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EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA PROFESSORES E D S O N R O D R I G U E S Este material tem como referência a Base Nacional Comum Curricular - BNCC que em seu documento já apresenta a diversidade de aplicação da Educação Financeira. Sua organização propõe um alinhamento de conceitos e interdisciplinaridade com foco em economia e finanças e suas aplicações como diz o item 4.2.1. do ensino Ensino Fundamental de Matemática: "Outro aspecto a ser considerado nessa unidade temática é o estudo de conceitos básicos de economia e finanças, visando à educação financeira dos alunos. Assim, podem ser discutidos assuntos como taxas de juros, inflação, aplicações financeiras (rentabilidade e liquidez de um investimento) e impostos. Essa unidade temática favorece um estudo interdisciplinar envolvendo as dimensões culturais, sociais, políticas e psicológicas, além da econômica, sobre as questões do consumo, trabalho e dinheiro." Os desafios são grandes mas com vontade, persistência, fé e disciplina tudo é possível. Chegou a hora! Educação Financeira para Professores VAMOS CONHECER AS ESTAÇÕES ANTES DE EMBARCARMOS APROVEITE A VIAGEM Na economia existe alguns agentes que possuem interesses opostos, um quer ofertar seu recurso, este chamamos de poupador enquanto o outro chamado de tomador necessita de recursos. Quando se encontram surgem as alternativas de negociação, contudo nem sempre é possível chegar a um bem comum quanto a montante, tempo, taxa, cenário o que atrasa ou dificulta o processo. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL POUPADOR TOMADOR Intermediação Financeira Redução do Risco de não Pagamento Análise Especializada Definição Clara do Preço do Dinheiro Para tratar esta dificuldade foi preciso criar um agente intermediário, uma espécie de ponte entre o tomador e o poupador. O Mercado Financeiro exerce este papel no processo, ele é formado por instituições especializadas em conciliar os interesses de ambos os agentes. Suas funções são: O processo de intermediação financeira ocorre de várias maneiras sendo a principal dela por meio dos bancos comerciais mas pode ocorrer através de plataformas de negócios, negócios interpessoais e instituições financeira prestadora de serviços. Independente do tipo de intermediação em todos os casos existe algo chamado risco de crédito, inadimplência, também conhecido popularmente como calote. Quando o tomador deixe de honrar com as parcelas acordadas. Mercado Monetário Mercado de Crédito Mercado Cambial Mercado de Capitais O mercado financeiro pode ser dividido em quatro segmentos: O Mercado Monetário é utilizado pelo governo central para conduzir a Política Monetária do país, no Mercado de Crédito ocorre as operações das instituições financeiras com financiamento do consumo, no Mercado Cambial são realizadas as negociações envolvendo moedas nacional e estrangeira e o Mercado de Capitais caracteriza-se pelas abertura de capital de empresas com a finalidade de captação de recursos. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL O conjunto de instituições que atuam no processo de conciliação de interesse do agente poupador e tomador recebe o nome de Sistema Financeiro Nacional - SFN. O Sistema Financeiro Nacional esta dividido em três grupos cada qual com suas responsabilidades: Grupo 1: Órgãos Normativos - Conselho Monetário Nacional (CMN) - Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) - Conselho Nac. de Previdência Complementar (CNPC) Grupo 2: Entidades Supervisoras - Banco Central do Brasil (Bacen) - Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) - Superintendência Nac. de Previdência Comp (PREVIC) Grupo 3: Operadores - São os intermediadores e administradores de recursos como: bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimentos, cooperativas de crédito, seguradoras, financeiras, bolsa de valores, bolsa de mercadorias e futuros, sociedade capitalizadoras e entidades de previdência complementar. Além disto temos o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e o BNDES que ajudam na política monetária do governo cada um em seu viés. