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MÚSICA EXPRESSÃO DE ADORAÇÃO final para impressão

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PREFÁCIO	“Pra te adorar foi que eu nasci...”
Estamos vivendo na era da informação e tecnologia.
Há quem diga que é a era “pós” esse período, ou seja, tempo é primordial, raro e caro nessa era.
Às vezes nos preocupamos tanto com a organização, Ordem do Culto, a entrega do Louvor, o tempo, a perfeição e a resposta da igreja que acabamos nos esquecendo que o Louvor não é para quem está assistindo.
A dependência do Espírito Santo é primordial.
Quantas mensagens já mudamos direcionados pelo Espírito Santo através do Louvor.
Temos que ter ordem, fazer o melhor e entregar o melhor, mas é para Deus. 
Para a igreja somos os facilitadores para que todos os presentes participem, louvem e adorem a Deus, pois, todo Louvor e Adoração é para Ele.
Que esse estudo seja uma bênção para o querido e precioso Ministério de Louvor Kairós.
 
Pr. Marcos Oliveira
MÚSICA: EXPRESSÃO DE ADORAÇÃO
INTRODUÇÃO
A música originou-se no céu e foi introduzida na terra para fazer parte da vida das pessoas. Ela está presente em todos os momentos da nossa existência, seja em uma celebração alegre, numa solenidade formal, nos momentos de tristeza, no entretenimento, dentre outros. Como qualquer manifestação artística, ela influencia a vida e a formação da identidade de qualquer pessoa.
Ao analisar a vida cristã, observa-se que a música tem uma grande relevância na formação espiritual de um indivíduo ou de uma igreja. Entretanto, pouco é ensinado sobre este tema. Como resultado há um baixo nível de discernimento entre a música que é própria e exclusiva para adorar a Deus e que edifica e aquela que se compõe para um propósito secular, muito embora até se utilize de temas cristãos.
Hoje, identifica-se uma verdadeira corrida do ouro em relação á música dita gospel. A impressão que se tem é de que tudo é válido. Por esta razão, o povo cristão deve conhecer alguns conceitos básicos sobre este tema para que possa discernir toda proposta musical e louvar a Deus com o que é puro, exclusivo e agradável não aos homens, mas a Deus.
Assim, ao considerar a importância deste assunto para a vida cristã e que há muitas distorções conceituais e litúrgicas que se têm introduzido nas igrejas com impactos significativos na vida das pessoas, o CTASC introduziu esta disciplina como parte do currículo para que os líderes tenham uma visão correta sobre o papel da música na formação e na vida do povo de Deus.
1 - DEFINIÇÃO DE MÚSICA
“Música é a arte e ciência de combinar os sons de maneira agradável aos ouvidos” (João Alexandre). Seria mais adequado dizer que a música é a arte e ciência de combinar os sons, pois o ser agradável, ou não, ao ouvido, é questão muito pessoal. Sons que são agradáveis para alguns, podem ser bastante desagradáveis para outros. Portanto, para fins de estudo, diremos que a música é a arte e ciência de combinar os sons.
2 - ESTRUTURA DA MÚSICA
· Melodia: é uma sucessão de sons musicais combinados;
· Ritmo: é a duração e acentuação dos sons e das pausas;
· Harmonia: é a combinação de sons musicais simultâneos, formando intervalos e acordes;
· Altura: é a propriedade do som de ser grave, médio ou agudo;
· Intensidade: é a propriedade do som de ser fraco ou forte. Popularmente denominado volume;
· Timbre: é a qualidade do som que nos permite reconhecer a sua origem. É através do timbre que diferenciamos os sons dos diferentes instrumentos.
3 - O PODER DA MÚSICA
O grande filósofo Sócrates disse certa vez: quando a alma ouve a música, ela remove as suas proteções. Com a música é possível abrir uma porta no coração de uma pessoa. Uma vez dentro, o músico pode embelezar o interior do referido coração, ou profanar o que você tem de mais sagrado no seu interior. Ao longo da história, as ferramentas sonoras têm sido usadas tanto para o bem como também o mal. Isto é para dizer-lhe que a música é um instrumento muito poderoso.
