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INTRODUÇÃO
O empreendedorismo constitui um dos pilares do desenvolvimento socioeconômico de um país, pois é fundamental para criação de oportunidades de trabalho e geração de riquezas. É considerado catalizador do desenvolvimento e aperfeiçoamento de novas tecnologias, além de apresentar constantes inovações nas áreas de produtos, serviços e de mercado em geral (MUELLER E THOMAS, 2000 apud GRECO et al., 2010). 
No Brasil, segundo Dornelas (2005, p. 18), o empreendedorismo passou a ganhar força e destaque a partir da década de 1990, com o advento da abertura econômica, que proporcionou a criação de entidades voltadas especialmente para esse tema. Porém, antes desse fato, o termo empreendedor era praticamente desconhecido no país, a abertura de empresas era limitada a função do ambiente politico e econômico, que no momento não era nada favorável ao país.
Segundo Paladino (apud GRECO et al, 2010), “no mundo dos negócios as pesquisas mostram que as brasileiras estão entre as mais empreendedoras do mundo. Milhões de mulheres gerenciam suas próprias empresas no Brasil de hoje”. Segundo o estudo Global Entrepreneurship Monitor de 2010, as mulheres representam praticamente metade dos empreendedores brasileiros (49,3%), o que representa cerca de 10,4 milhões de mulheres à frente suas próprias empresas. Esse mesmo estudo mostra que a maioria das mulheres brasileiras empreende por necessidade.
A necessidade é fator de motivação para as mulheres iniciarem o empreendimento. Enquanto 38% dos homens empreendem por necessidade, esse percentual aumenta para 63% para as mulheres. A maioria dos empreendedores, independente de seu estágio e motivação, não teve orientação para a abertura de seus negócios. Contudo, é relevante frisar que os empreendedores por oportunidade demonstram mais interesse em buscar orientações (45,3%) que aqueles que empreendem por necessidade (37,5%). (PASSOS et al, 2008, p. 77).
Diversos estudos apontam que as mulheres não apenas continuam sendo excluídas do mercado de trabalho e da economia formal, mas que mesmo quando conquistam uma vaga acabam sofrendo discriminações em áreas referentes a posições hierárquicas, remuneração, segurança e demissão.
Merrick (2002), em revisão teórica de pesquisas sobre homens e mulheres em cargos de gerência conclui que estes recebem tratamento diferenciado nas empresas, sendo que as mulheres são sistematicamente excluídas do processo de tomada de decisão. Hirata (2002) admite que houve um avanço, mas considera que o poder no mundo dos negócios continua na mão dos homens. (GOMES, GUERRA e VIEIRA, 2011, p. 6)
Para Bourdieu (2007, apud GOMES; GUERRA; VIEIRA, 2011, p. 6) este estado de dominação masculina caracteriza-se por uma valorização do masculino em detrimento do feminino, levando à construção de espaços sociais determinados e hierarquizados com base nas diferenças de gênero.
Essa notável dominação masculina, a maior cobrança em termos de desempenho, dificuldades de ascensão na carreira, a crescente precisão de complementação da renda familiar, juntamente com a necessidade de conciliar trabalho e família, são alguns dos fatores que levam as mulheres ao empreendedorismo. 
Conforme dados do SEBRAE (2009), a maioria dos Empreendedores de Mato Grosso do Sul são homens, principalmente no meio rural, porém a participação feminina na liderança já alcança 31% dos empreendimentos. Entretanto, na capital – Campo Grande - existem mais mulheres empreendedoras (50,31%) do que homens (49,69%).
Segundo a pesquisa sobre Empreendedor Individual do SEBRAE (2011, p. 25):
Do total de EI registrados no Estado, no período aqui analisado, 55% são homens e 45% são mulheres (Gráfico 3). A faixa etária com maior número de EI é a faixa De 30 até 39 anos, que responde por 30,6% dos Empreendedores Individuais. A segunda faixa etária mais expressiva é a De 40 até 49 anos, com 25,4% dos empreendedores, seguida pela terceira faixa etária De 25 até 29 anos, com 15,4% dos EI.
De acordo com o SEBRAE (Mulher Empreendedora, 2012):
Mais de 51% das Empreendedoras pesquisadas possuem entre 40 e 60 anos de idade. Em 2011, 94% dessas Empreendedoras eram sócias – proprietárias das Empresas. 57% das Empreendedoras iniciaram ou possuem Ensino Superior, Especialização e/ou Doutorado. 
 
