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Técnicas Bobath 1

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Capítulos:
TÉCNICAS DO MÉTODO BOBATH I
1 - Introdução
O Conceito Neuroevolutivo Bobath é uma abordagem para a solução de problemas, para a avaliação e para o tratamento de indivíduos com
distúrbios da função, do movimento e do controle postural, devido a lesões do sistema nervoso central.
Existem inúmeras abordagens para o tratamento de pacientes com déficits neurológicos, porém o Bobath é uma das mais comumente utilizadas.Os
métodos utilizados no Conceito fornecem ao fisioterapeuta o referencial teórico e o protocolo de intervenção clínica necessário para intervir na
fisioterapia neuropediátrica.
O conceito originou-se do casal Bobath, Bertha Bobath (fisioterapeuta) e Karel Bobath (neurologista e psiquiatra). Em 1942, Bertha Bobath recebeu
como paciente uma famosa artista, um adulto com hemiplegia e espasticidade severa. Durante o tratamento, ela percebeu que a espasticidade podia
ser alterada por meio da postura e do movimento e, assim, começou a desenvolver o que hoje é conhecido como Conceito.
Na década de 1950, o casal fundou o Bobath Centre em Londres, Inglaterra. Graças a este Centro e aos seus profissionais (adeptos do Conceito),
esta abordagem continua a desenvolver-se constantemente, mesmo após a morte de Bobatov.
Essa forma de intervenção passou a ser chamada de conceito e deixou de ser método por ser uma abordagem em constante evolução. É
denominado neuroevolutivo porque segue a sequência do desenvolvimento motor normal (ou desenvolvimento típico, segundo a nomenclatura atual).
Essa sequência é seguida tanto no planejamento dos objetivos e realizações do paciente em longo prazo, quanto durante o cuidado adequado, que
evolui de posturas mais simples para posturas que exigem maior controle motor.O nome Bobath teve origem em seus desenvolvedores.
Ao longo dos anos o desenvolvimento do Conceito avançou com modificações relacionadas `a nomenclatura das técnicas e também a forma de
intervenção junto aos pacientes. Isto reitera a constante evolução da abordagem.
Inicialmente, o conceito usou posturas estáticas para suprimir mudanças nos padrões de tom e movimento. Como a inibição do padrão reflexo por si
só não era suficiente para facilitar o movimento, a dupla Bobath examinou cuidadosamente a sequência do desenvolvimento motor típico, e a
intervenção começou a suprimir os padrões. reflexos e posição da criança em posturas neuroevolutivas. Porém, mesmo com tônus organizado e
treinamento de posturas neuroevolucionárias, ainda era impossível realizar transições de uma postura para outra. Nesse momento, o casal
determinou que o movimento frente à força da gravidade são reações posturais automáticas e, a partir daí, o tratamento se tornou mais dinâmico.
Assim o Conceito englobou os Padrões de Movimento Influenciando o Tônus ou somente Padrões Influenciando o Tônus (PIT).
Os PITs inibem os padrões e, ao mesmo tempo, promovem o surgimento de movimentos ativos o mais próximo do normal possível. Eles substituem
os chamados padrões de supressão de reflexo (PIR) originalmente usados no conceito. Segundo Mayston (1995), nos últimos anos ocorreram
algumas mudanças na base teórica e na aplicação prática do Conceito. A terminologia para técnicas de facilitação chamada PIR foi alterada para PIT,
refletindo uma mudança na compreensão do controle motor e do tônus postural.
Por fim, a importância das respostas do treinamento de equilíbrio (respostas de equilíbrio, defesa e correção) e da atividade funcional para facilitar o
aprendizado da função motora.
Desde o início da abordagem de Bobath, o tônus postural foi atribuído à atividade tônica reflexa. A definição clássica de espasticidade é proporcional
a esse ponto de vista, visto que se trata de um distúrbio caracterizado pela taxa de aumento dos reflexos tônicos de estiramento (tônus muscular),
com aumento dos sítios de retração dos tendões e componente da síndrome do neurônio motor superior.
Assim, classicamente, ao se pensar em avaliar o tônus, apenas os movimentos passivos foram considerados, mas atualmente, segundo o conceito
de Bobath, a análise do tônus refere-se à sua qualidade associada aos movimentos ativos.
Com sua difusão e evolução, além dos benefícios proporcionados aos pacientes neuropediátricos,, uma das principais contribuições do conceito
neuroevolutivo de Bobath foi a evidência de que o sistema nervoso pode aprender a responder a estímulos inibitórios de padrões motores que
interferem no movimento normal.
Esta comprovação ocorreu em tempos em que ainda não se conhecia com propriedade os mecanismos plásticos do sistema nervoso, porém era
notória a capacidade do fisioterapeuta em influenciá-lo através do Bobath.
