Buscar

Eritema multiforme - Andreza Cunha

Prévia do material em texto

Eritema multiforme 
Multiforme – ou polimorfo 
• Baixa Prevalência 
• Acomete adultos jovens principalmente 
FORMA MINOR 
o Acometimento cutâneo limitado – menos disseminadas 
o Uma mucosa envolvida 
o Poucas manifestações sistêmicas, em geral não acontece 
o Infecções (90%) x medicações (10%) 
o Herpes simples – adultos 
o Micoplasma pneumoniae e fungos – crianças e pode ser uma reação vacinal 
FORMA MAJOR 
A forma maior é uma farmacodermia estando mais associada a 
medicações – Steve Johnson 
• Etiologia medicamentosa: penicilina, sulfa e a tetraciclina, 
dipirona, AINEs: AAS e dipirona, e anticonvulsivantes: 
fenorbabitais e carbamazepina e VACINAS!!!!!!!!!!!!!!!!!! 
• Acometimento cutâneo extenso 
• Duas ou mais mucosas envolvidas – sempre tem 
• Manifestações sistêmicas → pródromo – febre, astenia, 
anorexia, queda do estado geral 
• Lesão cutânea atípicas (80 %) 
• Envolvimento faríngeo frequente 
Farmacodermia – desenvolve ao longo do tempo, nem sempre é no 
primeiro contato - reações medicamentosas 
Forma major/ Síndrome de Stevens Johnson 
• Principal diagnóstico diferencial: necrólise epidérmica tóxica (NET) 
OBS.: No eritema multiforme você tem as bolhas e na NET só tem o destacamento da epiderme sem 
necessariamente existir bolhas 
OBS.: Quando o acometimento for menor que 10% vai ser Sd. de Stevens Johnson e superior a 30% vai ser NET e 
entre 10 a 30 não dá para identificar/classificar 
• Na histologia é igual 
• E a NET vai ser um quadro sempre mais GRAVE 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Prurido 
• Queimação no local 
• Macula, pápula, vesícula, bolha 
• Simétrica e evolução centrípeta – extremidade pro centro 
 
QUAL A LESÃO CUTÂNEA TÍPICA? 
• Lesão em alvo ou íris 
o Típica 
o Eritema marcado com vesícula central e anel edematoso hipocrômico 
o Vesícula – necrose – descamação/crosta 
o Atípica: a maioria não vai seguir um padrão 
• Lesões cutâneas 
• Face, região cervical, palmas e plantas e faces extensoras e tronco 
• Lesão na palma – eritema polimorfo ou sífilis 
• Exames pensando em sífilis: pede VDRL – quantifica se é reagente ou não e pede SPABS 
Sinal de Nikolsky – arrasta o dedo na região lateral a bolha se a pele destaca o sinal é positivo 
Sinal de Asboe-Hansen – empurra a bolha de tamanho e ela aumenta de tamanho → avalia inflamação perilesional 
ACOMETIMENTO MUCOSO 
• Em geral acompanha as manifestações cutâneas 
• Enantema, ulcerações dolorosas, bolhas que rompem por conta da umidade e fricção virando ulcerações 
extremamente dolorosas 
• Mucosas: 
o Oral – muito freqquente 
o Ocular – ulceras de córnea 
o Nasal 
o Uretral/genital 
o Faringe (SSJ) 
o Trato respiratório superior 
• Pródomo: febre mal estar mialgia e adenopatia 
HISTOLOGIA 
• Queratinócitos apoptóticos 
DIAGNÓSTICO 
• História e exame físico – identificar gatilho e suspender as medicações implicadas 
• Biopsia cutânea 
• Sorologia HSV-1/2, PCR – não espera o resultado para começar o tratamento 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• LES, dermatomiosite 
• Pênfigos e outras buloses 
Classificação da gravidade da doença da NET (pode ser utilizada para a Sd. de Stevens Johnson) 
• Quanto mais velho o paciente 
• Associação ao CA 
• Batimento cardíaco 
• Ureia 
• Quanto mais alto maior a mortalidade associada, então quando o paciente entra na terapia intensiva é 
importante fazer esse diagnóstico para saber o quão invasivo você deve ser invasivo nas medicações e no 
suporte 
 
 
TRATAMENTO 
• SSJ: internamento/ avaliar UTI 
• Terapia sistêmica: corticoide é controverso – pouco benefício apesar das pessoas preferirem, 
imunoglobulina venosa, ciclosporina 
• Anti- histamínico (EM) – ajuda no controle do prurido também 
• Retirar medicações potencialmente precipitantes 
O paciente com NET ou SSJ ele se comporta como um grande queimado então temos um tratamento para uma 
grande área de superfície corpórea já que perde a função de homeostase da pele, perde água, existe necessidade 
aporte proteico para fazer regeneração daí ele recebe suporte para grandes queimados 
SUPORTE 
• Cuidado de feridas 
• Manejo de fluidos e eletrólitos 
• Nutricional – devido ao acometimento da mucosa oral e da faringe 
• Monitorização de temperatura – tendem a hipotermia, já que o controle de temperatura da pele está 
prejudicado 
• Controle de dor 
• Controle oftalmológico 
• Prevenção/tratamento de infecções 
• Avaliação oftalmológica e ginecológica – quando acomete a mucosa genital devido a sinequia 
COMPLICAÇÕES 
• Hipercromia pós inflamatória 
• Recorrência – HSV1/2 
o 2-17 dias após infecção cutânea 
• Infecção secundária 
• Distúrbio hidroeletrolítico 
• Choque hipovolêmico com falência renal – controle hídrico! 
• Sinequias mucosas (SSJ) – olho, uretra, vulva, vagina

Continue navegando