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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS Instituto de Biociências – IBIO Departamento de Ciências Naturais – DCN Disciplina: Química Geral e Inorgânica Professora: Samira Portugal Aluno:Michelle de Souza Ferreira Curso: Biomedicina Turma: A Nº da prática: 04 Prática realizada no dia: 03/11/2014 Cinética Química Rio de Janeiro 2° semestre 2014 I-Introdução Cinética química consiste no estudo das velocidades das reações químicas,incluindo os fatores que podem influenciá-las.Essa velocidade da reação trata-se da rapidez com que os reagentes são consumidos,ou a rapidez com que os produtos são formados. [1] A velocidade média pode ser expressa pela razão entre a variação da quantidade,que pode ser em massa,concentração,volume de gás,etc, e o intervalo de tempo no qual ocorreu essa variação. A expressão dá-se pela seguinte forma,onde Q = quantidade a ser trabalhada e t,o tempo em que ocorreu a reação: Vm = |Q| / t Quando se calcula o do numerador, o valor é negativo,pois a concentração final é menor do que a inicial,sendo assim,a velocidade também ficaria negativa. Desta forma,na Química,trabalha-se com o módulo da quantidade. O gráfico que retrata a situação dos reagentes e produtos em uma reação química ,é retratada abaixo: Figura I : Variações ocorridas na concentração dos participantes das reações em função do tempo No gráfico A, a quantidade do reagente é máxima e vai diminuindo com o decorrer do tempo,pois o produto está sendo formado . A concentração do produto,no gráfico B,inicia-se igual a zero,e vai aumentando ao decorrer do tempo. No 3 ° gráfico,quando sobrepõem-se ,percebe-se que o reagente A foi totalmente consumido,no mesmo instante que B foi formado totalmente. Desta forma, a reação terminou. Em outros casos,quando a curva de ambos param de variar,indica que foi alcançado o equilíbrio. Acerca dos fatores que afetam a velocidade das reações,vale ressaltar duas teorias. A Teoria das colisões afirma que para que uma reação ocorra,os átomos das moléculas dos reagentes ,que estão sempre em movimento, devem se colidirem,e,quanto mais choques houverem,maior probabilidade de ter colisões efetivas ( aquelas com geometria e energia corretas). Há dois tipos de colisões: -horizontal:colisão mais lenta ; - vertical :colisão mais rápida e efetiva . [2] A Teoria do Complexo Ativado se sustenta em dois princípios fundamentais: [3] 1. Apesar da instantaneidade do complexo ativado, ele deve também ser analisado como uma estrutura química, e deve-se considerar o seu equilíbrio com os reagentes. 2. A velocidade da reação de decomposição do complexo ativado é geral e não depende da natureza dos reagentes e nem da sua forma física. A decomposição do complexo ativado ocorre na mesma velocidade da reação global. Os fatores que afetam a velocidade das reações são: Temperatura: Quanto maior,aumenta a agitação da moléculas,ou seja,a velocidade também será aumentada. Superfície de contato: Quanto maior,a velocidade também será maior,uma vez que terá maior área,ocasionando mais choques. Concentração: Quanto maior concentração,maior velocidade. Catalisador: A velocidade aumenta pois diminui a energia de ativação. Participa da reação,quando há mais de uma,ele age na etapa lenta. II) Objetivo Determinar as velocidades médias das reações químicas realizadas com o Sonrisal e os fatores que a afetam,observando quais os aceleraram ou foram mais lentos. III)Materiais e métodos a.a Materiais utilizados: Béquer de 250 mL Béquer de 600 mL Erlenmeyeres de 250 mL Espátula Faca Gral http://www.infoescola.com/quimica/teoria-do-complexo-ativado/ Papel alumínio Pissete Pistilo Placa de aquecimento Proveta de 100 mL Tela de amianto Vidro de Relógio Foram utilizados 5 erlenmeyeres. a.b Equipamentos utilizados: Balança Analítica Estufa a.c. Reagentes : Ácido cítrico e bicarbonato de sódio (dois comprimidos efervescentes). b. Metodologia Os materiais foram pegos e organizados na bancada. Após leitura do roteiro,iniciou-se a prática. Os dois comprimidos foram pesados na balança analítica,encontrando 3,96 g e 3,98 g.Ambos foram divididos,aproximadamente,pela metade,com o auxílio de uma faca. O