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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

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Controle De Constitucionalidade 
 
1. Teoria da nulidade: regra geral 
SISTEMA AUSTRÍACO (KELSEN) SISTEMA EUA (MARSHALL) 
. A decisão tem eficácia constitutiva . A decisão tem eficácia declaratória, de 
uma situação preexistente. 
. Via de regra, o vício de 
inconstitucionalidade é aferido no plano 
da eficácia da lei. 
. Via de regra, o vício de 
inconstitucionalidade é aferido no plano 
da validade. 
. Via de regra, a decisão que reconhece a 
inconstitucionalidade da lei, produz 
efeitos ex-nunc (não retroagem). 
. Via de regra, a decisão que declara a 
inconstitucionalidade da lei, produz 
efeitos ex-tunc (retroagem). 
. A lei inconstitucional é um ato anulável 
(a anulabilidade pode aparecer em 
vários graus). 
. A lei inconstitucional é um ato nulo 
(null and void), ineficaz (nulidade ab 
origine), írrito (inválid0) e, portanto, 
desprovido de força vinculativa. 
. Trata-se de uma lei provisoriamente 
válida, produzindo efeitos até o 
momento de sua anulação. 
. Invalidação ab initio dos atos 
praticados com base nessa lei 
inconstitucional, atingindo-a no berço. 
. O reconhecimento da ineficácia da lei, 
produz efeitos a partir da decisão ou 
para o futuro (ex nunc), sendo erga 
omnes, preservando-se assim, os efeitos 
produzidos até então, por aquela lei. 
. A lei, por ter nascido inconstitucional 
(natimorta), nunca chegou a produzir 
efeitos, ou seja, apesar de existir, não 
entrou no plano da eficácia. 
 
*** DOUTRINA MAJORITÁRIA BRASILEIRA: adotou o modelo norte-americano para 
a caracterização da Teoria da Nulidade, ao declarar uma lei inconstitucional, afetando 
a plano da sua validade. É um ato declaratório, que reconhece uma questão passada 
do ano normativo (seu nascimento). Uma vez declarada inconstitucional, uma lei 
deve ser declarada (de acordo com essa teoria) como invalida, nula, írrita e, portanto, 
desprovida de força vinculativa. 
 
2. Flexibilização da teoria da nulidade no Direito brasileiro 
Ao lado do Princípio da Nulidade e do Princípio da Supremacia da Constituição, outros 
valores, de igual hierarquia, vem sendo observados como, por exemplo: a boa fé e a 
segurança jurídica. 
Nesse sentido, de acordo com a Lei n° 9.868/99 (que dispõe sobre o processo e 
julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de 
constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal), ao ser declarada a 
inconstitucionalidade de uma lei ou um ato normativo, em razão da segurança 
jurídica ou de excepcional interesse social, o STF pode, por maioria de 2/3 dos seus 
membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha 
eficácia a partir do seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser 
fixado. 
 
 
 
 Técnica de Modulação dos Efeitos da Decisão 
 
 
 
 
O Stf aceita em algumas situações, para controle 
difuso. 
 
3. Histórico do controle de constitucionalidade no direito brasileiro (constituições) 
 
ANO CARACTERÍSTICAS MARCANTES 
1824 . Não havia controle de constitucionalidade, consagrando o dogma 
da soberania do parlamento, sob a influência do direito francês 
(“expressão da vontade geral”) e do inglês (supremacia do 
parlamento), somente o Órgão Legislativo poderia saber o 
verdadeiro sentido da norma. 
. Poder moderador – chave de toda organização política, delegada 
somente ao Imperador, como chefe supremo da nação, cabendo a 
ele a independência, o equilíbrio e a harmonia entre os demais 
poderes. 
1891 . Surge o controle difuso no direito brasileiro, sob a influência do 
direito norte-americano. 
. Foi mantido em todas as constituições que se seguiram. 
1934 . Estabeleceu as seguintes novidades: representação interventiva 
(art. 36, III da CF/88 – PGR), cláusula de reserva de plenário (art. 97, 
CF/88), atuação do Senado Federal no controle difuso (art. 52, C, 
CF/88) 
1937 . Hipertrofia do Poder Executivo, enfraquecendo o controle judicial 
. Art. 96 – permitia ao parlamento tornar sem efeito, uma decisão 
preferida pelo STF. 
1946 . Fim da hipertrofia do Executivo. 
. EC n° 16/1965: prescreveu, pela primeira vez, o controle 
concentrado de constitucionalidade, estabelecendo a legitimação 
ativa exclusiva do PGR, para a propositura da então denominada 
representativa. Fixou-se a possibilidade de controle concentrado 
estadual. 
1967 . Controle concentrado com legitimação do PGR mantido. 
. Controle concentrado estadual: retirado 
EC N° 1/69 . Controle concentrado estadual: reestabelecido para fins de 
intervenção. 
1988 . Ampliação dos legitimados para a proposição da ADI genérica no 
STF (art. 103, CF/88) 
. Introdução da ADPF 
. Fixação de controle das omissões normativas (ADO e MI) 
. Ampla previsão de controle em âmbito estadual. 
EC N°3/93 . Introdução da ADC, fixando, inicialmente, 4 legitimados 
(Presidente da República, Mesa do Senado Federal, Mesa da 
Câmara dos Deputados e PGR) 
. Deixou clara na Constituição, a produção de efeitos vinculantes em 
razão do julgamento da ADC 
EC N° 45/04 . Igualou os legitimados da ADC aos da ADI, fixados no art. 103 da 
CF/88. 
. Deixou claro a produção de efeitos vinculantes em razão do 
julgamento não apenas da ADC, como, também da ADI (art. 102, §2° 
da CF/88) 
 
 
4. Espécies de inconstitucionalidade 
 
a) Vícios: formal, material e de decoro parlamentar 
A inconstitucionalidade pode se dar de forma positiva ou por atuação (ação), ou de 
forma negativa (omissão) e decorre da inércia legislativa na regulamentação de 
normas constitucionais de eficácia limitada. 
• AÇÃO: a inconstitucionalidade por ação implica na existência de normas 
inconstitucionais. 
• OMISSÃO: a inconstitucionalidade por omissão implica na violação de uma lei 
constitucional, pelo silêncio legislativo (omissão), tanto total quanto parcialmente. 
 
A inconstitucionalidade por AÇÃO pode se caracterizar através de três vícios: 
 
 
 
• FORMAL: também chamada de nomodinâmica, se dá quando uma lei ou ato 
normativo inconstitucional apresenta um vício, em seu processo de formação, ou 
seja, no momento de sua elaboração (no seu processo legislativo), ou ainda, em razão 
de sua elaboração por uma autoridade incompetente. EX: um projeto de matéria de 
lei complementar, aprovado pelo quórum que deveria ser utilizado quando se trata 
de lei ordinária. // Um Estado-membro legislando sobre assunto que é de 
competência da União. 
 