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL O primeiro dinheiro do Brasil foi à moeda-mercadoria. Durante muito tempo, o comércio foi feito por meio da troca de mercadorias, mesmo após a introdução da moeda de metal. As primeiras moedas metálicas (de ouro, prata e cobre) chegaram com o início da colonização portuguesa. A unidade monetária de Portugal, o Real, foi usada no Brasil durante todo o período colonial. Assim, tudo se contava em réis (plural popular de real) com moedas fabricadas em Portugal e no Brasil. O Real (R) vigorou até 07 de outubro de 1833. No século XX, o Brasil adotou nove sistemas monetários ou nove moedas diferentes (mil- réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro real, real). SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Até 1942 - Mil Réis 1942 - Cruzeiro 1965 - Cruzeiro Novo 1970 - Cruzeiro 1986 - Cruzado 1989 - Cruzado Novo 1990 - Cruzeiro 1993- Cruzeiro Real As moedas utilizadas oficialmente no Brasil, e que compõem o Sistema Monetário Brasileiro são: A segunda família foi apresentada como a representação brasileira com a impressão de sua fauna, flora e riquezas naturais. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Segunda Família do Real O Real está consolidado como uma moeda forte, utilizado cada vez mais nas transações cotidianas e como reserva de valor. Com o avanço das tecnologias digitais nos últimos anos, foi necessário adotar em nossas cédulas recursos gráficos e elementos que coíbem a falsificação garantindo a segurança do dinheiro brasileiro no futuro. Casa da Moeda do Brasil (CMB) - é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. Fundada em 8 de março de 1694, acumula mais de 300 anos de existência. Foi criada no Brasil Colônia pelos governantes portugueses para fabricar moedas com o ouro proveniente das minerações. Na época, a extração de ouro era muito expressiva no Brasil e o crescimento do comércio começava a causar um caos monetário devido à falta de um suprimento local de moedas. A Casa da Moeda possui, atualmente, três fábricas: de cédulas, moedas e gráfica geral. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Atividades Sugeridas: - Projeto de Banco Imobiliário - Projeto Mercadinho do Colégio - Projeto Moeda Escolar por Produtos Recicláveis - Projeto Economizar para Ajudar o Próximo - Projeto Moedas do Mundo - Projeto Cambial - Gincana de Soluções de Problemas Financeiros - Projeto Empreender - Projeto Crie, Erre e Aprenda - Projeto Entenda Seus Direitos SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Podemos explicar porcentagem em poucas palavras, dizendo apenas o seguinte: porcentagem é uma fração com denominador 100. Exemplo: De um grupo de 40 pessoas, 60% são crianças. Qual é o número de crianças? Começamos entendendo que 60% = 60/100 = 0,60 Neste exemplo para descobrir a quantidade de crianças do grupo basta multiplicar o número decimal ou a fração pela quantidade total de pessoas. 40 x 0,60 = 24 ou 40 x 60/100 = 2400/100 = 24 Temos duas formas de representar esta fração com denominador 100, na forma decimal ou na forma de fração. PORCENTAGEM E REPRESENTAÇÃO Nos problemas de porcentagem, também é preciso saber qual é o número que precisa ser multiplicado por esta fração de denominador 100. Este número é normalmente indicado pelas palavras DE, DO, DOS, DA, DAS ou SOBRE. Estes termos nos problemas de porcentagem, corresponde matematicamente à operação de multiplicação. Exemplo: 25% do salário corresponde a 25/100 x salário Ganhei 10% sobre o preço de compra - 10/100 x preço As porcentagens são muitas vezes usadas para distribuições ou divisões: Exemplo: Três colegas vão repartir uma venda de R$ 8000,00. Antes da venda foi combinado que A receberia 20%, B receberia 50% e C receberia 30% do prêmio. Quanto receberá cada um? A receberá 8000 x 20% = 500 x 0,20 = R$ 1600,00 B receberá 8000 x 50% = 500 x 0,50 = R$ 4000,00 C receberá 8000x 30% = 500 x 0,30 = R$ 2400,00 PORCENTAGEM E REPRESENTAÇÃO As porcentagens também pode ser combinadas de várias formas. Por exemplo, porcentagem de uma porcentagem. Exemplo: Quanto vale, em porcentagem, 12% de 30%? Podemos resolver usando o conceito do DE. 12% = 12/100 30% = 30/100 12% de 30% = 12/100 x 30/100 = 360/10000 = 3,6/100 A resposta pode ser dada em porcentagem 3,6% ou em decimal que neste caso é 0,036. Também pode ser resolvida