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INTRODUÇÃO ➢ O Suporte básico de vida é um conjunto de medidas e procedimentos técnicos durante o atendimento inicial de situações de emergência que objetivam aumentar a sobrevida da vítima/paciente no menor tempo possível. Sua aplicação é fundamental para salvar vidas e prevenir sequelas, até que uma equipe especializada possa chegar ao local do acontecimento. ➢ O SBV inclui as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) nas vítimas em Parada Cardiorrespiratória (PCR), a desfibrilação por meio dos Desfibriladores Externos Automáticos (DEA) e as manobras de desobstrução de vias aéreas devido a corpo estranho. O reconhecimento dessas situações e o atendimento básico imediato podem ser realizados por leigos, desde que devidamente informados e capacitados. URGÊNCIA X EMERGÊNCIA ➢ URGÊNCIA : ▪ Nível pressórico elevado PAD > 120mmHg ▪ Sem LOA (Lesão de órgão-alvo) ▪ Combinação medicamentosa oral ▪ Sem risco iminente de morte ▪ Acompanhamento ambulatorial precoce ( 7 dias) ➢ EMERGÊNCIA : ▪ Nível pressórico elevado PAD > 120mmHg ▪ Com LOA ou função ▪ Medicação parenteral ▪ Com risco iminente de morte ▪ Internação em UTI CADEIA DE SOBREVIDA ➢ O que é ? Em que consiste? Sequência de fatos/etapas lógicas para tentar salvar a vítima, que devem ser realizadas com a máxima rapidez e eficiência de forma a aumentar a sobrevida e diminuir o tempo gasto entre o momento do trauma/intercorrência/acidente e o tratamento definitivo da vítima. PCRIH (INTRAHOSPITALAR) E PCREH ( EXTRAHOSPITALAR) : A diferença básica entre ambas é que na intra-hospitalar, a vítima estará no hospital sendo monitorada pela equipe de saúde em relação as possíveis complicações e portanto, dificilmente, será surpreendido por uma PCR, enquanto que na extra-hospitalar o evento ou não é presenciado ou é presenciado por um socorrista leigo que chega ao local e se depara com aquela situação inesperada. ➢ ETAPAS : 1. Manter a calma: Torna-se apto para.... ▪ Controle da situação ▪ Avaliar bem a vítima ▪ Ajudar a vítima até a chegada do socorro ▪ Pedir o socorro adequadamente 2. Reconhecimento do ambiente: Segurança da cena para o socorrista e a vítima... ÁREA SEGURA, SINALIZADA E ISOLADA ▪ Avaliar a cena : Situações de risco (Colisão, atropelamento, desabamento, instabilidade do veículo, incêndio, explosão, contaminação com produtos tóxicos, eletrocussão, agressão) e acionamento de emergências médicas de acordo com a situação encontrada. ▪ Avaliar a cinemática do trauma/acidente: Como ocorreu? Por meio de qual mecanismo? Número de vítimas? ▪ Sinalização adequada do local ou deslocamento da vítima para local apropriado para atendimento. 3. Segurança do socorrista : ▪ Proteção individual (EPIs) : Luvas impermeáveis e se possível máscara cirúrgica. 