• MATERIAL: de conteúdo, substancial, doutrinário ou nomoestático. Diz respeito à 
matéria ou conteúdo do ato normativo. Qualquer ato que contrarie preceitos ou 
princípios da Constituição Federal, deve ser declarado como inconstitucional, posto 
que possui vício material. O processo legislativo, neste caso, não é importante. EX: 
uma lei discriminatória, que contraria o princípio da igualdade. 
 
• VÍCIO DE DECORO PARLAMENTAR: surgiu com a denúncia de compra de votos para 
obtenção de apoio político. Trata-se, segundo entendimento do STF, de vício na 
formação de vontade no procedimento legislativo. 
Art. 55, § 1º, CF - É incompatível com o decoro 
parlamentar, além dos casos definidos no regimento 
interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a 
membro do Congresso Nacional ou a percepção de 
vantagens indevidas. 
. formal 
. Material 
. De “decoro parlamentar” 
b) “Estado de coisas inconstitucional” 
Segundo o Min. Marco Aurélio, presente quadro de violação massiva e persistente de 
direitos fundamentais, decorrente de falhas estruturais e falência de políticas 
públicas e cuja modificação depende de medidas abrangentes de natureza 
normativa, administrativa e orçamentária, o sistema penitenciário deve ser 
caracterizado como estado de coisas inconstitucional. 
 
5. Momentos de controle 
O controle de constitucionalidade pode ser: 
 
 
• CONTROLE PREVENTIVO OU PRÉVIO: realizado antes de um projeto de lei virar lei. 
Impede que um projeto de lei quepadeça de vícios, seja inserido no sistema jurídico. 
É exercido: 
 
→ Poder Legislativo: quando o projeto de lei é apresentado pela CCJ (Comissão 
de Constituição, Justiça e Cidadania). 
 
→ Poder Executivo: quando o Presidente da República veta um projeto de lei. 
 
→ Poder Judiciário: quando um parlamentar impetra um Mandado de Segurança 
preventivo, alegando a violação do devido processo legislativo (único a 
demonstrar o direito líquido e certo ao processo legislativo hígido). 
 
 
 
Preventivo ou prévio 
Repressivo ou posterior 
 
Atenção!!!! 
STF definiu que só cabe controle preventivo em apenas 2 hipóteses: 
1. PEC manifestamente contrária a cláusula pétrea; 
2. Projeto de lei ou PEC em cuja tramitação, se verifique manifesta ofensa ao 
processo legislativo. Nesse caso, o STF não admite discussão da matéria. 
 
 
• CONTROLE POSTERIOR OU REPRESSIVO: é o controle realizado sobre a lei, geradora 
de efeitos potenciais ou efetivos. Exercido pelo Poder Judiciário. 
 
→ Poder Legislativo: EXCEPCIONALMENTE! Quando, por exemplo, não aprova 
uma Medida Provisória, por entende-la como inconstitucional. 
 
→ Poder Executivo: O STF admite o controle posterior, desde que, presentes 
elementos de razoabilidade. Através da sua Chefia ou no âmbito 
administrativo, o Poder Executivo pode determinar que seus órgãos 
subordinados deixem de aplicar uma lei ou um ato que tem força de lei (Ex: 
MP), que considerem inconstitucionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O risco de abuso poderá ser combatido 
com a decretação de intervenção ou 
caracterização de crime de 
responsabilidade. 
6. Sistemas e vias de controle judicial 
 
O controle judicial de constitucionalidade pode ser: 
 
 
• CONTROLE DIFUSO: exercido por qualquer juiz ou tribunal, observando-se as 
regras de competência, realizando o controle de constitucionalidade de forma 
incidental. 
 
• CONTROLE CONCENTRADO: nesse sistema, o controle se concentra nas mãos do 
STF ou no TJ estadual. Trata-se de competência originária desses tribunais, e se dá 
na via principal. 
 
 
 
a) Controle Difuso 
Fundada no histórico julgamento em que o juiz John Marshall, da Suprema Corte dos 
EUA (1803), no caso Marbury x Madison, decidiu que, em havendo conflito entra a 
aplicação de uma lei em um caso concreto x a Constituição, deve prevalecer a 
Constituição, tendo em vista a hierarquia das normas, no ordenamento jurídico. 
O controle difuso ou posterior é também chamado de controle pela via de exceção 
ou defesa, ou ainda de controle aberto. Pode ser realizado por qualquer juízo ou 
tribunal do Poder Judiciário, observando-se as regras de competência. Quando 
ocorre o controle difuso, declara-se a inconstitucionalidade, implementando-se de 
forma incidental e prejudicando o exame do mérito. 
 
 
Difuso 
Concentrado 
• CONTROLE DIFUSO NOS TRIBUNAIS: No tribunal competente, depois que um 
processo é distribuído para uma turma, câmara ou seção, verificando-se que existe 
um questionamento acerca da constitucionalidade de uma lei ou um ato normativo, 
levanta-se uma questão de ordem e a análise da constitucionalidade é enviada ao 
Pleno, ou um órgão especial do Tribunal, para resolver a questão. 
Nesse sentido, estabelece a CF: 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de 
seus membros ou dos membros do respectivo 
órgão especial poderão os tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do 
Poder Público. 
 
 
 
 
 
 
 
Entretanto, a cláusula de reserva de plenário (art. 97) não é exigida nas seguintes 
hipóteses: 
 
→ ART. 949, § único do CPC: quando já houver decisão do STF sobre o assunto. 
 
→ SE O TRIBUNAL MANTIVER A INCONSTITUCIONALIDADE DO ATO NORMATIVO: ou 
seja, não afastar a presunção de validade. O art. 97 determina a observância de 
reserva de plenário (full bench), para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo do Poder Público. 
Cláusula de reserva de plenário 
(full bench): 
SÚMULA VINCULANTE 10: 
Viola a cláusula de reserva de 
plenário (CF, artigo 97) a 
decisão de órgão fracionário 
de tribunal que, embora não 
declare expressamente a 
inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo do Poder 
Público, afasta sua incidência, 
no todo ou em parte. 
A
T
E
N
Ç
Ã
O 
→ NORMAS PRÉ-CONSTITUCIONAIS: a análise do direito, no ordenamento anterior à 
nova Constituição não se baseia na teoria da inconstitucionalidade e sim, na sua 
recepção ou revogação. 
→ TRIBUNAL UTILIZA A INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO: pois não 
haverá a declaração da inconstitucionalidade. 
→ MEDIDA CAUTELAR: em sede de cautelar, já que não se trata de decisão definitiva 
→ TURMAS RECURSAIS DOS JUIZADOS ESPECIAIS: por não serem consideradas 
tribunais. 
→ JUÍZO MONOCRÁTICO DE 1ª INSTÂNCIA: pois o art. 97 da CF é direcionado para os 
tribunais. 
 