na multiplicação decimal: 12% x 30% = 0,12 x 0,30 = 0,036 PORCENTAGEM E REPRESENTAÇÃO Entende-se que os estudantes precisam ter acesso e aprender a utilizar às tecnologias como a calculadora, computadores e celulares, estes recursos fazem parte da sua rotina. Sendo assim atividades com o uso da calculadora devem ter o objetivo de trabalhar a aprendizagem das operações e suas propriedades, proporcionando aos alunos oportunidades de lidar com essas estruturas de forma mais concreta e dinâmica, para isto os alunos devem ser encorajados a interpretar os resultados obtidos na calculadora e refletir de forma crítica sobre eles, ao invés de aceitá- los como verdades absolutas. Os PCN para o ensino da matemática incentivam o uso da calculadora na sala de aula pois, além de ser um instrumento motivador, leva o estudante a perceber a importância do uso das tecnologias disponíveis na sociedade contemporânea. O USO DA CALCULADORA Também é possível explorar diferentes frações e seus decimais para realizarem descobertas. Por exemplo: a) as frações 2/3, 1/6, 3/7 originam decimais periódicos; b) as frações 1/5, 7/4 e 3/8 originam decimais exatos; c) as frações 4/3, 7/2 e e 16/6 possuem o número antes da vírgula maior ou igual a 1 pois são frações maiores que o inteiro; d) as frações 1/4, 5/6 e 3/9 possuem o número antes da vírgula igual a zero pois são números menores que o inteiro; e) as frações 8/4, 5/5 e 21/7 resultam em números inteiros. O USO DA CALCULADORA Pode-se também iniciar o conceito de economia doméstica com projetos que envolve o uso de calculadora na construção de orçamento e comparação de preços de produtos no supermercado. Imagine que tenha de ir ao mercado comprar cinco detergentes, três desinfetantes e dois amaciantes, cujos preços unitários são anotados em um caderno de acordo com a marca. Pede-se qual o valor mínimo na compra de todos os produtos solicitados, quais são as marcas dos produtos envolvidos. Depois qual o valor máximo da compra possível e quais as marcas envolvidas. Debate-se o porque determinada marca é mais cara do que a outra. O USO DA CALCULADORA Não tem como correr, quando se fala de relatórios na matemática financeira é notório que a maior parte dos funcionários recorrem a uma planilha eletrônica para entregar o que foi pedido de maneira ágil, prática e visualmente acessível. Com as planilhas eletrônicas é possível implementar tabelas, fazer cálculos com uso de funções, estudar base de dados e gerar gráficos entre outras funcionalidades. Atualmente existe diversos tipos de planilhas eletrônicas tanto para uso no computador físico como de uso na internet ou nuvem. As principais ferramentas são Microsoft Excel, Google Sheets e Calc da LibreOffice. As versões também são diversas, tanto gratuitas como pagas e por isto você pode escolher aquela que mais facilita os seus projetos. Vamos utilizar o Microsoft Excel para indicar um projeto. A PLANILHA ELETRÔNICA A PLANILHA ELETRÔNICA Este é um exemplo que pode ser feito com os alunos no uso de planilha eletrônica. Você pode explorar, mudar os valores, fazer uma tabela com a função soma e usar o recurso de aplicação em gráfico. Neste caso foi construída uma tabela de referência de valores por produtos que pode ser alimentada conforme pesquisa de campo. Pode ser usada para comparar produtos em supermercados diferentes, produtos diferentes, verificar a qualidade pelo preço, discutir onde tem desconto e ouvir as argumentações da melhor forma de poupar o dinheiro com o conceito de orçamento. Conforme o debate ocorre o professor pode usar os gráficos para ajudar na tomada de decisão. A ideia é que os alunos consigam poupar determinados valores com um controle usando as planilhas eletrônicas e usando a interpretação visual para chegar a uma conclusão benéfica. A PLANILHA ELETRÔNICA Financiamento de um veículo; Compra de um veículo com desconto; Uma viagem planejada e sonhada; Uso do cartão de crédito; Financiamento do imóvel; Sonho da casa própria; Reserva de Valor; Compra de moeda estrangeira; A Matemática Financeira tem a função de estudar as formas de como lidar com o dinheiro em relação ao tempo e possui uma gama de instrumentos como aplicações, empréstimos e financiamento. CAPITAL E JURO A disposição de poupar o