comprimido de valor inferior deu origem às partes 1 e 2,e o outro comprimido,3 e 4. Essa quarta parte,foi dividida,dando origem a parte 5 e 6. A 6,foi deixada intacta,enquanto o comprimido 5,foi triturado,com auxílio de gral e pistilo,sendo armazenado, o pó que resultou,no pedaço de papel alumínio,com uma espátula,sendo considerado como número 7. Os comprimidos,e o pó foram pesados na balança,com o auxílio do vidro de relógio , e seus valores, anotados na tabela dada no roteiro. Retornando à bancada, foi usado um béquer de 250 mL com água gelada,e escoou-se para uma proveta de 100 mL,até o mesmo valor. Em seguida,esse líquido foi transferido para um erlenmeyer de 250 mL. Foi introduzido a parte 1 nesse,e com um cronômetro de celular,foi anotado o tempo de dissolução. Após,com o auxílio de um dos monitores,foi-se pegar água próxima a fervura. Para isso,um béquer de 600 mL se encontrava em uma placa que aquecimento. Desse,foi escoado para um béquer de 250 mL,um valor aleatório. Em uma proveta de vidro de 100 mL,foi escoado o líquido,até o mesmo valor dessa. De volta a bancada,foi transferido para um erlenmeyer de 250 mL,que estava em cima de uma tela de amianto. Novamente,com o cronômetro, mediu-se o tempo de dissolução,desta vez,com a parte 3. A dissolução partes 2,6 e 7,foram realizadas em água em temperatura ambiente. Com o auxílio de um pissete,foi acrescentado água em outra proveta de 100 mL,transferido para os erlenmeyers de 250 mL,e,introduzido as partes em cada um desses,observando e anotando o tempo de dissolução de cada. Ao final,lavou-se as vidrarias,e pôs na estufa os materiais permitidos em tal equipamento. Após cada experimento,observações e cálculos foram feitos e anotados na tabela. IV. Resultado e discussão A cada experimento,os valores foram anotados na tabela a seguir. Foi realizada os devidos cálculos e observações pertinentes. Parte do Comprimido Massa (g) Tempo de reação na água gelada (s) A Tempo de reação na temperatura ambiente (s) B Tempo de reação na temperatura de 80° a 90° C (s) C Velocidade média Vm=massa/tempo A B C 1 2,01 82:74 - - 0,02 g/s - - 2 1,92 - 37 - - 0,05 g/s - 3 1,97 - - 36:73 - - 0,05 g/s 6 1,06 - 40:59 - - 0,02 g/s - 7 0,88 - 09:54 - - 0,09 g/s - A parte 1 foi pesada na balança,encontrando como massa,2,01 g. Quando foi introduzido no erlenmeyer que continha água gelada,seu tempo de dissolução foi de 82,74 segundos.Calculando a velocidade média, fazendo 2,01 / 82,74,encontra-se que a Vm dessa reação,foi de 0,02 g/s. A parte 2 foi pesada e encontrou-se 1,92g de sua massa. Essa,quando em contato com a água do erlenmeyer,em temperatura ambiente,levou 37 segundos para dissolver. Calculando a Vm, dividindo sua massa pelo tempo em que ocorreu a dissolução,encontrou-se 0,05 g/s. A parte 3, com 1,97 g de massa, quando introduzida na água próxima à fervura,no erlenmeyer, levou 36,73 segundos em sua dissolução.Para encontrar a velocidade média,calcula-se 1,97 / 36,73 ,resultando em 0,05 g/s. A parte 6,foi introduzida no erlenmeyer que continha água em temperatura ambiente. Sua massa encontrada foi de 1,06 g ,o tempo em que levou para dissolver, foi de 40,59 segundos. A velocidade média da reação,dividindoa massa pelo tempo ,encontrou-se 0,02 g/s. Por fim,com o pó resultado da trituração,considerado como número 7,foi pesado,encontrando 0,88 g.Quando introduzido no erlenmeyer que continha água em temperatura ambiente,levou-se 9,54 segundos para dissolver completamente. A velocidade média encontrada,dividindo a massa pelo tempo ,foi de 0,09 g/s. Em todos os procedimentos, a pessoa que ficava com o cronômetro, e a outra que introduzia as partes dos comprimidos na água,mantiveram-se a mesma,a fim de evitar possíveis erros sistemáticos. A partir dos resultados obtidos,observa- se que a velocidade da reação foi mais rápida quando houve a trituração , a da parte 7.Isso deve-se ao fato de apresentar maior superfície de contato,ocasionando mais choques,aumentando as colisões efetivas. A segunda mais rápida,apesar de apresentar mesmo valor do que a parte 2 ( Vm =0,05 g/s,em ambas), foi a da parte 3,com a água próximo a fervura. Porque o comprimido ao entrar em contato com o líquido,apresentando