• EFEITOS DA DECISÃO: uma vez que a inconstitucionalidade de uma lei é declarada, 
no controle difuso, são os efeitos: 
 
→ INTER PARTES 
 
→ EX-TUNC: ou seja, retroativos, que se reconhece a nulidade da lei. Se uma lei é 
inconstitucional, ela contém um vício de nascimento. Já que ela “nasceu” 
inconstitucional, é um ato nulo. 
 
Atenção n°1!!!! 
STF entende que, no controle difuso, pode haver efeito EX-NUNC (pro futuro), haja 
vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social (modulação dos 
efeitos da decisão) 
 
 
 
 
Aplica-se, por analogia, a Lei n°. 9.868/99 
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de 
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, 
por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos 
daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de 
seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser 
fixado. 
Atenção n°2!!! 
 
STF prevê a possibilidade de efeito ERGA OMNES no controle difuso, conforme o 
prediz o texto constitucional: 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
X - Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei 
declarada inconstitucional por decisão definitiva do 
Supremo Tribunal Federal; 
Ou seja, o Senado Federal não está obrigado a suspender a execução de uma lei que 
foi declarada inconstitucional, pois, para tanto, tem discricionariedade. 
Essa suspensão, pelo Senado, pode ser em relação a: leis federais, estaduais, distritais 
e municipais. 
 
 
A expressão “no todo ou em parte”, deve ser interpretada como impossível para o 
Senado Federal, em ampliar, interpretar ou restringir a extensão da decisão do STF. 
Na hipótese de uma edição de resolução que suspende a execução de uma lei, que 
foi declarada inconstitucional, o Senado Federal deve fazê-lo conforme os termos já 
decididos pelo STF. 
 
• TEORIA DA TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES DA SENTENÇA NO 
CONTROLE DIFUSO: Parte da doutrina sustenta o chamado fenômeno da 
AUTÊNTICA MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL, previsto no art. 52, X, da CF, propondo 
que: uma vez que seja declarada a inconstitucionalidade de uma lei (mesmo que no 
controle difuso), quando a declaração for implementada pelo STF, ao caso 
concreto, já produza efeito erga omnes, sem que seja necessário editar uma 
resolução do Senado Federal, para tanto. 
 
Que forem declaradas inconstitucionais, pelo STF, de modo incidental, no controle difuso . 
Usam como principais argumentos: 
 
 
 
 
 
 
Entretanto, na Reclamação n° 4.335, o STF não admitiu a mutação constitucional. Ou 
seja, o efeito erga omnes no controle difuso ainda depende de resolução do Senado 
Federal ou de súmula vinculante. 
 
• CONTROLE DIFUSO EM SEDE DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA: só será cabível o controle 
difuso, em sede de ação civil pública. Segundo o Ministro Celso de Melo, é o único 
meio idôneo de fiscalização incidental de constitucionalidade, pela via difusa, de 
quaisquer leisou atos do poder público, mesmo que contestados em face da 
Constituição. 
 
 
 
 
 
Atenção!!!! 
A ação civil pública não pode ser ajuizada como substituta da ADI, tendo em vista a 
produção de efeitos erga omnes, ocasião em que estaria provocando controle 
concentrado de constitucionalidade, usurpando a competência do STF. 
 
 
. Força normativa da Constituição 
. Princípio da supremacia da Constituição e sua 
aplicação uniforme a todos os destinatários 
. STF como guardião da CF e seu intérprete máximo 
. A dimensão política das decisões do STF 
 Desde que, nesse processo, a controvérsia constitucional, longe de ser o objeto 
único da demanda, qualifique-se como simples questão prejudicial, indispensável à 
resolução do litígio principal. 
b) Controle concentrado 
O controle de constitucionalidade de uma lei ou ato normativo, como o próprio nome 
diz, se dá em apenas um único tribunal. Neste caso, quem exerce o controle 
concentrado é o STF, em cinco situações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO FUNDAMENTO 
CONSTITUCIONAL 
REGULAMENTAÇÃO 
ADI – Ação Direta de 
Inconstitucionalidade 
(Genérica) 
 Art. 102. Compete ao Supremo 
Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
I - Processar e julgar, 
originariamente: 
a) a ação direta de 
inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo federal ou 
estadual e a ação declaratória de 
constitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal; 
 
Lei n° 9.868/99 - Dispõe sobre o 
processo e julgamento da ação 
direta de inconstitucionalidade e da 
ação declaratória de 
constitucionalidade perante o 
Supremo Tribunal Federal. 
 
ADI 
ADI Art. 102, I, a Lei n° 9.868/99 
ADC Art. 102, I, a Lei n° 9.868/99 
ADPF Art. 102, §1° Lei n° 9.882/99 
ADO Art. 103, §2° Lei n° 12.063/2009 
IF Art. 36, III c/c art. 34, VII Lei n° 12.562/2011 
 
Ação 
Fundamento 
constitucional 
Regulamentação 
• REGRAS GERAIS 
O objetivo é o controle de constitucionalidade (lei ou ato normativo), em tese e em 
abstrato, marcado pela impessoalidade, generalidade e abstração. No controle 
concentrado, a representação de inconstitucionalidade tem como objeto principal a 
declaração de inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo impugnado. 
 
 
• COMPETÊNCIA 
 A competência para processar e julgar a ADI será definida de acordo com a natureza 
do objeto da ação e o paradigma (referência, padrão) adotado para o confronto de 
constitucionalidade. Existem três hipóteses: 
OBJETO ÓRGÃO JULGADOR 
→ Lei ou ato normativo federal ou 
estadual que violar a CRFB 
STF 
→ Lei ou ato normativo estadual ou 
municipal que violar a constituição 
Estadual 
TJ do estado 
→ Lei ou ato normativo municipal que 
violar a CRFB 
Neste caso, inexistirá o controle 
concentrado e originário por ADI no 
STF. Estamos diante do denominado 
silêncio eloquente. Assim, caberá o 
controle difuso, através de ADPF. 
Ou a partir do controle concentrado 
estadual, na hipótese da reprodução de 
uma norma de reprodução obrigatória 
da CRFB na Constituição Estadual, cabe 
a interposição de Recurso 
Extraordinário contra acórdão do TJ 
estadual, permitindo a análise da 
Ao contrário do controle concentrado difuso, feito pela via de exceção ou defesa, onde 
se verificava em casos concretos e incidentalmente ao objeto principal da lide. 
constitucionalidade da lei municipal, 
em face da CRFB, pelo STF, mas não 
originariamente, somente de houver a 
interposição do Recurso 
Extraordinário. 
 
