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1 Louise M. Michels – MEDICINA – Anatomia II Tórax MEDIASTINO É a região entre os dois sacos pleurais delimitada anteriormente pelo esterno e posteriormente pela coluna torácica; É arbitrariamente dividido em mediastino superior e inferior, e este último é subdividido em anterior, médio e posterior; Plano esternal: parte do ângulo do esterno e vai até o disco intercalar entre as vertebras T4 e T5; faz a divisão do mediastino em superior e inferior MEDIASTINO SUPERIOR Limites o Superior: estreito superior do tórax (abertura superior do tórax) (T1+manúbrio+costela I); o Inferior: plano esternal; o Laterais: pleura mediastinais; o Anterior: manúbrio do esterno; o Posterior: vértebras de T1 a T4; Planos: o mediastino superior abriga uma série de órgãos e estruturas que podem ser descritas de maneira ordenada em planos: o Plano glandular = timo o Plano venoso = grandes vasos o Plano arterial = grandes vasos o Plano respiratório = traqueia o Plano digestório = esôfago o Plano nervoso = medula espinal (coluna vertebral) Principais estruturas o Timo; veias braquicefálicas direita e esquerda; veia intercostal superior; veia cava superior; arco da aorta com seus 3 ramos; traqueia e esôfago; nervos frênicos, vagos, laríngeo recorrente; ducto torácico; TIMO Situa-se imediatamente posterior ao manúbrio do esterno. É um órgão assimétrico e bilobado; Envolvido no desenvolvimento inicial do sistema imune: é grande na criança, começa a se atrofiar após a puberdade; Irrigação arterial: pequenos ramos das artérias torácicas internas; Drenagem venosa: para a veia braquicefálica esquerda e veias torácicas internas; Drenagem linfática: linfonodos paraesternais, traqueobronquiais e na raiz do pescoço; VEIAS BRAQUIOCEFÁLICAS Imediatamente posteriores ao timo; Se formam pela junção das veias jugulares internas com as subclávias; A veia braquicefálica esquerda atravessa a linha média e se une à veia braquicefálica direita para construir a veia cava superior; 2 Louise M. Michels – MEDICINA – Anatomia II AORTA E SEUS RAMOS Começa quando a aorta ascendente emerge do pericárdio; Segue um trajeto superior, para trás e para a esquerda; Termina no lado esquerdo ao nível de T4 e T5; Ramos do arco: Tronco braquicefálico: o mais calibroso dos três; ponto de origem atrás do manúbrio do esterno; levemente anterior aos outros; no nível da margem superior da articulação esternoclavicular direita, se dividem em: artéria carótida comum direita e artéria subclávia direita; Artéria carótida comum esquerda: segundo ramo do arco da aorta; se origina à esquerda do tronco braquicefálico; Artéria subclávia esquerda: terceiro ramo do arco da aorta; se origina à esquerda e levemente posterior à carótida comum esquerda; LIGAMENTO ARTERIAL Remanescente do ducto arterial presente na circulação embrionária. Conecta a artéria pulmonar esquerda com o arco da aorta e permite que o sangue desvie os pulmões durante o desenvolvimento; NERVO VAGO Atravessam as divisões superior e posterior do mediastino no seu caminho para a cavidade abdominal; Fornecem inervação parassimpática para as vísceras torácicas e conduzem suas fibras aferentes viscerais; Nervo vago direito: entra no mediastino superior e situa- se entre a veia braquicefálica direita e o tronco braquicefálico, passa posteriormente à raiz do pulmão direito até alcançar o esôfago. Origina o nervo laríngeo recorrente na região cervical, que dá a volta na artéria subclávia direita antes de ascender de volta à laringe; Nervo vago esquerdo: entra no mediastino superior posterior