilidade erga omnes 
2. Direito de sequela (jus persequendi) 
3. Publicidade 
4. Exclusividade 
5. Preferência 
6. Taxatividade dos direitos reais e princípio numerus clausus 
DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS REAIS (jus in rem) E DIREITOS PESSOAIS (OU 
OBRIGACIONAIS – jus ad rem): 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS REAIS 
Direito real sobre coisa própria (jus in re propria); 
Direitos reais sobre coisa alheia (jus in re aliena); 
• Direito real ilimitado* 
Apenas o direito de propriedade 
• Direitos reais limitados 
Todos os demais direitos reais 
FIGURAS HÍBRIDAS 
Propter Rem – Segundo Maria Helena Diniz possui três características: 
1. Vinculação a um direito real; 
2. Possibilidade de exoneração pelo abandono; 
3. Transmissibilidade pela via dos negócios jurídicos; 
 
São prestações impostas ao titular do direito real simplesmente por sua condição. 
Aderem à coisa e não a pessoa 
 
Obrigação de Ônus Reais – É aquela que limita o uso e o gozo da propriedade, 
consistindo em um gravame. É um direito sobre coisa alheia, oponível erga omnes. 
Exemplifica-se: João doa uma fazenda para Maria, obrigando esta (Maria) a destinar 
50% (cinquenta por cento) da safra colhida, todo ano, para Caio. 
A obrigação de ônus real tem como traço distintivo da propter rem o fato de se limitar 
ao valor da coisa 
Eficácia real - De acordo com Maria Helena Diniz as obrigações terá eficácia real 
quando, sem perder seu caráter de direito a uma prestação, se transmite e é oponível 
a terceiro que adquira o direito sobre determinado bem, pois certas obrigações 
resultantes de contratos alcançam, por força de lei, a dimensão de direito real. 
Estas obrigações não podem ser consideradas como de natureza real, pois, pelo 
princípio da tipicidade a eles inerentes, toda limitação ao direito de propriedade que 
nao esteja prevista em lei como direito real tem natureza obrigacional.

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