• LEGITIMIDADE 
Poderá ser proposta pelos seguintes legitimados, segundo a CRFB: 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória 
de constitucionalidade: 
I - O Presidente da República; 
II - A Mesa do Senado Federal; 
III - A Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal; 
V - O Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - O Procurador-Geral da República; 
VII - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - Partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
 
 
Os incisos IV, V e IX (legitimados interessados ou especiais) devem demonstrar 
pertinência temática, ou seja, o nexo de causalidade entre a propositura da ADI x sua 
finalidade institucional. 
Trata-se de rol taxativo (numerus clausus), ou seja, a ampliação desses legitimados depende de 
alterção do art. 103 da Constituição Federal, através de aprovação de Emenda constitucional. 
- Legitimados neutros ou universais 
- Legitimados neutros ou universais 
- Legitimados neutros ou universais 
- Legitimados neutros ou universais 
- Legitimados neutros ou universais 
- Legitimados neutros ou universais 
- Legitimados interessados ou especiais 
- Legitimados interessados ou especiais 
- Legitimados interessados ou 
especiais 
São questões pacificadas pelo STF: 
 
1. Entidade de Classe de âmbito nacional: organizada em, pelo menos, 9 estados da 
federação (aplica-se, por analogia, o art. 7° da Lei 9.086/95 – partidos políticos → O 
partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra seu 
estatuto no Tribunal Superior Eleitoral). A classe tem que ter caráter profissional. STF 
ainda exige o requisito da homogeneidade de classe. EX: AMB (Associação dos 
Magistrados do Brasileiros), CONAMP (Associação Nacional dos Membros do MP). 
 
 
2. Confederação Sindical: deve ser constituída por, pelo menos, 3 federações sindicais, 
conforme o art. 535 da CLT: 
Art. 535 - As Confederações organizar-se-ão com o 
mínimo de 3 (três) federações e terão sede na Capital da 
República. 
§ 1º - As confederações formadas por federações de 
Sindicatos de empregadores denominar-se-ão: 
Confederação Nacional da Indústria, Confederação 
Nacional do Comércio, Confederação Nacional de 
Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação 
Nacional de Transportes Terrestres, Confederação 
Nacional de Comunicações e Publicidade, Confederação 
Nacional das Empresas de Crédito e Confederação 
Nacional de Educação e Cultura. 
§ 2º - As confederações formadas por federações de 
Sindicatos de empregados terão a denominação de: 
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, 
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, 
A Une (União Nacional dos Estudantes) não foi admitida como legitimada, para propositura 
de ADI. 
A Cut não foi admitida como 
legitimada, pois trata-se de uma 
central sindical e não de uma 
confederação, como prescreve a 
Constituição. 
Confederação Nacional dos Trabalhadores em 
Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação 
Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres, 
Confederação Nacional dos Trabalhadores em 
Comunicações e Publicidade, Confederação Nacional 
dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito e 
Confederação Nacional dos Trabalhadores em 
Estabelecimentos de Educação e Cultura. 
§ 3º - Denominar-se-á Confederação Nacional das 
Profissões Liberais a reunião das respectivas federações. 
§ 4º - As associações sindicais de grau superior da 
Agricultura e Pecuária serão organizadas na 
conformidade do que dispuser a lei que regular a 
sindicalização dessas atividades ou profissões. 
 
3. Associação de associações: STF admite a legitimação ativa. EX: ADEPOL (Associação 
dos Delegados de Polícia do Brasil. 
4. Partido Político com Representação no Congresso Nacional: basta que o partido 
tenha um Deputado Federal ou um Senador da República, eleitos. A aferição da 
representação é feita no momento da propositura da ação, não importando que o 
partido perca a representação posteriormente a propositura da ADI. 
5. Necessidade de um advogado: somente os partidos políticos e as confederações 
sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional é que tem a necessidade decontratar um advogado, conforme o art. 103, VIII e IX da CF, devendo apresentar 
instrumento de mandato (procuração), havendo poderes específicos para atacar a 
norma impugnada. Quanto aos demais legitimados, a capacidade postulatória 
decorre da própria CF. 
 
• PROCEDIMENTO 
Algum dos legitimados (art. 103, CF) propõe a ADI genérica no STF, tendo como objeto 
uma lei ou ato normativo federal ou estadual (ou distrital com natureza estadual), que 
violar a Constituição Federal. 
O relator solicitará informações ao órgão ou autoridade que emanou a lei ou ato 
normativo viciado, no pra do de 30 dias, contados do recebimento do pedido. 
Decorrido o prazo de 30 dias, para colhimento de informações, serão ouvidos, 
sucessivamente: o Advogado Geral da União (AGU) e o Procurador Geral da República 
(PGR) devendo, cada um deles, se manifestar no prazo de 15 dias, conforme os art. 6° e 
8° da Lei n° 9.868/99. 
Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às 
autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo 
impugnado. 
Parágrafo único. As informações serão prestadas no 
prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido. 
Art. 8o Decorrido o prazo das informações, serão 
ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da União e 
o Procurador-Geral da República, que deverão 
manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias. 
Findada esta etapa, o relator lançara um relatório, com cópia para os Ministros, 
solicitando julgamento. 
Desde de que haja necessidade, de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato, 
ou ainda notória insuficiência de informações nos autos, o relato pode ainda: 
 
 
 
 
. Requisitar outras informações, 
. Designar perito ou comissão de peritos (para 
emissão de parecer sobre a questão), 
. Fixar data para ouvir depoimentos de pessoas 
que tenham experiência e autoridade na matéria 
(em audiência pública) 
O Relator, considerando a relevância da matéria, pode, por despacho irrecorrível, 
admitir a manifestação de outros órgãos ou entidades (amicus curiae), conforme a Lei 
n° 9.868/99: 
Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no 
processo de ação direta de inconstitucionalidade. 
§ 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a 
representatividade dos postulantes, poderá, por 
despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado 
no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos 
ou entidades. 
 
 
 
 
O prazo para a admissão do amicus curiae, conforme a jurisprudência do STF, é até a 
data em que o Relator liberar o processo para pauta. 
A declaração de inconstitucionalidade será proferida pelo voto da maioria absoluta 
dos membros do STF (pelo menos 6 ministros), desde que, esteja presento o quórum 
de instalação para sessão de julgamento, que é de 8 a 11 ministros. 
 