Como critérios de indicação, o Conceito pode ser utilizado em indivíduos de todas as idades e déficits funcionais,em situações em que há
interferência no desenvolvimento normal do sistema nervoso, o que leva a um atraso no desenvolvimento típico, ou na presença de alterações de
movimento, postura e tônus.
O conhecimento sobre o Conceito Bobath é indispensável, devido ao seu importante papel na promoção da funcionalidade e autonomia dos
pacientes, considerando os individualmente.O Conceito visa preparar o paciente para executar atividades funcionais, tentando torná-lo o mais
independente possível, de acordo com suas potencialidades. E uma forma de tratamento global, mas que se adéqua ás necessidades
individuais.Nele, o paciente recebe uma experiência sensório-motora normal dos movimentos básicos, que, por meio da repetição e integração às
atividades da vida diária, geram aprendizagem motora e, posteriormente, automatismo.
O objetivo de uma intervenção dentro do conceito neuroevolucionário de Bobath é realizar manipulações que usam técnicas para inibir, aliviar e
estimular os padrões normais de movimento para permitir que o paciente adquira funcionalidade.
Para tanto,inibe os padrões de tônus postural e promove padrões de movimento normais, o que permite movimentos ativos e próximos ao normal.
INTRODUÇÃO
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Para especialistas os métodos de tratamento são divididos em métodos de alívio, inibição e estimulação. Notavelmente, os dois primeiros são
realizados por meio de pontos-chave de controle. Porém, é mais importante do que conhecer os métodos para saber utilizá-los no momento certo e
modificá-los de acordo com as características de cada paciente.
Na década de 1990, Bertha Bobath percebeu a importância do tratamento que vai além dos exercícios estruturados. Assim, deve haver uma
variedade de intervenções adaptadas à evolução das necessidades individuais. Cada terapeuta deve agir de maneira diferente, dependendo de sua
experiência e personalidade. No entanto, qualquer tratamento deve ser baseado na teoria e prática do Conceito.
Segundo Bobath, o referencial para determinar a eficácia de uma intervenção é a presença de movimentos funcionais com alinhamento biomecânico
adequado, coordenação motora e controle motor.Antes de qualquer facilitação ser realizada, é necessário ajustar o tom do paciente por meio de
inibição ou estimulação de acordo com o seu tônus como é apresentado na figura 1.
Figura 1:Utilização das técnicas de acordo com o tônus do paciente.
Pontos-Chave De Controle
As técnicas de inibiçãao e facilitação são guiadas pelo fisioterapeuta através de pontos-chave de controle, pelos quais o manuseio influencia
seguimentos á distância, seguindo o preceito de que o movimento modula o tônus.À medida que ocorre a aprendizagem motora e o controle motor do
paciente melhora, o suporte fornecido pelo fisioterapeuta deve ser gradualmente reduzido. Essa redução ocorre devido à utilização de pontos-chave
em áreas mais distais, o que contribui para a aquisição de sua independência.
Os principais pontos de controle na maioria dos casos são as articulações do paciente. Como esses são os pontos móveis de nossoesqueleto, eles
permitem o movimento com maior facilidade e menos desgaste para o terapeuta e para o paciente. É prática comum evitar estímulos nos ventres
musculares, pois podem causar uma mudança maior no tônus devido à irritação dos receptores de estiramento sensorial. Além disso, o fisioterapeuta
deve tocar o menos possível no paciente e usar a palma da mão para orientar o ponto-chave.
Evita-se o toque dos dedos, pois estes podem se tornar estímulos excessivos aos receptores sensoriais. Como o ponto-chave é um local para
conduçãao do movimento, também é inadequado pegar com força, ou agarrar a articulação do paciente, deve-se permitir liberdade de movimentação.
Quando é muito difícil facilitar o movimento em um determinado ponto-chave, você precisa procurar outro ponto mais proximal, e o oposto também é
verdadeiro. Quanto menor o controle motor e a independência do paciente, mais próximo deve estar o ponto chave, pois isso permite ao
fisioterapeuta um melhor controle do veículo e menor autonomia do paciente. No entanto, quanto maior o controle motor e a autonomia do paciente,
mais pontos-chave distais devem ser usados até que o suporte do paciente seja gradualmente removido.
Considera-se como pontos -chaves mais proximais a cabeça (Figura 2), o esterno (Figura 3), o ombro (Figura 4) e o quadril (Figura 5).Os pontos mais
distais são o cotovelo (Figura 4), o punho (Figura 6), o joelho e o tornozelo.
Figura 2 - Ponto-chave cabeça.
Figura 3. Ponto-chave esterno.
Os pontos-chave de controle viabilizam a execução das técnicas de inibição e facilitação (os PIT), bem como das técnicas de estimulação tátil e
proprioceptivas (tapping, placing e holding).
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