Dessa forma, a questão de pesquisa que se propõe é: Quais os principais desafios encontrados pelas mulheres empreendedoras da região da Grande Dourados/MS?
1.2 OBJETIVOS	
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar quais são os principais desafios encontrado pelas mulheres empreendedoras da região da Grande Dourados/MS.
1.2.2 Objetivos Específicos
- identificar o perfil das empreendedoras de Dourados/MS
- identificar os motivos que as levaram a empreender
- identificar quais os principais desafios encontrados para iniciar o negócio
- barreiras de entrada
1.3 JUSTIFICATIVA 
Segundo Salomão (2011, p. 21), “o papel socioeconômico da mulher vem crescendo constantemente desde o pós-guerra, quando assumiram postos de trabalho inerentes aos homens”. Desde a década de 1990 sua inclusão no mundo dos negócios e o aumento do numero de empreendedoras têm motivado o interesse em pesquisas sobre o desempenho empreendedor das mulheres.
Segundo dados do SEBRAE, de cada 100 Empreendedores Individuais (MEI) 45 são mulheres. Mais de 60 mil estão a frente de franquias, seus negócios faturam cerca de 32% a mais que os gerenciados por homens, segundo a consultoria Rizzo Franchise. (BRASIL, 2011)
Este estudo busca conhecer quais são os principais desafios encontrados para abertura de seus negócios, bem como para sua permanência no mercado, visto que os primeiros anos de gestão se caracterizam pela alta taxa de mortalidade das empresas (SEBRAE, 2006 apud BOTELHO et al., 2008). Sendo assim, esta pesquisa poderá servir de base para estudos mais aprofundados sobre este tema. Também poderá auxiliar no aprimoramento das Politicas de incentivo ao Empreendedorismo existentes na cidade, como por exemplo, o PAPE – Programa de Apoio ao Pequeno Empreendedor - criado pela Administração Municipal no gestão do Prefeito José Laerte Cecílio Tetila (2001-2004).
O Programa de Apoio ao Pequeno Empreendedor (PAPE) foi criado pela Prefeitura Municipal de Dourados/SEICTUR, no ano de 2001, com o objetivo de fortalecer pequenos empreendimentos, com capacidade de geração de emprego e renda. (EBERHARD, 2004, p. 12)
Os estudos que tratam da temática do empreendedorismo feminino englobam, geralmente, temas ligados às dificuldades, desafios e motivações encontrados na escolha do empreendedorismo. Encontram-se também os estudos que tratam da relação de gênero e poder que levam as mulheres a sofrer discriminações dentro das organizações, influenciando assim a mulher a escolher o empreendedorismo como forma de geração de renda e realização de seus sonhos. Vale ressaltar que no campo acadêmico nada relacionado à região da Grande Dourados foi encontrado sobre a temática abordada, foram realizadas pesquisas junto a Biblioteca da Universidade Federal da Grande Dourados, utilizando-se as seguintes palavras chave: identificaram-se poucos estudos que dão atenção especial ao tema do Empreendedorismo Feminino em nossa região.
REVISÃO TEÓRICA 
Neste tópico serão abordados aspectos relacionados ao empreendedorismo que é base deste trabalho. Por isso, foi feita uma breve revisão de literatura no que diz respeito ao empreendedorismo no Brasil, empreendedorismo feminino e a as questões vinculadas à relação de gênero e poder.
 2.1 ESTUDOS SOBRE EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo apresenta-se de modo muito complexo, sendo ao longo dos anos tratado por diferentes aspectos e abordagens, como a sociológica, a psicológica, a antropológica e a econômica, e por meio de diferentes dimensões analíticas do fenômeno. (GOMES, GUERRA e VIEIRA, 2011)
A definição do termo empreendedorismo evoluiu imensamente com o passar dos anos, passando a englobar não somente a atividade especifica de empreender, mas também os conceitos atrelados a pessoa do empreendedor. A criação de riqueza, os riscos, a inovaçãosão exemplos de alguns conceitos que foram aprimorados conforme a evolução dos estudos sobre novos empreendedores. (HISRICH e PETERS, 2004)
Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal. (HISRICH e PETERS, 2004, p. 29)
O termo empreendedor – do francês entrepreneur – significa aquele que assume riscos e começa algo novo. Empreendedor é a pessoa que cria algo diferente e com valor, dedica tempo e esforço e assume os riscos financeiros, psicológicos e sociais para obter as recompensas provenientes da satisfação econômica e pessoal. (DORNELAS)
No inicio do século XIX o economista francês Jean-Baptiste Say definiu o empreendedor como alguém capaz de transferir recursos financeiros de uma área de baixa para uma de maior produtividade, obtendo assim um retorno compensatório. Logo no inicio do século XX o austríaco Joseph Schumpeter - um dos maiores economistas deste século - conceituou este individuo como quem aperfeiçoa ou subleva o processo “criativo-destrutivo” capitalista, através do desenvolvimento de nova tecnologia ou aperfeiçoamento de uma antiga. Em seguida, Peter Drucker – “o pai da administração” – é quem expande a definição de Jean-Baptiste Say dizendo que os empreendedores são aqueles que criam mudanças a partir das oportunidades sinalizadas pelo mercado. (CERIZZA; VILPOUX, 2006)
Segundo Chiavenato (2007, p.7), “o empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades”. Porém, o espirito empreendedor é essencial a todas as pessoas que – mesmo não sendo donas de seus próprios negócios – estão preocupadas e focalizadas em assumir riscos e inovar continuamente seja na carreira ou na vida pessoal.