à veia braquicefálica esquerda entre a artéria carótida comum esquerda e a subclávia esquerda, cruz o lado esquerdo da aorta, passa posteriormente à raiz do pulmão esquerdo até chegar no esôfago no mediastino posterior. Origina o nervo laríngeo recorrente esquerdo, que se origina na margem inferior do arco da aorta, dando a volta no arco e retornando superiormente até a laringe; NERVOS FRÊNICOS Originam-se na região cervical, principalmente do 4º SEGMENTO CERVICAL (C4) da medula espinhal, mas também do terceiro e do quinto (C3 e C5) Seguem ANTERIORMENTE AO MÚSCULO ESCALENO ANTERIOR Acompanhados pelos ARTÉRIAS PERICÁRDIOFRÊNICOS (derivadas da artéria torácica interna) e pelas VEIAS PERICARDICOFRÊNICAS (derivada das veias braquicefálicas) ao longo do tórax. FUNÇÃO: INERVAÇÃO MOTORA E SENSITIVA DO DIAFRAGMA e suas membranas associadas. Também fornece inervação através das fibras aferentes somáticas para a parte mediastinal da pleura parietal, o pericárdio fibroso e a lâmina parietal do pericárdio seroso. TRAJETO: entra no mediastino superior LATERLAMENTE AOS NERVOS VAGOS e LATERAL AO COMEÇO DAS VEIAS BRAQUICEFÁLICAS. Continua ao lado direito da veia vaca superior, e desce ao longo do lado Direito do pericárdio, dentro do pericárdio fibroso e ANTERIORES ÀS RAÍZES DOS PULMÕES até o diafragma 3 Louise M. Michels – MEDICINA – Anatomia II MEDIASTINO INFERIOR Limites o Superior: plano esternal; o Inferior: diafragma; o Laterais: pleuras mediastinais; o Anterior: corpo e processo xifoide do esterno; o Posterior: vertevras de T5 à T12; MEDIASTINO ANTERIOR: se estente do corpo do esterno até o pericárdio anterior. Contém tecido conjuntivos, linfonodos, ligamentos esternopericárdicos e uma parte do timo; MEDIASTINO MÉDIO: composto pelo saco pericárdico que contém o coração, origem dos grandes vasos e vários nervos; MEDIASTINO POSTERIOR: limita-se anteriormente pelo pericárdio posterior e posteriormente pelas vertebras de T5 a T12. Principais estruturas: esôfago e seu plexo nervoso, parte torácica da aorta e seus ramos, sistema venoso ázigo, ducto torácico, tronco simpático e nervos esplênicos torácicos; PARTE TORÁCICA DA AORTA DESENTENDE » Começa na margem inferior da vertebras T4 – continua com o arco da aorta; » Termina anteriormente à margem inferior da vertebra T12, onde passa através do hiator aórtico, posterior ao diafragma; » Situa-se à esquerda da coluna vertebral superiormente e se aproxima da linha mediana inferiormente; » Ramos pericárdicos: vasos pequenos para a superfície posterior do pericárdio; » Ramos bronquiais: geralmente 2 ramos bronquiais esquerdos da aorta e 1 ramo bronquial direito da terceira artéria intercostal posterior ou do ramo bronquial esquerdo superior; » Ramos mediastinais: vários ramos pequenos; » Artérias intercostais posteriores: geralmente 9 pares da superfície posterior (9 espaços inferiores – os demais são ramos da intercostal suprema – ramo do tronco costocervical); » Artérias intercostais posteriores: geralmente 9 pares da superfície superior do diafragma. Anastomose com artérias musculofrênica e percardiofrênica; » Artéria subcostal: par de ramos mais baixos da aorta torácica – inferior à costela 12; SISTEMA VENOSO ÁZIGO Responsável pela drenagem venosa da parede torácica e de algumas vísceras. Veias intercostais posteriores drenam para esse sistema. Constitui uma importante via anastomótica capaz de fazer retornar o sangue venoso a parte inferior do corpo ao coração em casos de obstrução da veia cava inferior; VEIA ÁZIGOS: se encontra anteriormente e à direita do corpo das 8 vértebras torácicas