Certa vez foi perguntado a um jovem que ouvia uma composição musical o que ele estava sentindo. Parece que estou voando sobre as asas, disse o jovem com os olhos fechados. A sua descrição mostra-nos outro poder que a música tem; o poder de transportar a pessoa. Mais uma vez, este poder pode ser usado para o bem ou para o mal. Quantas vezes, no meio de preocupações ou dor, uma música o transportou daquele lugar sombrio para um lugar melhor com mais esperança e conforto para a alma.
Da mesma forma, quantas vezes você já presenciou a mudança de humor quando alguém ouviu uma música torturante e barulhenta descrita como rock pesado ou rock da morte? Por isso, muitas pessoas parecem entrar em êxtase diante destas músicas. É fato que muitos indivíduos optaram pelo suicídio ao absorver o conselho transmitido na letra dessas músicas obscura ou simplesmente, talvez, praticaram tais atos como uma forma de acabar com o desespero e a dor na alma que estas músicas tão intensamente amplificam. Ainda outros são estimulados a ser drogar, prostituir, a se rebelar. 
Em 1 Sm 18.7 e 21.11 vemos um exemplo do poder da música. O Rei Saul e o seu General Davi estavam voltando da batalha e o povo começa a cantar “Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares”. No mesmo instante, devido aos ciúmes de Saul, Davi tem que fugir para o meio dos inimigos, os filisteus. Quando achou que estava seguro na cidade de Gate, os servos do Rei Aquis lhe disseram: “Este não é Davi, o rei de sua terra? Não é a este que se cantava nas danças, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares?” Davi precisou fingir-se de louco babando, abraçando batentes de porta, justamente para escapar da morte certa. Com este exemplo queremos demonstrar que esta música - como um jingle atual em época de eleição - impregnou na mente das pessoas de tal forma que ultrapassou barreiras geográficas levando a fama do General Davi para o meio dos seus inimigos.
É fato que a música é gravada no hipotálamo – região do cérebro onde se registra, também, o olfato. A consequência disso é que uma vez registrado, nunca mais é esquecido, marcando um período ou até uma emoção da sua vida. Um exemplo é a música que foi tocada no enterro de uma pessoa querida. Mesmo depois de anos, quando se ouve essa música, naturalmente aquele momento, a emoção sentida, nos saltam a memória quase que instantaneamente. 
Sabendo disso, podemos pensar nos elementos da música já vistos e seus efeitos em nossos corpo e emoções:
· O efeito da melodia
A melodia é o elemento musical responsável em trabalhar com as emoções humanas. Quando o homem chora, se alegra, se entristece ao ouvir uma música, é a melodia o elemento responsável pelos sentimentos vivenciados. 
“Apesar do real valor dos símbolos objetivos, o extraordinário poder da arte dos sons provém, essencialmente, do elemento subjetivo, que é um fator direto da emoção, não só pelo seu funcionamento independente como também pela cooperação com os outros elementos” (Clotilde Leinig).
O que se entende é que a emoção da música se dá através da melodia, mas existe o aspecto subjetivo e a relação com os outros elementos. Daí que uma música pode emocionar determinada pessoa e não outra.
· O efeito do ritmo
O ritmo trabalha com a pulsação humana. O homem é um ser essencialmente rítmico, pois há ritmo em seu caminhar, em sua respiração, em seu batimento cardíaco, em sua fala.
“Um dos primeiros elementos de percepção do ser humano é o ritmo e qualquer alteração em seu organismo, provocará indubitavelmente, modificações desse ritmo biológico, passando o cérebro a dar o alarme, o que obriga ao indivíduo a se preocupar com o que não lhe vai bem. A percepção do ritmo chega ao homem já em sua vida fetal” (Clotilde Leinig).
