Psicologia da Personalidade

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PSICOLOGIA DA
PERSONALIDADE
Panorama da psicologia analítica
Biografia 
Níveis da psique 
Tipos psicológicos 
Desenvolvimento da personalidade 
Fenômenos ocultos influenciam a vida de todos
• INCONSCIENTE COLETIVO 
• ARQUÉTIPOS
• TEORIA DOS ELEMENTOS 
OPOSTOS DA PSIQUE
Nasceu em 1875, na Suíça.
Seu pai era ministro da igreja reformada e sua mãe era filha de um teólogo.
Recebeu o mesmo nome do avô paterno, o qual era médico.
Seu avô materno acreditava no oculto e com frequência conversava com sua 1ª 
esposa que já havia falecido.
Apesar de ser o 2º filho, de três que os pais tiveram, Jung foi criado por muito 
tempo como filho único.
Quando tinha 3 anos, Jung foi separado da mãe, que ficou doente e 
precisou ser hospitalizada por vários meses.
Isso gerou um sentimento de desconfiança quanto à figuras de mulheres 
e em relação ao sentido do amor. 
Já o pai, representava os homens e a confiança necessária (para ele), no 
entanto também o remetia à impotência. 
Descrevia seu pai como: idealista sentimental 
Descrevia sua mãe como tendo duas disposições separadas: 
(1) realista, prática e afetiva
(2) instável, mística, clarividente, arcaica e implacável
Jung se identificava com a personalidade noturna (2) da mãe e também 
percebeu que seu self funcionava a partir de 2 personalidades
(1) extroversão, ligada ao mundo objetivo
(2) introversão, vinculada ao mundo subjetivo {um velho já morto –
reflexo de algo que ele não era}
Sua parte introvertida se fez presente durante o período escolar e após uma crise 
de meia-idade, enquanto que nos aspectos profissionais ele usufruía de seu lado 
extrovertido. 
Foi assistente do Bleuer no hospital psiquiátrico de Zurique, estudou com Pierre 
Janet (sucessor de Charcot) e a partir dos escritos do Freud sobre sonhos, 
passaram a trocar cartas constantemente.
Foi tido por muito tempo como o príncipe da psicanálise, ocupou o cargo de 1º 
presidente da IPA – Associação Psicanalítica Internacional.
A medida em que iam se aproximando as diferenças iam se fazendo presentes até 
que o rompimento entre eles ocorreu.
Consciente Inconsciente*
Pessoal 
Coletivo*
Ego Self* 
Centro da consciência* > Completa o ego
> Centro da personalidade
> Grande parte inconsciente
Pessoa psicologicamente saudável = 
Ego secundário ao Self inconsciente.
Pessoal Coletivo*
> Experiências pessoais reprimidas
> Grande parte inconsciente
> Conteúdos do inconsciente pessoal são os 
complexos
Ideias associadas a emoções
OBS. Os complexos são parcialmente 
conscientes à medida que podem surgir de 
ambos os inconscientes (pessoal e coletivo)
> Complementa o inconsciente coletivo.
> São conteúdos ativos que influenciam os sujeitos.
> Experiências do passado ancestral da espécie (mitos, 
lendas, crenças religiosas)
> Conteúdos semelhantes nas diversas culturas
> É permeado por instintos (impulso físico incosn.) e 
arquétipos (contrapartida psíquica dos instintos) 
Ex. Uma mãe que durante a gravidez tinha sentimentos 
negativos em relação ao bebê, mas depois do nascimento 
desenvolve ternura e amor por ele. À essa maneira 
desenvolvem-se os arquétipos. 
São imagens antigas (arcaicas) generalizadas que derivam do inconsciente 
coletivo.
Possuem base biológica (padrão instintivo), mas se originam de 
experiências repetidas dos primeiros ancestrais humanos.
Se expressam de várias formas: 1) sonhos, 2) fantasias e 3) ilusões
Os sonhos produzem temas que podem não ser conhecidos pela experiência 
pessoal, mas coincidem com aqueles dos povos antigos. 
PERSONA
SOMBRA 
ANIMA 
ANIMUS 
GRANDE MÃE 
VELHO SÁBIO
HERÓI
SELF
Lado da personalidade que as pessoas apresentam ao mundo.
Papel particular que a sociedade dita como postura mais adequada para determinados 
contextos sociais.
Não devemos confundir nossa face pública com o nosso self completo.
Se a identificação com a persona está intensa, ficamos dependentes das expectativas do outro 
e permanecemos inconscientes de nossa individualidade, bloqueando a nossa busca por 
autorrealização.
É preciso estabelecer um equilíbrio entre as demandas da sociedades e quem nós somos. 
