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Consulta Ginecolo gica Acadêmica: Juliana Rabelo da Silva Sousa Anamnese Data da Consulta - Horário Identificação: Nome; sexo; data de nascimento; cor; profissão; estado civil; endereço. Obs1: Maior incidência de miomas em mulheres negras e hirsutismo em mulheres me- diterrâneas. QP: “___________” HMA: Abordar as características dos sintomas: inicio, duração, atenuantes, agravan- tes. Deve sempre ser pesquisado mesmo que não relatado pelo pct: Dor: localização, intensidade, irradiação, constante ou intermitente, tipo cólica ou pon- tada, se ocorre variação com a mudança de posição e durante a micção. Sangramento: localizar no ciclo menstrual, intensidade (aparecimento de coágulos), duração em dias, eventuais traumatismos, uso de hormônios ou medicações que pos- sam facilitar. Corrimento: cor, odor, consistência, quantidade, associado a prurido ou dor, se tem relação com o uso de antibióticos. Tumor: localização, evolução, tamanho, dor e seu provável ponto de origem. Investigar sempre 03 itens: Mamários: dor pré-menstrual ou que dura por todo o ciclo, nódulos palpados ou já retirados e derrame papilar espontâneo. Intestinais: Parasitoses, obstipação intestinal, diverticulite, dor pélvica. Urinários: Disúria; polaciúria; incontinência urinaria de esforço, urgência miccional. HP: Medicações, cirurgias, hospitalizações, doenças da infância e vida adulta. Já teve alguma DST, se sim, verificar se o pct e o parceiro foram tratados. Obs2: Rubéola na Gravidez – comprometimento fetal. Tuberculose pulmonar pode desencadear tuberculose genital secundária. Diabetes propicia vulvovaginites por mo- nilíase. Hepatites recentes e doenças hepáticas graves contraindicam o uso de hor- mônios, assim como flebites e tromboflebites. HAS e sangramento vaginal após me- nopausas sugerem alto risco de CA de endométrio. Obs3: Medicamentos como metaclopramida e antidepressivos facilitam as hiperprolac- tinemias e consequentemente galctorreia-amenorreia. História Gineco-Obstétrica (HGO): Puberdade: Precoce; Data da menarca Ciclo menstrual: intervalo (oligomenorréia – intervalo de mais de 35 dias); data da ultima menstruação; duração (3-7 dias); fluxo (volume sanguíneo – numero de ab- sorventes utilizados comparados a outros ciclos; presença de coágulos indica fluxo aumentado); presença de TPM; sintomas associados (dismenorreia ou cólica - antes ou após a menstruação – frequência, fatores atenuantes e irradiação) Atividade sexual: Inicio; numero de parceiros (e atualmente); Métodos contraceptivos (qual e se utiliza corretamente); o ato sexual é prazeroso, doloroso (dispaurenia), há sangramento. Gravidez: G0P0A0 Abortos espontâneos ou induzidos Obs4: Natimorto com menos de 20 semanas é considerado aborto, com mais de 20 semanas parto. Abortos provocados ou complicados podem gerar aderências uterinas. Intercorrências; peso do RN (indicação de DM); pré-natal; história de morte fetal intraú- tero (investigar); Ultimo fato obstétrico (Parto – normal ou cesárea); Risco gravídico (intervalo entre gravidezes ideal seria de 2 anos, intervalo de 18 meses – risco de rup- tura espontânea); Aleitamento. Obs5: Amamentação por período prolongado pode gerar síndrome galactorréia- amenorréia. Obs6: O coito interrompido pode gerar congestão pélvica. O condom e diafragma po- dem desencadear alergias. O DIU favorece processos inflamatórios. Obs7: Índice de Pearl: avalia a eficácia do método contraceptivo comparando seu uso correto com o numero de gravidezes. Mama: dor; secreção; nódulo. Quando foi realizado a última prevenção? HF: HS: ISDA (Interrogatório sintomatológico dos demais aparelhos): Alguma duvida? Exame físico geral e especifico Dados vitais Ectoscopia Altura; peso; estado nutricional (atrófico; hipotrófico; hipertrofico) Tipo somático: normossomica; magra; gorda. Tipo constitucional: normolineo; brevelineo; longilíneo; atlético; displasico