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Caso Concreto 7 pratica simulada 1 (1)

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ/ FASE
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II
PROFESSORA: SAMIRA 
ALUNA: FLÁVIA MONIQUE DA CONCEIÇÃO LOUZADA
MATRÍCULA: 201603039961
TURMA: 1001 CCJ0134
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARAÇATUBA - SP.
MARIA, brasileira, dona de casa, viúva e representante legítima do Sr. Marcos, portadora da carteira de identidade n°..., expedida por..., inscrita no CPF n°..., com endereço eletrônico..., residente e domiciliada na rua Bérgamo n° 123, apartamento n° 205, na cidade de Araçatuba- SP, através de seu advogado, com endereço eletrônico, endereço profissional (completo), para fins do artigo 77, inciso V, do CPC, vem a este juízo , propor 
 AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS, MATERIAIS CUMULADAS COM PENSÃO POR MORTE
Pelo rito comum em face de ROBERTO, brasileiro, estado civil, comerciante, portador da carteira de identidade n°..., expedida por..., inscrito no CPF n°..., endereço eletrônico, residente e domiciliado (endereço completo) na cidade do Recife- PE, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
A PARTE AUTORA vem requer os benefícios da Justiça Gratuita, por seu marido ser o provedor do lar, e o mesmo ter vindo a falecer, sua esposa sendo dona de casa e por não possuir condições financeiras para arcar com os encargos processuais sem prejuízo do seu próprio sustento, conforme insculpido no artigo 98 do CPC.
II-AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
A PARTE AUTORA, tem interesse de que haja a realização da audiência de conciliação ou mediação, conforme o artigo 334 do CPC.
III-DOS FATOS JURÍDICOS
O Sr. Marcos, caminhava por uma rua de Recife–PE, quando foi atingido por um aparelho de ar-condicionado manejado de forma imprudente por Roberto. Encaminhado a um hospital particular, Marcos faleceu após estar internado um dia. Maria, autora da presente ação e esposa de Marcos, profundamente abalada pela perda trágica de seu esposo, deslocou-se até Recife – PE e transportou o corpo para Araçatuba – SP, local do sepultamento. O falecido não deixou filhos, tinha 50 anos de idade, era responsável pelo seu sustento e de sua esposa e conseguia obter renda média mensal de um salário mínimo como pedreiro. Sabe - se, também, que os gastos hospitalares somaram R$3.000,00 e os gastos com transporte do corpo e funeral somaram R$3.000,00. No inquérito policial, após o laudo da perícia técnica apontar como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado, Paulo foi indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como autor de homicídio culposo. 
III- D OS FUNDAMENTOS 
Excelência, no caso exposto, há uma inequívoca responsabilidade do Sr. Roberto sobre o ocorrido, quando deixou de manejar com prudência seu aparelho de ar-condicionado. Sendo um objeto pesado, que a depender da altura em que caia, pode de todo certo machucar gravemente a quem atingir. E este fora o evento trágico que ocorrera. Por exclusiva culpa do Réu, o referido objeto veio a despencar de uma altura considerável, atingindo em cheio o Sr. Marcos, que por um triste e infeliz acaso do destino vinha passando naquele exato momento. Aqui se demonstra o ato ilícito em que incorreu o réu, nos termos do artigo 186 do código civil brasileiro, valendo ainda ressaltar o teor das disposições nos artigos 927 e 938 do mesmo regramento, vejamos:
Art.186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts.186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
 O ato ilícito da parte ré não gerou dano apenas a Marcos, mas também a sua esposa, Maria, a qual dependia economicamente para seu sustento. Pedreiro, que conseguia obter renda mensal de um salário mínimo. Maria endividou-se com as despesas hospitalares do falecido marido e os gastos com transporte do corpo e funeral somando R$6.000,00, aos quais não tem condições de pagar, devendo a parte ré, conforme o art. 948 do Código Civil, indenizar e reparar no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral, e o luto, mais a prestação de alimentos à Maria, pessoa a quem o falecido devia, levando-se em conta a duração provável de vida da vítima. Levando em conta que a vítima tinha 50 anos na data do homicídio, a parte Ré deve prestar pensão alimentícia no valor de R$ 1.045,00,por 12 meses por 25 anos, uma vez que a expectativa de vida do brasileiro é estimada aproximadamente 75 anos.
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.
IV. DOS PEDIDOS 
Diante de todo exposto a autora vem requer
I- Procedente o pedido de justiça gratuita conforme o artigo 98 do CPC uma vez que a autora é pobre forma da lei
II- A designação da audiência de conciliação e mediação, conforme o artigo 334 do CPC
III- A citação do réu para o comparecimento ao processo, conforme o artigo 238 e seguintes do CPC
IV- O ressarcimento das despesas sofridas no valor de R$ 6.000,00 nos termos do artigo 948 do CC, devidamente corrigidos com juros e correção monetária pela obrigação de indenizá-la pelas perdas e danos matérias
V - A concessão de pensão alimentícia em valor equivalente ao salário mínimo ou conforme o Magistrado julgar adequado, contanto que este não chegue a ser menor; que a pensão deva permanecer até a data em que a viúva esteja viva.
VI- . Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, conforme o artigo 369 e seguintes do CPC 
V. Condenação do réu ao pagamento dos Honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa (art. 85 do CPC), bem como nas custas processuais a serem fixadas. 
V- VALOR DA CAUSA
Dar-se-á o valor da causa em R$ 319.500(trezentos e dezenove mil e quinhentos reais)
Nestes termos, 
pede deferimento
Araçatuba/SP, segunda-feira, 02 de outubro de 2020 
Flávia Monique da Conceição Louzada
OAB/CE

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