• CARACTERÍSTICAS MARCANTES DO PROCESSO OBJETIVO 
Por se tratar de um processo objetivo de controle abstrato de constitucionalidade, 
algumas regras tem de ser observadas: 
1. Não há prazo recursal diferente, para recorrer ou contestar; 
2. Não há prazo prescricional ou decadencial 
Trata-se de um terceiro, 
estranho ao processo, que 
poderá apresentar 
memoriais e fazer 
sustentação oral. 
O amicus curiae não pode interpor recurso 
impugnando o acórdão que for proferido, nas ações 
de controle concentrado de constitucionalidade. 
3. Não se admite qualquer assistência jurídica para nenhuma das partes, nem 
intervenção de terceiros, exceto à figura do amicus curiae, solicitado pelo Relator, 
conforme o art. 7° da Lei n° 9.868/99; 
4. Uma vez que a ADI é proposta, não pode haver desistência, conforme o art. 5° da Lei 
n° 9.868/99; 
5. Existem três exceções para a irrecorribilidade da ADI, conforme art. 26 da Lei n° 
9.868/99: 
 
→ Embargos declaratórios 
→ Agravo interno contra decisão do Relator que indeferir a exordial inepta, não 
fundamentada e manifestamente improcedente 
→ Recurso Extraordinário contra acórdão do TJ em ADI (norma da CF, que é 
reproduzida compulsoriamente na constituição estadual) 
 
6. Não cabe ação rescisória, conforme o art. 26 da Lei n° 9.868/99 
7. Ao julgar uma ADI, o STF não está vinculado a nenhuma causa de pedir, a nenhuma 
tese jurídica que fora apresentada. 
 
• EFEITOS DA DECISÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
STF 
Decisões de mérito 
Efeito erga omnes 
+ 
Efeito vinculante 
Órgãos do judiciário 
+ 
Administração. 
Pública 
Efeito ex tunc, retirando do 
ordenamento jurídico, lei ou 
ato normativo incompatível 
com a Constituição (ato nulo). 
federal 
estadual 
municipal 
 
Tem efeito Para 
Atenção!!! 
A decisão não atinge o Poder Legislativo, na sua função típica, que é legislar, sob pena 
de “fossilização” da Constituição, podendo o parlamento editar uma lei com 
conteúdo idêntico àquele que foi objeto de ADI. 
 
• MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO 
Essa técnica tem o condão de mostrar que na declaração de inconstitucionalidade de 
uma lei ou ato normativo, proferida pelo STF, tendo em vista razão de segurança 
jurídica ou de excepcional interesse social, o mesmo poderá, por maioria de 2/3 dos 
seus membros (pelo menos 8 dos 11 Ministros), restringir os efeitos dessa decisão ou 
decidir que ela só terá eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de um dado 
momento que posteriormente seja fixado. 
Em razão do efeito vinculante, em caso de descumprimento por algum órgão do 
Poder judiciário ou da Administração Pública, caberá a Reclamação Constitucional, 
conforme a CRFB: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do 
pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa 
de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - Processar e julgar, originariamente: 
l) a reclamação para a preservação de sua competência 
e garantia da autoridade de suas decisões; 
Em regra, quando uma ADI está em curso e sobrevém a revogação (total ou parcial) 
de uma lei ou ato normativo, assim como ocorre a perda de sua vigência, ocorre, via 
de regra, a prejudicialização da ação por “perda do objeto”, exceto na hipótese de 
fraude processual ou singularidade do caso. 
A declaração de inconstitucionalidade reconhece a nulidade dos atos 
inconstitucionais e, consequentemente, a inexistência de qualquer eficácia jurídica 
desses atos. Assim, a declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, 
provoca o restabelecimento do ato normativo anterior, quando a decisão tiver efeito 
retroativo (ex tunc). É o chamado efeito repristinatório, decorrente da declaração de 
inconstitucionalidade. 
 
 
 
• MEDIDA CAUTELAR NA ADI 
Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar 
na ação direta será concedida por decisão da maioria 
absoluta dos membros do Tribunal, observado o 
disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou 
autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo 
impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de 
cinco dias. 
§ 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o 
Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da 
República, no prazo de três dias. 
§ 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será 
facultada sustentação oral aos representantes judiciais 
do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis 
pela expedição do ato, na forma estabelecida no 
Regimento do Tribunal. 
§ 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá 
deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou 
Por isso, o autor da ADI deve indicar toda a cadeia da lei ou ato normativo que 
pode ser atingida pela declaração de inconstitucionalidade. 
Atenção!!! 
 
Durante o recesso,quem 
aprecia o pedido de medida 
cautelar, é o Ministro 
Presidente do Stf e não o 
Relator! 
das autoridades das quais emanou a lei ou o ato 
normativo impugnado. 
 
Nesta senda, presentes os 8 dos 11 Ministros, o quórum da maioria absoluta será o de 
 Ministros. 
A medida cautelar dotada de eficácia contra todos (erga omnes) será concedida com 
efeito ex tunc, exceto se o Tribunal entender que a eficácia retroativa é conveniente. 
A concessão da medida cautelar vincula e a não concessão não vincula. 
Havendo o pedido de cautelar, o Relator, com base na relevância da matéria e do seu 
especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a 
prestação de informações, no prazo de 10 dias e manifestação do AGU e do PGR, no 
prazo de 5 dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade 
de julgar definitivamente a ação, conforme a Lei n° 9.868/99: 
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, 
em face da relevância da matéria e de seu especial 
significado para a ordem social e a segurança jurídica, 
poderá, após a prestação das informações, no prazo de 
dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União 
e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no 
prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente 
ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar 
definitivamente a ação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO FUNDAMENTO 
CONSTITUCIONAL 
REGULAMENTAÇÃO 
ADC– Ação Declaratória 
de Constitucionalidade 
Art. 102. Compete ao 
Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a 
guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - Processar e julgar, 
originariamente: 
a) a ação direta de 
inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo 
federal ou estadual e a 
ação declaratória de 
constitucionalidade de lei 
ou ato normativo 
federal; 
 
Lei n° 9.868/99 - Dispõe 
sobre o processo e 
julgamento da ação direta 
de inconstitucionalidade 
e da ação declaratória de 
constitucionalidade 
perante o Supremo 
Tribunal Federal. 
 
A ADC foi introduzida no ordenamento pátrio, pela emenda constitucional n°3/93. 
Através dela, o que se busca é declarar a constitucionalidade de uma lei ou ato 
normativo, da esfera federal. 
 