Tem relação com a escuridão e com a repressão;
Representa as qualidade que não desejamos reconhecer e tentamos 
esconder; 
São as tendências moralmente censuráveis;
Também representam as qualidades construtivas e criativas que somos 
relutantes em enfrentar (partes que estão encobertas e não conhecemos)
É necessário conhecer a nossa sombra, para sermos completos; essa 
busca é o nosso 1º teste de coragem.
Pessoas que não conhecem suas partes sombrias, podem ficar 
submetidas a elas, são as pessoas que sentem que possuem “má sorte”, 
por exemplo. 
Lado feminino dos homens que é muito resistente à consciência, podendo ser 
representada como sentimento ou humor.
Se origina das experiências precoces dos homens com as mães, as avós, as 
irmãs; que se uniam para formar a imagem generalizada de mulher 
Reconhecer a anima requer coragem, e costuma ser mais difícil para os homens 
do que reconhecer sua própria sombra
O homem é inclinado a projetar sua anima em sua esposa, por isso tem 
dificuldade em vê-la como realmente é.
Lado masculino das mulheres, podendo ser representado como 
pensamento e raciocínio (lógica).
Se origina das experiências pré-históricas com os homens: pais, tios, 
irmãos e filhos.
É possível que as mulheres projetem seu animus nos homens com quem se 
relaciona.
Se uma mulher é domina pelo seu animus, nenhum apelo lógico ou mesmo 
emocional pode abalá-la de suas crenças.
Representa duas forças opostas: 
(1) fertilidade e nutrição – capaz de produzir e manter a vida.
Pode ser simbolizada por uma árvore, um jardim, um campo arado, o mar, o paraíso, 
uma casa, um país, uma igreja e objetos ocos – como fornos e utensílios de cozinha. 
(2) força e destruição – capaz de devorar ou negligenciar a prole; simbolizada como: 
Mãe de Deus, Mãe Terra, madrasta ou bruxa.
“ Todas as influências (...) exercidas sobre as crianças não provem propriamente da 
mãe {real}, mas do arquétipo projetado nela (...)”
Lendas, mitos, crenças religiosas, arte e obras literárias estão repletos de outros 
símbolos da grande mãe, que tanto é alimentadora quanto destruidora.
Representa sabedoria e significado
Simboliza:
(1) conhecimento preexistente dos humanos em relação aos mistérios da vida; 
(2) a própria vida – a exemplo de jovens que deixam sua casa, aventurando-se 
no mundo e experimentando as provações e os sofrimentos da vida que o 
levam a adquirir uma dose de sabedoria. 
Pode ser personificado nos líderes, no pai, no avô, no professor, no filósofo, no 
guru, no médico, no padre...
Representado como uma pessoa poderosa, as vezes semideus que luta contra grandes 
adversidades para conquistar ou derrotar o mal nas formas de dragões, monstros, 
serpentes ou demônios; que nos liberta de sentimentos de impotência ou miséria ao 
mesmo tempo que serve de modelo para a personalidade ideal.
Por outro lado, todo herói possui um ponto de vulnerabilidade, o que pressupõe que 
uma pessoa imortal sem fraqueza não pode ser um herói. 
Ao derrotar o vilão, o herói está simbolicamente dominando as trevas da inconsciência 
pré-humana. A conquista da consciência foi uma das maiores realizações de nossos 
ancestrais . 
Reúne os outros arquétipos no processo de AUTORREALIZAÇÃO.
Disposição inata para o crescimento, a perfeição e a completude.
Seu símbolo é a mandala, que representa os esforços do inconsciente coletivo pela 
unidade, equilíbrio e plenitude. 
Apesar da autorrealização completa não ser atingida, para experimentar 
integralmente o self as pessoas precisam:
1) Superar o medo do inconsciente
2) Impedir que sua persona domine sua personalidade
3) Reconhecer suas sombras
4) Reunir coragem para enfrentar sua anima e animus.
ATITUDES
(como agimos)
FUNÇÕES
(em função)
Introversão
Extroversão
Pensamento
Sentimento
SensaçãoIntuição
Introversão Extroversão
Pensamento
Sentimento
Sensação
Intuição
1- INFÂNCIA 4- VELHICE
2- JUVENTUDE 3- MEIA-IDADE
Infância
Juventude
Meia idade
Velhice
= Renascimento psicológico
= Individuação
Sendo a psicologia analítica uma teoria de opostos, a autorrealização 
é o processo de integração deles em um único indivíduo homogêneo.
Chegar na individuação significa que o sujeito possui todos os 
componentes psicológicos funcionando em unidade, atingindo a 
realização do self.