Portanto, para ser um empreendedor é necessário possuir três características básicas, que são:[footnoteRef:1] [1: Texto baseado em: CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao Espirito Empreendedor, 2007, p.9.] 
1. Necessidade de realização: as pessoas possuem um conjunto de características que as torna únicas perante a sociedade. Assim sendo, cada qual possui seu nível de realização, que será maior ou menor dependendo do individuo em questão. As pessoas com grande necessidade de realização procuram competir com um padrão de excelência elevado, preferindo serem pessoalmente responsáveis pelas tarefas e objetivos que atribuem a si próprios. 
2. Disposição para assumir riscos: quem empreende assume vários riscos: financeiros decorrentes de investimentos de recursos próprios e por abandonar um emprego seguro; riscos familiares devidos ao envolvimento da mesma no negócio; riscos psicológicos, pela possibilidade de fracassar quando o negócio é arriscado. 
3. Autoconfiança: a autoconfiança permite o enfrentamento dos desafios existentes ao seu redor e o domino dos problemas enfrentados. Segundo pesquisas, empreendedores de sucesso são independentes e enxergam os problemas intrínsecos a um novo negócio, porém confiam em suas habilidades para superar estes problemas.
Além disso, Smith[footnoteRef:2] considera que os empreendedores apresentam enorme variação em seus estilos de fazer negócios. Em resumo, sugere um continuum em que dois padrões básicos estão nas extremidades: empreendedores artesãos e empreendedores oportunistas. (CHIAVENATO, 2007, p.11) [2: SMITH, Norman R. The entrepreneur and his firm: the relationship between type of man and type of company. East Lansing: Bureau of business and economic research, Michigan State University, 1967.
] 
1. Empreendedor artesão: em um extremo do continuum, aquele que se vale basicamente de suas habilidades técnicas e de vago conhecimento sobre gestão de negócios. Não possui capacidade de se comunicar bem, avaliar o mercado, decidir e gerir o negócio. Caracteriza-se por: ser focado no curto prazo, paternalista, centralizador, investir seu capital no negócio, utilizar-se apenas da qualidade e reputação da empresa nas questões ligadas a marketing e preços, se esforçar por motivos pessoais.
2. Empreendedor oportunista: outro extremo do continuum. Administração, economia, legislação e línguas são assuntos que fornecem suplemento a sua educação técnica. Caracteriza-se por: evitar o paternalismo, delegar autoridade, empregar técnicas, utilizar capitalização original e de fontes secundarias, fazer plano de negócios, utilizar sistemas de registro, controle e orçamento apropriado. 
BOTELHO, L. D. L. R. et al. Um Olhar Através do Teto de Vidro: Relatos das Mulheres Empreendedoras de Empresas Baseadas no Conhecimento Sobre os Primeiros Anos de Seus Negócios. Florianopolis: [s.n.], 2008. 4 p.
BRASIL. Mulheres Brasileiras. Atuação Feminina: Empreendedorismo feminino, 2011. Disponivel em: <http://www.brasil.gov.br/secoes/mulher/atuacao-feminina/avanco-da-mulher>. Acesso em: 30 abr. 2012.
CERIZZA, A. D. A.; VILPOUX, O. F. Empreendedorismo e empreendedores: uma revisão bibliográfica, Bauru, novembro 2006.
CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: Dando Asas ao Espirito Empreendedor. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. 7 p.
CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: Dando Asas ao Espirito Empreendedor. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. 11 p.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: Transformando Idéias em Negócios. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 18 p.
EBERHARD, G. Desenvolvimento Local e InclusãoSocial: O Programa de Apoio ao Pequeno Empreendedor - PAPE no Governo Municipal de Dourados - MS (2001-2004). Dourados, p. 12. 2004.
GOMES, D. T.; GUERRA, P. V.; VIEIRA, B. N. O Desafio do Empreendedorismo Feminino. EnANPAD, Rio de Janeiro, p. 6, 2011.
GOMES, D. T.; GUERRA, P. V.; VIEIRA, B. N. O Desafio do Empreendedorismo Feminino. Enanpad, Setembro 2011.
GRECO, S. M. D. S. S. E. A. Empreendedorismo no Brasil: 2010. Curitiba: Universidade Federal do Paraná - UFPR, 2010. 88 p.
GRECO, S. M. D. S. S. et al. Empreendedorismo no Brasil: 2010. Curitiba: IBPQ, 2010.
GRECO, S. M. D. S. S.; ET AL. Empreendedorismo no Brasil: 2010. Curitiba: IBPQ, 2010.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P. Empreendedorismo. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
HISRICH, R. D.; PETERS, M. P. Empreendedorismo. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. 29 p.
PASSOS, C. A. K.; AL, E. Emprendedorismo no Brasil: 2007. Curitiba: IBPQ, 2008. 77 p.
SALOMÃO, C. S. MULHERES EMPREENDEDORAS EM PEQUENAS EMPRESAS: Análise dos Estilos de Aprendizagem e dos Estilos de Liderança. São Carlos: [s.n.], 2011. 21 p.
SEBRAE. Pesquisa Sobre Acesso á Informação dos Empreendedores Clientes do SEBRAE/MS. Campo Grande. 2009.
SEBRAE. Empreendedor Individual: Pesquisa e Perfil. SEBRAE. Campo Grande, p. 25. 2011.
SEBRAE. Mulher Empreendedora: O Perfil do Empreendedorismo Feminino no Mato Grosso do Sul. SEBRAE. Campo Grande. 2012.
1.
 