 
 
 
 
 
ADC 
Não podem ser objeto de ADC, lei ou ato normativo de esfera 
estadual, distrital ou municipal. 
Princípio da Reserva Constitucional de Competência: necessário observar o rol 
taxativo (numerus clausus) de atribuições, previsto no art. 102 da Constituição, 
para o Stf. 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - Processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal ou estadual e a ação declaratória de 
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da 
República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso 
Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da 
República; 
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de 
responsabilidade, os Ministros de Estado e os 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, 
ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos 
Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e 
os chefes de missão diplomática de caráter permanente 
d) o habeas corpus , sendo paciente qualquer das pessoas 
referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança 
e o habeas data contra atos do Presidente da República, 
das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, 
do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da 
República e do próprio Supremo Tribunal Federal; 
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo 
internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o 
Território; 
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a 
União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive 
as respectivas entidades da administração indireta; 
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; 
i) o habeas corpus , quando o coator for Tribunal Superior 
ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou 
funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à 
jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de 
crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância 
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; 
l) a reclamação para a preservação de sua competência e 
garantia da autoridade de suas decisões; 
m) a execução de sentença nas causas de sua 
competência originária, facultada a delegação de 
atribuições para a prática de atos processuais; 
n) a ação em que todos os membros da magistratura 
sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em 
que mais da metade dos membros do tribunal de origem 
estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente 
interessados; 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal 
de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais 
Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; 
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de 
inconstitucionalidade; 
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for atribuição do Presidente da 
República, do Congresso Nacional, da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas 
Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um 
dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal 
Federal; 
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra 
o Conselho Nacional do Ministério Público 
II - Julgar, em recurso ordinário: 
a) o habeas corpus , o mandado de segurança, o habeas 
data e o mandado de injunção decididos em única 
instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a 
decisão; 
b) o crime político; 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas 
decididas em única ou última instância, quando a decisão 
recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei 
federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em 
face desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal 
 
Atenção!!!! 
As ADI e ADC são ações dúplices ou ambivalentes, ou seja, são ações de “sinal 
trocado”. A procedência de uma implica na improcedência da outra. 
AÇÃO ADI ADC 
RESULTADO DO 
JULGAMENTO 
(+) procedência (-) improcedência 
CONSEQUÊNCIA EM 
RELAÇÃO À LEI 
Inconstitucionalidade inconstitucionalidade 
 
 
• COMPETÊNCIA 
O órgão competente para julgar a ADC, é o STF, de forma ordinária. 
 
• LEGITIMIDADE 
Ao introduzir a ADC no ordenamento jurídico, a EC n°3/93, apontou apenas quatro 
legitimados para sua propositura: 
 
 
 
 
Entretanto, com o advento da EC n° 45/2004, os legitimados para a propositura da 
ADC passaram a ser os mesmos legitimados da ADI, conforme o art. 103 da CF. 
. Presidente da República 
. Mesa do Senado Federal 
. Mesa da Câmara dos Deputados 
. Procurador Geral da República 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória 
de constitucionalidade: 
I - O Presidente da República; 
II - A Mesa do Senado Federal; 
III - A Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal; 
V - O Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - O Procurador-Geral da República; 
VII - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - Partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
 
• EFEITOS DA DECISÃO 
 
→ Erga omnes: com eficácia para todos 
→ Ex tunc: retroativos 
→ Vinculante: órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta ou indireta, 
nas esferas federal, estadual e municipal. 
 
• MEDICA CAUTELAR NA ADC 
Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da 
maioria absoluta de seus membros, poderá deferir 
pedido de medida cautelarna ação declaratória de 
constitucionalidade, consistente na determinação de 
que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos 
- Legitimados neutros ou universais 
- Legitimados neutros ou universais 
- Legitimados neutros ou universais 
- Legitimados neutros ou universais 
- Legitimados neutros ou universais 
- Legitimados neutros ou universais 
- Legitimados interessados ou especiais 
- Legitimados interessados ou especiais 
- Legitimados interessados ou 
especiais 
processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato 
normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo. 
Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o 
Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção 
especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da 
decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal 
proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e 
oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia. 
 
 
 
 
 
AÇÃO FUNDAMENTO 
CONSTITUCIONAL 
REGULAMENTAÇÃO 
ADPF – Ação de 
Descumprimento de 
Preceito Fundamental 
Art. 102, § 1º A arguição de 
descumprimento de 
preceito fundamental, 
decorrente desta 
Constituição, será 
apreciada pelo Supremo 
Tribunal Federal, na 
forma da lei. 
Lei n° 9.882/99 - Dispõe 
sobre o processo e 
julgamento da arguição 
de descumprimento de 
preceito fundamental 
 
• REGRAS DE CABIMENTO E COMPETÊNCIA 
Conforme a CRFB, a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental será 
apreciada pelo STF, na forma originária. 
A cautelar deve ser concedida 
em 180 dias. Se não foi 
julgada até o fim do prazo, em 
definitivo, os juízes e tribunais 
voltam a julgar os seus 
processos, normalmente. 
ADPF 
Regulamentada também pela Lei n° 9.882/99, que estabeleceu duas modalidades 
para essa ação: 
ADPF (autônoma) ADPF (incidental) 
. Art. 1°, caput, da Lei n° 9.882/99 . Art. 1°, § único, I, da Lei n° 9.882/99 
. Proposta perante o STF, terá como 
objetivo, evitar ou reparar lesão a 
preceito fundamental, resultados de 
atos do Poder Público. EX: direitos e 
garantias fundamentais e cláusulas 
pétreas (art. 60, §4° da CF). 
. Cabe ADPF também quando for 
relevante o fundamento da controvérsia 
constitucional, sobre lei ou ato 
normativo (federal, estadual ou 
municipal), incluídos os anteriores à 
Constituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• LEGITIMIDADE 
Os legitimados são o mesmo da ADI genérica. 
 
• PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE 
De acordo com a Lei n° 9.882/99, não será admitida a propositura de ADPF quando 
houver outro meio eficaz, para sanar a lesividade. 
Art. 4o A petição inicial será indeferida liminarmente, 
pelo relator, quando não for o caso de arguição de 
Nesta hipótese, deve ser demonstrada a divergência jurisdicional (comprovação da controvérsia 
judicial) relevante na aplicação do ato normativo, que viole o preceito fundamental. 
Também chamada de “por equivalência ou equiparação”. 
Se achar necessário, o Relator pode ouvir as partes no processo que enseja a arguição de 
descumprimento (por isso, o uso na perspectiva da incidentalidade). 
descumprimento de preceito fundamental, faltar algum 
dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta. 
 
 
• EFEITOS DA DECISÃO 
Uma vez que a ação for julgada, as autoridades e órgãos responsáveis pela prática 
dos atos questionados na ADPF, são fixadas as condições e o modo de interpretação 
e aplicação do preceito fundamental. 
→ Erga omnes 
→ Vinculante: relativamente aos demais órgãos do Poder Público. 
→ Ex tunc 
→ Assim como na ADI, pode haver modulação dos efeitos da decisão 
 
• FUNGIBILIDADE 
STF admite a fungibilidade, entre ADI e ADPF, considerando, a noção de dúvida 
objetiva e proibição da incidência de erro grosseiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se couber Adi, não cabe 
Adpf. 
 