dinheiro no presente para seu uso no futuro bem como a necessidade de consumo no presente com o compromisso de pagamento no futuro norteia o conceito de matemática financeira. Exemplo de uso da Matemática Financeira: Os exemplos que envolve o uso da matemática financeira são diversos e diante crescente oferta e demanda existe sempre um lado que ganha e um outro que acaba perdendo já considerando algo que chamamos de risco. MATEMÁTICA FINANCEIRA Assim, existe uma demanda por crédito que é suprida pela oferta de fundos (valores que os poupadores propõe a emprestar). O preço deste crédito é chamado de juro e a quantia que é emprestada chama-se capital ou principal. O valor do juro encontrado em função do tempo é definido como por uma porcentagem do capital e chama-se taxa de juros. Exemplo: A taxa de juros de 7% a.m. (7 por cento ao mês) significa que o juro é igual a 7% do capital, por mês. A taxa de juros de 12% a.t. (12 por cento ao trimestre) significa que o juro é igual a 12% do capital, por trimestre. A taxa de juros de 60% a.a. (60 por cento ao ano) significa que o juro é igual a 60% do capital, por ano. É importante ressaltar dois pontos, primeiro que este conceito de matemática financeira vai ocorrer com a intermediação de agentes financeiros como bancos, financeiras e agora pelas chamadas Fintech (empresas de tecnologias e finanças). O segundo ponto trata-se que na maior parte das operações vai constar a incidência da cobrança de impostos e para todos os casos existe a proteção ao consumidor. MATEMÁTICA FINANCEIRA MONTANTE Chamamos de montante de uma aplicação (ou empréstimo) à soma do capital com o juro obtido pela aplicação e do custo efetivo do empréstimo. M = C + J Onde: M é o montante, C é o capital, J é o juro, Outra informação importante é que as instituições que são intermediadores financeiros são obrigados a informar o CET - CUSTO EFETIVO TOTAL em todas as operações de empréstimo, financiamento ou arrendamento mercantil. Algumas empresas visando o maior lucro costumam incluir em suas operações a contratação de seguros ou encargos sem o cliente aprovar sendo que muitos só percebem depois de muito tempo fora que os representantes tem obrigação de informar todos os itens do contrato. Cuidado com algo que chamamos de "venda casada" - venda de produtos em função de outra contratação e isto é proibido por lei e contraria a recomendação do Banco Central - BACEN. MATEMÁTICA FINANCEIRA MATEMÁTICA FINANCEIRA BACEN e PROCON Estes dois órgãos tem a função de proteger os consumidores e por isto é importante em qualquer operação financeira fazer a leitura e questionar todos os valores que não estão acordados e se preciso entrar em contato com o BACEN ou com o PROCON para buscar os direitos. Ensine aos alunos sobre os direitos e deveres que como cidadãos podem utilizar em caso de se sentirem lesadas. CÁLCULO DO JURO O juro é obtido no período a que se refere a taxa. J = C x i Onde: J é o juro, C é o capital, i é a taxa de juros, Exemplo: Um capital de R$ 1000,00 é aplicado durante um mês, à taxa de 15% a.m. a) Qual o juro no período? b) Qual o montante? Solução: a) J = C x i Então, J= 1000 x 0,15 = 150 Resposta: O juro no período vale R$ 150,00. b) M = C + J Então, M = 1000 + 150 = 1150 Resposta: O Montante vale R$ 1150,00 no período. MATEMÁTICA FINANCEIRA Juros Simples também conhecido como regime de capitalização simples ocorre quando a taxa de juros incide sempre sobre o capital inicial empregado, e os juros são iguais em todos os períodos considerados. Costuma ser usado para operações de curto prazo, normalmente até 13 meses. 1º Período: J = C.i 2º Período: J = C.i + C.i = 2.(C.i) 3º Período: J = C.i + C.i + C.i = 3.(C.i) . . . nº Período: J = C.i + C.i + ... + C.i = n.