INTRODUÇÃO
 
O empreendedorismo constitui 
um dos pilares d
o desenvolvimento socioeconômico
 
de 
um país, 
pois é fundamental para 
criação de oportunidades de trabalho
 
e geração de riquezas
. 
É
 
considerado catalizador 
d
o desenvolvimento e aperfeiçoamento de 
novas tecnologias
, além 
de apresentar con
s
tantes inovações
 
nas áreas de produtos
, 
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e de
 
mercado em geral
 
(MUELLER E THOMAS, 200
0 
apud
 
GRECO
 
et al.
, 2010
)
. 
 
No Brasil,
 
segundo Dornelas
 
(2005, p. 18)
,
 
o empreendedorismo passou a ganhar 
força e destaque a partir da década de 1990
, com o advento da abertura econômica, que 
proporcionou a criação d
e entidades voltadas especialmente para esse tema.
 
Porém, antes 
desse fato, o termo empreendedor era 
praticame
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desconhecido no país, a abertura de 
empresas era limitada a função 
do ambiente politico e econômico, que no momento não era 
nada favorável ao país.
 
 
Segundo 
Paladino
 
(
apud
 
GRECO 
et al
, 2010)
, 
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o mundo dos negócios as pesquisasmostram que as brasileir
as estão entre as mais empreendedoras do mundo. Milhões de 
mulheres 
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p
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”
. Segundo o estudo Global 
Entrepreneurship Monitor
 
de 2010, as mulheres representam praticamente metade dos 
empreendedores brasileiros
 
(
49,3%), o que representa cerca de 10,4 milhões de mulheres à 
frente suas próprias empresas.
 