Fácies (típica ou atípica) Mucosas (normocoradas; hipocoradas) Pelos (distribuição local de implantação; coloração; textura) Pele: lesões sifilíticas, condilomas, doenças de Panget, cicatrizes obstétricas ou gine- cológicas. Obs8: Relação das mucosas hipocoradas com hemorragias genitais graves como aborto, rotura tubária, torção de pedículo de tumor de ovário. Exame do aparelho cardiovascular Exame do aparelho respiratório Explicar ao pct que o exame pode ser desconfortável, mas é indolor, sendo que esta deve ser relatada se for o caso e que quanto mais relaxada à musculatura melhor para a realização do exame. Sempre realizar o exame físico especial acompanhado de ou- tro profissional para se resguardar. Inspeção estática: inicia com a pct sentada com os braços nas coxas ou em pé com os braços ao lado do corpo. Exame das mamas Avaliar forma (hemisférica, cônica, aplanada). Obs: ptose mamária com a idade. Nú- mero (amastasia – ausência congênita uni ou bilateral de glândula mamária; atelia – mama sem mamilo; polimastia – uma ou mais glândulas mamárias extranumerárias; politelia – ausência de tecido mamário e mamilos extranumerários dentro dos limites da linha média). Tamanho da mama - P, PP, M, G, EX (hipertróficas- patologias da coluna) Superfície; simetria (mama direita sempre um pouco maior); coloração da aréola e das papilas mamárias. Vascularização - trama vascular de haller. Alterações cutâneas: Eritema (canceres e inflamação); cicatrizes; úlceras (Doença de Panget – câncer ductal com preferência pelos tecidos cutâneos e pele do mamilo); fístula (inflamação; deve-se diferenciar da tuberculose mamária); eczema (se é bilate- ral, se compromete o mamilo e aréola); edema (neoplasia, aspecto de “casca de laran- ja” – carcinoma inflamatório); nódulos (diferenciar dos tubérculos de Morgagni – glân- dulas sebáceas; presença de tubérculo de Montgomery no estado gravídico; nódulos cutâneos satélites relacionados a tumores malignos); alterações de contorno (abaula- mentos e retrações) Obs9: Retrações não são patognomônicas de neoplasia, pode ser: Sindrome de Mon- dor – retração do trajeto das veias superficiais da mama, podendo ir ate o dorso ou abdome. Sindrome de Poland – Retração na região superior da mama (agnesia do feixe esternal do musculo grande peitoral). Retração cicatricial. Retração inflamatória. Inspeção dinâmica: Eleve os braços ao longo do segmento cefálico ou cintura óssea que acentua as alte- rações. Fixação grau I: movimento normal da mama quando ocorre relaxamento muscular de- monstrando comprometimento muscular. Fixação grau II: pouca movimentação na palpação da mama, fixação ao plano muscu- lar. Fixação grau III: tumor imóvel Manobra de Auchincloss: inclina-se anteriormente o pct para tornar as mamas pen- dulares e analisar o surgimento de alguma tumoração. Sinal de Benzadon: tumores próximos a aréola causam retração do mamilo. Inspeção das axilas Palpação: Axilas: Ainda pct sentada ou em pé, solicitação que coloque o braço direito estendido em seu ombro direito para palpação da axila com sua mão em forma de concha e vice-versa. Mamas: paciente em decúbito dorsal horizontal, membros superiores extendidos ára trás, próximos a nuca. Divisão da mama em sete regiões: Quadrantes superiores e inferiores em internos e externos, porção central (aréola), mamilo, prolongamento axilar (de Spencer). Tecnica de Velpeaux: Começa pela mama normal de modo suave e com a face pal- mar dos dedos indo em direção ao gradil costal. Tecnica de Bloodgood: Com as falandes distais do 2º e 3º dedos. Presença de nódulo: Dimensão (cm); número; consistência; mobilidade. Expressão mamilar Exame do Abdome Relação intima do útero e peritônio Divisão topográfica: Hipocondrios, epigastro, umbilical, hipogastro, flancos, fossas ilía- cas. Inspeção: forma, volume, cor, aspectoda pele, circulação colateral. Ausculta Palpação: superficial e profunda. (ascite; defesa de parede