maior massa (1,97 g), dissolveu-se mais rápido do que a da parte 2 ( 36,73 segundos),devido a alta temperatura,que ocasiona maior agitação das moléculas e por fim,maior velocidade. As que levaram mais tempo,ou seja, as reações mais lentas, foram as que se encontrava em água gelada e em temperatura ambiente,respectivamente. A parte 1,que foi introduzida em água gelada,apesar de ter mesmo valor da parte 6 (Vm=0,02 g/s) ,apresentou a menor velocidade média das reações,uma vez que levou o maior tempo de todas para a dissolução (82,74s).Isso deve-se ao fato da baixa temperatura,que leva a uma reação mais lenta. Em temperatura ambiente,a reação ocorre um pouco mais rápida,nos comprimidos 6 e 2, o tempo de dissolução foram de 40,59s e 37s,respectivamente. A velocidade média do ácido cítrico e a do bicarbonato de sódio em quantidade de matéria (mols) por tempo em segundos, dá-se a partir dos seguintes cálculos,referente à parte 1 do comprimido: Ácido Cítrico : Um comprimido inteiro,que apresentou 3,96 g de massa,apresenta 1,413 g de ácido cítrico (indicado na embalagem). A parte 1,que apresentou 2,01g ,apresenta x g de ácido cítrico. 3,96 g 1,413 g de C6H8O7 2,01 g x de C6H8O7 X= 0,717 g Fazendo regra de 3,encontra 0,717 g do ácido. Como se pede a velocidade em mol/s,é necessário calcular quantos mols há nessa quantidade. Desta forma,calcula-se: 1 mol de C6H8O7 192 g x 0,717 g X=0,00373 mol Fazendo regra de 3,encontra 0,00373 mol em 0,717 g do ácido. Com os valores,já é possível realizar o cálculo da velocidade média. Dividindo-se a quantidade de mol pelo tempo em que ocorreu a dissolução na parte 1 (82,74s),encontra- se: Vm C6H8O7 = 4,51. 10 -5 mol s-1 Bicarbonato de sódio: O mesmo comprimido inteiro,com 3,96 g de massa,apresenta 1,854g de bicarbonato de sódio (indicado na embalagem). A parte 1,com 2,01 g,apresenta x g de tal composto: 3,96 g 1,854 g de NaHCO3 2,01 g x de NaHCO3 X= 0,941 de NaHCO3 Fazendo regra de 3,encontra 0,941 g de bicarbonato de sódio. Como se pede a velocidade em mol/s,é necessário calcular quantos mols há nessa quantidade. Desta forma,calcula-se: 1 mol de NaHCO3 84 g X 0,941 g X = 0,0112 mol de NaHCO3 Novamente,com regra de 3,encontra-se 0,0112 mol de NaHCO3 em 0,941 g .Sendo assim,já é possível realizar a velocidade média,dividindo-se o quantidade de mol pelo tempo em que ocorreu a dissolução (82,74 s). Encontrando: Vm de NaHCO3 = 1,35 . 10 -4 mol s -1 A equação completa que traduz a reação do ácido cítrico com o bicarbonato dá-se por: C6H8O7 + 3 NaHCO3 3 H2O + 3 CO2 + C6H5Na3O7 Onde há liberação de gás carbônico, água e citrato de sódio. V. Conclusões Utilizando os conhecimento adquiridos na parte teórica sobre Cinética Química,nos experimentos realizados na aula prática,foi possível observar sua efetivação,uma vez que houveram os resultados esperados. As velocidades das reações mais rápidas foram ,realmente, as que apresentavam maior superfície de contato e aquelas submetidas a maiores temperaturas. A que houve menor velocidade,foi justamente a que ficou em água gelada. http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%AAnio http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3dio http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3dio http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono VI. Referências Bibliográficas: [1] Aula de Cinética Química – Graduação de Engenharia Química da USP/EEL . São Paulo,2010. Disponível em < http://www.marco.eng.br/ > Acessado em 5 de novembro de 2014. [2] Capítulo Cinética Química .SOQ – Portal de Química. Disponível em < http://www.soq.com.br/conteudos/em/cineticaquimica/p3.php > Consultado em 5 de novembro de 2014. [3] Teoria do Complexo Ativado . InfoEscola. Disponível em < http://www.infoescola.com/quimica/teoria-do-complexo-ativado/ > . Consultado em 5 de novembro de 2014. Referências Imagens: Figura I : Aula de Cinética Química – Graduação de Engenharia Química da USP/EEL . São Paulo,2010. Disponível em < http://www.marco.eng.br/ > Acessado em 5 de novembro de 2014. http://www.marco.eng.br/ http://www.infoescola.com/quimica/teoria-do-complexo-ativado/ http://www.marco.eng.br/
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