Nisso, entende-se que o ritmo pode provocar reações positivas ou negativas. Pode levar o indivíduo a uma conduta histérica, ao sono ou à hipnose. Se o ritmo for repetitivo, causará psicologicamente uma depressão. Se for lento e que vá se tornando cada vez mais lento e monótono poderá provocar obscurecimento da consciência, especialmente se a melodia que o acompanhar for contínua, sem fim, suprimindo a sensação de tempo.E se a isto se acrescentar uma forma musical sem equilíbrio, não haverá limite então para os efeitos que poderão surgir com o despertar de instintos primitivos. Um exemplo de ritmo que pode se tornar hipnótico, como descrito acima, é o das batidas dos atabaques nos rituais de macumba, com furor crescente acompanhadas pelos devotos, em danças contorcidas às variações cadenciadas, que se aceleram cada vez mais e mais, até que o indivíduo chegue à manifestação do “santo”, ou êxtase musical hipnótico.
O ritmo pode gerar violência, pode conduzir à sensualidade e pode levar à rebelião caso seja mal usado.
· O efeito da harmonia
A harmonia trabalha com o intelecto do ser humano. A harmonia é o conjunto de sons ou notas simultâneas. Para captar estes sons simultâneos o cérebro humano ouve, distingue e interpreta cada um deles. Isso faz com que o cérebro se exercite cada vez que ouve uma harmonia muito complexa (cheia de sons simultâneos). Por isso que se aconselha que crianças e idosos ouçam músicas de Bach e Tom Jobim como forma de exercício para o cérebro.
· O efeito da altura
A altura do som, agudo, médio ou grave, afetas as percepções físicas do homem. Os sons agudos têm ação predominante sobre as partes superiores do corpo e são às vezes até dolorosos, enquanto que os graves impressionam o ventre e o baixo-ventre.
“Os agudos provocam sensação de penetração, de dor paroxística, elevação e tensão, ao passo que os graves inspiram tristeza, amplitude e profundidade. Os efeitos de tensão causados pelos sons agudos podem ser amenizados usando-se outros elementos de tipo relaxante, como a suavidade que se consegue através do timbre de um instrumento ou a surdina. Os sons graves são empregados para tratamento de pessoas de temperamento melancólico, pois quando emitidos suavemente, dão uma sensação de recolhimento” (Clotilde Leinig).
Entendendo isso é que se percebe a importância dos sons no tratamento físico e psicológico do ser humano.
· O efeito da intensidade
Grande parte do efeito da música se deve à intensidade, que pode ser até uma forma de satisfação. Um grande volume de som musical contínuo tem um efeito de satisfação e plenitude para o ouvinte e quem sabe possa até fazê-lo sentir-se protegido contra as interferências físicas ou psicológicas. Como exemplo, os jovens que com seus fones de ouvido fogem da realidade, ou a pessoa que, ao caminhar por um beco escuro, começa a assobiar para amenizar o medo.
“Os sons muito intensos podem ser a impressão de uma potência que se aproxima ou se afasta e também provocar um medo primígeno. Já o volume fraco, pelo contrário, consegue produzir uma sensação repousante e de intimidade. Em lugar de forçar, de interferir, ele persuade e a sua suavidade reflete calma, tranquilidade, serenidade. Todas as formas de volume e intensidade provocam, por si mesmas, emoções simples” (Clotilde Leinig).
Por isso, a intensidade pode afetar o comportamento e a reação lógica do ser humano.
4 - PROPÓSITOS DA MÚSICA
Tendo em vista tudo o que foi visto nos capítulos anteriores, podemos chegar a 3 propósitos básicos da música na igreja:
· Ambientar
Sabendo do poder da música sobre o físico do ser humano, nada mais sábio do que usar isso para auxiliar os membros de sua igreja a se ambientarem antes, durante e depois do culto (ou em outra atividade eclesiástica). 