 
 
 
 
AÇÃO FUNDAMENTO 
CONSTITUCIONAL 
REGULAMENTAÇÃO 
ADO – Ação Direita de 
Inconstitucionalidade por 
omissão 
Art. 103. Podem propor a 
ação direta de 
inconstitucionalidade e a 
ação declaratória de 
constitucionalidade: 
§ 2º Declarada a 
inconstitucionalidade por 
omissão de medida para 
tornar efetiva norma 
constitucional, será dada 
ciência ao Poder 
competente para a 
adoção das providências 
necessárias e, em se 
tratando de órgão 
administrativo, para fazê-
lo em trinta dias. 
Lei n° 12.063/2009 - 
Acrescenta à Lei no 9.868, 
de 10 de novembro de 
1999, o Capítulo II-A, que 
estabelece a disciplina 
processual da ação direta 
de inconstitucionalidade 
por omissão. 
 
• CONCEITO 
Introduzida no ordenamento jurídico pela CRFB/88, inspirada na Constituição 
Portuguesa. Seu objetivo é combater a “síndrome de inefetividade das normas 
constitucionais”, conforme entendimento da doutrina. 
ADO 
Art. 103, § 2º Declarada a inconstitucionalidade por 
omissão de medida para tornar efetiva norma 
constitucional, será dada ciência ao Poder competente 
para a adoção das providências necessárias e, em se 
tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta 
dias. 
 
 
• COMPETÊNCIA 
De forma originária, é competência do STF. Entretanto, somente se o responsável 
para suprir a omissão for o Congresso Nacional ou o Presidente da República, ou, 
ainda, um órgão administrativo, que se sujeite à sua competência. 
 
• LEGITIMIDADE 
São os mesmos legitimados da ADI, conforme o art. 103 da CRFB. 
 
• PROCEDIMENTO 
O procedimento é praticamente o mesmo da ADI, porém, com algumas 
especificidades. 
1. Proposta a ADO, por algum dos legitimados do art. 103 da CRFB, o requerido na ação 
será responsável para suprimir a omissão (órgãos ou autoridades) constitucional. 
2. A Lei n° 12.063/09, modificando o entendimento do STF, passou a estabelecer que o 
relator pode solicitar a manifestação do AGU, que deverá responder no prazo de 15 
dias. 
3. O PGR, nas ações em que não for o autor, terá vista do processo por 15 dias, após 
transcorrido o prazo para as informações. 
 
O que se busca é tornar efetiva 
uma norma constitucional, 
destituída de efetividade. 
Destinada às normas 
constitucionais de eficácia 
limitada. 
 
• MEDICA CAUTELAR NA ADO 
A Lei n° 12.063/09 admite ADO, pela maioria absoluta (6), presente o quórum devido 
(8 dos 11 Ministros), nos seguintes casos: 
1. Suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, em caso de omissão 
parcial 
2. Suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos 
3. Em casos de outras providências fixadas pelo Tribunal 
 
• EFEITOS DA DECISÃO 
O §2° do art. 103 da CRFB, estabelece efeitos diversos para o poder competente e para 
o órgão administrativo. 
→ Poder competente: será dada ciência ao poder competente, não sendo fixado 
qualquer prazo, para a elaboração da lei 
→ Órgão administrativo: a medida deverá ser editada em 30 dias, sob pena de 
responsabilidade ou, de acordo com a Lei n° 9.868/99, em prazo razoável estipulada 
excepcionalmente pelo Tribunal, em razão das circunstâncias específicas do caso e 
interesse público envolvido. 
 
Atenção!!!! 
OBS 1: No caso do Poder competente, a doutrina não aceita a inércia (inertia 
deliberandi), em razão de não haver prazo para a elaboração da lei, quando 
manifestamente negligente e desidiosa. Entretanto, o STF continua considerando a 
mera ciência, em se tratando de Poder. 
 
OBS 2: Por essa razão, o Mandado de injunção (Lei n° 13.300/2016), tem sido mais 
efetivo que o uso da ADO, principalmente em razão da possibilidade de se dar eficácia 
subjetiva limitada às partes, produzindo os efeitos até o advento na norma 
regulamentadora (efeitos ultra partes ou até erga omnes). 
 
 
 
 
 
AÇÃO FUNDAMENTO 
CONSTITUCIONAL 
REGULAMENTAÇÃO 
IF – Representação 
Interventiva (ADI 
Interventiva) 
Art. 36. A decretação da 
intervenção dependerá: 
III - de provimento, pelo 
Supremo Tribunal 
Federal, de 
representação do 
Procurador-Geral da 
República, na hipótese do 
art. 34, VII, e nocaso de 
recusa à execução de lei 
federal. 
 
c/c 
 
Art. 34. A União não 
intervirá nos Estados nem 
no Distrito Federal, 
exceto para: 
VII - assegurar a 
observância dos 
Lei n° 12.562/2011 - 
Acrescenta à Lei no 9.868, 
de 10 de novembro de 
1999, o Capítulo II-A, que 
estabelece a disciplina 
processual da ação direta 
de inconstitucionalidade 
por omissão. 
IF 
seguintes princípios 
constitucionais: 
a) forma republicana, 
sistema representativo e 
regime democrático; 
b) direitos da pessoa 
humana; 
c) autonomia 
municipal; 
d) prestação de 
contas da administração 
pública, direta e indireta. 
e) aplicação do 
mínimo exigido da receita 
resultante de impostos 
estaduais, compreendida 
a proveniente de 
transferências, na 
manutenção e 
desenvolvimento do 
ensino e nas ações e 
serviços públicos de 
saúde. 
 
 
• CONCEITO 
Surgiu na Constituição de 1934, representando um dos pressupostos para a 
decretação da intervenção federal ou estadual, pelos Chefes do Executivo, nas 
hipóteses dos art. 34 e 35 da CRFB/88: 
 Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no 
Distrito Federal, exceto para: 
I - Manter a integridade nacional; 
II - Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da 
Federação em outra; 
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem 
pública; 
IV - Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas 
unidades da Federação; 
V - Reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais 
de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias 
fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos 
estabelecidos em lei; 
VI - Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão 
judicial; 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios 
constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime 
democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta 
e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de 
impostos estaduais, compreendida a proveniente de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde 
 Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem 
a União nos Municípios localizados em Território Federal, 
exceto quando: 
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por 
dois anos consecutivos, a dívida fundada; 
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; 
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita 
municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino 
e nas ações e serviços públicos de saúde 
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação 
para assegurar a observância de princípios indicados na 
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, 
de ordem ou de decisão judicial. 
 