abdominal; tumor – limites; forma; superfície; consistência; mobilidade; sensibilidade) Percussão Orgãos genitais Posição ginecológica Posição de Sims Posição genupeitoral Orgãos externos (vulva e vagina) Vulva – grandes lábios, monte de vênus, pequenos lábios e clitóris. Vestíbulo – depressão visível quando separa os lábios, visualiza-se o orifico vaginal, meato urinário e hímem. Uretra - glândulas de Skene lateralmente Glândulas vestibulares maiores ou de Bartholin – uma de cada lado do orifico genital – foco de infecções gonocócicas, normalmente não são palpáveis. Posição anatômica da vagina = posterior Observa-se a forma do períneo, a disposição dos pelos (padrão de distribuição androi- de e ginecoide) e conformação externa da vúlva. Afasta-se os grandes lábios para inspeção do introito vaginal, com o polegar e indica- dor prende-se as bordas dos lábios. Avaliar se há hipertrofia de clitóris ou grandes lábios. Palpar as glândulas de Bartolin – localizadas no terço inferior dos grandes lábios e períneo. Orgãos internos (útero, tubas e ovários) Utero – corpo, colo e fundo. 04 ligamentos – ligamento largo, úterossacros, pubovesicuoterinos, redondos. Tubas uterinas – interstício, istmo, ampola e fimbrias Ovários Toque vaginal – 02 dedos – indicador e médio Toque simples – 01 dedo ou 02. Toque combinado ou bimanual – 02 mãos, uma na cavidade e outra na parede ab- dominal (abdominovaginal, abdominorretal, vaginorretal). Volume do órgão, consistência, superficie, mobilidade, posição, relação com outros órgãos e dores. Técnica: dois dedos da mão esquerda afastam os grandes lábios, se introduz vagaro- samente o dedo indicador da mão direita no introito, não tocando o clitóris. Será insi- nuado vagarosamente para o fundo da vagina até encontrar resitencia mais forte que as paredes vaginais, o colo. Desliza-se a polpa dos dois dedos avaliando a forma (cô- nica, em barril ou tapiróide). Avalia-se o orifício (conformação circular – nulípara e for- ma de fenda - multípara). Presença de pequenas esferas mais resistentes – cistos de Naboth. Zonas de superficie endurecida – carcinomas. Avisar presença de dor. Fazendo pressão procura-se deslocar todo o útero para cima ao mesmo tempo que a mão abdominal busca palpar o fundo. Para verificar a orientação uterina, os dedos afastam-se da superfície do colo e se deslocam sem perder contato com o útero no sentido da bexiga e a mão abdominal faz pressão para baixo. Obs9: Em virgens o toque vaginal pode ser substituído pelo toque retal para avaliação das estruturas. PCCU (Exame preventivo de papapnicolau) Kit descartável 1 espátuça de Ayres 1 escova cervical 1 lamina de vidro 1 caixa porta-laminas 1 par de luvas 1 espéculo Inicialmente técnica para introduzir o espéculo na vagina. Coleta da ectocérvice - Espátula de Ayres, gira em torno do colo uterino. Coleta da endocérvice – Escova cervical, é introduzida no útero de maneira giratória, e retirada do mesmo modo. O material é colocado na lâmina fixa no álcool 96%. Meia porção da lâmina é aplicado o matéria da espátula de ayres de forma vertical e na outra porção o material da esco- va cervical de forma giratória. Cuidado para não sobrepor o material na lâmina. Colposcopia Visualização pelo colposcopio. Inicialmente técnica para introduzir o espéculo na vaginal. Teste do acetato branco – substancia que desnatura as proteínas de forma reversí- vel além de promover a desidratação. Ao ser aplicada evidencia-se o epitelio aceto- branco que pode ser classificado em: pontilhado; Mosaico (retangular); Atípico (forma- tos irregulares – semelhante a saca rolha). Avalia-se presença de vasos atípicos e demais alterações. Teste do lugol: devido a presença de glicogênio, cora-se a superficie epitelial em marrom escuro e aquelas que não são coradas indicam que podem ter sofrido alguma alteração. Bissulfeto – utilizado para estudo da área patológica e no fim do exame para limpar a superfície.