Imagine que o seu irmão está chegando ao culto de domingo cansado de tantos problemas durante a semana e que na segunda-feira eles serão retomados. Como responsável pelo culto, bem se pode usar a música para acalmar e acalentar o coração do aflito e cansado preparando para o culto. O prelúdio, ou duas músicas de recepção, com certeza auxiliarão este propósito de preparo para o culto.
Durante o culto, a música pode ser usada para preparar ambientes. Se for um momento de contrição e confissão de pecados músicas mais calmas e em tonalidade menor ajudarão a congregação a meditar e pensar de forma íntima quanto à sua vida (erros e acertos).
Momento de louvor e adoração (no senso comum da palavra) podem ser músicas mais animadas e agitadas, com a tonalidade maior, trazendo o sentimento de alegria e prazer em quem Deus é o no que Ele faz.
Antes da mensagem, uma música que tenha o seu tema relacionado à Palavra que será ministrada, ajudará a preparar os corações para o que Deus tem a falar.
Ao final, uma música de desafio para a luta que se segue no dia seguinte. Enfim, utilizar a música com sabedoria para preparar ambientes de adoração não é, de forma alguma, manipulação, mas auxílio litúrgico para melhor aproveitamento de qualquer atividade eclesiástica.
· Louvar
No sentido direto da palavra, louvor significa elogio. A música ajuda, e muito, a igreja a louvar a Deus. É mais fácil proferir elogios a Deus através da música do que através de qualquer outro meio litúrgico.
Perceba isso, por exemplo, nas orações. É difícil ouvirmos uma oração de louvor. Geralmente as pessoas pedem ou agradecem em oração, mas louvar, elogiar, reconhecer quem Deus é e seus atributos é um pouco raro. Agora, encontrar uma música, como a “Tu és Santo”, do Michael W. Smith, é bem mais fácil. Use a música para ajudar a congregação a se lembrar quem é o nosso Deus.
· Doutrinar
Este propósito didático é muito importante. Lutero fez isso. Sabendo que o povo em sua época não sabia ler, compôs vários hinos com letras bíblicas e doutrinarias para que qualquer pessoa pudesse apreender a vontade de Deus.
Nós devemos fazer isso, também. Sabendo que a música é gravada no hipotálamo (como visto acima) podemos e devemos gravar a mensagem de Deus na mente e no coração das pessoas através da música.
Se fizermos uma pesquisa em nossas igrejas vamos perceber que o povo mais ouve música do que lê a Bíblia. Além do incentivo à leitura bíblica, vamos usar a música para que os membros de nossa igreja ouçam músicas com letras saudáveis e bíblicas gravando, assim, em suas mentes a sã doutrina.
Em sentido geral, a música tem vários propósitos; ela pode estimular, deprimir, alegrar, trazer alívio, transportar, agitar, condicionar, etc. Mas ela tem também propósitos de louvar e engrandecer a Deus.
LOUVOR E ADORAÇÃO
INTRODUÇÃO
O ser humano não vive sem música, pois ela faz parte da sua existência.Você não vive sem música. Nós não vivemos sem música. A música está presente em todo o universo. Ela está presente no céu. É um presente de Deus para os homens, pois através dela podemos nos relacionar uns com os outros, mas, sobretudo, com o nosso Criador. Uma das forma de relacionamento é aquela em que nós reconhecemos o Senhor Deus pelo que Ele é e expressamos este reconhecimento em espírito e em verdade. Louvar e adorar significa sair do formalismo ritual e entrar numa atmosfera de verdadeiro relacionamento com reconhecimento da grandeza de Deus.
1 - DEFINIÇÃO DE LOUVOR E ADORAÇÃO
Adoração é um “Ato público ou particular de respeito e honra que se presta a uma pessoa de distinção; alguém que possua atributos divinos” (John Davis). A adoração inclui em seu ato vários elementos que são distintos nas Escrituras, mas que convergem para uma mesma atitude, como louvor, prostrar-se, honrar, servir, etc. Quer dizer que o louvor está contido na adoração. Louvor, neste caso, é o ato de elogiar os atributos e características positivas de alguém, divino ou não. Quer dizer que o louvor, o elogio pode ser prestado a uma pessoa comum. Por exemplo, alguém que se forma em um curso “com louvor”. Quer dizer que a pessoa se formou com o elogio daquela instituição de ensino. 
