Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Anhembi Morumbi Arquitetura e Urbanismo Atividade Prática Supervisionada A ARQUITETURA E O URBANISMO NO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE A ANTIGUIDADE E O SÉCULO XVIII E NA CONTEMPORANEIDADE: TRAÇANDO PARALELOS Agatha Perez Branco 20 de Março de 2021 São Paulo PÁGINA 1 1. Resumo Vamos apresentar, de maneira bastante resumida, alguns destaques sobre os livros Clássico Anticlássico, o Renascimento de Brunelleschi a Bruegel de Giulio Carlo Argan e História da Cidade de Leonardo Benevolo, apontando informações e interpretações de relevância para o estudo da arquitetura e desenvolvimento urbanístico presentes atualmente no Brasil. Palavras-chave: arquitetura;; cidades;; desenvolvimento urbanístico;; 2. Conceitos Estudar o modelo urbanístico das antigas colônias europeias é mergulhar na história de uma arquitetura marcada por transformações baseadas em questões sociais e religiosas, econômicas e políticas, não necessariamente nessa ordem. A religião, de absoluta influência na época, era o ponto de partida para a concepção da cidade que crescia sob o princípio de converter seus habitantes ao cristianismo. Uma grande praça, aos pés de uma igreja, visível a todos e posta como marco-zero da cidade, feita para ser o local onde aconteceriam grandes eventos da cidade e onde se reuniriam seus moradores. Ao redor, comércios e edifícios de administração municipal e então habitações de famílias de maior influência. Esse modelo de concepção das cidades ainda é extremamente visível no Brasil, principalmente em cidades do interior, cujo o crescimento não tão acelerado ainda nos permite ainda enxergar essas características adquiridas desde a nossa colonização. Também não é de hoje o contraste evidente nas habitações, que afasta dos centros das cidades a população mais pobre e tenta setoriza-la na área periférica. Ainda no século XVI já existia na Europa uma separação muitíssimo clara entre habitações da burguesia e trabalhadores da classe produtiva. Outra característica das antigas cidades europeias que sofreu visível mudança arquitetônica com sua expansão foram as grandes fortificações militares ao redor de seu território, que já não representavam a mesma necessidade. O crescimento da população também faz surgir novas demandas urbanísticas. Essa separação criada entre classes faz com que surja uma enorme distinção entre atividades executivas e idealizadores, isto é, pessoas que executam manualmente o trabalho operário e artistas que idealizam e desenham o modelo urbano das cidades. O arquiteto do século XII era visto como um influente intervencionista artístico justamente por fazer a ponte entre o social e o político do ponto de vista da organização das cidades. Arriscaria dizer que esse talvez tenha sido o ponto de partida para PÁGINA 2 que até hoje a profissão do arquiteto seja vista como algo elitista e inacessível. 3. Conclusão O crescimento exponencial das grandes cidades brasileiras e os novos modelos de urbanismo aqui implementados nos distanciaram muito dos resquícios da arquitetura do Brasil colônia, mas o olhar atento ainda nos permite identificar a influência de alguns princípios da época. A cidade de São Bernardo do Campo no estado de São Paulo, meu local de nascimento e residência, cresceu próximo a capital apoiada sobre a indústria metalúrgica que aqui se instalou. Apesar do forte crescimento e expansão, até hoje podemos dizer que ela apresenta o semblante de uma cidade dormitório para aqueles que não trabalham na indústria, pois grande parte da população que hoje trabalha em áreas de tecnologia e grandes empresas de serviço, recorrem à ida e volta São Paulo todos os dias.
Compartilhar