inferiores (T4 a T12). Normalmente começa na face posterior da veia cava inferior, no nível das veias renais. Formada pela união comum das veias subcostal, lombar ascendente e ázigo lombar direitas, que se fundem. Entra no tórax pelo hiato aórtico do diafragma ou pelo pilar direto do diafragma. Ascende o mediastino posterior até o nível de t4 onde se arqueia para frente acima do hilo do pulmão direito. Termina na veia cava superior antes desta penetrar o pericárdio. Suas tributáriassão: Veia intercostal superior direita (junção da 2ª, 3ª e 4ª intercostal direita – 1ª entre direto na subclávia) 5ª a 10ª veias intercostais posteriores Hemiázigo e hemiázigo acessória Veias esofágicas, mediastinais, pericárdicas e bronquiais direitas VEIA HEMIÁZIGO: formada do lado esquerdo a partir das 3 intercostais inferiores posteriores, veias lombar ascendente e subcostal esquerdas e pelas tributárias esofágicas e mediastinais. Ascende anteriormente ao nível da coluna até T8, cruzando a coluna posteriormente à aorta, ao esôfago e ao ducto torácico, terminando na veia ÁZIGOS. Suas tributárias são: 4 ou 5 veias intercostais posteriores esquerdas mais baixas Veias esofágicas e mediastinais VEIA HEMIÁZIGO ACESSÓRIA: desce à esquerda da coluna vertebral e recebe veias derivadas do 4º ou 5º espaços intercostais esquerdo. Cruza em T8 para se unir à veia ÁZIGO. Geralmente possui conexão com a VEIA INTERCOSTAL SUPERIOR ESQUERDA. Suas tributárias são: Da 4ª à 8ª veias intercostais posteriores esquerdas Veias bronquiais esquerdas (às vezes) 4 Louise M. Michels – MEDICINA – Anatomia II DUCTO TORÁCICO Principal canal pelo qual a linfa da maior parte do corpo volta ao sistema venoso; Drena linfa proveniente dos membros inferiores, das cavidades pélvica e abdominal, do lado esquerdo do tórax, da cabeça e do pescoço e do membro superior esquerdo (todo o corpo menos o quadrante superior direito); Início: confluência dos troncos linfáticos do abdome, formando uma dilatação sacular (cisterna do quilo), que drena as vísceras e as paredes do abdome, a pelve o períneo e os MMII; Vai de L12 até a raiz do pescoço e tem em média 5 mm de diâmetro; Sobre o mediastino posterior a direita da linha mediana posteriormente ao esôfago e anteriormente aos corpos vertebrais, sobe entre a aorta torácica (a esquerda) e a veia azigo (a direita); Em TV dirige-se para a esquerda da linha media e entra no mediastino superior onde continua chegando ao pescoço; Após se unir com o tronco jugular esquerdo e com o tronco subclávio esquerdo, desemboca na junção da veia subclávia esquerda e jugular interna esquerda; TRONCOS SIMPÁTICOS Dois cordões paralelos, pontuados por 11 ou 12 gânglios. Os gânglios estão conectados aos nervos espinhais torácicos pelos ramos comunicantes brancos e cinzentos; RAMOS DOS GÂNGLIOS: o Primeiro tipo: ramos dos 5 gânglios superiores; consiste em principalmente fibras simpáticas pós-ganglionares que inervam várias vísceras torácicas. Também possuem fibras aferentes viscerais. o Segundo tipo: ramos dos sete gânglios inferiores; consiste principalmente em fibras simpáticas pré- ganglionares que inervam as vísceras abdominais e pélvicas. Também conduzem fibras aferentes viscerais. Formam 3 nervos: Nervo esplâncnico maior: geralmente se origina do 5º ao 9º gânglios torácicos. Termina no gânglio celíaco; Nervo esplâncnico menor: geralmente se origina do 9º/10º ao 11º gânglios torácicos. Termina no gânglio aorticorrenal; Nervo esplâncnico imo: geralmente começa no 12º gânglio torácico. Termina no plexo renal;
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