Obviamente, apenas uma Pessoa merece TODO o louvor, todos os elogios possíveis descritos na Palavra.
Algumas palavras na Bíblia que exemplificam a adoração:
· Thereskeia – sentido de culto e religião (At 26.5; Cl 2.18);
· Proskuneo – ideia de prostrar-se perante, reverenciar (Tg 4.6; Jo 4.20-24);
· Latreia – é usado para enfocar o serviço prestado a Deus (Jo 16.2; Rm 12.1; Rm 9.4; 1Co 6.19-20; Hb 9.6);
· Gonupetéo – Gonu do grego, joelho; denota o ato de ajoelhar-se (Lc 22.41; Mt 17.14; Fp 2.10);
· Leitougia – veremos no próximoponto.
2 - LITURGIA MUSICAL
Leitougia – do verbo grego leitourgéo. Embora no mundo greco-romano o uso do termo denotasse vários tipos de serviços, como público, cívico, secular e de culto, o Novo Testamento o aplica à responsabilidade no serviço que é prestado a Deus e ao próximo. Desse termo vem a nossa palavra liturgia, que envolve o ritual no serviço ou culto prestado a Deus (Lc 1.23; 2Co 9.12; Fp 2.17, 30; Hb 8.6, 10 e 11). Paul Ferrin (livro: O Pastor Pentecostal) afirma “todo o tempo e esforços que em nossos cultos despendemos na música devem apontar em direção ao ministério da Palavra. Tudo o que o ministro da música, o regente do coral ou o líder de adoração fazem deve preparar os corações da congregação para receberem a Palavra de Deus”. A liturgia tem um ápice, que é a Palavra de Deus. O momento em que Deus fala ao seu povo. A melhor forma de adorar, louvar, honrar algum pessoa é permitir que a mesma se manifeste falando o que deseja. É isso o que a liturgia deve fazer. A música, portanto, como visto na aula passada, através do seu poder de doutrinar, ambientar e louvar vai preparar e apontar para a exposição bíblica. 
3 - TRANSFORMANDO MÚSICO EM ADORADORES
Certa feita, em uma igreja, um pastor disse “gostaria de convidar os músicos a participarem do culto em sua plenitude e não apenas na execução de seus instrumentos”. O que acontecia naquela igreja, acontece em muitas outras: os músicos, após sua performance musical dentro da liturgia, se retiravam do culto para tomar água, ir ao banheiro, atender o celular ou “bater papo” enquanto o restante da igreja continuava a prestar adoração conjunta a Deus. Realmente, esta é a atitude de um músico e não de um adorador. O adorador entende que o culto e sua liturgia são uma unidade. Não há como separar oração, louvor e Palavra em um culto. Não há como dizer “já fiz a minha parte no culto, posso ir embora”. Precisamos ajudar os músicos a se tornarem adoradores.
· Salmo 33.3
Tanger a harpa com júbilo e com arte. A arte representa a parte técnica. Um músico não pode deixar de estudar a teoria e a prática do seu instrumento. Deve lembrar que a música não é um dom espiritual e sim um talento que deve ser aprimorado à exaustão, sempre buscando a excelência ao nosso Deus.
· Os levitas
Em Nm 8.23-26 vemos que o ministério dos levitas era dividido em 3 partes: aprendizado, serviço e docência. Até os 25 anos deveriam aprender o seu ofício; até os 50 anos deveriam servir de forma direta no culto; depois dos 50 anos não trabalhariam mais, mas ensinariam os mais novos no serviço. Os nossos músicos precisam de humildade para aprender, servir e ensinar.