4. Reconhecimento da vítima :Responsividade??Respiração?? Pulso??Consciência??Exposição?? ▪ Exame primário: Abordagem e impressão geral da vítima ✓ Estado respiratório : Oxigenação ✓ Estado circulatório : Pulsação ( pulso carotídeo), Hemorragias internas ou externas e deformidades A ( AIRWAY) - Avaliação das vias aéreas e controle da coluna vertebral VIAS AÉREAS : - Abertas e limpas sem obstrução? Não → Houve trauma raquimedular? Não → Queda da base da língua? Sim → Manobras Chin lift (inclinação cabeça e elevação queixo/elevação do mento) e Jaw trust ( tração anterior da mandíbula/anteriorização da mandíbula) - Presença de corpos estranhos e secreções ? Sim → Retirada mecanicamente com uso de EPIs - Avaliar fraturas da face COLUNA VERTEBRAL : - Trauma raquimedular (risco de tetraplegia) - Imobilização da coluna (colar cervical ou headblocks ou apoiar cabeça da vitima com ambas as mãos) B (BREATHING) : Avaliar a ventilação/ respiração da vítima - Sentir a respiração → Não respira? Iniciar ventilação assistida (boca a boca, pocket mask e AMBU)/ Tem pulso e não respira? Incia ventilação de resgate ( 10-12 ventilações/min) - Observar a expansão do tórax : Tórax instável - Ausculta prejudicada : Pneumotórax aberto ou fechado, enfisema subcutâneo - Padrões respiratórios : apneia, taquipneia, bradipneia. Gasping : Respiração agônica → Deve ventilar, por ser uma respiração ineficiente. C (CIRCULATION) : Avaliar circulação ( pulsação) e sangramento PULSAÇÃO : - Checar pulso em 5-10 seg: Colocar dedo médio e indicador perpendicular a linha média da margem anterior do músculo estrernocleidomastoideo para sentir a pulsação carotídea. Não em pulso? Iniciar compressões torácicas sincronizadas com movimentos ventilatórios ( braços esticados e a 90º em relação ao tórax, mãos sobrepostas c/ dedos entrelaçados, expondo a região hipotênar de uma das mãos sobre o centro do tórax no terço inferior do esterno) - Solicitar DEA (Desfibrilador externo automático) : Avaliar ritmo chocável ou não?/ Posicionamento das pás/eletrodos na infraclavicular direita e inframamária esquerda SANGRAMENTOS , FRATURAS E AMPUTAÇÕES : - Hemorragias externas : Compressão local direta, compressão da raiz do membro, compressão anterógrada, torniquete - Sinais de hipovolemia : Palidez , sudorese e convulsões - Observação de ferimentos, fraturas extrernas e amputações ✓ Estado neurológico: Nível de consciência → Responsividade: “ Senhor, posso ter ajudar?” 5. Pedido de ajuda aos serviços de emergência ( na suspeita de IAM,AVC,PCR) : Ajuda?? SAMU (192), Bombeiros (193), Polícia rodoviária (191), Defesa civil (199), Policia militar (190) ▪ Informar nome e telefone ( socorrista)! informar detalhadamente que aconteceu! Informar o endereço da ocorrência! ▪ SAMU (192) ✓ Tipos de socorro : - Unidade de Suporte Básico : Condutor/socorrista + Técnico de enfermagem + prancha + tubo de oxigênio e soro - Unidade de Suporte avançada ou UTI móvel : Médico + Enfermeira + Condutor/socorrista + aparelhos p/ emergências graves como respirador + bomba de infusão + desfibrilador + medicamentos variados ✓ Urgência/emergências clínicas ( distúrbios cardiovasc, respiratórios) ✓ Eventos traumáticos em geral ✓ Ginecologia/obstetrícia ✓ Pacientes psiquiátricos ▪ Bombeiros (193) ✓ Afogamentos ✓ Acidentes em locais confinados e de difícil acesso ( incêndios, desmoronamentos, locais altos) ✓ Ferragens ✓ Locais com materiais perigosos ▪ Polícia rodoviária (191) ✓ Ocorrências em vias federais ▪ Defesa civil (199) ✓ Grandes catástrofes : terremotos, acidentes com múltiplas vítimas ▪ Policia militar (190) ✓ Prisão de bandidos ou Tiroteio D (DESABILITY) : Exame neurológico sumário MÉTODO AVDI : - Alerta? - Resposta ao estímulo verbal? - Responde ao estímulo