Esse procedimento obedece a três fases, quase sejam: 
FASE 1 FASE 2 FASE 3 
 
. FASE JURISDICIONAL: o STF 
ou TJ analisam apenas os 
pressupostos para a 
intervenção, não anulando o 
ato que a ensejou. 
Uma vez que o pedido for 
julgado procedente, requisitam 
a intervenção ao Chefe do 
Executivo. 
 
. INTERVENÇÃO BRANDA: o 
Chefe do Executivo, através de 
Decreto, se limita a suspender a 
execução do ato que foi 
impugnado, se a medida for o 
bastante para restaurar a 
normalidade. 
 
 
 
. INTERVENÇÃO EFETIVA: se a 
medida tomada na fase 2 não 
for suficiente, o Chefe do 
Executivo decreta a efetiva 
intervenção, devendo 
especificar a sua amplitude, o 
prazo de duração e as 
condições de execução. Se 
couber, deve nomear 
também, o interventor. 
 
 
. CONTROLE POLÍTICO? NÃO!!! 
Nessa fase 2, dispensa-se a 
apreciação pelo Congresso 
Nacional ou Assembleia 
Legislativa. 
 
. CONTROLE POLÍTICO? SIM!!! 
Nessa fase 3, o decreto do 
Chefe do Executivo deve ser 
submetido à apreciação do 
Congresso Nacional ou da 
Assembleia Legislativa do 
Estado, no prazo de 24 horas. 
Se estiver em no período de 
recesso, será feita 
convocação extraordinária, 
no mesmo prazo de 24 horas 
 
 
• OBJETO 
De acordo com o art. 3°, II da Lei n° 12.562/2011, podem ser objeto da ação de IF, na 
fase judicial: 
→ Lei ou ato normativo que viole princípios sensíveis 
→ Omissão ou incapacidade das autoridades locais para assegurar o cumprimento e a 
preservação dos princípios sensíveis. EX: direitos fundamentais da pessoa humana 
→ Ato governamental estadual, que desrespeite os princípios sensíveis 
→ Ato administrativo que afronte os princípios sensíveis 
→ Ato concreto que viole os princípios sensíveis. 
 
• PRINCÍPIOS SENSÍVEIS 
Cabe IF quando houver violação dos princípios sensíveis, expostos na CF: 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no 
Distrito Federal, exceto para: 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios 
constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime 
democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta 
e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de 
impostos estaduais, compreendida a proveniente de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
 
 
• LEGITIMAÇÃO ATIVA 
A IF tem um único e exclusivo legitimado para sua propositura, que é o PGR 
(Procurador Geral da República), que tem total autonomia e discricionariedade para 
formar seu convencimento de ajuizamento. 
No âmbito estadual, sendo a ação proposta do TJ do estado, como premissa para a 
intervenção do estado no município, o legitimado exclusivo será o Chefe do MP 
estadual, ou seja, o PGJ (Procurador Geral de Justiça). 
 
• COMPETÊNCIA 
Na hipótese de intervenção federal: competência originária do STF. 
Na hipótese de intervenção estadual: competência do TJ local. 
 
• MEDIDA LIMINAR 
De acordo com a Lei n° 12.562/2011, o STF, por maioria absoluta do seus membros, 
poderá deferir o pedido de liminar na IF, que pode consistir na determinação da 
suspensão do andamento do processo ou os efeitos de decisões judiciais ou 
administrativas, ou qualquer outra medida que apresente relação com a matéria 
objeto da representação interventiva. 
Art. 5º O Supremo Tribunal Federal, por decisão da 
maioria absoluta de seus membros, poderá deferir 
pedido de medida liminar na representação interventiva. 
§ 1º O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades 
responsáveis pelo ato questionado, bem como o 
Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da 
República, no prazo comum de 5 (cinco) dias. 
§ 2º A liminar poderá consistir na determinação de que se 
suspenda o andamento de processo ou os efeitos de 
decisões judiciais ou administrativas ou de qualquer 
outra medida que apresente relação com a matéria 
objeto da representação interventiva. 
 
• REPRESENTAÇÃO INTERVENTIVA NO CASO DE RECUSA À EXECUÇÃO DE LEI 
FEDERAL 
O art. 36, III da CRFB, estabelece o cabimento da IF perante o STF, a ser ajuizada pelo 
PGR, no caso de recusa à execução de lei federal por parte do estado-membro ou do 
DF. 
 
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: 
I - No caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder 
Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, 
ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a 
coação for exercida contra o Poder Judiciário; 
II - No caso de desobediência a ordem ou decisão 
judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do 
Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior 
Eleitoral; 
III - De provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de 
representação do Procurador-Geral da República, na 
hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução 
de lei federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ou recusa à execução ao direito federal. MENDES, Gilmar. 
Art. 34. A União não intervirá nos 
Estados nem no DistritoFederal, exceto 
para: 
VI - Prover a execução de lei federal, 
 
7. Controle Abstrato de constitucionalidade nos Estados-
Membros 
 
Conforme a CRFB, cabe aos Estados a instituição de representação de 
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos, estaduais ou municipais, em face da 
Constituição Estadual, sendo vedada a atribuição de legitimidade para agir, a um 
único órgão. 
Pelo Princípio da Simetria, embora tenha sido fixado somente a possibilidade de 
instituição de representação de inconstitucionalidade, é perfeitamente possível que 
se implementem os demais meios de controle. 
Não há, na CRFB a especificação para os legitimados, no controle abstrato de 
constitucionalidade. Dessa forma, cabe às Constituições Estaduais, a delimitação 
dessa regra. Assim sendo, como se trata de manifestação do poder constituinte 
derivado concorrente, deve-se respeitar, pelo princípio da simetria, o art. 103 da 
CRFB: 
 
ART. 103 – LEGITIMADOS 
PARA O CONTROLE 
CONCENTRADO - STF 
ART. 125, §2° - LEGITIMADOS 
PARA CONTROLE 
CONCENTRADO – TJ LOCAL – 
“Princípio da Simetria” 
ART. 125, §2°- LEGITIMADOS 
PARA CONTROLE 
CONCENTRADO – TJ - 
“Princípio da simetria” – LEIS 
OU ATOS MUNICIPAIS 
Presidente da República Governador do Estado Prefeito 
Mesa do Senado 
Mesa da Câmara dos Dep. 
Mesa Assembleia Legisl. 
 
Mesa da Câmara 
Municipal 
PGR PGJ 
Conselho Federal OAB Conselho Seccional OAB 
Partido Político – Congr. 
Nac. 
Part. Pol. – Assemb. 
Legisl. 
Partido Político - Câmara 
do município 
Confederação Sindical 
Entidade de classe – 
âmbito nacional 
Federação Sindical 
Entidade classe – âmbito 
estadual

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