· A disciplina espiritual
No mínimo, o músico, para ser um adorador, precisa investir tempo em meditação bíblica e em oração. Como dividir o púlpito com alguém que não conhece a Palavra (a fundo) e que não sabe orar?! O adorador tem que ter o costume de conversar com Deus (oração) e ouvir a Sua voz (meditação bíblica).
4 - QUATRO PENEIRAS BÍBLICAS PARA ESCOLHA DAS MÚSICAS
Uma das maiores dificuldades do líder cristão, pastor ou não, é quais musicas são convenientes para o culto, quer por seu estilo (rock, clássico, baião, MPB, etc.) ou por sua letra. Para eliminar estas dúvidas, sugerem-se quatro princípios (peneiras) bíblicos para facilitar a escolha, quais sejam:
· Peneira da Dúvida
Rm 14.23 – mas aquele que tem DÚVIDA é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é PECADO. O texto trata da carne sacrificada a ídolos. Quando se tem dúvida, é pecado! Quando a pessoa pergunta é porque está em dúvida, então não pode. Mesmo que não seja errado, passa a ser pecado. Se esta música, quer por sua letra ou por seu estilo, lhe traz dúvida, não permita que entre na liturgia. Estude e ore para tomar uma decisão segura e com fé.
· Peneira da Associação
Em 1 Co 8.7, mesmo contexto da carne sacrificada a ídolos, vemos que a familiaridade contamina o fraco. A associação que o fraco pode fazer daquela música com algo errado o faz tropeçar. No mesmo capítulo, 1 Co 8.10-12, Paulo afirma que quando fazemos alguém pecar pela familiaridade, ou associação, é contra Cristo que pecamos. Como a música fica gravada no hipotálamo (aula passada) o novo na fé pode associá-la com o seu período de não convertido, seja pelo estilo ou outra característica, e até cair nos pecados passados ou então não identificar qualquer diferença entre o santo o profano.
· Peneira do Domínio
1 Co 6.12 – todas as coisas me são lícitas, mas não me deixarei dominar por nenhuma delas. Tudo o que me domina é vício; e todo vício é pecado. Um exemplo, certa feita uma senhora disse “o culto de hoje não valeu, pois não teve uma música da Harpa Cristã”. Outra feita, um jovem fez a mesma reclamação ao contrário “o culto hoje não me edificou, pois não teve um cântico... só teve música da Harpa”. Nos dois casos o erro está no domínio. Em um culto, basicamente precisamos ter louvor (musicado ou não), oração e a Palavra de Deus. Se tiver músicas da Harpa Cristã ou cânticos, melhor, mas a ausência destes não vão diminuir, desmerecer ou invalidar o culto. Essas duas pessoas estavam dominadas pelo gosto musical pessoal. Obviamente, vamos tentar ao máximo apresentar um culto eclético, em relação à música, ao nosso Deus, facilitando e incentivando a adoração por parte dos irmãos.
· Peneira da Edificação
1 Co 10.23 – todas as coisas são lícitas, mas nem todas edificam. Devemos sempre focar a edificação pessoal e a edificação alheia. Se uma música vai trazer discussão, evite-a, pois não vai trazer edificação à congregação.
5 - TRANSFORMANDO A IGREJA EM VERDADEIROS ADORADORES
Concluindo tudo o que foi visto nas duas últimas aulas, a liderança cristã vai levar a igreja a adorar em espírito e em verdade:
· Através do exemplo
Este exemplo, ou testemunho, deve aparentar tanto no esmero técnico musical, demonstrando que Deus merece a excelência; quanto no cuidado espiritual, demonstrando às pessoas que o músico conhece a pessoa de Deus através da oração e da Palavra.
· Através da ambientação
Usar a música e seus efeitos para facilitar os momentos do culto.
· Através da letra
Usar o poder didático da música para impregnar a doutrina bíblica na mente e coração das pessoas.
· Através das “Peneiras”
Evitando a dúvida e a associação, ajudando na edificação da igreja.
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