(C.i) Nesta demonstração temos: J é juros C é o capital inicial i é a taxa incidente n é tempo de aplicação do juros Portanto a expressão que representa um regime de capitalização simples aplicada a uma taxa i em um determinado período n é: J = C.i.n JUROS SIMPLES Aproveitamos esta expressão para encontrarmos o montante: M = C + J M = C + C.i.n (Colocando o Capital C em evidência) M = C . (1 + i.n) IMPORTANTE: a) Nas aplicações dos regimes de capitalização é necessário que tanto a taxa quanto o período sejam expressos em unidades compatíveis. Se o período esta em mês a taxa também deverá ocorrer ao mês, caso contrário deverá ocorrer uma conversão. Exemplo 1 Carlos emprestou R$ 500,00 para André com promessa de pagamento durante 3 anos a uma taxa de juros de 10% ao ano, devido a amizade Carlos resolveu utilizar o regime de capitalização simples. a) Qual o juros auferido neste período. b) Obtenha o montante de Carlos no final dos 3 anos. Como a taxa esta ao ano e o período também basta aplicar a expressão deduzida. C = 500; i = 10% = 0,10; n = 3 a) J = C.i.n J = 500 . 0,10 . 3 J = 150 O juros auferido no período de 3 anos foi de R$ 150,00 b) Obtenha o montante de Carlos no final dos 3 anos. M = C.(1+in) M = 500 . (1 + 0,10 . 3) M = 500 . (1 + 0,30) M = 500 . (1,30) M = 650 O montante de Carlos repassados por André no final do período foi de R$ 650,00. Sei que deve estar pensando, se achei o juros não era necessário apenas somar o juros com o capital? Sim, você tem razão porém existe diversos casos em que será necessário usar um em função do outro. Exemplo 2 Patrícia costuma ajudar novos empreendedores com regime de capitalização simples e resolveu emprestar R$ 5000,00 para Soraia terminar o seu salão de beleza com promessa de pagamento de um ano e meio e uma taxa de juros de 15% ao semestre. a) Qual o valor de juros no período? b) Qual o montante recebido por Patrícia? Neste caso precisa tomar certo cuidado pois a taxa estar representada ao semestre e o juros ao ano! Converter é PRECISO!!! i = 15% = 0,15 ao semestre e n = 1,5 ano = 3 semestres Daí: a) J = C.i.n J = 5000 . 0,15 . 3 J = 2250 b) O montante recebido por Patrícia foi: M = C.(1+in) M = 5000 . (1 + 0,15 . 3) M = 5000 . (1 + 0,45) M = 5000 . (1,45) M = 7250 O montante repassado para Patrícia no final do período foi de R$ 7250,00. TAXAS EQUIVALENTES Duas taxas são ditas equivalentes no sistema de juros simples se aplicadas num mesmo capital e durante um mesmo intervalo de tempo produzirem juros iguais. De maneira bem simples temos: i1 . n1 = i2 . n2 Exemplo Em juros simples qual taxa anual equivalente à taxa de 5% a.m? i1 = ? ; n1 = 1 ano ; i2 = 5 a.m ; n2 = 12 meses i1 . n1 = i2 . n2 i1 . 1 = 0,05 . 12 i1 = 0.6 = 60% a.a JURO COMERCIAL É muito comum em algumas operações em finanças o uso do termo juro comercial. De maneira simples e direta, isto ocorre quando o mercado considera o ano com exatos 360 dias (ano comercial) e o mês com 30 dias (mês comercial). Atividades Sugeridas: - Simulação de Juros Simples com uso de planilha eletrônica - Máquina de cartão de juros simples - Gincana quanto vale? O professor vai propor uma situação problema como a compra de computadores para a escola para pagamento no regime de capitalização simples. - Adivinhação. Preenchimento de uma tabela com taxas proporcionais - Pesquisa sobre a história do mercado financeiro. - Modelagem matemática com uso de calculadora. - Gincana de investir ou emprestar? - Gincana: Se precisar de dinheiro, onde pegar? Simulação com duas empresas fictícias geridas por dois alunos onde os demais deverão escolher qual a mais vantajosa para descolar um empréstimo. JUROS SIMPLES Educação Financeira para Professores Ola Prô, Meu nome é Edson Rodrigues, Formado em Matemática pela Universidade de São Paulo, com Pós- Graduação em Ensino e Aprendizagem de Matemática, Especialista em Estatística Aplicada e MBA em Análise de Dados. Tenho Certificação Avançada em Mercado Financeiro pela Anbima e com alguns anos de experiência em educação e também no setor bancário. Nesta imersão subimos ao monte do saber com toda força do conhecimento e usando diversas ferramentas de apoio de uma capacitação. Lá vem o trem, toma o seu lugar, aperte o cinto e abre sua mente para novos conceitos bem como reforçar aqueles que você já conhece. Este material não termina em si só, o professor como agente do saber pode pesquisar, adaptar e inventar. Criar alguns projetos pedagógicos e modelar outros. O importante é que a satisfação seja plena, recíproca e principalmente que o conceito de economia e finanças tragam um bem estar pessoal, capacidade crítica, disciplina, educação financeira e gere uma gestão socioambiental responsável com os educandos.
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