Esse mesmo estudo mostra que a maioria das mulheres 
brasileiras empreende por necessidade.
 
A necessidade é fator de motivação para as mulheres iniciarem o 
empreendimento.
 
Enquanto 38% dos homens empreendem por necessidade, esse percentual aumenta
 
para 63% para as mulheres. A maioria dos empreendedores, independente de seu
 
estágio e motivação, não teve orientação para a abertura de seus negócios. Contudo,
 
é r
elevante frisar que os empreendedores por oportunidade demonstram mais
 
interesse em buscar orientações (45,3%) que aqueles que empreendem por
 
necessidade (3
7,5%).
 
(PASSOS 
et al
, 2008, p. 77)
.
 
 
Diversos e
studos apontam 
que as mulheres não apenas continuam
 
sendo 
excluídas do 
mercado de trabalho
 
e da economia formal
, mas que mesmo quando conquistam uma vaga 
acabam sofrendo discriminações 
em áreas
 
refere
ntes
 
a 
posições hierárquicas, remuneração, 
segurança e demissão.
 
Merrick (2002), em revisão teórica de pesq
uisas sobre homens e mulheres em cargos 
de gerência conclui que estes recebem tratamento diferenciado nas empresas, sendo 
que as mulheres são sistematicamente excluídas do processo de tomada de decisão. 
Hirata (2002) admite que houve um avanço, mas conside
ra que o poder no mundo 
dos negócios continua na mão dos homens
.
 
(GOMES, GUERRA e VIEIRA, 2011, 
p. 6)
 
1. INTRODUÇÃO 
O empreendedorismo constitui um dos pilares do desenvolvimento socioeconômico de 
um país, pois é fundamental para criação de oportunidades de trabalho e geração de riquezas. 
É considerado catalizador do desenvolvimento e aperfeiçoamento de novas tecnologias, além 
de apresentar constantes inovações nas áreas de produtos, serviços e de mercado em geral 
(MUELLER E THOMAS, 2000 apud GRECO et al., 2010). 
No Brasil, segundo Dornelas (2005, p. 18), o empreendedorismo passou a ganhar 
força e destaque a partir da década de 1990, com o advento da abertura econômica, que 
proporcionou a criação de entidades voltadas especialmente para esse tema. Porém, antes 
desse fato, o termo empreendedor era praticamente desconhecido no país, a abertura de 
empresas era limitada a função do ambiente politico e econômico, que no momento não era 
nada favorável ao país. 
 
Segundo Paladino (apud GRECO et al, 2010), “no mundo dos negócios as pesquisas 
mostram que as brasileiras estão entre as mais empreendedoras do mundo. Milhões de 
mulheres gerenciam suas próprias empresas no Brasil de hoje”. Segundo o estudo Global 
Entrepreneurship Monitor de 2010, as mulheres representam praticamente metade dos 
empreendedores brasileiros (49,3%), o que representa cerca de 10,4 milhões de mulheres à 
frente suas próprias empresas. Esse mesmo estudo mostra que a maioria das mulheres 
brasileiras empreende por necessidade. 
A necessidade é fator de motivação para as mulheres iniciarem o empreendimento. 
Enquanto 38% dos homens empreendem por necessidade, esse percentual aumenta 
para 63% para as mulheres. A maioria dos empreendedores, independente de seu 
estágio e motivação, não teve orientação para a abertura de seus negócios. Contudo, 
é relevante frisar que os empreendedores por oportunidade demonstram mais 
interesse em buscar orientações (45,3%) que aqueles que empreendem por 
necessidade (37,5%). (PASSOS et al, 2008, p. 77). 
 
Diversos estudos apontam que as mulheres não apenas continuam sendo excluídas do 
mercado de trabalho e da economia formal, mas que mesmo quando conquistam uma vaga 
acabam sofrendo discriminações em áreas referentes a posições hierárquicas, remuneração, 
segurança e demissão. 
Merrick (2002), em revisão teórica de pesquisas sobre homens e mulheres em cargos 
de gerência conclui que estes recebem tratamento diferenciado nas empresas, sendo 
que as mulheres são sistematicamente excluídas do processo de tomada de decisão. 
Hirata (2002) admite que houve um avanço, mas considera que o poder no mundo 
dos negócios continua na mão dos homens. (GOMES, GUERRA e VIEIRA, 2011, 
p. 6)

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