doloroso? - Irresponsivo aos estímulos? REATIVIDADE PUPILAR : - Mídriase ( pupilas dilatadas) : Injúria do SNC, hipóxia ou anóxia, uso de drogas - Miose ( pupilas contraídas) : doenças ou traumas do SNC, uso de narcóticos ( heroína e morfina) - Anisocoria ( pupilas desiguais) : AVC, trauma de crânio e trauma ocular *Discoria ( diferença no tamanho das pupilas) : Cirurgia ocular E ( EXPOSURE) : Evitar exposição da vítima - Despir a vítima para facilitar o exame completo - Evitar movimentos e mobilização de fraturas ou luxações - Prevenir hipotermia RITMOS DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ➢ Quatro ritmos podem levar a parada: ▪ Fibrilação ventricular ▪ Taquicardia Ventricular sem pulso ▪ Atividade Elétrica sem Pulso ( não chocável) → Mantém RCP ▪ Assistolia ( não chocável) → Mantém RCP FASES DE PARADA FASE ELÉTRICA ➢ 0 a 4 Minutos ➢ Este é o melhor momento para chocar a vítima em parada cardíaca, pois nesse período é onde se tem a maior e mais intensa contração muscular cardíaca, com presença ainda de energia ( reserva de O2) para o retorno dealgum marcapasso natural após a despolarização. FASE CIRCULATÓRIA ➢ 4 a 10 minutos ➢ Se o choque for dado acima dos quatro minutos sem que tenha sido feita a RCP, as chances de retornar ao ritmo cardíaco ficam reduzidas, pois o músculo não dispõe de energia suficiente para contrair caso retorne a um ritmo sinusal. ➢ Manter viabilidade para reversão do processo. FASE METABÓLICA ➢ Acima de 10 minutos ➢ Lesão tecidual do ponto de vista neurológico ➢ Hipotermia após recuperação da parada ➢ Nesta Fase, recomenda-se que vítimas que estiverem em parada cardíaca sejam resfriadas, ou seja, deve-se induzir uma hipotermia entre 32ºC a 34ºC em ambiente controlado. RCP EM CRIANÇAS ( 1 ANO ATÉ PUBERDADE) ➢ Avaliar pulso ( carotídeo) ➢ Compressão : 4-5cm de profundidade (RCP p/ pulso <60bpm), frequência > 100/min, 15x2, uma ou as duas mãos ➢ Ventilação ➢ Posição de recuperação Probabilidade causuístia na criança : Causas respiratórias Probabilidade causuística no adulto : Causas cardiogênicas (DEA) RCP EM LACTENTES ( < 1 ANO, EXCLUINDO RN) ➢ Cadeia de sobrevivência ➢ Avaliar responsividade ( pelos pés) ➢ Pedir ajuda ➢ Avaliar pulso ( braquial) ➢ Compressão : 2-4 cm de profundidade, frequência >100/min, 15x2,uso de 2 dedos ➢ Ventilação DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS ➢ Adultos/Crianças : ▪ Conscientes ( COMPRIME ABDOME): ✓ Parcial : Pedir que o paciente tussa ✓ Total : Paciente apresenta o Sinal universal → Inicia a Manobra de Heimlich ( na altura da cicatriz umbilical faz compressão forte em formato de “J” de frente pra trás e de baixo pra cima, comprimindo as vísceras em direção ao diafragma, pressiona o pulmão e simula uma tosse artificial) ▪ Inconscientes (COMPRIME O TÓRAX) : RCP adaptada → Paciente está inconsciente e sem respirar → Solicita AJUDA → Iniciar compressões 30x2 → Avaliar as vias aéreas ( tentativa de retirada do objeto) ➢ Lactentes : ▪ Conscientes : TAPOTAGEM = PERCUSSÃO EM CONCHA - 5 compressões no tórax, vira e faz 5 compressões nas costas ▪ Inconscientes : Faz o mesmo. “Brônquio fonte direito é mais verticalizado, e a maioria dos corpos estranhos aspirados, se deslocam pra este brônquio”
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